Poema do
Brasileirinho
Alziro
Zarur
I
Amo o meu
povo de alma verdadeira!
Só por
ser brasileiro eu sou feliz!
Que de
encantos o espírito nos diz
Desta
lânguida gente brasileira!...
Com essa
calma antiga, que bendiz,
Ou quando
pelas ruas se aligeira,
Apraz-me
vê-lo assim, na prazeiteira
E
espontânea expansão do meu país...
Pois é na
liberdade que se expande,
Sem
ambições, tão rico mas tão pobre,
Na
pacífica marcha de um só tom...
Amo o meu
povo porque é um povo grande,
Amo o meu
povo porque é um povo nobre,
Amo o meu
povo porque é um povo bom...
Quando
fores, Brasil, afrontado
Pela
guerra feroz da conquista,
Não serás
o gigante deitado,
A embalar
teu ideal pacifista.
Cada um
dos teus filhos, de pé,
Com o
ardor dos heróis lutará:
Na
epopeia da honra e da fé,
Brasileiro
covarde não há.
II
Brasil,
que é meu por predestinação!
Minha
alegria é ver-te progredir,
Instruído
e educado, num porvir
Alicerçado
na mais santa união!
Tua força
latente há de eclodir
À fúria
do implacável furacão
De
milhões de almas fortes que farão
Com que
às outras nações vás dirigir!
Nessa
época, de fato luzidia,
Liberto
da ignorância que asfixia,
Hás de
elevar-te em glória ao mundo inteiro!
E quando
ouvir a voz separatista
-Amigo,
és carioca ou és paulista?-
Um filho
teu dirá: - Sou brasileiro!
Quando
fores, Brasil, afrontado
Pela
guerra feroz da conquista,
Não serás
o gigante deitado,
A embalar
teu ideal pacifista.
Cada um
dos teus filhos, de pé,
Com o
ardor dos heróis lutará:
Na
epopeia da honra e da fé,
Brasileiro
covarde não há.
III
Bendita
seja esta Verdade santa
Que me
enraizou o Ideal intemerato!
Que
glorificará todo o meu ato,
Ao
derrocar tanta injustiça, tanta!
Bendito o
Ideal que à glória me levanta
E me
apresenta, forte e intimorato,
Na
suprema renúncia em que me bato,
No ardor
extremo de quem luta e canta!
Com este
Ideal, Brasil, vou transformar-te:
Hei
de fazer de ti uma obra de arte-
Grande,
perfeito, indissolúvel todo...
Ó
Pátria, eu sou, com as minhas concepções,
O
guerreiro que rasga, com denodo,
O
Terceiro Milênio das nações!
Quando
fores, Brasil, afrontado
Pela
guerra feroz da conquista,
Não serás
o gigante deitado,
A embalar
teu ideal pacifista.
Cada um
dos teus filhos, de pé,
Com o
ardor dos heróis lutará:
Na
epopeia da honra e da fé,
Brasileiro
covarde não há.
Um comentário:
Lindo! Lindo! Lindo demais!
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