QUINTA-FEIRA, 07/02/2013
A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS E A DOS
CRISTÃOS
P – Nosso Posto deseja focalizar, na
Cruzada do Novo Mandamento, estas palavras de Jesus: “Nada há fora do homem
que, entrando nele, o possa macular”. “Não é o que entra na boca do homem que o
torna impuro: o que sai da boca é que o macula”. Como o Espírito da Verdade
interpreta esse ensinamento do Mestre?
R – Os costumes aditados às Leis Reais é
que constituíam a tradição dos antigos: o termo "costumes", aqui,
indica TODAS AS DOUTRINAS, PRESCRIÇÕES,
PRECEITOS E MANDAMENTOS CRIADOS PELOS HOMENS E POR ELES ESTABELECIDOS. Por
Leis Reais designamos as Leis Divinas que, em obediência à vontade do Senhor,
foram reveladas aos hebreus por Moisés. Vós outros, CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO tendes igualmente a vossa tradição dos
antigos, representada pelas doutrinas, prescrições, preceitos e mandamentos que
os homens formularam, alterando, deturpando falseando com os seus
acrescentamentos, a Lei Divina que, em obediência à vontade de Deus, Jesus lhes
revelou, durante o desempenho da sua missão terrena. Mas aquela Lei – com exclusão
de qualquer outra – se contém integralmente na palavra do Cristo que, velada
pela letra ENQUANTO ISSO ERA NECESSÁRIO,
constituiu a base, a fonte e o fundamento da Nova Revelação, que vem
explicá-la, desenvolvê-la e fazê-la compreensível, na época marcada pelo Senhor
para o advento do ESPÍRITO QUE VIVIFICA, SUBSTITUINDO A
LETRA QUE MATA. Assim como Jesus veio combater,
entre os judeus, a tradição dos antigos, arrancando desse modo toda planta que não
foi plantada pelo Pai Celestial, TAMBÉM
HOJE O ESPÍRITO DA VERDADE QUE REPRESENTA O CRISTO DE DEUS, VEM COMBATER ENTRE
VÓS TUDO O QUE CONSTITUI A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS, ARRANCANDO IGUALMENTE
TODA PLANTA QUE PELO
SENHOR NÃO FOI
PLANTADA. O que Jesus disse aos escribas e fariseus daquele tempo se
aplica aos escribas e fariseus de hoje – repelindo e rejeitando a Nova
Revelação, trazida aos homens pelos Espíritos do Senhor, órgãos do Espírito da
Verdade – se esforçam também por manter a tradição dos antigos, honrando a Deus
com os lábios, ensinando doutrinas e mandamentos humanos! Entendei: DEUS PODE ADMITIR A PUREZA EXTERIOR, QUANDO
VÊ QUE O CORAÇÃO ESTÁ SUJO? PODE ACEITAR O CULTO DOS LÁBIOS, QUANDO VÊ QUE O
CORAÇÃO ESTÁ CHEIO DE HIPOCRISIA? PODE ABENÇOAR O HOMEM E PERDOAR-LHE, QUANDO
VÊ QUE ELE AMALDIÇOA E SE VINGA? Eis por que vos dizemos: honrai a Deus do
fundo de vossos corações vivei a Lei do Amor, sintetizada no Novo Mandamento;
não sejais sepulcros caiados por fora.
Então, sim, estareis limpos integralmente, não apenas porque lavastes as
mãos ou o corpo.
GN, 29/12/1970
QUARTA-FEIRA, 06/02/2013
AS TRADIÇÕES E A HIPOCRISIA
P – Os escribas e fariseus censuraram os discípulos do
Cristo por não lavarem as mãos antes de comer. A resposta do Mestre parece; a
muitos opositores, apologia da falta de higiene. Como explica essa parte do
Evangelho, no CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Vamos reunir Mateus, XV: 1-20 e Marcos, VII: 1-23.
MATEUS: 1 –
Então, alguns escribas e fariseus que tinham vindo de Jerusalém, se aproximaram
de Jesus e lhe disseram: 2 – Por que os teus discípulos transgridem a tradição
dos antigos, não lavando as mãos antes de comer? 3 – Jesus lhes respondeu: “É
por que vós transgredis os Mandamentos de Deus, em obediência à vossa tradição?
Deus ordenou: 4 – “Honra a teu pai e tua mãe” e Moisés acrescentou: “Seja
punido de morte aquele que houver ultrajado a seu pai e sua mãe”. 5 – Vós,
porém, dizeis, quem quer que haja dito a seu pai ou sua mãe: “Tudo o que
ofereço a Deus vos é útil”, satisfaz à lei, 6 – embora, a seguir, deixe de
honrar e assistir seu pai e sua mãe. Assim, tornastes nulo o Mandamento de Deus
pela vossa tradição. 7 – Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, dizendo: 8 –
“Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 9 –
Portanto, é em vão que eles me honram, ensinando doutrinas e mandamentos de
homens!” 12 – Os discípulos, então, aproximando-se, disseram a Jesus: “Sabes
que os fariseus, ouvindo o que disseste, se escandalizaram?” 13 – Ele
respondeu: “Toda planta que meu Pai Celestial não plantou será arrancada pela
raiz. 14 – Deixai-os, são cegos que conduzem cegos: ora, se um cego se faz guia
de outro cego, ambos caem no fosso”. 15 – Disse, então, Pedro: “Explica-nos
esta nova parábola”. 16 – Jesus lhe replicou: “Também vós sois tardos de
entendimento? 17 – Não compreendeis que tudo que entra pela boca desce ao
ventre e é lançado fora? 18 – Mas o que sai da boca vem do coração e mancha o
homem, tornando-o impuro: 19 – pois do coração vêm os maus pensamentos, os
homicídios, os adultérios, as blasfêmias, os roubos, os falsos testemunhos, as
maledicências. Estas são as coisas que mancham o homem; mas comer, sem lavar as
mãos, não o torna impuro.
MARCOS: 1 –
Alguns escribas e fariseus, vindo de Jerusalém, foram ter com Jesus, 2 – e,
tendo visto seus discípulos tomarem a refeição com as mãos não lavadas, os
censuraram; 3 – pois os fariseus não comem sem terem lavado as mãos muitas
vezes, guardando a tradição dos antigos. 4 – E, quando voltam da praça pública,
não comem, sem se haverem banhado, mantendo muitos outros costumes mais, cuja
observância lhes foi transmitida pela tradição e eles conservam, como o de
lavarem os corpos, os jarros, os vasos de bronze e os leitos. 5 – Perguntaram-lhe,
pois, os escribas e os fariseus: “Por que não seguem teus discípulos a tradição
dos antigos, comendo sem terem lavado as mãos?” 6 – Jesus respondeu: “Bem
profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: “Este povo
me honra com os lábios mas o seu coração está longe de mim; 7 – É em vão que
eles me honram ensinando doutrinas e mandamentos de homens”; 8 – pois, deixando
de lado o Mandamento de Deus, observais com cuidado a tradição dos homens,
lavando os jarros e os cálices, e fazendo muitas outras coisas semelhantes”. 9
– E lhes dizia: “Anulais totalmente o Mandamento de Deus, para guardardes a vossa
tradição. 10 – Assim, enquanto Moisés diz: “Honrai a vosso pai e vossa mãe” e
“seja punido de morte aquele que tenha ultrajado a seu pai ou sua mãe”, 11 –
vós dizeis: “Se um homem diz a seu pai ou sua mãe “Tudo o que ofereço a Deus
vos é útil”, ele satisfaz à lei”. 12 – E lhe permitis que não faça mais coisa
alguma por seu pai ou sua mãe. 13 – Revogais, assim, a palavra de Deus pela
tradição, que vós mesmos estabelecestes, e deste modo fazeis muitas outras
coisas semelhantes”. 14 – Chamando novamente o povo para perto de si, Jesus lhe
disse: “Ouvi-me vós todos e compreendei: 15 – Nada há do que existe fora do
homem que, entrando nele, o possa macular e tornar impuro. 16 – Se alguém tiver
ouvidos de ouvir, ouça!” 17 – Logo que apartando-se do povo, entrou em casa
seus discípulos lhe perguntaram o que significava aquela parábola. 18 – Jesus
lhes disse: “Tão pouco inteligentes sois ainda? Não compreendeis que tudo que
está fora do homem e entre nele não o torna impuro, 19 – pois nada disso entra
em seu coração, mas desce ao ventre e é lançado fora?” 20 – E acrescentava: “O
que macula o homem é o que sai do próprio homem, 21 – Pois de dentro do coração
é que saem os maus pensamentos, os adultérios, os homicídios, 22 – a avareza, o
roubo, o orgulho, a felonia, as iniqüidades, os desregramentos. 23 – Todos
esses males vêm de dentro do coração do homem e, por isso o maculam”.
Como Jesus, também nós vos dizemos: DESCONFIAI DAS
TRADIÇÕES! SUAS PALAVRAS, DIRIGIDAS AOS FARISEUS, SE APLICAM PERFEITAMENTE AOS
TEMPOS ATUAIS. Desconfiai das tradições, porque elas deturparam a Lei do
Amor que o Cristo nos deu, ao decretar seu Novo Mandamento. Dessa Lei sublime a
tradição fez o que já fizera com o Decálogo, dado a Moisés no Sinai. Por isso
mesmo, deixai de lado a tradição e retornai ao Cristianismo do próprio Cristo,
mesmo que os fariseus de hoje se escandalizem: ELES FALAM E PROCEDEM, COM
RELAÇÃO A VÓS OUTROS, EXATAMENTE COMO FALARAM E PROCEDERAM, COM RELAÇÃO A
JESUS, OS FARISEUS DE OUTRORA. Sim, deixai que eles se escandalizem porque
serão forçados a abandonar suas tradições e voltar para a eterna Lei do Mestre,
mãe de todas as virtudes! Mas preservai-vos de tudo o que vos possa manchar:
maus pensamentos, palavras e atos! Conduzi-vos com humildade tirando boas
coisas do bom tesouro do vosso coração e repartindo-as com os vossos irmãos! Os
judeus, fazendo voto ou oferenda podiam dispor, em favor do culto de uma certa
parte dos seus bens. Desde então pretextando que essa parte representava tudo o
de que poderiam dispor em benefício de seus pais, se consideravam dispensados
de lhes dar assistência: ALEGAVAM, PARA SE JUSTIFICAREM, QUE DO QUE
OFERECIAM AO SENHOR OS PAIS APROVEITARIAM SOB A FORMA DE BENÇÃO CELESTES!
HIPOCRISIA TANTO DO ÍMPIO QUE DESSE MODO DESONRAVA A DIVINDADE, QUANTO DO
SACERDÓCIO INDIGNO, QUE TOLERAVA E ANIMAVA SEMELHANTES PROFANAÇÕES. Não
houve apologia à falta de higiene: O Mestre combatia um exagero com outro
exagero, o do Bem contra o Mal. E o exemplo, escolhido por Jesus, tinha por
objetivo induzir os escribas e os fariseus a refletirem sobre o que chamavam A
TRADIÇÃO DOS ANTIGOS E REJEITAREM TUDO O QUE ESSA TRADIÇÃO ENCERRAVA DE
CONTRÁRIO À LEI DIVINA TAL QUAL O SENHOR A REVELARA POR INTERMÉDIO DE MOISÉS E
DOS PROFETAS.
GN, 27/12/1970
TERÇA-FEIRA, 05/02/2013
A FÉ E A AÇÃO MAGNÉTICA
P – Um episódio que motiva controvérsias é o da cura
dos enfermos que tocavam as vestes de Jesus. Como a explica o Espírito da
Verdade?
R – Vamos reler Mateus XIV: 34-36 e Marcos, VI: 53-56.
MATEUS: 34 –
Tendo atravessado o lago, vieram eles à terra de Genesaré, 35 – e,
reconhecendo-os, do lugar espalharam a notícia por todo o país e lhe
apresentaram todos os doentes; 36 – e lhe pediam que os deixasse, apenas tocar
na fímbria de suas vestes. E ficaram sãos todos aqueles que as tocaram.
MARCOS: 53 –
Tendo atravessado o lago, vieram à terra de Genesaré, onde aportaram. 54 –
Assim que desembarcaram, os habitantes do lugar reconheceram Jesus. 55 –
Transmitiram a notícia a todo o país e começaram a trazer, de todos os lados,
os doentes em seus leitos, para onde quer que o ouviam dizer que ele estava. 56
– Em qualquer lugar que entrasse – burgo, aldeia ou cidade – punham os enfermos
nas praças públicas e pediam lhes fosse permitido tocar somente a fímbria de
sua capa; e todos os que tocavam nela ficavam imediatamente curados.
Já vos explicamos O PODER MAGNÉTICO DE QUE JESUS
DISPUNHA. O tocar-lhe nas vestes – fato que, devido à ignorância das causas
e dos efeitos, os homens tinham por “milagroso” – não passava de UM MEIO
MATERIAL, QUE LHES ERA INDISPENÁVEL. A cura se operava pela ação daquele
que exercia poder soberano sobre os elementos etéreos. Era, portanto, resultado
da união desse poder com a fé que os curados possuíam. Entendei: os doentes se
curavam NÃO POR TEREM TOCADO NA FÍMBRIA DA CAPA OU DAS VESTES DE JESUS, MAS
PELA AÇÃO DA SUA VONTADE PODEROSA, SOLICITADA PELA FÉ INABALÁVEL DOS ENFERMOS
QUE TOCAVAM O MESTRE. A cura era feita, como dissemos pela ação magnética
exercida por Jesus; pela emissão que ele fazia – sob o influxo desta ação – dos
fluidos apropriados a cada espécie de doença, os quais eram dirigidos para o
organismo do enfermo. Com o mesmo critério deveis entender as curas operadas
por “lenços e panos” e até pela “sombra” dos Apóstolos, das quais vos falaremos
quando chegar a hora: TUDO É MAGNETISMO, COMPLETADO PELA FÉ, SEM A QUAL É
IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS.
GN, 25/12/1970
SEGUNDA-FEIRA, 04/02/2013
CORAÇÕES CEGOS
P – Diz o Evangelista: “O espanto de que ficaram
tomados os discípulos, quando viram Jesus caminhando sobre as águas, mais ainda
cresceu quando cessou o vento, logo que ele entrara na barca; pois não tinham
compreendido a multiplicação dos pães e dos peixes porque seus corações estavam
cegos”. Qual o significado real dessas palavras, segundo o Espírito da Verdade?
R – Estas palavras “porque seus corações estavam
cegos” significam: PORQUE NÃO PROCURAVAM
COMPREENDER. Seus olhos espirituais ainda estavam velados. Para os
discípulos, a multiplicação dos pães e dos peixes se produzira a bem dizer, por
si mesma, pois OS PÃES E OS PEIXES, QUE
JESUS PARTIA, PARECIAM RENOVAR-SE INCESSANTEMENTE, NAS SUAS PRÓPRIAS MÃOS, DO
MESMO MODO QUE NOS CESTOS OS PEDAÇOS SE MULTIPLICAVAM SEM ELES PODEREM VER POR
QUE MEIOS, E SEM MESMO PROCURAREM INTEIRAR-SE DO FATO! Na verdade, não vos
acontece, algumas vezes, serdes testemunhas de acontecimentos que, na
aparência, se produzem com derrogação das leis comuns à humanidade, observá-los
sem os compreenderdes e sem, sequer, fazerdes o menor esforço por consegui-lo?
O fato de Jesus caminhar por sobre as águas e a tentativa de Pedro, para fazer
o mesmo, IMPRESSIONARAM MAIS OS
DISCÍPULOS QUE A MULTIPLICAÇÃO DOS PEIXES E DOS PÃES, porque – para o
entendimento humano deles – o primeiro fato surpreendia mais, por isso que MAIS PERCEPTÍVEL LHES ERA A IMPOSSIBILIDADE
DE QUALQUER CRIATURA TRANSFORMAR A SUPERFÍCIE MÓVEL DO MAR EM TERRENO CAPAZ DE
LHE RESISTIR AO PESO. Concorrendo cada um daqueles fatos reciprocamente,
para avivar a impressão do outro, ambos contribuíram para que seus olhos se
desvendassem; e eles acabaram por compreender os dois acontecimentos que num
dia só, presenciaram. E os compreenderam
NÃO PORQUE TIVESSEM ADQUIRIDO O CONHECIMENTO DE SUAS ORIGENS E CAUSAS, E DOS
MEIOS PELOS QUAIS SE PRODUZIRAM, POIS SÓ A NOVA REVELAÇÃO ESTAVA RESERVADO DAR
ESSE CONHECIMENTO AOS HOMENS, MAS PORQUE “APRENDERAM” QUE TAIS FATOS
DENUNCIAVAM A AÇÃO DE UMA POTÊNCIA TÃO SUPERIOR AO HOMEM QUE SÓ MESMO DEUS OS
PODIA PRODUZIR. DAÍ ACHAREM QUE FORAM “MILAGRES” OPERADOS PELA PRÓPRIA
DIVINDADE ONIPOTENTE. Portanto, não foi por não terem compreendido o fato
material da multiplicação que os discípulos se encheram de espanto, vendo Jesus
caminhar sobre as ondas: foi porque na ocasião, não encararam aquele fato como
obra do próprio Deus como posteriormente o consideraram. Se assim o tivessem
considerado logo que se deu, não se teriam admirado do outro: O PRIMEIRO “MILAGRE” OS TERIA FEITO
COMPREENDER DO MESMO MODO O SEGUNDO.
GN, 24/12/1970
DOMINGO, 03/02/2013
JESUS NÃO É DEUS
P – Lemos no capítulo em exame: “Então os que estavam
na barca se aproximaram dele e o adoraram, dizendo: – És, verdadeiramente, o
Filho de Deus”. Como devemos entender tais palavras nos ensinos do Espírito da
Verdade?
R – Para o homem fatos que tanto o surpreendiam SÓ PODIAM PROVIR DO PRÓPRIO DEUS. Ora,
sendo Jesus quem servia de intermediário para a produção dos fatos
“milagrosos”, o cognome que ele a si mesmo dava de Filho de Deus lhe valeu
imediatamente, aos olhos dos homens, o cunho da Divindade. Sem atinarem com o
sentido genérico das palavras MEU PAI,
que ele freqüentemente empregava, falando do Criador Universal, os homens lhes
deram de pronto o sentido restrito, e assim o consideraram COMO TENDO SIDO GERADO PELO PRÓPRIO DEUS: SENDO, PORTANTO, UMA
PERSONIFICAÇÃO DA DIVINDADE ONIPOTENTE. Em conseqüência, eles o adoraram, o
que deu causa ao erro – que tão profundamente se arraigou – segundo o qual
Deus, querendo salvar a Humanidade e resgatar-lhe as faltas, se oferecera a si
mesmo em HOLOCAUSTO DE PROPICIAÇÃO.
Aliás, não foi um mal que tal erro se houvesse generalizado, pois serviu àquela
época e PREPAROU O FUTURO RESERVADO A
NOVA REVELAÇÃO DO PARÁCLITO. O homem, sempre orgulhoso do seu valor pessoal
julgou-se tão importante aos olhos do Criador QUE ENTENDEU SÓ PODEREM SUAS FALTAS SER RESGATADAS COM O SACRIFÍCIO DO
ONIPOTENTE EM PESSOA, NA CONDIÇÃO HUMANA! Só mesmo Deus, isto é, somente
Aquele que, por efeito exclusivo de sua vontade, segundo o modo de ver do
próprio homem, precipitaria, se o quisesse, no completo caos todos os mundos
disseminados pelo Infinito, poderia operar resgate tão precioso, MEDIANTE UM SACRIFÍCIO IMOLANDO-SE A SI
MESMO, REBAIXANDO-SE, PORTANTO, AO NÍVEL DAS SUAS INDIGNAS CRIATURAS! SÓ ASSIM,
SEM DÚVIDA, A VÍTIMA IMOLADA SERIA DIGNA DAQUELES CUJO RESGATE REPRESENTARIA O
PREÇO DA IMOLAÇÃO! Orgulho, delirante orgulho do homem que sempre se
considerou “o rei da criação”, quando não é mais que um miserável inseto que
passa despercebido, por assim dizer, como insignificante mosquito que voa num
raio de Sol! Felizmente, a Nova Revelação, rompendo o véu da letra e todas as
suas superstições, que ocultavam à Humanidade a Luz e a Verdade vem na hora
certa, predeterminada pelo Senhor quando as inteligências se desenvolveram e o
progresso espiritual se realizou DAR-VOS
A CONHECER QUEM É O FILHO E QUEM É O PAI RESTAURANDO O ENSINO DO PRÓPRIO CRISTO
QUE SEMPRE DEIXOU BEM CLARO PARA TODOS OS SÉCULOS: JESUS É O FILHO, COMO TODOS
VÓS QUE “SEREIS DEUSES” E DEUS É O PAI ETERNO!
GN, 23/12/1970
SÁBADO 02/02/2013
JESUS E PEDRO CAMINHAM SOBRE AS ÁGUAS
P – Todos estão ansiosos por ver explicada a passagem
do Evangelho em que Jesus
e Pedro caminham por sobre o mar. Como a interpreta, pelo CEU da LBV, o
Espírito da Verdade?
R – Vamos harmonizar Mateus XIV: 23-33 e Marcos, VI
46-52.
MATEUS: 23 –
Tendo despedido a multidão, Jesus subiu a um monte, para falar com Deus. Ao
cair da noite, lá se achava ele só. 24 – Entretanto, a barca era impelida de um
lado para outro pelas ondas, no meio do mar, pois o vento era contrário. 25 –
Mas, na quarta vigília da noite, Jesus veio ter com eles, caminhando por sobre
o mar. 26 – Ao vê-lo andando sobre as águas, eles se turbaram e diziam: “É um
fantasma!” E, apavorados, se puseram a gritar. 27 – Logo, porém, Jesus lhes
falou assim: “Tende confiança! Sou eu! Não temais!” 28 – Pedro lhe respondeu:
“Senhor, se és tu mesmo, ordena que eu vá ao teu encontro caminhando sobre as
águas!” 29 – E Jesus lhe disse: “Vem!” E Pedro, descendo da barca, andou sobre
as águas em direção a Jesus. 30 – Mas, vendo que o vento estava forte, teve
medo, e, como principiasse a submergir bradou: “Salva-me, Senhor!” 31 - Ato
contínuo, Jesus estendendo-lhe a mão o segurou e lhe disse: “Por que duvidaste,
homem sem fé?” 32 – Assim que subiram, para a barca, o vento cessou. 33 – Então
os que estavam na barca se aproximaram dele e o adoraram, dizendo: És,
verdadeiramente, o Filho de Deus!
MARCOS: 46 –
Depois de haver despedido o povo, Jesus subiu a um monte, para orar. 47 – Ao
cair da noite, a barca estava no meio do mar, e Jesus estava sozinho em terra.
48 – Vendo que seus discípulos tinham grande dificuldade em remar, por lhes ser
contrário o vento, Jesus, por volta da quarta vigília da noite, veio ter com
eles, caminhando sobre o mar, pois queria passar-lhes adiante. 49 – Eles,
porém, desde que o viram caminhando sobre o mar, supuseram ser um fantasma e
começaram a gritar, 50 – pois todos o viram e ficaram apavorados. Ele logo lhes
falou, dizendo: “Acalmai-vos! Sou eu! Não tenhais medo!” 51 – Subiu para a
barca onde eles estavam e o vento cessou, e eles ficaram ainda mais espantados,
52 – visto que não tinham compreendido a multiplicação dos pães e peixes é que
seus corações estavam cegos.
Facilmente deveis compreender o fato de Jesus andar
sobre as águas. Do mesmo modo que o Espírito pode atravessar os ares, podia o
Mestre – unicamente pela ação da sua vontade. - PRIVAR O SEU PERISPIRITO
TANGÍVEL DO CUNHO HUMANO QUE LHE IMPRIMIRA E DAR-LHE AS CONDIÇÕES ETÉREAS DAS
FORMAS ESPIRITUAIS. No momento em que, caminhando por sobre o mar, veio ter
com seus discípulos, Jesus se colocara nas condições perispiríticas das
aparições. Seu corpo perispiritual, conservando a aparência do corpo humano, a
visibilidade e a tangibilidade, era – quando deu a mão a Pedro – MAIS LEVE
DO QUE A ÁGUA, TENDO-SE EM
VISTA O PESO ESPECÌFICO DA ONDA DO MAR. Seus discípulos,
como diz o Evangelista, julgaram tratar-se de um fantasma, quando o viram
caminhando sobre as ondas. Ficaram sem saber se o que viam era, mesmo o Cristo
ou uma simples aparição. É que nessa ocasião, como dissemos, Jesus se colocara,
NAS CONDIÇÕES PERISPIRÍTICAS DAS APARIÇÕES, QUE ALGUNS DELES JÁ TINHAM
PODIDO OBSERVAR. É QUE, EM
TODOS OS TEMPOS O MUNDO INVISÍVEL ESTEVE SEMPRE EM COMUNICAÇÃO COM A
HUMANIDADE TERRESTRE. Suas manifestações, que os homens não compreendiam
por lhes desconhecerem as causas, passavam – mesmo no tempo do Mestre – por ser
ou: fantasias da imaginação ou obra dos Espíritos maus; ou, ainda, uma graça
especial, que Deus se dignava de conceder a esta ou àquela das suas criaturas
na Terra. Entre os idólatras, vós o sabeis muito bem, essas aparições deram
causa à multiplicação dos deuses e deusas DOS QUAIS FOI VÍTIMA A CREDULIDADE
DO POVO, EXPLORADA PELA AMBIÇÃO OU PELA CUPIDEZ. Os judeus, como os outros
povos, tinham, nas suas famílias, médiuns videntes que, às vezes, observavam a
aparição de um amigo, de um parente e, mesmo, de alguns de seus patriarcas e
profetas, pois – não o ignorais – OS ESPÍRITOS PODEM REVESTIR TODAS AS
FORMAS. Daí o fato de não ter o Apóstolo Pedro – que era médium audiente e
vidente muito adiantado, muito desenvolvido, e também médium de efeitos físicos
– podido reconhecer o Mestre, tomando-o por um fantasma. Ele via em Jesus
apenas a aparência inconsistente das aparições que já tinha observado. Só
quando o Cristo o segurou pela mão, verificou que era realmente Jesus, pois AINDA
NÃO TIVERA ENSEJO DE EXPERIMENTAR A TANGIBILIDADE DAS APARIÇÕES. Estando
Pedro decidido, pela sua fé, a obedecer a Jesus, ordenou este mentalmente, aos
Espíritos que o cercavam – prepostos ao efeito de sustentarem o Apóstolo sobre
as ondas – que o sustentassem: assim, pôde ele, também, caminhar sobre as
águas. Foi, ainda, obedecendo a uma ordem mental do Mestre, que os mesmos
Espíritos deixaram que ele submergisse um pouco. NO MOMENTO EM QUE LHE VOLTAVA A
DÚVIDA. Não era preciso que Jesus desse a mão a Pedro para que este,
caminhando com ele sobre as águas, voltasse à barca: teria bastado o amparo dos
Espíritos prepostos à sustentação do Apóstolo. O Cristo, porém, querendo
demonstrar a Pedro que era mesmo, o seu Mestre (que ali se achava e o
sustentava com o seu poder), lhe estendeu a mão. De fato, assim era, porque –
se Jesus não o houvesse ordenado – os Espíritos não teriam ajudado o Apóstolo a
manter-se em equilíbrio, caminhando pela superfície do mar. Como dissemos,
Pedro era (para nos servirmos de uma expressão consagrada) médium de efeitos
físicos, da mais alta categoria. Assim, foi com o auxílio dos fluidos nele
existentes que os Espíritos prepostos conseguiram sustentá-lo, de modo a poder
caminhar sobre as ondas FOI, TAMBÉM, GRAÇAS A ESSA MEDIUNIDADE QUE ELE
CONSEGUIU (AUXILIADO PELOS ESPÍRITOS PREPOSTOS A REALIZAÇÃO DESSE OUTRO FATO)
LIBERTAR-SE DAS CORRENTES COM QUE O ATARAM NA PRISÃO (ATOS DOS APÓSTOLOS, XII: 6-7).
E QUE DE OUTRO MODO NÃO TERIA EXPLICAÇÃO.
Mas, mesmo, que o Apóstolo não fosse médium de efeitos físicos, nem por
isso deixaria de ser sustentado pelos Espíritos prepostos e de caminhar, com o
auxílio deles, sobre as águas do mar, JÁ QUE O MESTRE O QUERIA. Desde
que essa era a vontade de Jesus, os Espíritos reuniriam em torno de Pedro os
fluidos, de que necessitavam para sustentá-lo: o fato se produziria exatamente
como se deu. Logo que Jesus e Pedro entraram na barca, cessou a ventania. CESSOU
PORQUE ASSIM O ORDENOU JESUS MENTALMENTE AOS ESPÍRITOS PREPOSTOS AO GOVERNO DOS
VENTOS E DAS ÁGUAS, COMO ACONTECEU COM RELAÇÃO À TEMPESTADE QUE SE DESENCADEOU
NO MAR E QUE POR ORDEM DO CRISTO, CESSOU IMEDIATAMENTE FAZENDO-SE GRANDE
BONANÇA. Pois, sempre que, tenhais merecimento, o Mestre aplacará todas as
tempestades que ameaçarem as vossas vidas por causa da pregação e da EXEMPLIFICAÇÃO
DO NOVO MANDAMENTO DE JESUS!
GN, 22/12/1970
SEXTA-FEIRA, 01/02/2013
PRODUTOS CESTOS E PEDAÇOS
P – Os cinco mil não notaram qualquer diferença no
gosto do pão e do peixe? E qual o destino que tiveram os cestos? Que aconteceu,
ainda, com os pedaços de pão e peixe que sobraram? São perguntas que fazem os
componentes do nosso Posto, com relação ao capítulo em pauta. Como as responde
o Espírito da Verdade?
R – Os cinco mil receberam os produtos da
multiplicação como se não tivesse havido multiplicação: era o gosto perfeito do
pão e do peixe. E não existe, aí nada que vos deva espantar. Os sonâmbulos
magnéticos não tomam a água, o vinho, ou qualquer alimento COMO SENDO O QUE SE LHES DIGA QUE SÃO? Não sabeis qual seja o poder
da influência espiritual no homem? Como então, ignorar A INFLUÊNCIA DE JESUS E DA FALANGE INUMERÁVEL DE ESPÍRITOS QUE O
RODEAVAM? Não tendes visto aparecerem, sem que ninguém saiba como, sob a
forma de coisas materiais, próprias para a alimentação humana, PRODUTOS OBTIDOS COM O EMPREGO DE FLUIDOS
PRODUTORES E QUE TEM PARA O HOMEM, O ASPECTO E O SABOR DOS PRODUTOS HUMANOS QUE
REPRESENTAM? Dizem os Evangelistas que todos comeram e ficaram saciados e
ainda levaram doze cestos, cheios dos pedaços que sobraram. Não dizem o que foi
feito desses doze cestos, nem que os cinco pães e os dois peixes estivessem com
os Apóstolos. Não dizem, ainda, se foram conservados os pedaços que sobraram. É
que tudo isso pouco importa. Qualquer que tenham sido a quantidade dos peixes e
dos pães, as pessoas que forneceram os cestos e o destino dado a estes e àquilo
que continham, o fundamental é que O
FATO PRODUZIDO POR JESUS REALMENTE SE VERIFICOU. Isto, sim, importa que
todos saibam. Deveis compreender que, em multidão considerável como aquela, há
sempre uma certa agitação. Terminada a distribuição dos pães e dos peixes, os
Apóstolos deixaram no chão os cestos, de que se tinham servido para fazê-la, e
foram tomar a barca, a fim de se transportarem à outra margem, onde – de acordo
com a ordem recebida – esperariam o Mestre, que ficava assistindo à dispersão
do povo. Mais preocupados com suas necessidades espirituais do que com as do
corpo, que no momento se achavam satisfeitas, os Apóstolos não cuidaram de mais
nada. A influência oculta, que sobre eles era exercida, lhes dirigia a atenção
para aquilo que os pudesse impulsionar, sempre que se fazia preciso desviá-la
de outros pontos. A ordem de Jesus – passarem, antes dele, para a outra margem
– tinha por objetivo preparar um novo fato que se devia produzir. Na sua
retirada desordenada e confusa, aquela grande massa de homens, mulheres e
crianças, ia tropeçando nos cestos, alguns dos quais foram apanhados vazios,
enquanto outros já ficavam esmagados,
SEM QUE NINGUÉM SE PREOCUPASSE COM ELES NEM COM O SEU CONTEÚDO. Os fluidos
componentes dos “produtos fluídicos” que, sob as formas de pedaços de pão e de
postas de peixe, sobraram da distribuição, voltaram à fonte de onde tinham sido
tirados, logo que – sob a ação dos Espíritos – desapareceu dos mesmos produtos
a tangibilidade e tudo entrou de novo na ordem da humanidade terrena. TUDO FORA PREVISTO, PREPARADO PARA A
EXECUÇÃO DAS OBRAS DO CRISTO ENTRE OS HOMENS. Notai, por último, que a
narrativa evangélica, feita sob a influência mediúnica, tratando do fato que
acabamos de apreciar, reproduz mais uma vez – como convinha que ocorresse
sempre – AS IMPRESSÕES E CONCLUSÕES
HUMANAS. Notai, ainda, que o Mestre, segundo decorre dessas impressões e
conclusões, TEVE POR FIM, COMO SEMPRE,
DESPERTAR E CHAMAR SOBRE SI A ATENÇÃO DE SEUS DISCÍPULOS E DA MULTIDÃO, DE TAL
MODO QUE – ACREDITADO TODOS (COMO ACREDITARAM) SER JESUS DE NATUREZA IGUAL A
DOS OUTROS HOMENS – FICASSEM VIVAMENTE IMPRESSIONADOS POR SEUS ATOS E PALAVRAS.
GN, 2O/12/1970
QUINTA-FEIRA, 31/01/2013
O “MILAGRE” DA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E
PEIXES
P – Foi excelente a explicação dada, mas há um ponto
que merece destaque maior: o fato de ser considerada, “milagre” a multiplicação
dos pães e dos peixes. Como interpreta o caso o Espírito da Verdade, pelo CEU
da LBV?
R – Para os Apóstolos, os discípulos e a multidão, foi
com os pedaços em que Jesus
dividiu os cinco pães e os dois peixes (pedaços que – multiplicados “ao
infinito” – ele entregou aos Apóstolos e estes distribuíram pelo povo) que
todos se saciaram dando ainda para encher doze cestos, depois de estarem todos
satisfeitos. Foi isso o que todos viram; esse o fato que se passara à vista de
todos; o fato de que todos eram testemunhas e do qual todos haviam participado,
desde que comeram os pedaços dos cinco pães e dois peixes, partidos pelas mãos
de Jesus e distribuídos pelos discípulos.
FOI ISSO O QUE TODOS VIRAM, SOMENTE ISSO O QUE PODIAM ATESTAR, E ATESTARAM.
Por lhes ser incompreensível e inexplicável, dada a ignorância de todos (dos
Apóstolos, dos discípulos e da multidão) relativamente a origem, às causas e
aos meios ocultos que o produziram. O
FATO DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES FOI POR TODOS CONSIDERADO UM
“MILAGRE”. Foi e ainda o é pelos que se conservam estranhos à Nova
Revelação. Alguns homens de coração simples e espírito humilde, acreditaram na
sua autenticidade sem o compreenderem, firmados no testemunho dos Apóstolos,
dos discípulos e da multidão, e na fé que lhes inspira a narração evangélica.
Os outros ou fingiram acreditar, por não ousarem negá-lo, ou o negaram e
rejeitaram abertamente, encastelados na sua orgulhosa ignorância, pela simples
razão de não o poderem compreender e não saberem explicá-lo. E sem a presença
da ciência espírita, que vos veio mostrar a origem, as causas e os meios
ocultos por que se operou a multiplicação dos pães e dos peixes, fato não seria
um “milagre” mesmo para vós? Porventura vedes o que a todo momento se passa em
torno de vós no mundo espiritual? Sem a Nova Revelação, ninguém saberia que
aquela multiplicação se produziu pela ação espiritual e pelo emprego de
fluidos, UMA VEZ QUE A CIÊNCIA COMUM É
IMPOTENTE PARA COMPROVÁ-LA, PORQUE NÃO VÊ, NÃO OBSERVA E NÃO DESCOBRE SENÃO COM
OS OLHOS CARNAIS. Os Evangelistas que, como os Apóstolos os discípulos e a
multidão, não podiam compreender o fato.
POR IGNORAREM TAMBÉM A FONTE, AS CAUSAS E OS MEIOS QUE O PRODUZIRAM, SE
LIMITARAM (E ASSIM DEVIA, SER A NARRÁ-LO DEBAIXO DA INFLUÊNCIA MEDIÚNICA.
“Jesus – dizem eles – partiu com as mãos os cinco pães e os dois peixes, e os
deu aos discípulos e estes os deram ao povo; todos comeram e ficaram saciados,
e ainda levaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e peixe que sobraram”. Estas
últimas palavras indicam que Jesus partia os pães e os peixes e dava os pedaços
aos discípulos, que os depositavam em cestos, onde os transportavam para
distribuí-los pela multidão. Os cestos eram os que as mulheres do Oriente
costumam trazer à cabeça e que servem para o transporte de frutas e legumes,
assim, como para abrigá-las dos ardores do sol. E muitas mulheres havia na
multidão. Antes que se iniciasse a multiplicação dos pães e dos peixes os
discípulos – cumprindo as ordens do Mestre – haviam arrebanhado (e colocado
junto dele) todos os cestos que as mulheres traziam. Eis aqui, agora, como se
operou a multiplicação: tendo nas mãos os pães e os peixes, JESUS OS ENVOLVIA EM FLUIDOS APROPRIADOS
A PRODUÇÃO DE TAIS ALIMENTOS (FLUIDOS PRODUTORES). Como
deveis compreender, o Cristo – para multiplicá-los entre os seus dedos – atraía
a si os fluidos próprios ao efeito desejado e os tornava visíveis, tangíveis,
dando-lhes o aspecto, a forma e o sabor de pedaços de pão ou de peixe, pois JAMAIS OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES
TERIAM FORNECIDO PEDAÇOS, AINDA QUE DE TAMANHO MÍNIMO, NA QUANTIDADE QUE ERA
NECESSÁRIA. Por esse meio, ia ele substituindo nos pães e nos peixes as
porções que deles tirava. Assim, era que, com o auxílio dos fluidos produtores
em que os envolvia, multiplicava os pães e os peixes e os pedaços em que os
partia (pedaços que entregava aos discípulos e que estes colocavam nos cestos).
No momento em que nos cestos eram depositados, sob a forma de pedaços de pão e
de peixe, os produtos fluídicos obtidos por Jesus, LOGO A ELES SE JUNTAVAM OS QUE OS ESPÍRITOS POR SUA VEZ, TRAZIAM E
QUE IMEDIATAMENTE SE TORNAVAM VISÍVEIS E TANGÍVEIS. Esses fornecimentos de
pedaços de pão e de peixe os Espíritos os preparavam nas mesmas condições dos
que Jesus entregava aos discípulos, com o auxílio dos fluídos produtores, e os
depositavam invisíveis nos cestos vazios. À medida que os discípulos deitavam
nestes os pedaços que recebiam do Mestre, os Espíritos tornavam visíveis e
tangíveis os pedaços que ali já haviam depositado. Assim, de um lado Jesus e os
Espíritos tiravam – indefinidamente – dos fluidos produtores que o Mestre
atraía para junto de si, os elementos e os meios de multiplicação dos peixes e
dos pães e, de outro lado, os discípulos tiravam dos cestos – indefinidamente –
os pedaços de pão e peixe cuja provisão se renovava por si mesma, mas sempre
mediante a intervenção dos Espíritos prepostos à produção de tal efeito, que se
verificava a medida que os discípulos ali depositavam os pedaços que recebiam
de Jesus. Foi por esse processo que, pela ação do Cristo e dos Espíritos
Superiores que invisivelmente o cercavam, se operou a multiplicação dos cinco
pães e dois peixes, e que OS PEDAÇOS
PARTIDOS PELO MESTRE PARECIAM, ÀS VISTAS CARNAIS MULTIPLICAR-SE INFINITAMENTE
NAS SUAS MÃOS E DELAS SAÍREM PARA OS CESTOS. Sabeis que o Espírito não
deixa ver o objeto que ele transporta senão quando quer ser visto operando,
caso em que torna visível o fluido que envolve o mesmo objeto e que serve para
realizar o transporte. Mas, igualmente, sabeis que o Espírito; à sua vontade,
pode tornar invisível aos olhos grosseiros do homem o objeto que transporta, só
o fazendo visível quando e como quiser. Os fluídos que envolvem o objeto
transportado não são visíveis, senão querendo o Espírito que o sejam. Fora
disso o Espírito passa despercebido assim como o próprio objeto; que ele não
submete à vista do homem senão quando julga oportuno o momento, SE JESUS O TIVESSE DESEJADO, TERIA FEITO
SOZINHO A MULTIPLICAÇÃO. Mas, entendei, os meios empregados eram mais
prontos e mais fáceis para a consecução do fim visado. Com efeito, não era mais
fácil e mais pronto que os Espíritos depositassem invisíveis, nos cestos
vazios, os produtos que eles mesmos preparavam e os fossem tornando visíveis à medida
que os discípulos ali colocassem os produtos que recebiam do Mestre do que este
fazer sair de suas mãos para as mãos deles tudo o que fosse preciso para encher
os cestos? Os produtos da multiplicação, tendo recebido as formas de pedaços de
pão e de postas de peixe, como tais foram comidos pelos cinco mil. E TODOS FICARAM SACIADOS E AINDA LEVARAM
DOZE CESTOS CHEIOS DOS PEDAÇOS QUE SOBRARAM.
GN, 19/12/1970
QUARTA-FEIRA, 30/01/2013
MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES
P – Um dos fatos do Evangelho que mais empolgam os
freqüentadores do nosso Posto é o da multiplicação dos cinco pães e dois
peixes. Como o interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Harmonizemos Mateus, XIV: 13-22, Marcos, VI: 30-45
e Lucas, IX: 10-17.
MATEUS: 13 -
Ouvindo a narrativa que lhe fizeram os discípulos de João, Jesus partiu numa
barca e se retirou, secretamente, para um lugar deserto. Ao saber disso, o povo
deixou as cidades e o foi seguindo a pé. 14 – Quando ele saltou em terra, viu
grande multidão e, compadecendo-se dela, curou os doentes. 15 – Como caísse à
tarde, os discípulos se aproximaram e lhe disseram: “Este lugar é deserto e a
hora vai adiantada: manda-os embora, a fim de que possam comprar o que comer,
nas aldeias”. 16 – Jesus, porém, lhes disse: “Não é preciso que eles se afastem
daqui; dai-lhes vós mesmos de comer”. 17 – Os discípulos replicaram: “Só temos
cinco pães e dois peixes”. 18 – Jesus ordenou: “Trazei-nos aqui”. 19 – Em seguida,
mandou que a multidão sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes
e, olhando para o céu, os abençoou, e os partiu, e os deu aos discípulos, que
os passaram ao povo. 20 – Todos comeram ficaram saciados e ainda levaram doze
cestos cheios de pedaços que sobraram. 21 – Ora, os que comeram eram em número
de cinco mil, sem contar as mulheres e as crianças. 22 – Feito isso, ordenou
Jesus aos discípulos que tomassem a barca e passassem para a outra margem do
lago antes dele, que ficou despedindo a multidão.
MARCOS: 30 – Ora, os apóstolos, reunindo-se em torno
de Jesus, lhe deram conta de tudo o que haviam feito e ensinado. 31 – E ele
lhes disse: “Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto, a fim de aí repousardes
um pouco. É que eram tantos os que iam e vinham, que eles nem tinham tempo para
comer. 32 – Entrando, pois, numa barca, se retiraram para um lugar deserto. 33
– Mas, tendo-os visto partir, e muitos tendo sido informados da partida, grande
multidão acorreu a pé, de todas as cidades, e chegou antes deles. 34 – Ao
saltar da barca, vendo Jesus a multidão, teve compaixão dela, pois era como
rebanho sem pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35 - E como já se fizesse tarde, os discípulos se
aproximaram dele e lhe disseram: “Este lugar é deserto e a hora já vai
adiantada; 36 – despede-os a fim de que vão aos povoados e cidades dos
arredores para comprar o que comer”. 37 – Respondendo, Jesus disse: “Dai-lhes
vós mesmos de comer”. Eles replicaram: “Onde iremos comprar, por duzentos
denários, pães que bastem, para lhes darmos de comer?” 38 - Jesus perguntou: “Quantos pães tendes vós?
Ide e Vede”. Depois de o verificarem eles disseram: “Cinco pães e dois peixes”.
39 – Jesus, então, lhes ordenou que fizessem o povo sentar-se, em ranchos, na
relva. 40 – Sentaram-se todos, formando diversos ranchos, uns de cem pessoas,
outros de cinqüenta. 41 – E Jesus, tomando os cinco pães e os dois peixes e
olhando para o céu, abençoou e partiu os pães, e os entregou aos discípulos,
para que os pusessem diante do povo; assim também, repartiu os dois peixes com
todos. 42 - Todos comeram e ficaram fartos. 43 - E ainda levaram doze cestos com os pedaços de
pão e peixe que haviam sobrado. 44 – apesar de serem cinco mil os que comeram.
45 – Em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem de novo na barca e
passassem para a outra margem do lago em direção a Betsaida, enquanto ele
ficava despedindo a multidão.
LUCAS: 10 –
De volta, os apóstolos relataram a Jesus tudo o que haviam feito. E, Jesus
levando-os consigo se retirou para um lugar deserto, próximo a Betsaida. 11 –
Informadas disso, as turbas o seguiram, e Jesus, recebendo-as, entrou a lhes
falar do reino de Deus e a curar os enfermos. 12 – Ora, como estava o dia a
declinar, os doze vieram e lhe disseram: “Manda embora essa gente, a fim de que
vá procurar alojamento e algo para comer nas granjas e aldeias dos arredores,
pois estamos num lugar deserto. 13 – Mas Jesus lhes disse: “Dai-lhes vós mesmos
de comer”. Ao que eles replicaram: “Só se formos nós mesmos comprar comida para
esse povo pois não temos mais que cinco pães e dois peixes”. 14 – Eram cerca de
cinco mil pessoas. Disse, então, Jesus aos discípulos: “fazei-os sentar em
grupos de cinqüenta”. 15 – os discípulos obedeceram e fizeram que todos sentassem.
16 – Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu e
abençoou-os, parti-os e entregou aos discípulos, para que os distribuíssem pela
multidão. 17 – Todos comeram, ficaram saciados e ainda encheram doze cestos com
os pedaços que tinham sobrado.
Já vos temos falado da força de que dispunha o Cristo,
por efeito da sua potencialidade superior, PARA ATRAIR OS FLUIDOS DE QUE
PRECISAVA. QUEM, ABAIXO DE DEUS, CONHECE TÃO PROFUNDAMENTE A LEI DOS FLUIDOS?
Pela ação da sua vontade poderosa sobre os Espíritos que lhes obedeciam
pressurosamente, conseguiu ele, mediante transportamentos e o emprego dos
fluidos, multiplicar ao infinito (como dizeis) a pequena quantidade de
alimentos que os discípulos tinham à sua disposição. Preparados com os fluidos
próprios à sua produção, os quais lhes davam as necessárias propriedades
nutrientes, aqueles alimentos satisfaziam as exigências da matéria. BASTANDO
UMA DIMINUTA PORÇÃO DELES PARA SACIAR A MAIS DEVORADORA DAS FOMES. Para que
a multidão ficasse saciada, não bastaria que Jesus o quisesse? Sem dúvida! E
para isso não lhe seria preciso mais do que reunir em torno dela os fluidos
convenientes os quais SENDO ASPIRADOS FARIAM CESSAR QUAISQUER EXIGÊNCIAS DO
ESTÕMAGO. Entretanto, era mister que, diante daqueles observadores
materiais SE PRODUZISSE UM EFEITO FÍSICO. Compreendei irmãos bem -
amados de todo o mundo e principalmente vós, senhores das ciências humanas: A
MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES CAUSOU IMPRESSÃO MUITO MAIOR DO QUE TERIA
CAUSADO A VONTADE DE JESUS ATUANDO NOS HOMENS!
GN, 18/12/1970
TERÇA-FEIRA, 29/01/2013
O BATISTA E
A REENCARNAÇÃO
P – As lições do Centro Espiritual Universalista estão
sendo acompanhadas com o mais vivo interesse. Nas referências a João o Batista,
e ao Mestre Jesus, nos Evangelhos Sinóticos, vemos que os judeus acreditavam na
Lei da Reencarnação. Que diz a respeito, pelo CEU da LBV, o Espírito da
Verdade?
R – Vamos harmonizar Mateus, XIV: 1-12, Marcos, VI:
14-29 e Lucas, III: 19-20 e IX: 7-9.
MATEUS: 1 – Há
esse tempo chegou aos ouvidos do tetrarca Herodes a fama de Jesus, 2 – e ele
disse aos seus servos: “Esse é João, o próprio Batista que ressuscitou dentre
os mortos; por isso é que, por seu intermédio, se fazem tantos milagres”. 3 –
Herodes mandara prender João, pusera-o a ferros e o metera na prisão, por causa
de Herodíades, mulher de seu irmão. 4 – É que o Batista lhe dizia: “Não te é
permitido tê-la por mulher”. 5 – Herodes queria dar-lhe a morte, mas temia o
povo, que considerava João um profeta. 6 – Entretanto, no dia do aniversário de
Herodes, a filha de Herodíades dançou diante dele e muito lhe agradou, 7 –
tanto que prometeu sob juramento dar-lhe tudo o que pedisse. 8 – Ela, de
antemão instruída por sua mãe, disse: “Dá-me, aqui mesmo, num prato, a cabeça
de João Batista!” 9 – Esse pedido muito afligiu o rei que, todavia, por causa
do juramento que fizera e dos que com ele estavam à mesa, ordenou que lhe
dessem a cabeça de João. 10 – Ao mesmo tempo, ordenou que ao Batista cortassem
a cabeça, na prisão. 11 – E a cabeça de João foi trazida num prato e dada à
moça, que a levou à sua mãe. 12 – Os discípulos do Batista vieram, carregaram
seu corpo, o sepultaram e foram comunicar tudo isso a Jesus.
MARCOS: 14 –
Ora, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cuja fama se espalhara muito, e dizia:
“João Batista ressuscitou dentre os mortos; daí vem que tantos milagres se
operam por seu intermédio. 15 – Outros, porém, diziam: “É Elias!”E outros: “É
um profeta, igual a qualquer dos profetas!” 16 – Ouvindo isso, disse Herodes:
“Esse homem é João, a quem mandei cortar a cabeça e que ressuscitou dentre os
mortos”. 17 – Herodes, tendo desposado Herodíades, não obstante ser ela a
mulher de Felipe irmão dele, mandara prender João, atando-o no cárcere, por
causa dela. 18 – Pois João lhe dizia:”Herodes, não te é lícito possuir a mulher
de teu irmão!” 19 – Desde então, Herodíades sempre lhe armava ciladas, desejosa
de fazê-lo morrer, o que não conseguia, 20 – visto que Herodes temia João, por
saber que era um varão justo e santo, e o guardava com segurança. E, quando o
ouvia, ficava perplexo, escutando-o atentamente. 21 - Afinal, chegou um dia favorável, o do
aniversário de Herodes, no qual este ofereceu um banquete aos grandes da sua
corte, e aos tribunos e aos maiorais da Galiléia. 22 – A filha de Herodíades
teve entrada, dançou diante de Herodes, e de tal modo lhe agradou bem como a todos os que se achavam à mesa, que
ele lhe disse: “Pede-me o que quiseres e eu te darei!”. 23 – E acrescentou,
jurando: “Sim, o que me pedires eu te darei, ainda que seja a metade do meu
reino!” 24 – Ela, quando saiu, perguntou à sua mãe Herodíades: “Que devo
pedir?” 25 – Esta lhe respondeu: “A cabeça de João Batista! 25 – Ela se deu
pressa em voltar à sala onde estava o rei e fez o seu pedido, dizendo: “Quero
que, neste mesmo instante, me dês num prato a cabeça de João Batista!” 26 – O
rei se aborreceu com tal pedido; mas, por causa do juramento que fizera e dos
que estavam com ele à mesa, não quis desatendê-lo. 27 – E, enviando logo o
executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi, e o decapitou no
cárcere, 28 – e, trazendo a cabeça num prato, a entregou, à jovem e esta, por
sua vez, à sua mãe herodíades. 29 -
Sabendo do ocorrido, os discípulos de João vieram, levaram-lhe o corpo e
o puseram num sepulcro.
LUCAS, III:
19 – Herodes, o tetrarca, tendo ouvido de João uma censura por causa de
Herodíades mulher de Felipe, irmão dele, e por causa de todos os males que
fizera, 20 – juntou a todos os seus crimes o de lançar João no cárcere. IX: 7 –
Herodes, tendo ouvido falar de tudo o que Jesus fazia não sabia o que pensar,
pois uns diziam 8 – que João ressuscitara dentre os mortos, outros que Elias
voltara, enquanto ainda outros afirmavam que um dos velhos profetas havia
ressuscitado. 9 – Herodes dizia: “Mandei
decapitar João Batista! Quem é, pois, esse de quem ouço tantas maravilhas?” E
ardia por vê-lo.
Aquelas palavras “É ELIAS!” “– É JOÃO BATISTA, QUE
RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS!” – “É ELIAS QUE VOLTOU!” – É UM DOS VELHOS PROFETAS, QUE RESSUSCITOU!”
ditas e repetidas como sendo o que a voz pública afirmava com relação a Jesus;
estas outras, que o rumor popular levou Herodes a proferir, falando do Cristo:
“Mandei decapitar João Batista! Quem é, pois, esse de quem ouço tantas
maravilhas?” – “Esse homem é João, a quem mandei cortar a cabeça!” – “João
ressuscitou dentre os mortos!”, confirmam a existência, entre os judeus (embora
de modo ainda incompleto), da crença na Lei Universal da Reencarnação. Com
efeito, os homens não poderiam considerar Jesus como sendo OU ELIAS, OU JOÃO
BATISTA OU UM DOS ANTIGOS PROFETAS, QUE VOLTARA A VIVER NA TERRA, SENÃO
ADMITINDO QUE A ALMA OU ESPÍRITO, QUER DE ELIAS, QUER DE JOÃO, QUER DE UM DOS
ANTIGOS PROFETAS, REENCARNARA NAQUELE NOVO CORPO QUE – COMO ENTÃO ACREDITAVAM –
ERA OBRA HUMANA DE JOSÉ E MARIA, OS QUAIS, COMO SABEIS, PASSAVAM POR SER O PAI
E A MÃE DE JESUS. Não vos admireis, portanto, de todas aquelas insistentes
palavras de Herodes, tetrarca, filho de Herodes chamado “O Grande”. Ele não
ouviu falar de Jesus só uma vez; por conseguinte, não fez só uma observação
relativamente ao Cristo. As palavras que Lucas registra foram as primeiras que,
a tal respeito, Herodes pronunciou e que repetiu em diversas ocasiões. As que
constam das narrativas de Mateus e de Marcos só mais tarde ele as disse e
também repetiu, em oportunidades diferentes. Quanto ao que se refere à morte de
João e às particularidades dessa morte, nenhuma explicação, precisamos dar: é
uma simples narração de fatos. Notais, apenas, que os Evangelhos segundo Mateus
e Marcos se explicam e completam um pelo outro. A filha de Herodíades não podia,
de antemão, saber qual o efeito que sua dança produziria no rei, nem que este
lhe faria um oferecimento. Portanto, só depois que ouviu a promessa do
tetrarca, foi consultar sua mãe Herodíades. Para dizer a Herodes: DÁ-ME,
AQUI, NESTE MOMENTO, A CABEÇA DE JOÃO BATISTA NUM PRATO!” É que fora
previamente instruída. Ela havia saído e, depois de contar à mãe não só o
efeito que a dança produzira no rei mas, também, o oferecimento que este lhe
fizera, lhe perguntou: “Que devo pedir? E Herodíades prontamente respondeu: “A
cabeça de João Batista num prato, neste mesmo instante!” Esta explicação nós
damos para dissipar a dúvida em vosso Espírito , que julgava estar diante de uma
“contradição” entre os dois Evangelhos citados. MAS, COMO JÁ VOS ALERTAMOS.
NÃO VOS DETENHAIS, NUNCA, ANTE TAIS FUTILIDADES, DESTITUÍDAS DE QUALQUER VALOR!
Na verdade, que importaria que Herodíades tivesse dito à filha, antes ou
depois da dança, antes ou depois do oferecimento do tetrarca, que pedisse a
cabeça do Batista? Entendei: HERODÍADES E SUA FILHA HAVIAM ESCOLHIDO TOMANDO
CADA UMA A SUA PARTE, AQUELA TEMÍVEL PROVA E O MEIO EM QUE DEVIAM SUPORTÁ-LA. Sendo essa prova superior às suas forças, tinham ambas, por isso
mesmo, de sucumbir, e sucumbiram. Tendes alguma dificuldade em compreender que
Deus conheça, antecipadamente, quais os que sucumbirão? Pois assim é: sua
Infinita Sabedoria, conhecendo a fraqueza do Espírito, prevê a que
transviamentos este será levado, no uso do seu livre arbítrio. Se um dos vossos
filhos vos pedir consentimento para desempenhar tarefa superior às suas forças,
E SE OBSTINAR NO SEU INTENTO, NÃO PREVEREIS (AO CONCEDER A LIÇENÇA
SOLICITADA) QUE A FORÇA E A PERSEVERANÇA LHE FALTARÃO? MAS, APESAR DISSO,
CONDESCENDENDO, QUAL O VOSSO OBJETIVO SENÃO LHE DAR ENSEJO DE APRECIAR, COM
JUSTEZA, O SEU VALOR REAL? Herodíades e sua filha depois daquelas provas a
cujo peso faliram, tinham de encontrar (e encontraram) na expiação, mediante
novas provações, uma fonte e um meio de purificação e de progresso.
GN, 17/12/1970
NINGUÉM É PROFETA EM SUA TERRA
P – Diz a sabedoria popular que santo de casa não faz
milagre. Lembramo-nos, então, das palavras de Jesus: “Ninguém é profeta sem
honra senão em sua própria terra e dentro de sua própria casa”. Como o Espírito
da Verdade analisa essas palavras do Mestre?
R – Harmonizemos Mateus, XIII: 53-58 e Marcos, VI:
1-6.
MATEUS: 53 –
Tendo acabado de dizer essas parábolas, Jesus partiu dali; 54 – e, voltando ao
seu país os instruía nas sinagogas, de tal modo que, tomados de admiração, eles
diziam: “De onde lhe vêm esta sabedoria e estes milagres? 55 – Não é ele o
filho do carpinteiro? Sua mãe não é Maria? Tiago, José, Simão e Judas não são
seus irmãos? 56 – E suas irmãs não vivem todas entre nós? De onde, então, lhe
vêm todas essas coisas?” 57 – Assim era que dele se escandalizavam. Jesus,
porém, lhes disse: “Ninguém é profeta sem honra senão em sua terra e dentro de
sua própria casa”. 58 – E lá não fez muitos milagres por causa da incredulidade
deles.
MARCOS: 1 -
Saindo dali, voltou Jesus a sua cidade, acompanhado pelos discípulos. 2 – E,
chegando o dia de sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos dos que o
ouviam, admirando-se da sua doutrina, diziam: “De onde lhe vieram todas essas
coisas? Que sabedoria é essa que lhe foi dada? Como é que suas mãos operam tais
maravilhas? 3 – Não é ele o carpinteiro filho de Maria e irmão de Tiago, de
José, de Judas, e de Simão? E suas irmãs não estão aqui, entre nós?” E se
escandalizavam dele. 4 – Entretanto, Jesus lhes disse: “Nenhum profeta é humilhado
senão em seu país, na sua casa e entre os seus parentes”. 5 – E lá não pôde
fazer nenhum milagre; apenas curou alguns poucos doentes, impondo-lhes as mãos.
6 – E se admirava da incredulidade deles. E continuava percorrendo as aldeias
dos arredores, a ensinar.
Relativamente aos que eram tidos por irmãos e irmãs de
Jesus; à maternidade humana da Virgem Maria, à paternidade humana de José –
segundo o modo de ver dos homens – já dissemos tudo o que precisáveis saber. Já
sabeis quem é o Filho, pela revelação que vos fizemos, da origem espiritual de
Jesus, do modo e das condições em que se deu o seu aparecimento na Terra; do
que foram a gravidez e o parto de Maria; da genealogia do Mestre. Não temos,
pois, de voltar a esses pontos. Versículos 57 de Mateus e 4 de Marcos – Dizendo
que ninguém é profeta sem honra senão em sua terra e dentro da sua própria
casa, tinha Jesus o intento de lembrar aos que o ouviam O CARÁTER E A MISSÃO
DE PROFETA QUE OS OUTROS HOMENS LHE DAVAM, pois aqueles – supondo-o um
homem como os demais, nas mesmas condições de faculdades e de poderes que eles
– se surpreendiam profundamente com a sabedoria da sua doutrina, com as suas
palavras, com os seus ensinamentos e COM OS FATOS QUE PRODUZIA E QUE ERAM
CONSIDERADOS MILAGRES. Do ponto de vista espiritual, essas palavras de
Jesus encerram profunda reflexão filosófica, da mais alta categoria, e tendes
verificado pessoalmente o seu valor. Mateus, 58 – “E lá não fez muitos milagres
por causa da incredulidade deles”. Não sabeis que a oposição dos Espíritos,
encarnados ou não, prejudica a boa influência que se possa exercer? Jesus se o
quisesse teria dominado prontamente aquela influência contrária. Mas, que
conseguiria ele? Que aqueles Espíritos, voluntariamente cegos, FOSSEM
FORÇADOS A VER. ELES, PORÉM, SE OBSTINARIAM EM FECHAR OS OLHOS E,
DESDE ENTÃO, PASSARIAM A MERECER CASTIGO MAIS SEVERO. Ora, o Mestre, com a
infinita caridade do seu coração, jamais provocou a revolta de qualquer
Espírito, a fim de lhe poupar o remorso da falta! Marcos, 5 – “E lá não pôde
fazer nenhum milagre; apenas curou alguns poucos doentes, impondo-lhes as
mãos”. Já dissemos que Jesus “não pôde fazer milagres PORQUE NÃO QUIS
EXERCER SUA AUTORIDADE SOBRE OS ESPÍRITOS REBELDES. Portanto, não houve
impotência, mas ausência de vontade, o que, aos olhos dos homens, era tido por
impossibilidade. NÃO SUCEDE, MUITAS VEZES, EVITARDES FAZER UMA COISA OU
FICARDES SEM PODER EXECUTÁ-LA, POR SE APRESENTAR UM OBSTÁCULO QUE NÃO QUEREIS
DESTRUIR? A versão de Marcos é equivalente à de Mateus. Ambos, em termos
que pouco diferem, exprimem a mesma coisa: Marcos 6 - “E Jesus se admirava da
incredulidade deles”. É este um modo humano de exprimir a opinião de homens que
não viam no Cristo mais que um homem igual aos outros. JESUS NÃO TINHA DE QUE
SE ADMIRAR. NEM PODIA ADMIRAR-SE DA INCREDULIDADE DOS QUE O OUVIAM, PORQUE LIA
O PENSAMENTO DE TODOS, OBSERVAVA OS INSTINTOS E AS TENDÊNCIAS DOS QUE COMPUNHAM
A MULTIDÃO. ALÉM DISSO, VIA OS ESPÍRITOS QUE ATUAVAM NELES, GRAÇAS AO LIVRE
ARBÍTRIO DE CADA UM, ATRAÍDOS POR AQUELES MAUS INSTINTOS E PAIXÕES INFERIORES:
DO CONTRÁRIO, NÃO SERIA O CRISTO DE DEUS.
GN, 16/12/1970
DOMINGO, 27/01/2013
PARÁBOLA DA REDE LANÇADA AO MAR
P – Como estamos estudando as parábolas do Evangelho,
queremos focalizar em
nosso Posto Familiar a parábola da rede de pesca,
principalmente na parte referente à separação dos peixes. Como a interpreta o
Espírito da Verdade?
R – MATEUS XIII: 47-52. 47 – “O reino dos céus é semelhante a uma
rede de pescar, a qual, lançada ao mar, apanha toda espécie de peixes. 48 –
Quando fica cheia, os pescadores a puxam para bordo, onde, sentados, se põem a
separá-los, deitando os bons nos vasos e lançando fora os maus. 49 – Assim será
no fim do mundo: Os Anjos virão separar os maus do meio dos justos, 50 – e os
lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes. 51 - Compreendeis todas essas coisas?” Eles
responderam: - Sim. 52 – Jesus, então lhes disse: “Todo escriba instruído
acerca do reino dos céus se assemelha ao pai de família, que do seu tesouro
tira coisas novas e coisas velhas”.
Não precisamos explicar-vos o símile da pesca: podeis
facilmente compreender que se trata do afastamento dos maus e da escolha dos
bons. Ele deve ser entendido e explicado, em tudo e por tudo, do mesmo modo por
que o foi a parábola do joio. Podeis notar que muitas palavras têm o mesmo
sentido. Foram ditas a homens diferentes muitas vezes em ocasiões diversas, mas
sempre com o mesmo objetivo. “Compreendeis todas essas coisas?” – perguntou
Jesus aos seus discípulos. E eles responderam: - Sim. Eles haviam compreendido
a parábola da pesca tal como lhes foi apresentada, isto é, COMO IMAGEM DA
ESCOLHA QUE, POUCO A POUCO SE IRIA FAZENDO ENTRE OS ESPÍRITOS, A FIM DE QUE, NA
HORA DETERMINADA, JÁ NÃO HOUVESSE MUITOS ESPÍRITOS REBELDES A AFASTAR. Disse-lhes,
ainda, o Cristo: “Todo escriba instruído acerca do reino dos céus se assemelha
ao Pai de família, que do seu tesouro tira coisas novas e coisas velhas”. Por
escriba designava Jesus o homem mais esclarecido do que as massas e encarregado
de espalhar no meio delas as luzes provenientes do tesouro da sua erudição e da
sua inteligência. Os escribas eram os sábios daquela época: espalhavam (ou,
melhor, tinham o dever de espalhar) a luz! Mas, infelizmente, a colocavam
debaixo do alqueire. “Tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas”. Aquele
que se serve da Ciência, que recebeu dos tempos antigos, para fortificar e, por
assim dizer, tornar recomendável aquilo que ele deseja ver acreditado. Assim,
vós outros, modernos discípulos do Cristo, dentro dos limites da vossa
instrução, das vossas faculdades, sempre em busca das Verdades Eternas, deveis
investigar as crônicas antigas, esmiuçar as lendas dos povos, desencavar os
velhos manuscritos – sepultados no fundo das bibliotecas seculares ou dos
avaros conventos que os possuem – e, armados com os vetustos documentos que
possuirdes, DEMONSTRAR AOS TÍMIDOS, AOS INCRÉDULOS, AOS PSEUDO-SÁBIOS DO
MUNDO PROFANO A ANCIANIDADE E A AUTENTICIDADE DA DOUTRINA QUE PROFESSAIS,
SINTETIZADA NO NOVO MANDAMENTO DO SÁBIO DOS SÁBIOS – NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
GN, 15/12/1970
SÁBADO, 26/01/2013
TESOURO OCULTO E PÉROLA DE ALTO PREÇO
P – Disse Jesus: “O reino dos céus é semelhante a um
tesouro oculto num campo; o homem que o achou o esconde e cheio de alegria por
tê-lo achado vai vender tudo o que possui e compra aquele campo”. Qual a
explicação do Espírito da Verdade para Mateus XIII: 44?
R – Aquele que recebe a Palavra de Deus se sente tão
feliz quanto o homem que acha um tesouro, se é que se pode estabelecer
comparação entre sentimentos tão dessemelhantes. Cumpre-lhe encerrar no coração
essa FONTE DE RIQUEZAS ETERNAS, esforçar-se
por que nenhum dos vícios humanos lhe possa arrebatar o precioso tesouro! Vai o
homem e vende tudo o que tem: quer isto dizer que ele se despoja dos erros, dos
maus instintos dos maus pecadores, dos vícios escravizantes, em suma – DE TUDO O QUE O PRENDE A MATÉRIA, como
os bens terrenos o prendem ao solo que os encerra. E compra o campo; faz para
conservar o tesouro espiritual, todos os sacrifícios que a Humanidade exija
dele.
P – Disse ainda o Cristo: “O reino dos céus se
assemelha a um negociante que compra belas pérolas; e, achando uma de alto
preço, vende tudo o que tem para comprá-la”. Que explicação dá a esta passagem
do Evangelho segundo MATEUS, XIII: 45-46, o Espírito da Verdade?
R – Esta parábola tem quase a mesma significação que a
do tesouro oculto. Realmente ela traça a imagem do homem que sinceramente
procura a Verdade e que, achando-a, recebendo-a em seu coração, se desembaraça,
sem hesitar, de todos os seus erros, de todas as suas fraquezas, de todos os seus
maus instintos, de todos os vícios e apetites materiais que, anteriormente,
constituíam TODA A SUA RIQUEZA ILUSÓRIA
E FUNESTA. Dela procura desfazer-se, com a maior diligência, empregando
todos os esforços por conservar a pérola de alto preço que, como o tesouro, é A VERDADE QUE ELE ENCONTROU AO ACEITAR A
PALAVRA DE DEUS.
GN, 13/12/1970
SEXTA-FEIRA, 25 /01/2013
PRANTO E RANGER DE DENTES
P – Desejamos formular nossa última pergunta, relativa
ao capítulo em exame.
Prende-se aos versículos 41 e 42: “O Cristo enviará os seus
Anjos; estes reunirão e levarão para fora do seu reino todos os que são causa
de escândalo e queda, e os lançarão na fornalha de fogo, e ali haverá pranto e
ranger de dentes”. Como o Espírito da Verdade interpreta essa passagem do
Evangelho segundo Mateus?
R – No fim do mundo, nessa época em que se vai operar
a depuração gradual do vosso planeta, mediante a separação do trigo e do joio,
este ainda será queimado, como terá sido antes. ENTRETANTO, O JOIO NÃO PODERÁ MAIS CRESCER AO LADO DO TRIGO. Quer
isto dizer: os “filhos da iniqüidade” serão ainda, como o foram sempre, no
passado, submetidos à expiação. MAS, DAÍ
POR DIANTE, NÃO PODERÃO MAIS REENCARNAR NA TERRA. Os Anjos, que o Cristo
enviará os afastarão do vosso Planeta levando-os para mundos inferiores, onde
os classificarão de acordo com as suas tendências e a sua culpabilidade. Assim,
uns irão para orbes de categoria inferior à que, então, o vosso planeta
ocupará; outros (e ainda serão muitos) irão para planetas da mesma categoria
que a do vosso atualmente. Mas, antes que lhes seja permitido reencarnar nesses
planetas, serão lançados na “fornalha de fogo”, onde haverá pranto e ranger de
dentes, isto é, ENTRANDO EM EXPIAÇÃO, OS
ESPÍRITOS CULPADOS, REBELDES, VOLUNTARIAMENTE CEGOS, SERÃO LANÇADOS AO FOGO DOS
REMORSOS MORAIS, APROPRIADOS E PROPORCIONAIS AOS CRIMES E FALTAS QUE HAJAM
COMETIDO: VERDADEIRO FOGO DE PURIFICAÇÃO QUE GERA E DESENVOLVE O ARREPENDIMENTO
E O DESEJO DA REPARAÇÃO POR MEIO DE NOVAS PROVAÇÕES. Lá, nesses mundos
inferiores, longa e dolorosa expiação consumirá o joio, a planta má.
Entretanto, o Espírito não é passível, como o joio, de ser, pelo fogo, reduzido
a pó. Purificado pela ação do fogo regenerador, germina a boa semente que ele
traz em si e das cinzas do joio brota messes de bom grão! O joio será queimado
tantas vezes quantas forem necessárias, para que se torne bom grão, PARA QUE OS FILHOS DA INIQÜIDADE SE TORNEM
FILHOS DO REINO E ENTREM, A SEU TURNO NA CLASSE DOS JUSTOS. Já o dissemos e agora repetimos: quaisquer que
sejam os versículos do Evangelho de Jesus, onde se leiam estas palavras – FORNALHA DE FOGO, GEENA, FOGO DA GEENA,
PRANTO E RANGER DE DENTES – elas significam sempre a expiação do Espírito
seguida de reencarnação, de novas reencarnações até que seja pago o último
ceitil. Quanto ao versículo 43: “Então os justos brilharão como o sol no reino
do Pai”. Estas palavras tem um sentido figurado: A LUZ QUE BRILHA NOS FILHOS DO SENHOR É A DA VERDADE DA FÉ E DO AMOR.
Os Filhos do Senhor são os justos, a saber, os Espíritos purificados, cujos
perispíritos – por efeito da purificação – se tornaram mais luminosos,
irradiando uma luz cuja pureza e cujo brilho correspondem ao grau da elevação
alcançada. OS MUNDOS SUPERIORES FORMAM O
REINO DE DEUS: O VOSSO PLANETA DESDE QUE ATINJA A NECESSÁRIA ELEVAÇÃO, LHES
PERTENCERÁ AO NÚMERO CONSTITUINDO – SE QUEREIS UMA COMPARAÇÃO HUMANA - UMA DAS
PROVÍNCIAS DO REINO DE DEUS.
GN, 12/12/1970
QUINTA-FEIRA, 24/01/2013
OS CEIFEIROS DA PARÁBOLA
P – Não temos palavras para exprimir nossa alegria,
ante as ações do CEU DA LBV! Nesta parábola, de tanta grandeza espiritual,
desejamos esclarecimentos sobre os ceifeiros de que fala Jesus, no versículo
39. Que nos diz, sobre este ponto, o Espírito da Verdade?
R – Os ceifeiros ou Anjos são indistintamente, todos
os Espíritos do Senhor, encarnados em missão ou não encarnados que trabalham na
obra do progresso da regeneração e da purificação da Humanidade terrestre.
Facilmente se compreende que OS QUE
TRABALHAM NESSA OBRA SEJAM INCUMBIDOS DA COLHEITA. Versículos 40, 41 e 42 –
O reino do Filho do Homem e a Terra com sua Humanidade. Quando uma e outra
houverem chegado ao período de depuração e de progresso, no qual os Espíritos
inferiores culpados, rebeldes, voluntariamente cegos, serão afastados do vosso
planeta e deportados para mundos inferiores, OS ANJOS REUNIRÃO E LEVARÃO PARA FORA DO REINO DE JESUS OS QUE SÃO
CAUSA DE ESCÂNDALO E QUEDA: TODOS AQUELES QUE COMETEM INIQÜIDADE. Os Anjos
de que o Mestre fala serão os Espíritos Superiores e os Espíritos Puros, e não
os encarnados em missão porquanto A
SELEÇÃO E A CLASSIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS, QUE PERMANECEREM CULPADOS E REBELDES,
SE FARÁ ESTANDO ELES NA ERRATICIDADE. Não
esqueçais que, revestidos da libré de carne que trazeis, todos os Espíritos são
mais ou menos falíveis, embora se trate dos que na Terra se acham empenhados na
obra de regeneração. Nenhum pois, por aquela só razão, tem o direito de julgar
seus irmãos também encarnados, de dizer a qualquer deles: “TU ÉS CULPADO E EU SOU TEU JUIZ” ou “ FALISTE E EU TE CONDENO OU TE ABSOLVO”. Um Espírito, por mais
purificado que esteja, logo que toma a condição humana, lhe sofre a influência
mais ou menos forte. Sendo, desde então, mais ou menos falível e lhe interdito
julgar. Por tudo isso, OS ESPÍRITOS
SUPERIORES E OS ESPÍRITOS PUROS SÃO OS QUE, LIVRES DE QUALQUER CONTATO HUMANO,
VIRÃO SEPARAR DO TRIGO O JOIO QUE SERÁ LANÇADO AO FOGO.
GN, 11/12/1970
QUARTA-FEIRA, 23/01/2013
O FIM DO MUNDO
P – Todos estão interessados em saber a significação
do “fim do mundo”, que está no versículo 40 do capítulo em pauta. Como explica o Espírito da Verdade no CEU da LBV?
R – O fim do
mundo, predito por Jesus e que, na parábola, corresponde ao tempo da ceifa,
não é o que as interpretações humanas figuraram. Não se trata de um fenômeno
repentino, como o imaginaram erroneamente quantos acreditaram que, de um
instante para outro, o mundo inteiro seria transformado e renovado. O FIM DO MUNDO ESTÁ SENDO PREPARADO HÁ
MUITO TEMPO E, POUCO A POUCO, SE VAI OPERANDO. Avançais para a época em
que, pela só influência da vossa presença entre eles, os Espíritos inferiores
que encarnam na Terra serão repelidos e fugirão para outros meios que lhes
sejam menos incômodos. OS ESPÍRITOS
INFERIORES, COMO SABEIS, TEMEM A PRESENÇA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS. Não é
natural que o homem devasso e vil fique embaraçado, pouco à vontade, numa
reunião de pessoas de escol das mais instruídas e virtuosas? E não é natural,
também, que volte – assim que lhe seja permitido – para o meio de seus iguais?
É o que se dará com os Espíritos inferiores; quando chegar o fim do mundo, isto
é, QUANDO, POR SE HAVEREM ELEVADO AS
VOSSAS NATUREZAS, MUDANDO DE ORDEM, SUBINDO NA HIERARQUIA ESPIRITUAL, TUDO
MUDARÁ EM TORNO DE VÓS.
O joio terá sido, então, lançado ao fogo da purificação e o bom grão
refulgirá aos olhos do Pai Celestial. Nesse tempo em que o vosso progresso será
bastante para repelir os Espíritos inferiores que vos cercam, entrareis no
princípio da Vida Espiritual. Quer isto dizer que, tanto para o homem quanto
para o planeta, a matéria será depurada, sem passar, contudo às condições de
fluidos puros. Compreendei bem todas as fases, todos os graus que, de modo mais
ou menos material mais ou menos sutil,
SEPARAM OS ESPÍRITOS ENCARNADOS NOS DIVERSOS MUNDOS QUE ELES OCUPAM.
Chegando à primeira fase espiritual, a primeira separação da matéria espessa,
entrareis numa categoria de Espíritos cujo INVÓLUCRO
LEVE difere inteiramente do vosso invólucro atual, sem ser, todavia,
completamente fluídico. Será uma vestimenta nova, que tereis de mudar ainda
muitas vezes, antes de poderdes habitar MUNDOS
FLUÍDICOS, o que acontecerá um dia, pois não deveis acreditar que,
alcançando esse grau de adiantamento, estejais circunscrito ao planeta em que
viveis. A Terra também terá progredido; mas, nessa ocasião, TODOS OS MUNDOS CUJA CATEGORIA CORRESPONDA A DOS VOSSOS ESPÍRITOS, VOS
PODERÃO SERVIR DE MORADA: NÃO ESTAREIS ADSTRITOS A HABITAR ESTES DE PREFERÊNCIA
AQUELES. O fim do mundo, compreendido como sendo a época da colheita, se
apresenta dividido em três períodos distintos: o primeiro é aquele em que aos
Espíritos inferiores foi e será “permitido” encarnar na Terra para – por
sucessivas expiações e reencarnações – se purificarem, passarem de “filhos da
iniqüidade”, que eram a “filhos do reino”; o segundo é aquele em que o joio
começará a ser separado do trigo, aquele em que os Espíritos que se mantiverem
culpados, rebeldes, voluntariamente cegos, serão afastados do vosso planeta e
deportados para mundos inferiores; o terceiro é aquele em que, concluída a
separação do trigo e do joio, estará acabado o afastamento dos Espíritos
inferiores; é portanto, aquele em que A TERRA SE TERÁ TORNADO MORADA DE PAZ E DE
FELICIDADE, DE BONS ESPÍRITOS JÁ APTOS A ENTRAR NA VIDA ESPIRITUAL, O QUE SE
FARÁ COMO DISSEMOS, E A AVANÇAR, SOB A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS DO SENHOR E DE
ESPÍRITOS ENCARNADOS EM MISSÃO NA VIA
DO PROGRESSO, PELA CARIDADE, PELA CIÊNCIA, PELO AMOR INFINITO DO NOVO
MANDAMENTO DO CRISTO DE DEUS!
GN, 10/12/1970
TERÇA-FEIRA, 22/01/2013
A PARÁBOLA DO JOIO
P – Os componentes do nosso Posto querem a explicação
da parábola do joio, na Cruzada do Novo Mandamento no Lar. Como a interpreta
pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Mateus, XIII 36-43. 36 – Tendo despedido a multidão, entrou
Jesus em sua casa. E os discípulos acercando-se dele, lhe pediram: “Explica-nos
a parábola do joio semeado no campo”. 37 – Ele, respondendo, lhes disse:
“Aquele que semeia o bom grão é o Filho do Homem. 38 – O campo é o mundo; os
filhos do reino representam o bom grão; os filhos da iniqüidade são o joio. 39
– O inimigo que o semeou é Satanás; o tempo da colheita é o fim do mundo; os
ceifeiros são os Anjos do Senhor. 40 – O que se faz com o joio, que é arrancado
e queimado no fogo far-se- á no fim do mundo. 41 – O Filho do Homem enviará os
seus Anjos, estes reunirão e levarão para fora do seu reino todos os que são
causa de escândalo e de queda, 42 – e os lançarão na fornalha de fogo e ali
haverá pranto e ranger de dentes. 43 – Então, os justos brilharão como o sol,
no reino do Pai. Ouça quem tiver ouvidos de ouvir!”
Estas últimas palavras do Mestre (“OUÇA QUEM TIVER
OUVIDOS DE OUVIR!”) mostram que ainda era velada a própria linguagem usada
na explicação da parábola, deixam ver que para a compreensão exata dos termos
empregados e dos pensamentos que eles vestem, necessário é libertar da letra,
que mata, o espírito que vivifica. Elas advertiam os homens de que tivessem
cuidado com a maneira de entender a explicação que lhes era dada. OS HOMENS,
PORÉM, COMPREENDERAM E INTERPRETARAM AS PALAVRAS DE JESUS SEGUNDO A LETRA, DE
ACORDO COM OS PRECONCEITOS E TRADIÇÕES DA ÉPOCA! MATERIALIZANDO AS EXPRESSÕES
DO CRISTO, FALSEARAM-LHES O SENTIDO E A INTERPRETAÇÃO. Mas a Nova
Revelação, que vos trazemos à luz do Novo Mandamento, vem explicar o pensamento
real de Jesus. Atenção para o versículo 37: encarregado do progresso da Terra e
da sua Humanidade, isto é, do progresso dos Espíritos que nela encarnem, Jesus
– desde o aparecimento do homem no vosso planeta - vem semeando o bom grão e o
semeará sempre; sempre trabalhou e trabalha na obra da vossa regeneração, por
intermédio dos espíritos que o coadjuvam no desempenho da sua missão, E
TRABALHARÁ NELA ATÉ QUE AQUELES ESPÍRITOS ATINJAM A PERFEIÇÃO QUE OS FARÁ
OCUPAR, NA HIERARQUIA ESPIRITUAL, A CATEGORIA DOS ESPÍRITOS PUROS. Tendo
vindo (pelas palavras que proferiu pelos atos que praticou, pelos ensinos e
exemplos que espalhou) traçar a via do progresso e assentar as bases
fundamentais da regeneração humana. Jesus veio, é evidente, semear o bom
grão. Chamando-se a si mesmo O FILHO
DO HOMEM, lembrava aquela missão que, aos olhos materiais era humana. Ao
mesmo tempo, pela explicação velada que deu da parábola apropriando às
inteligências e as condições da época a sua linguagem que pela letra, atendia
às necessidades do momento e, pelo espírito, atenderia às do futuro, MOSTRAVA
SEU PODER E SUA SOBERANIA COMO REPRESENTANTE DE DEUS; COMO TENDO RECEBIDO DO
ETERNO PAI A INVESTIDURA DE REI DO VOSSO PLANETA, AO QUAL CHAMA “SEU REINO”;
COMO TENDO DEBAIXO DE SUA AUTORIDADE E AS SUAS ORDENS, OS “ANJOS” DO SENHOR;
COMO TENDO TODO O PODER SOBRE A TERRA E,
BEM ASSIM SOBRE AS GERAÇÕES HUMANAS, DESDE A PRIMEIRA ATÉ A ÚLTIMA; COMO SENDO
QUEM NO “FIM DO MUNDO”, FARÁ QUE SEUS “ANJOS” REUNAM E LEVEM PARA FORA DA TERRA
OS FILHOS DA INIQÜIDADE SIMBOLIZADOS PELO JOIO, E QUEM OS MANDARÁ LANÇAR NA
FORNALHA DE FOGO”, ONDE HAVERÁ PRANTO E RANGER DE DENTES. Nessa ocasião, os
filhos do reino, simbolizados pelo bom grão já se havendo tornado justos
permanecerão no seu reino, brilhando como o sol. Versículo 38 – o campo
representa o mundo, isto é, o vosso planeta e a sua população. Os filhos do
reino, simbolizados pelo bom grão, são os que tendem a progredir e se esforçam
por consegui-lo. Os filhos da iniqüidade, cujo símbolo é o joio, são os que
cedem as más influências, por serem ainda maus os seus instintos. Versículo 39
– Satanás, que semeou, semeia e ainda semeará na terra o joio – e que figura na
parábola como sendo “o inimigo” – são TODOS OS ESPÍRITOS MAUS, DO ERRO E DA
MENTIRA, IMPUROS, LEVIANOS, PERVERSOS, (ENCARNADOS OU ERRANTES) QUE, PROCURANDO
EXERCER PERNICIOSA INFLUÊNCIA SOBRE OS HOMENS, TRABALHAM POR LHES TRAVAR A
EVOLUÇÃO, FAZENDO-OS EVITAR O BEM E PRATICAR O MAL POR PENSAMENTOS, PALAVRAS E
ATOS. Em suma, trabalham por arrasta-los para fora das vias do Senhor.
Estas vias são as que de modo completo se acham indicadas pelas seguintes
palavras de Jesus, uma vez que sejam bem compreendidas e praticadas em toda a
sua extensão, dos pontos de vista material, moral e intelectual tanto nas
relações sociais como nas de família, como ainda no trato de cada um consigo
mesmo: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, COMO EU VOS AMEI. PROCEDEI SEMPRE EM TUDO,
PARA COM TODOS, COMO QUEREIS QUE PROCEDAM PARA CONVOSCO”.
GN, 09/12/1970
SEGUNDA-FEIRA, 21/01/2013
O ESTADO ATUAL DA SEMENTE DIVINA
P – Não podem ser mais claras as lições do CEU da LBV.
Mas, neste fim de ciclo apodrecido e gasto, que diz o Espírito da Verdade sobre
o estado da semente divina?
R – Desde que o homem apareceu na Terra, o progresso
das gerações humanas e a ampliação desse progresso, a germinação e o
crescimento da semente que produz a erva e depois a espiga, foram auxiliados – DE ACORDO COM A BOA VONTADE IMUTÁVEL DE
DEUS – na erraticidade pela influência oculta dos Espíritos do Senhor e no
vosso mundo pelos Espíritos sempre superiores aos da massa geral dos homens
sucessivamente enviados em missão por Nosso Senhor e Mestre Jesus. Esses mesmos
Espíritos vão agora auxiliar – conforme a natureza e ao estado dos produtos, ao
grau de fertilidade e de calor dos terrenos – a formação do grão, a maturação
do que já esteja formado, a fim de que, em chegando a hora da ceifa, por eles
possa a foice passar, como já tem passado pelos que amadureceram e passa pelos
que vão amadurecendo, DESDE QUE A NOVA
REVELAÇÃO ESPARGIU A SUA LUZ NA TERRA, PORQUE PARA ESSES CHEGOU O TEMPO DA
SEGA. Neste momento o grão está formando; o grão amadurece e, em certas
partes escolhidas, já está maduro ou já foi ceifado. Aparentemente, a Nova
Revelação veio tarde; contudo, em muitos lugares o grão já não está formado?
Noutros, os raios benfazejos do Sol da Verdade não produziram a maturação de
muitas Almas? Finalmente, em certos lugares escolhidos, os ardores vitalizantes
deste Sol não maduraram espigas que cuidadosamente colhemos? A SEARA TODA AINDA NÃO ESTÁ MADURA: LONGE
DISSO. Mas já se fazem colheitas
parciais e o vasto campo, que o senhor nos confia apresenta terrenos bem mais
férteis preparados para o amadurecimento dos frutos. É que o sol da verdade
doura as espigas que se formam e os grãos se desenvolvem. Submetei,
portanto, ao calor de seus raios as espigas com que contamos a fim de que
amadureçam no momento em que se haja de fazer a colheita. Deixai que penetrem nelas
as fecundantes ardências com que o Senhor as abençoa; e cada espiga madura se
confiará as benditas mãos dos ceifeiros. Quando os feixes de espigas escolhidas
estiverem formados, lançaremos de novo na terra esses grãos fecundos. Eles,
então, penetrados do Amor Divino, fornecerão fartas colheitas e tornarão
produtivos os mais ingratos terrenos. PREPARAI,
POIS, AS ESPIGAS QUE TERÃO DE FORNECER AS SEMENTES. A alegoria é clara e
todos vós podeis compreende-la: os grãos fecundos são espíritos purificados que
descerão à Terra em gloriosas missões, ajudando os encarnados a progredir moral
e intelectualmente, a passar pelas suas provas trilhando o caminho traçado por
Jesus no seu Novo Mandamento. Vamos, filhos bem-amados, purificai-vos,
elevai-vos, curvando sempre a fronte diante da Majestade Divina: curvai-a tanto
mais quanto mais se houver elevado o vosso coração! Disse o Mestre: “Quando o
fruto chega à maturidade, chega a hora da colheita”. Pois bem, QUANDO ESTIVERDES MADUROS, IREMOS
BUSCAR-VOS PARA JUNTO DE NÓS, A FIM DE VOS DARMOS – SOB AS VISTA DO CRISTO E DE
ACORDO COM A BOA VONTADE DE DEUS – AS INSTRUÇÕES QUE FOREM NECESSÁRIAS, PARA
IRDES AUXILIAR O AMADURECIMENTO DO GRÃO. E, passada por ele a foice divina,
realizada a gloriosa colheita, prepararemos a semente para a semeadura
seguinte: assim se efetivam a depuração e o renovamento das gerações humanas.
Agora podem todos entender os versículos 34 e 35 de Mateus: o que, com relação
à Vida Eterna – Jesus revelava aos homens, sob o mistério e nas obscuridades
das parábolas, ainda não fora dito. Os hebreus acreditavam na imortalidade da
Alma, sim, mas de modo vago. Jesus veio dar corpo ao que não passava de uma
sombra, tanto para os discípulos quanto para os judeus rebeldes. E diz Marcos,
nos versículos 34 e 35: “Jesus falava aos da multidão e aos discípulos por
muitas parábolas, de acordo com o que eles podiam entender; não lhes falava sem
parábolas. Mas longe da multidão, tudo explicava aos discípulos”. Ensinava aos discípulos o sentido em que
deviam tomar as palavras que lhes dirigia. Contudo, só lhes deixava entrever o
que elas continham de profético, não lhes dando mais do que eles podiam
suportar como encarnados, nem mais do que deviam ter consigo para o desempenho
de suas missões, sob o império e o véu da letra. Deixou velado TUDO O QUE DEVESSE PERMANECER SECRETO E
OCULTO, PARA SOMENTE SER DESCOBERTO E DESVENDADO PELA NOVA REVELAÇÃO, QUE AGORA
ILUMINA TODOS OS HOMENS – OS QUE TÊM OLHOS DE VER E OUVIDOS DE OUVIR!
GN, 08/12/1970
DOMINGO, 20/01/2013
SEM QUE O HOMEM SAIBA COMO
P – No capítulo em pauta, disse Jesus, comparando o
reino de Deus à semente que o homem lança à terra: “Quer ele durma, quer vigie
noite e dia, a semente germina e cresce, SEM QUE O HOMEM SAIBA COMO”. Qual a
explicação do Espírito da Verdade a essa passagem do Evangelho?
R – Marcos, IV: 26-29 – “E Jesus dizia: O reino de Deus é semelhante a um homem que lança a
terra a semente. Quer o homem durma, quer vigie noite e dia, a semente germina
e cresce, sem que ele saiba como; pois a terra por si mesma, produz primeiro a
erva, depois a espiga e, afinal, o grão que cobre a espiga. E, quando o fruto
já está maduro logo se lhe mete a foice, pois é esse o momento da ceifa”.
Jesus mostrava, com essa comparação, que O ESPÍRITO DO HOMEM TEM DE PASSAR
COMO A SEMENTE LANÇADA A TERRA, PELAS FASES DE GERMINAÇÃO, DE CRESCIMENTO, DE
TRANSFORMAÇÃO, DE DESENVOLVIMENTO, DE FRUTIFICAÇÃO E TEM DE ATINGIR A
MATURIDADE MORAL E INTELECTUAL, A FIM DE SE POR, CHEGADO O TEMPO DA CEIFA, AO
ALCANCE DAS MÃOS DOS CEIFADORES, INCUMBIDOS DA COLHEITA PARA O REINO DE DEUS.
“Quer o homem durma, quer vigie noite e dia, ela germina e cresce, sem que ele
saiba como”, disse o Mestre, falando da semente lançada à terra, porque, na
época de sua missão, os homens (especialmente aqueles que o ouviam) cuidavam
pouco de remontar à origem das coisas de aprofunda-las para lhe seguirem a
marcha. Observai que de todos os povos antigos, o hebreu era um dos mais
obstinados: aceitava – embora com repugnância – os progressos que lhe impunham
já realizados, mas tão orgulhoso se mostrava da sua raça que nada procurava
alcançar por si mesmo. ATÉ HOJE, A SEMENTE DIVINA GERMINOU E CRESCEU SEM QUE
O HOMEM SOUBESSE COMO O PROGRESSO SE EFETUOU SEM QUE ELE SOUBESSE QUAIS OS
SECRETOS CAMINHOS QUE LHE ERAM ABERTOS PELA INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS DO
SENHOR, SECUNDADOS PELOS ESPÍRITOS EM MISSÃO NA TERRA. O homem, não fora a sua apatia, desde muito tempo teria podido
observar o trabalho da semente divina. Mas, à semelhança daqueles hebreus de
dura cerviz, os que obtiveram a semente deixaram-na crescer sem perscrutarem
esse fenômeno. A Nova Revelação, esclarecendo-vos acerca das influências que
vos cercam, vos inicia nos meios reais de realizardes o vosso progresso e vos
coloca nas condições de compreenderdes os fenômenos da GERMINAÇÃO E DO
CRESCIMENTO DA SEMENTE DIVINA. Nasça ou morra o homem, durma ou vigie, o
progresso continuará a sua marcha. Com o tempo, e mediante a reencarnação, o
progresso dos culpados e rebeldes se há de operar: A LUZ DO EVANGELHO E DO
APOCALIPSE BRILHA NA TERRA E ILUMINA OS PASSOS DE TODOS OS HOMENS. Ai dos
que se conservarem voluntariamente cegos! Também eles progredirão, mas – para
acompanharem a marcha da evolução – terão de sofrer, em planetas inferiores, as
longas e dolorosas expiações que se houverem tornado necessárias a fazê-los
melhorar moralmente. Liberto da letra, o espírito, a parábola da semente
lançada à terra é o emblema dos períodos que a Humanidade percorreu e transpôs
na via do progresso desde o aparecimento do Homem na Terra assim como dos
períodos que ela tem de percorrer e transpor para a sua regeneração. O olhar
profundo do Mestre sondava tanto o passado quanto o futuro. A erva que aflorou
ao solo, produto da germinação da semente designa o tempo escoado desde esse
aparecimento até aos vossos dias. A formação dos grãos que cobrem a espiga os
próprios grãos já formados é o fruto ao qual, quando maduro, se aplica a foice,
por ser essa a época da ceifa designam os tempos atuais de fim de ciclo E
TUDO SE REALIZA EM
CUMPRIMENTO AOS SAGRADOS DESÍGNIOS DE DEUS, SEM QUE O HOMEM
SAIBA COMO!
GN, 06/12/1970
SÁBADO, 19/01/2013
A PARÁBOLA DA MASSA FERMENTADA
P – Disse
Jesus: “O reino dos céus se assemelha ao fermento que uma mulher toma e mistura
com três medidas de farinha, até que a massa fique inteiramente levedada”. Como
explica essa parábola o Espírito da Verdade pelo CEU da LBV?
R – Formulando
essa parábola, figurou Jesus, para que todos ali o compreendessem, O TRABALHO SECRETO, MAS PERMANENTE, DA
SEMENTE REGENERADORA QUE O MESTRE LANÇAVA NOS CORAÇÕES HUMANOS. Os séculos a desenvolveram, mas – na
maioria dos homens – ela apenas aflora. Longe estais ainda da época em que essa
semente, como o grão de mostarda se tornará árvore em cujos galhos frondosos se
abrigarão os fiéis. Precisando, na parábola, o número de medidas de farinha a
serem misturadas com o fermento, Jesus só o fez para apropriar sua linguagem
aos costumes da época. Aquela quantidade de farinha era a que as donas de casa
levedavam de cada vez. Livrando da letra o espírito imortal o Reino de Deus –
que nela é comparado ao fermento com que se leveda a massa de farinha –
representa AQUELA SEMENTE QUE, PELA SUA
DOUTRINA MORAL PELOS SEUS ATOS, PALAVRAS E ENSINAMENTOS, JESUS LANÇOU NOS
CORAÇÕES E QUE, POR UM TRABALHO SECRETO E CONTÍNUO, NO PASSADO (TRABALHO QUE NO
PRESENTE VIMOS ATIVAR COM A NOVA REVELAÇÃO E QUE TRIUNFARÁ NO FUTURO PRÓXIMO),
ELEVARÁ O ESPÍRITO, FAZENDO-O ATINGIR A PERFEIÇÃO, GRAÇAS AO QUAL LHE SERÁ DADO
GOZAR DA FELICIDADE DIVINA, ONDE QUER QUE SEJA. A levedação da massa
representa a meta que estará alcançada pelo Espírito, quando tiver alcançado
aquela pureza. Todos vós tendes no coração a levedura que o Senhor nele
depositou. Esperamos que a fermentação que provocamos e ativamos na medida do
que nos é prescrito, faça chegar à levedação da massa ao ponto que deve
atingir. O fermento ainda se encontra na massa, e muito tempo passará até que
ela fique inteiramente levedada. Como dizia Jesus, dizemos nós: nossas palavras
não passarão. Mas as gerações humanas se sucederão em grande número, antes que
o fermento acabe de levedar a massa. Regular tem de ser a marcha do progresso
daqui por diante, como regular foi até aqui idêntica – embora inversa – à da
bola que desce da montanha. De fato, enquanto a bola desce, o progresso
inversamente galga a montanha. Seus passos são, a princípio, lentos e penosos;
mas pouco a pouco, vencidas as primeiras dificuldades, ele abre passagem mais
facilmente e acaba por descobrir cavado na rocha, o carreiro que o conduzirá ao
cimo. Desde então acelera a marcha e, aos saltos, como cabrito que caçadores
perseguem se lança em desabalada corrida transpõe todos os obstáculos e, afinal
chega ao sítio bendito que buscava. A marcha da bola que desce da montanha
também foi, a princípio, lenta; depois se acelerou pouco a pouco e – agora que
chegou quase à metade do percurso que tem de fazer – sua rapidez aumenta na
razão do impulso inicial que recebeu. Em breve, descerá aos saltos, para
atingir o termo da descida. Mas, repetimos,
ELA SE ACHA APENAS A MEIO DO PERCURSO QUE TEM DE FAZER. NÃO VOS DEIS PRESSA,
PORTANTO, EM ACREDITAR NA RÁPIDA RENOVAÇÃO DOS HOMENS, PARA EVITAR DECEPÇÕES
INEVITÁVEIS. Trabalhai com zelo pela melhoria moral e intelectual de vossos
irmãos. Quando o trabalho espiritual se adiantar, vereis que o aspecto físico
do planeta mudará: ANTES, PORÉM, QUE A
HABITAÇÃO SEJA RECONSTRUÍDA SEGUNDO À LUZ DO NOVO MANDAMENTO, MISTER SE FAZ QUE
OS HABITANTES SE ACHEM EM CONDIÇÕES DE NELA ENTRAR. Tudo se encadeia na
obra divina: ao que é matéria só a matéria convém. Insistimos, portanto: quando
progredindo moral e intelectualmente, houverdes chegado a viver mais a vida
espiritual do que a vida animal, vereis que o aspecto do vosso mundo irá
mudando gradualmente. SUA CONSTITUIÇÃO
MATERIAL SE APERFEIÇOARÁ NA MESMA GRADAÇÃO: MUDANDO DE NATUREZA AS NECESSIDADES
DO HOMEM, OUTRA PASSARÁ A SER A DESTINAÇÃO DOS PRODUTOS DO SOLO. A matéria não foi criada para o Espírito
e sim para o corpo. Quanto menos a carne imperar em vós, tanto mais diminuirão
as necessidades materiais e tanto mais por conseguinte, o planeta se
modificará, PARA ADAPTAR-SE AS MUDANÇAS
OPERADAS NA VOSSA PRÓPRIA NATUREZA TANTO A TERRA QUANTO A HUMANIDADE TEM POR
DESTINO PROGREDIR, SEM CESSAR, PARA CONDIÇÕES FLUÍDICAS, PORQUE ESTE É O
OBJETIVO UNIVERSAL.
GN, 05/12/1970
SEXTA-FEIRA, 18/01/2013
A PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA
P – O
interesse pelas parábolas, explicadas em espírito e verdade, cresceu de forma
impressionante em nosso Posto Familiar.
Todos querem compreender, agora, a do grão de mostarda. Como a interpreta o
Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R –
Harmonizemos Mateus, XIII: 31-35; Marcos, IV: 26-34; Lucas, XIII: 18-22.
MATEUS: 31 – Jesus lhes propôs outra parábola,
dizendo: “O reino dos céus se assemelha ao grão de mostarda, que um homem tomou
e semeou no seu campo. 32 – Esse grão, que é a menor de todas as sementes,
quando cresce, torna-se planta maior do que todas as outras; torna-se árvore em
cujos ramos os pássaros do céu vêm habitar”. 33 – E lhes disse, também, esta
outra parábola: “O reino dos céus se assemelha ao fermento que uma mulher toma
e mistura com três medidas de farinha, até que a massa fique inteiramente
levedada”. 34 – Jesus disse, por parábolas todas essas coisas à multidão; não
lhes falava sem parábolas, 35 – a fim de se cumprirem estas palavras do
profeta: “Eu abrirei minha boca para falar por parábolas, revelarei coisas que
estão ocultas desde a formação do mundo”.
MARCOS: 26 – E Jesus dizia: “O reino de Deus é
semelhante a um homem que lança à terra a semente. 27 – Quer o homem durma,
quer vigie noite e dia, a semente germina e cresce, sem que ele saiba como; 28
– pois a terra, por si mesma, produz primeiro a erva, depois a espiga e,
afinal, o grão que cobre a espiga. 29 – E, quando o fruto já está maduro, logo
se lhe mete a foice, pois é esse o momento da ceifa.” 30 – Disse mais Jesus: “A
que podemos comparar o reino de Deus? Por que parábola o representaremos? 31 –
Ele se assemelha a um grão de mostarda que, ao ser semeado, é a menor de todas
as sementes que existem na terra. 32 – Mas, uma vez semeada, ela cresce e se
torna maior do que todos os arbustos; deita grandes ramos a ponto de as aves do
céu poderem aninhar-se à sua sombra”. 33 – E assim lhes falava por muitas
parábolas, de acordo com o que eles podiam entender. 34 – Não lhes falava senão
por parábolas; mas a sós com os discípulos, tudo lhes explicava.
LUCAS: 18 – Dizia Jesus: “A que é semelhante o reino
dos céus? Como que o poderei comparar? 19 – Assemelha-se ao grão de mostarda,
que o homem toma e planta no seu horto; ele germina, cresce e se torna árvore grande
em cujos ramos pousam os pássaros do céu”. 20 – E disse mais: “A que poderei
comparar o reino de Deus? 21 – Ele se assemelha ao fermento que uma mulher toma
e mistura com três medidas de farinha até que a massa fique completamente
levedada” 22 – E assim ia ensinando pelas cidades e aldeias a caminho de
Jerusalém.
Assemelhando e comparando o reino dos céus ao
grão de mostarda, Jesus mostrava à multidão que, POR MÍNIMO QUE SEJA O PONTO
DE ONDE SE PARTA PARA CHEGAR AO CÉU, ELE SE PODE DESENVOLVER E PRODUZIR
RESULTADOS GRANDIOSOS. Esses o objetivo e a razão de ser da parábola do
grão de mostarda, aplicada à época em que Jesus falava. Seu pensamento, porém, abrangia
o presente e o futuro. Libertando da letra, que mata, o espírito, que vivifica,
ela comporta uma explicação mais ampla. A comparação do reino dos céus com um
grão de mostarda, que se torna árvore grande, em cujos os ramos os pássaros do
céu vêm habitar, encerra uma figura alegórica: o grão de mostarda representa o
ponto de partida, a origem, o germe do planeta e da Humanidade terrestre, o
estado rudimentar de um e de outra; o crescimento oculto do grão, sua
afloração, seu desenvolvimento e sua transformação em árvore simbolizam as
fases por que passou, no estado latente, o vosso planeta durante a sua
formação, que se operou de acordo com as Leis Naturais Imutáveis, sob a ação
espiritual do Senhor Onipotente: simbolizam as fases da formação dos reinos
mineral, vegetal, animal e humano, as do aparecimento, desenvolvimento e
progresso desses reinos, as de depuração e transformação física do planeta e de
transformação física, moral e intelectual da Humanidade. OS RAMOS DA ÁRVORE,
ONDE OS PÁSSAROS DO CÉU VIRÃO HABITAR, INDICAM O GRAU DE DESENVOLVIMENTO QUE O
PLANETA TEM DE ATINGIR PARA SE TORNAR MORADA DE PAZ E FELICIDADE, QUE OS
ESPÍRITOS PURIFICADOS VIRÃO HABITAR PARA COM ELA CONTINUAREM A PROGREDIR POR UM
NOVO CAMINHO ASCENDENTE QUE OS LEVARÁ À PERFEIÇÃO, MEDIANTE O CONCURSO E O
AUXÍLIO DOS ESPÍRITOS DO SENHOR, SOB A DIREÇÃO DO CRISTO DE DEUS.
GN, 04/12/1970
QUINTA-FEIRA, 17/01/2013
A PARÁBOLA DO TRIGO E DO JOIO
P – Uma passagem que desejamos ver explicada é a do
joio semeado entre o trigo. Como a interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da
Verdade?
R – Evangelho segundo Mateus, XIII: 24-30.
24 – E Jesus
lhes propôs outra parábola, dizendo: “O reino dos céus é semelhante a um homem
que semeou bom grão no seu campo. 25 – Enquanto os homens dormiam, veio o
inimigo dele, semeou joio no meio do trigo e se foi embora. 26 – A plantação do
homem germinou, cresceu e deu espigas, mas com ela cresceu também o joio. 27 –
Os servos do pai de família vieram dizer-lhe: – Senhor, não semeastes bom grão
no vosso campo? Como é que nele há joio? 28 – Respondeu: - Foi o inimigo quem o
semeou. Os servos lhe perguntaram: - Quereis que vamos arrancá-lo? 29 – Ele
replicou: - Não, pois receio que, arrancando o joio, arranqueis ao mesmo tempo
o trigo. 30 – Deixai que ambos cresçam juntos, até à ceifa. Quando chegar a
hora de ceifar, direi aos ceifeiros: – Arrancai primeiro o joio e atai-o em
feixes, para ser queimado: mas o trigo empilhai-o no meu celeiro.”
Os Espíritos não se acham todos no mesmo grau de
desenvolvimento. Entre vós, uns são elevados, enquanto outros se encontram no
início das suas provações morais. Diante disso seria cabível que – para se operar a renovação da vossa
geração espiritual – se condenasse toda a geração material a perecer num novo
dilúvio, semelhante ao de que falam os antigos? Não. O joio cresce ao lado do
bom grão DEPOIS EM CADA COLHEITA, O JOIO, PARA SE PURIFICAR, É LANÇADO AO FOGO
DA ESPIAÇÃO, AO MESMO TEMPO QUE O BOM GRÃO É GUARDADO NOS CELEIROS DO SENHOR.
Não vos equivoqueis quanto ao sentido das nossas palavras, ao falarmos do
dilúvio tal como é figurado. Quisemos, tão somente apresentar-vos à
inteligência a idéia de uma calamidade geral. Se o dilúvio se houvesse
produzido nas condições em que o narram as tradições humanas, não teríamos dito
“semelhante ao de que falam os antigos”. Não, não houve dilúvio no sentido de
cataclismo completo: houve renovamentos parciais. As transformações sucessivas,
por que a Terra tem passado, desde que saiu do estado de fluidez
incandescente até aos vossos dias, são A
OBRA DE PREPARAÇÃO E DE PROGRESSO GRADUAIS DOS REINOS MINERAL, VEGETAL, ANIMAL
E HOMINAL, A QUAL SE SEGUIRÁ, NATURALMENTE, A OBRA DE DEPURAÇÃO E DE
TRANSFORMAÇÃO DOS FLÚIDOS PLANETÁRIOS –
MINERAIS, VEGETAIS, ANIMAIS E HUMANOS. Os elementos têm que mudar de natureza
em cada nova fase que a Humanidade atravessa. As matérias se depuram e progridem
sob a ação espiritual, e o solo tem de satisfazer às necessidades das gerações
humanas que o habitam. As expressões “o inimigo” e “o inimigo do pai de
família”, indicando aquele que semeou o joio, eram as que estavam ao alcance
dos homens a quem Jesus se dirigia. Não se fazia mister compreenderem o que o
Mestre lhes dizia? O Cristo, servindo-se delas, aludia às inteligências do mal,
encarnadas ou não, que trabalham por destruir no coração do homem as sementes
que os Bons Espíritos aí laçaram. MAS O JOIO PODE CRESCER AO LADO DO BOM GRÃO,
PORQUE ESTE, OU SEJA – O CORAÇÃO PURO, REPELE A SEMENTE MÁ. O CONTATO COM ESTA,
PORTANTO, NENHUM PREJUIZO LHE ACARRETA. A pergunta dos servos: “Quereis que
vamos arrancar o joio?”, respondeu o pai de família: Não, pois receio que,
arrancando o joio, arranqueis ao mesmo tempo o trigo”. Ao compor este tempo da
parábola, teve Jesus em mira refrear a zelo dos Apóstolos que, levados pelo
desejo de fazer progredir a Humanidade, poderia ir longe demais. À força de
quererem reprimir os abusos, poderiam chegar ao extremo de constranger os
homens retos e, até, de os afastar. Nesse particular, dava ele, ainda, um
ensinamento para o futuro. No ensinar as Verdades Eternas, toda a ciência está
em apropriá-las às inteligências que as tenham de receber.Não sendo assim, um
por exemplo, que teria aceitado a Moral Cristã se lhe fosse apresentada sob
aspecto condizente com o seu ponto de vista, dela se afasta e a rejeita, quer
ofuscado pela intensidade da luz que a envolve, quer atemorizado com as
grandes dificuldades que ela lhe deixa
antever. A ceifa, de que fala a parábola que se dá na ocasião em que os
Espíritos voltam à sua condição de origem isto é AO ESTADO DE ESPÍRITO,
DESPOJADOS DE SEUS CORPOS MATERIAIS REGRESSANDO AO MUNDO ESPIRITUAL. ELES O
FAZEM – OU NO ESTADO DE JOIO QUE TEM DE SER QUEIMADO, OU NO ESTADO DE BOM GRÃO
QUE SERÁ RECOLHIDO AO CELEIRO DO PAI DE FAMÍLIA. Verifica-se a primeira
hipótese quando vão sofrer, na erraticidade, a expiação, a depuração pelo fogo
das torturas morais e, depois, a reencarnação em mundos inferiores ao vosso,
ou mesmo no vosso, conforme às
tendências e à culpabilidade para o fim de resgatarem as faltas e de
progredirem mediante novas provações. A segunda hipótese se verifica,
evidentemente, quando merecem ir para mundos superiores à Terra, onde
continuarão a se aperfeiçoar e a progredir. Encarada por este duplo aspecto, a
ceifa já foi, está sendo e será feita ainda durante longo tempo. Por outro
lado, considerada destes dois pontos de vista. A ÉPOCA DA CEIFA DEFINITIVA SERÁ
COM RELAÇÃO AO VOSSO PLANETA, AQUELA EM QUE AO JOIO NÃO MAIS SE PERMITA CERSCER
AÍ NO LADO DO TRIGO, EM QUE O PRIMEIRO SERÁ ARRANCADO E LANÇADO FORA PELA
EXPULSÃO DE TODOS OS ESPÍRITOS QUE SE TENHAM CONSERVADO CULPOSOS E REBELDES. Estes
se verão compelidos a afastar-se para mundos inferiores, desde que na Terra só
deve crescer o trigo, isto é, desde que ela tenha passado, a fazer parte do
Reino de Deus, o que vale dizer: desde que se haja tornado exclusivamente,
morado de Bons Espíritos. Os ceifeiros, no caso são os Espíritos Superiores,
aos quais incumbe velar pelas expiações dos culpados na erraticidade, e
classificar os que, por terem cumprido suas provas, merecem ascender a orbes
mais elevados que o vosso.
GN, 03/12.1970
QUARTA-FEIRA, 16/01/2013
OS ESPINHEIROS E A TERRA BOA
P – Para encerrar o estudo do capítulo em pauta, tão
edificante para todos nós, queremos a explicação dos versículos 18 de Mateus e
14 de Lucas; e, ainda, 23 de Mateus, 20 de Marcos e 15 de Lucas. É o arremate,
ótimo e perfeito, da parábola do Semeador. Como os interpreta o Espírito da
Verdade, pelo CEU da LBV?
R – Disse o Mestre: “O grão semeado entre os
espinheiros representa aquele que ouve a Palavra de Deus mas deixa que os
cuidados do mundo, as preocupações, a ilusão das riquezas, os prazeres da vida
e as outras paixões a abafem e impeçam de dar frutos”. Aqueles em quem, desse
modo, a Palavra de Deus é abafada e não dá frutos são os que tudo sacrificam
aos instintos e apetites materiais, QUE DÃO CAUSA A PREDOMINÂNCIA DA MATÉRIA
SOBRE O ESPÍRITO OU, MESMO, A ESCRAVIZAÇÃO DO ESPÍRITO A MATÉRIA. “Os que são
designados pela terra boa onde é semeada e cai uma parte dos grãos, são os que
escutam a Palavra de Deus, e a compreendem e aceitam, pondo-a em prática e
fazendo-a germinar pela paciência e frutificar na proporção de cem, de sessenta
e de trinta por um”. A terra boa são os que, de conformidade com o seu
desenvolvimento moral e intelectual, TUDO FAZEM PARA POR EM PRÁTICA A PALAVRA
DE DEUS, SEMEADA PRIMEIRO PELO CRISTO E, DEPOIS, PELO ESPÍRITO DA VERDADE. São os que a fazem germinar pela paciência,
isto é, são os que tendo maus pendores a combater, se aplicam, com toda a
perseverança, em os extirpar e substituir pela boa semente. A Lei de Amor é
isenta de egoísmo. Jesus pregava às multidões, para que suas palavras fossem
ouvidas e penetrassem na terra fértil. DO MESMO MODO VÓS OUTROS – NOVOS
DISCÍPULOS DO MESTRE – DEVEIS HOJE ELEVAR A VOSSA VOZ, SEMPRE QUE PUDERDES
ESPERAR QUE ELA SEJA OUVIDA: O GRÃO PRODUZIDO PELA SEMENTE LANÇADA EM TERRA BOA
TEM DE SER, POR SUA VEZ, SEMEADO PARA PRODUZIR A BENDITA COLHEITA DA SALVAÇÃO
DAS ALMAS, HAVERÁ COISA MAIS BELA DO QUE SALVAR ALMAS PARA DEUS? PORTANTO, IDE
E PREGAI, PORQUE O MESTRE SEGUE A VOSSA FRENTE, COM PALAVRAS E EXEMPLOS!
GN, 02/12/1970
TERÇA-FEIRA, 15/01/2013
AS
TENTAÇÕES E OS DESERTORES
P – Todos estão maravilhados com a
explicação da parábola do semeador. Querem, agora, a parte final, que se refere
aos que desertam e aos que perseveram. Poderia instruí-los, a respeito, o
Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R – É o que lemos no Evangelho segundo
Mateus versículos 20 e 21, segundo Marcos 16 e 17; Lucas 13. Disse Jesus: “O
que sucede à semente que cai em terreno pedregoso, onde há pouca terra, é o que
se dá com aquele que ouve a palavra e a recebe com mostras de alegria, no
primeiro momento; não tendo ela, porém, raízes em seus corações, estes só crêem
por pouco tempo, sobrevindo às tentações, retrocedem e, em chegando as
tribulações e perseguições, logo se escandalizam”. Os que, sobrevindo às
tentações, se afastam, recuam e desertam, são os que cedem desde que se lhes
apresente ocasião de reincidirem nos seus antigos transviamentos, tornando-se
rebeldes e surdos à Palavra de Deus, deixando-se levar de novo pela corrente de
seus erros e faltas, influenciados pelos maus Espíritos, QUE SEUS MAUS PENDORES ATRAEM E AOS QUAIS NÃO SABEM RESISTIR. Os
que logo se escandalizam, quando chegam às perseguições e tribulações por causa
da Palavra, são os que, baldo de energia, se impressionam ou amedrontam e,
finalmente, desertam. Ora, com relação aos Apóstolos, Jesus aludia às
tribulações e perseguições morais e físicas. Com relação a vós outros, CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO, AS
TRIBULAÇÕES E PERSEGUIÇOES SÃO PRINCIPALMENTE DE ORDEM MORAL, A COMEÇAR PELA
CAMPANHA DE RIDÍCULO. Tais perseguições e tribulações são, ainda, os mil
obstáculos que se vos opõem, e se vos oporão, por mais algum tempo. Vem próximo
o momento das contrariedades sérias para a Humanidade. As Igrejas humanas e
seus sectários se elevarão como barreira, para vos deterem a marcha! Barreira
que será tanto mais temível quanto parecerá que some à vossa aproximação, para
logo adiante se erguer ainda mais ameaçadora. Vãos, porém serão os seus
esforços! CONTRA ELAS MESMAS SE VOLTARÁ
O RIDÍCULO DE QUE FAZEM ARMA PARA VOS COMBATER, SOBRE ELAS RECAIRÁ O ANÁTEMA
QUE LANÇARÃO CONTRA VÓS, BREVE ESTÁ O DIA EM QUE AS VEREIS – HUMILHADAS ANTE A
INUTILIDADE DOS SEUS ESFORÇOS – ABRIR-VOS AS PORTAS E PEDIR-VOS A LUZ QUE HOJE
TENTAM ABAFAR EM TREVAS! É destas pequenas oposições que se amedrontam os
que como aqueles mornos do Apocalipse, não ousam afrontar a opinião pública,
quando a sentem contrária, e fraquejam na guerra de família que se vem travando
– e cada vez mais feroz se travará – e que nos faz dizer-vos como Jesus: - Não
vos trazemos a paz, e sim a divisão. Não se tornem pedra de escândalo,
portanto, os que se encontram às voltas com essas oposições domésticas! E não
abandonem a pugna, se não querem perder a parada! PARA VÓS, A PARADA É A PAZ, É O PROGRESSO, É UM ADEUS DEFINITIVO AS
MISÉRIAS DO VOSSO MUNDO. Por isso mesmo, não abandoneis a luta! Oponde a Boa Vontade aos ataques íntimos: a
razão, a firmeza e a dignidade aos ataques exteriores! Tende por divisa:
paciência e resignação ante os desígnios de Deus! Sustentados pela Fé,
vencereis todos os obstáculos que vos criem as forças das trevas. Sob os vossos
passos eles se desmancharão como montículos de areia. CORAGEM, IRMÃOS BEM – AMADOS! E NÃO VOS ESCANDALIZEIS, POIS NÃO TENDES
O DIREITO DE DESERTAR!
GN, 01/12/1970
SEGUNDA-FEIRA, 14/01/2013
A PALAVRA DO REINO
P – Nossas atenções se voltam, agora, para o Evangelho
segundo Mateus, versículos 16 e 17, e segundo Lucas, 23 e 24. Também nos
interessa muito a explicação dos versículos 18 e 19 de Mateus, 15 de Marcos e
12 do capítulo VIII de Lucas. Como os interpreta o Espírito da Verdade, pelo
CEU da LBV?
R – Disse Jesus: “Bem-aventurados os vossos olhos
porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem! Pois em verdade vos digo que
muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram: ouvir o que
hoje ouvis e não ouviram!” Dizendo tais palavras, Jesus aludia ao Espírito
encarnado. OS PROFETAS E OS JUSTOS DE QUEM ELE FALA PREVIAM A VINDA DO
CRISTO: FELIZES TERIAM SIDO SE ELA SE HOUVESSE VERIFICADO DURANTE O TEMPO DA
ENCARNAÇÃO DE TODOS ELES. E prossegue o Mestre na parábola do semeador: “O
caminho a cuja margem a semente caiu são aqueles que ouvem a Palavra do Reino e
não a compreendem, que a escutam e de cujo coração – mal a têm escutado –
Satanás a vem arrancar, pelo temor de que esses, crendo, se salvem”. “A Palavra
do Reino”, significa: os ensinamentos dados pelo Cristo, para que os homens
aprendessem a merecer o reino do céu. Embora não fosse o próprio Deus, ele
podia dizer que personificava A PALAVRA DO REINO, por ser de Deus o órgão
que se fizera carne (no entender dos homens, que o julgavam encarnado, como
eles, num invólucro corporal humano), mas que, na realidade, se fizera carne ENCARNANDO
APENAS NUM PERISPÍRITO TANGÍVEL, NUM CORPO PERISPIRÍTICO INCORRUPTÍVEL.
Quanto às expressões Satanás, Diabo, Maligno, sinônimas como sabeis, eram
empregadas para exprimir a mesma coisa: designam figuradamente, de modo
emblemático ou simbólico, os Espíritos maus, Espíritos de erro e de mentira,
Espíritos inferiores, impuros, levianos ou perversos. Falando do Maligno, que
arranca do coração do homem. A Palavra do Reino PELO TEMOR DE QUE,
ACREDITANDO, O HOMEM SE SALVE, referia-se o Mestre aos espíritos maus que
se congregam em torno dos que não lhes resistem e procuram impedi-los de sair
da situação precária em que se encontram. A crença humana em Satanás, ou Diabo,
com seu inferno eterno, se originou da necessidade de materializar os símbolos
a fim de os tornar perceptíveis à matéria; foi um freio, um meio de infundir
terror (às vezes, salutar), durante os séculos que se seguiram à ascensão do
Cristo. COMO IMPEDIR QUE O HOMEM MODIFIQUE A VERDADE AO SABOR DE SUAS
CONVENIÊNCIAS E NECESSIDADES? COMO IMPEDIR QUE O HOMEM EXPLORE O HOMEM? COMO
IMPEDIR QUE O INTELIGENTE DOMINE O SIMPLÓRIO QUE O FORTE ESMAGUE O FRACO E QUE,
PARA CONSEGUI-LO, EMPREGUE TODOS OS MEIOS AO SEU ALCANCE? Qual o freio mais
próprio do que o temor, para ser usado naquela época de ignorância e de
barbárie, em que teve início o reinado de Lúcifer? Esse temor era o meio de que
lançava mão a igreja humana, tanto contra o forte quanto contra o fraco; era um
jugo que se aplicava igualmente a todas as frontes para domar todas as
naturezas. Não reproveis com excesso; o que na Antigüidade , se passou com os
hebreus de dura cerviz (e depois convosco) tinha de ser assim. Impotentes
teriam sido, então, a Lei de Amor e Caridade que hoje vos pregamos, a Lei da
Reencarnação, natural e imutável, que vos revelamos sem véu, em seu princípio e
nas suas conseqüências; leis que – pela reparação, pela expiação e pelo
progresso – vos mostram o caminho que tendes de percorrer para entrardes,
purificados no Reino do Céu. AO FOGO DAS PAIXÕES HUMANAS FOI PRECISO
CONTRAPOR UM FOGO AINDA MAIS ARDENTE, CAPAZ DE ABALAR AQUELES HOMENS DE CORAÇÃO
EMPEDERNIDO, OS QUAIS, SEM ISSO, SE TERIAM ESTRANGULADO UNS AOS OUTROS
DESAPIEDADAMENTE! O que se deu,
portanto, tinha de se dar. A fonte era boa, mas o homem a turvou, e o lodo das
paixões humanas continuou a escurecê-la. Hoje, pela Nova Revelação, restituímos
ao manancial a sua limpidez de outrora; e a fonte da vida, em vez de se
despenhar sobre pedras que seriam arrastadas pela torrente, vai deslizar
tranqüila e clara por sobre dourado saibro que lhe formará o leito. Nada mais
dos vãos temores, todavia úteis naqueles bárbaros tempos! A Unificação das
Revelações do Cristo de Deus proclama: - Abaixo a exploração do homem pelo
homem! O ignorante deixará de ser presa do instruído, porque a Verdade tem de
se universalizar. O forte não mais esmagará o fraco, porque a força do primeiro
não servirá senão para amparar o segundo. O poderoso não pisará mais a fronte
do pequenino, porque, ao contrário, se abaixará – cheio de solicitude – para
tomar o outro nos braços e ajudá-lo a erguer a cabeça para o céu! CADA
SÉCULO TEM TIDO SUAS CRIAÇÕES, DESTINADAS TODAS AO PROGRESSO DA HUMANIDADE.
GN, 29/11/1970
DOMINGO, 13/01/2013
QUEM
PARA – RECUA E CAI
P
– A explicação dos versículos de Mateus, Marcos e Lucas, no ponto em exame, a
todos satisfez plenamente. Agora, eles perguntam ao Espírito da Verdade: – como
reagiram os Apóstolos?
R
– Os Apóstolos ficaram surpreendidos ante aquela linguagem velada, que se lhes
afigurava confusa e procuraram a explicação do fato. A Jesus, porém, não era
dado patentear-lhes o motivo por que assim procedia, UMA
VEZ QUE, TENDO TAMBÉM ELES DE SER INSTRUMENTOS DA OBRA DE REGENERAÇÃO, SÓ
RECEBIAM O QUE PODIAM E DEVIAM SUPORTAR NO MOMENTO, PA RA O BOM EXITO DA MESMA
OBRA REDENTORA, MEDIANTE O DESEMPENHO DE SUAS MISSÕES, NO MEIO QUE LHES ESTAVA
PREPARADO. Assim sendo, Jesus lhes deu uma razão
capaz de satisfazê-los, de os mover à piedade para com os que ele,
intencionalmente, deixava na obscuridade da parábola, e de lhes insuflar o mais
ardente amor e o mais vivo reconhecimento para com aqueles que os escolhera, a
fim de os iniciar nos “mistérios do Reino de Deus”.
É evidente que QUEM VIERA PARA ENSINAR AOS HOMENS
A EXPIAÇÃO DE SUAS FALTAS, DIANTE DA LEI DIVINA, NÃO IRIA VOLUNTARIAMENTE
OBSTAR A QUE OS CULPADOS OBTIVESSEM O PERDÃO DE SEUS PECADOS MAS, ONDE NÃO
HOUVER ARREPENDIMENTO, NÃO PODE HAVER REMISSÃO DE FALTAS. O
Mestre, prevendo as recaídas, evitara incorressem nas faltas mais graves os
que, num ímpeto ardoroso e irrefletido entrassem pelo novo caminho que se lhes
abria. De fato, esses – embora aos olhos dos homens parecessem merecer a
remissão de seus pecados – em faltas mais graves incorreriam porque – NÃO
TENDO CONSISTÊNCIA NEM FUNDO A SUA NOVA CRENÇA – de
pronto cairiam em estado pior que o precedente, tornando-se merecedores de mais
severo castigo. Entendei, portanto: Jesus cuidava de lhes poupar mais duras
reprimendas. Com a sua caridosa previdência, poupava aos rebeldes as
probabilidades de queda e, aos ingratos empedernidos, ensejo de praticarem
novas ingratidões. Como podeis imaginar, os “milagres” que o Cristo operava nos
doentes exerciam grande influência nos Espíritos. Muitos, porém, dos que no
momento ficavam impressionados se apegavam apenas ao ato material; e, assim
como os homens pouco reconhecidos se mostram ao hábil cirurgião que os livrou
de um mal perigoso, TAMBÉM OS DOENTES CURADOS PELO MÉDICO
DAS ALMAS DEPRESSA ESQUECEU OS SOCORROS MORAIS E MATERIAIS QUE DELE RECEBIAM.
Jesus, por isso, evitava os “milagres” e usava de linguagem velada, sempre que
falava onde sabia que suas palavras e seus atos não dariam frutos, tal a
esterilidade da terra, capaz unicamente de produzir flores efêmeras.
Espiritualmente, acontece a mesma coisa. O Espírito encarnado que contorna a
luz, sem procurar aproximar-se dela, será punido apenas pela sua indiferença.
Mas aquele que, ATRAÍDO PELO CLARÃO DA VERDADE, COMEÇA
A SE ESCLARECER E DEPOIS FECHA OS OLHOS E RECUA, TERÁ DE EXPIAR A SUA
INCONSTÂNCIA E A TRAIÇÃO QUE PRATICOU CONTRA SI MESMO.
Não é que o Senhor lhe faça cair sobre a cabeça, especialmente, o peso da sua
Justiça. Ele expiará pelos remorsos, pela incessante visão do Bem que teria
feito, do progresso que teria realizado, os quais brilharão sempre aos seus
olhos, como a presa que foge no momento em que vai ser agarrada. Já o dissemos
e agora repetimos: A NINGUÉM É LÍCITO RECUAR, UMA VEZ
QUE ENTRASTES NO CAMINHO CERTO – O CRISTIANISMO DO CRISTO – TENDES DE AVANÇAR
CONSTANTEMENTE, ESTENDENDO AS MÃOS PARA A DIREITA E PARA A ESQUERDA, A FIM DE
LEVARDES CONVOSCO AQUELES QUE NÃO POSSAM IR SOZINHOS. ASSIM, PROCEDEI COM
REFLEXÃO E PRUDÊNCIA, DIZENDO SEMPRE AOS QUE DESEJEM SEGUIR-VOS: – TEMOS DE
CAMINHAR SEMPRE PARA FRENTE; QUEM PARA – RECUA, E QUEM RECUA – CAI!
GN, 28/11/1970
SÁBADO, 12/01/2013
MUITOS CHAMADOS, POUCOS ESCOLHIDOS
P – O capítulo em estudo empolga a todos os
componentes da nossa Cruzada do Novo Mandamento no Lar. Querem saber o
verdadeiro sentido destes versículos: Mateus, 13, 14 e 15; Marcos, 12 e 22:
Lucas, 10. Como os interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Vamos reler esses versículos: “Eis por que
lhes falo por parábolas; é que, vendo, eles não vêem; ouvindo, não ouvem nem
compreendem. Com relação a eles se cumpriu esta profecia de Isaías: “escutareis
com os ouvidos e não entendereis; olhareis com os olhos e não vereis”. O
coração deste povo se embotou, os ouvidos se lhe tornaram surdos e os olhos se
lhe fecharam, para que não veja com os olhos, não ouça com os ouvidos, não
compreenda com o coração e, não se convertendo não seja curado por mim”.
(Evangelho segundo Mateus, 13, 14 e 15). Mas, para os que são de fora, tudo se
faz por parábola, a fim de que, vendo, não vejam; ouvindo, não ouçam nem
compreendam; para que não se convertam e os pecados lhe sejam perdoados.
(Evangelho segundo Marcos, 12 e 22). Mas, aos outros, só por parábolas se lhes
fala do reino de Deus, a fim de que, tendo olhos, não vejam e, tendo ouvidos,
não compreendam. (Evangelho segundo Lucas, 10). – A interpretação dessas
palavras de Jesus foi falseada pela significação dos vossos vocábulos, bem como
pelas traduções e repetições. Vamos dar-vos, sem a menor incerteza quanto à
inteligência dos textos, O PENSAMENTO DO
MESTRE E O SENTIDO DAS SUAS PROPOSIÇÕES. Repetindo-o, dizemos: “Ouça quem
tiver ouvido de ouvir!” Ora, suas afirmações, compreendidas EM ESPÍRITO E VERDADE, À LUZ DO NOVO
MANDAMENTO, não poderiam desmentir – como não desmentem – os atos de toda a
sua vida, tida por humana pelos homens. Para o Cristo, pastor das Almas transviadas,
os homens daquela época se assemelhavam a frutos verdes que, expostos aos raios
de um sol demasiado ardente, secam – em vez de amadurecer – razão por que o
pomareiro trata de abrigá-los dos ardores solares, a fim de que tenham tempo de
desenvolver-se. Chegados ao ponto de maturação, o sol – a que, com arte, foram
subtraídos- acabará de dourá-los com seus raios benéficos. MUITOS SÃO OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS, disse Jesus, mas
nunca no sentido que deu a essas palavras a igreja humana, isto é, NÃO NO SENTIDO DE QUE O MESTRE ATRAIU
TODOS OS HOMENS PARA JUNTO DE SI, COM O FIM DE ESCOLHER UM PEQUENO NÚMERO DELES
E DEIXAR QUE OS RESTANTES, EM GRANDES MASSAS, FOSSEM LEVADOS PARA ESSAS REGIÕES
ONDE SÓ SE OUVEM PRANTO E RANGER DE DENTES! Ao contrário, os homens, frutos
verdes e duros, se aproximavam lentamente do
sol benfazejo, que os havia de madurar e desenvolver e que para
consegui-lo – atenuava o seu brilho e o seu calor. Porventura falais a uma
criança como falais a um homem? Podeis explicar à criança as questões morais e
filosóficas que lhe fareis compreender ao chegar aos vinte anos? Evidentemente,
não. À criança falais de modo apropriado à sua inteligência que desponta,
deixando-lhe, contudo, entrever que- mais tarde – lhe direis muitas outras coisas,
fazendo-lhe ver que a sua pouca idade a torna incapaz de apreender um
raciocínio, SERÁ QUE PROCEDEIS ASSIM COM
O PROPÓSITO DE LHE RETARDAR O DESENVOLVIMENTO? Será porque, uma vez homem,
este seja incapaz de se instruir e compreender? Claro que não. É que o fruto
está verde, e por isso o protegeis da luz e do calor, temendo que o excesso
destes dois princípios benéficos, atuando muito cedo, o estiole em vez de o
fortificar JESUS, QUE ERA A BONDADE POR EXCELÊNCIA, NÃO
PODIA – BEM O PODEIS COMPREENDER – PRIVAR VOLUNTARIAMENTE AS CRIATURAS HUMANAS
DA SALVAÇÃO QUE ELE MESMO LHES TRAZIA! Pelo
contrário, para não arrastá-las à prática de faltas, deixava sempre aos
Espíritos indolentes o recurso de não lhe compreenderem as palavras. Assim, as
que constam dos versículos acima – no Evangelho segundo Mateus, Marcos e Lucas
– NÃO DEVEM SER ENCARADAS SENÃO COMO FORMA DE FALAR ÀS INTELIGÊNCIAS
DOS HOMENS DAQUELE TEMPO.
GN, 27/11/1970
SEXTA-FEIRA, 11/01/2013
AO QUE TEM E AO QUE NÃO TEM
P – Muito nos interessa entender o sentido destas
palavras de Jesus, complementando a parábola do semeador: “ Ao que tem mais
ainda se dará, em toda a plenitude”. Pelo CEU da LBV pode o Espírito da Verdade
transmitir o ensinamento do Cristo de Deus?
R – Sabendo, como sabeis, que o Espírito – ao revestir
um invólucro de carne, em vosso mundo – trás consigo o tesouro que pôde
acumular nas suas vidas anteriores facilmente compreendereis que ESSE TESOURO MAIS DEPRESSA AUMENTARÁ QUANTO
MAIS SÓLIDAS FOREM AS BASES SOBRE AS QUAIS SE CONSTITUIU. Aquele que nasce,
com o desejo ardente de rapidamente progredir, tudo fará para o conseguir: a
luz lhe será tanto mais abundante quanto maior seja o ardor com que deseje
vê-la. Por isso, repetimos: MUITO SERÁ
DADO AO QUE JÁ TEM, E ELE FICARÁ NA ABUNDÂNCIA: ISTO É, AQUELE QUE QUER
PROGREDIR, E SE ESFORÇA POR CONSEGUI-LO, RECEBERÁ AMPARO DE TODOS OS LADOS.
“Mas ao que não tem – adverte Jesus – até mesmo o que tem lhe será tirado”
(Mateus, 12, Marcos, 25). “E ao que não tem se tirará até mesmo o que ele
julgue ter” (Lucas, 18). Estas palavras do Mestre precisam ser entendidas
segundo o espírito, jamais segundo a letra. Por isso é que Jesus disse, ao se
dirigir aos discípulos e à multidão: “ouça quem tiver ouvidos de ouvir”. O fim
com que foram proferidas era tornar mais frisante, para as inteligências
humanas, o pensamento de quem as pronunciava. Jesus se exprimiu assim para dar
mais força à imagem. Todo espírito encarnado possui alguma coisa. Por pouco que
haja progredido, antes de chegar ao vosso planeta, sempre tem algum progresso
feito. O pensamento velado do Mestre era este: AQUELE QUE TEM POUCO – SE TIRARÁ MESMO O QUE TENHA; AO QUE NADA TEM,
MAS JULGA TER, SE TIRARÁ MESMO O QUE JULGUE TER. Ao que tem pouco se tirará
mesmo o que tenha porque, conforme à explicação dada, indiferente, ao que
obteve, negligente em guardar o que recebeu deixará que as más paixões dominem
sua Alma; que os vícios e males, que o oprimirão durante séculos, tomem o lugar
das virtudes em cuja posse já estivesse. Efetivamente, DA NEGLIGÊNCIA NA PRÁTICA DO BEM NASCEM AS RAÍZES DO MAL. Quando,
por indiferença, recusa alguém socorro ao desgraçado, não é porque seja mau o
coração de quem assim procede, mas sim por uma espécie de lassidão de espírito
que impede a criatura de atentar no Bem
que teria podido fazer. Falta, por conseqüência, à caridade ensinada pelo
Redentor. AQUELE QUE, VERIFICANDO SER
MAU O CAMINHO EM QUE ENTROU, NÃO TRATA – POR INDIFERENÇA – DE SAIR DELE, CAI EM
TODOS OS PRECIPÍCIOS QUE O MARGEIAM.
Aquele que não é devotado se torna egoísta. O que não é caridoso se
torna insensível. O que não é humilde de coração se torna vaidoso e orgulhoso.
O que não é obediente à vontade de Deus se torna rebelde às suas Leis Eternas. O MAL NASCE, SEMPRE, DA NEGLIGÊNCIA EM
PRATICAR O BEM. O ESPÍRITO NÃO RETROGRADA, MAS PERMANECE ESTACIONÁRIO, O QUE
EQUIVALE A UM RETROCESSO, PORQUE ELE É DE ESSÊNCIA ATIVA E PROGRESSIVA. “Ao
que tem pouco – se tirará mesmo o que tenha”. Aquele que não entesoura; que, ao
começar a sua vida humana, pouco traz das vidas anteriores, enlanguesce cada
vez mais. NENHUM DESEJO NUTRE DE
PROGREDIR E, COMO NADA ADQUIRE PELO SEU ESFORÇO, FINALMENTE TUDO PERDE, PORQUE,
PARA O ESPÍRITO, ESTACIONAR SE TORNA, AO CABO DE ALGUM TEMPO, FONTE DE DORES E
DE REMORSOS. Tendes, por destino, progredir sem cessar, caminhar para a
frente e para o alto. Pedi, pedi sempre, mas com humildade,
desinteressadamente, sem outro objetivo que não seja o amor a Deus e ao
próximo, sem outro desejo que não o de progredir moral e intelectualmente, de
trabalhar para o Senhor, auxiliando o progresso de vossos irmãos! Pedi, pois
que, quanto mais pedirdes TANTO MAIS VOS
SERÁ CONCEDIDO PELO PAI CELESTIAL; QUANTO MAIS VOS ESFORÇARDES MENORES SERÃO AS
DIFICULDADES. É NESTE SENTIDO QUE MAIS
SE DÁ AO QUE JÁ TEM E, DE CERTO MODO, SE TIRA ÀQUELE QUE NADA TEM, MELHOR
FALANDO: ESTE É QUE TIRA DE SI MESMO, PORQUE A FALTA DE PROGRESSO REPRESENTA,
PARA O ESPÍRITO, PERDA CEM VEZES MAIOR DO QUE, PARA O USURÁRIO, A DO SEU
TESOURO MATERIAL PERECÍVEL. “E àquele que nada tem, mas que julga ter, se
tirará mesmo o que julgue ter”. Por estas palavras, queria Jesus combater o
orgulho inato nos homens, os quais por pouco que valham – se atribuem um valor
fictício, muito acima do seu valor real. Depois da morte, o Espírito, ao fim de
certo tempo, vê claramente o que é e o que vale. O orgulho considerado do ponto
de vista dos obstáculos que opôs ao seu progresso, e das faltas a que o
arrastou, se lhe torna, então, uma fonte de dores e de remorsos. É TAMBÉM NESTE SENTIDO QUE AO QUE NADA TEM,
MAS JULGA TER, SE TIRA, DE CERTO MODO, O QUE JULGUE TER OU ANTES: É ELE PRÓPRIO
QUE TIRA DE SI, AOS GOLPES INEXORÁVEIS NA EXPIAÇÃO, POIS CADA UM COLHE
EXATAMENTE O QUE SEMEIA!
GN, 24/11/1970
QUINTA-FEIRA, 10/01/2013
O MISTÉRIO DO REINO DE DEUS
P – Todos estão interessados no conhecimento da
parábola do semeador e do mistério do Reino de Deus, a que Jesus se
refere. Pelo CEU da LBV, poderia o
Espírito da Verdade esclarecer o assunto?
R – Devendo tornar-se pública a explicação que da
parábola Jesus deu em segredo, aos seus discípulos ela só foi divulgada pelas
narrações evangélicas como já o tinha sido pelos Apóstolos, mas somente depois
de finda a missão terrena do Cristo: SÓ ENTÃO A MASSA POPULAR, PREPARADA POR
TODAS AS PALAVRAS QUE ELE PRONUNCIARA E POR TODOS OS ATOS QUE PRATICARA DURANTE
AQUELA MISSÃO, ATÉ AO MOMENTO DA SUA CHAMADA “ASCENSÃO”, SE MOSTROU APTA A
OUVIR COM PROVEITO DA BOCA DOS APÓSTOLOS E DOS DISCÍPULOS, A EXPLICAÇÃO DE TUDO
O QUE DISSERA O MESTRE – EXPLICAÇÃO QUE ERA DADA NA MEDIDA DO QUE ELA PODIA
SUPORTAR E DO MODO PELA QUAL O DEVIA SUPORTAR. Efetivamente, só depois de
concluída a missão messiânica, a massa popular se mostrou apta a ter
conhecimento daqueles atos e palavras pela narrativa evangélica, que na ocasião
oportuna se lhe transmitiu. Essa narrativa tinha de ser, sob o império da
letra, e foi – tanto naquela época, quanto no presente e será até ao final do
ciclo – sob o reinado do espírito, o Livro da Libertação, a fonte de onde
jorram, e hão de sempre jorrar, a Luz e a Verdade – O EVANGELHO COMPLETADO
PELO APOCALIPSE DE DEUS, TRAZIDO A TERRA POR JESUS E ESPALHADO PELO ESPÍRITO
SANTO, ISTO É, PELOS ESPÍRITOS DO SENHOR EM MISSÃO NO VOSSO PLANETA. Mateus,
versículos 11-15: Marcos, 11, 12 e 25; Lucas, 10-18 – Aqui tendes agora
(despojado da letra, que mata, o espírito, que vivifica) o pensamento de Jesus
sem mais incertezas no modo de entender os textos desses versículos. “Dados vos
é conhecer o mistério dos céus – os segredos do Reino de Deus; mas a eles, não:
esse conhecimento não lhes é proporcionado senão por parábolas” (Mateus, 11;
Marcos, 11; Lucas, 10). Aos Apóstolos e aos discípulos era dado conhecerem o
mistério do Reino dos Céus, os segredos do Reino de Deus, porque – sendo seus
Espíritos mais elevados que os dos outros homens da época – eles se achavam em
condições de espalhar as verdades que Jesus trazia ao mundo. MAS, PARA O
FAZEREM, TINHAM DE COMEÇAR POR COMPREENDÊ-LAS, RAZÃO PELA QUAL NÃO LHES FOI
DADO SENÃO O QUE PODIAM E DEVIAM SUPORTAR, PARA A MISSÃO QUE LHES CUMPRIA
DESEMPENHAR. E, com relação à vossa época, acontece o mesmo. Vossas
inteligências progrediram e nós; trazendo-vos a
Nova Revelação, com a explicação
do mistério do Reino dos Céus, dos segredos do Reino de Deus, vos confiamos a
pregação definitiva, para que possais espalhar por todo o mundo este
conhecimento. Como ordena o Mestre, ide e pregai, de povoado em povoado, de
cidade em cidade, de nação em nação, o Evangelho e o Apocalipse de Deus,
dizendo como diziam os Apóstolos: “APRESSAI-VOS, ARREPENDEI-VOS, PORQUE O
MOMENTO SE APROXIMA!” As expressões “Reino dos Céus, Reino de Deus”, usadas
na parábola do semeador, compõem uma imagem destinada a materializar, por assim
dizer, a felicidade dos bem-aventurados. A homens atrasados, que não viam mais
do que a matéria, era preciso que se apresentasse UMA FIGURA MATERIAL DA
OUTRA VIDA. A RESPEITO DA QUAL NADA PERCEBERIAM, SE LHES FOSSE APRESENTADA EM
TODA A SUA ESPIRITUALIDADE. O mistério do Reino dos Céus, os segredos do
Reino de Deus eram os meios, desconhecidos até então, de chegar-se àquela
felicidade. Antes das revelações feitas por Jesus, os homens não formavam
nenhuma idéia clara da outra vida. Por ser muito vaga, a intuição, que tinham,
dela, os havia deixado na indiferença, relativamente à existência e à
felicidade que poderiam esperar no além-túmulo. Jesus veio levantar o véu e
esclarecer as inteligências. Mas, entendei, apenas uma ponta do véu foi
levantada; a luz permaneceu velada. CONTINUAMOS HOJE A LEVANTAR O VÉU QUE
OCULTAVA TODA A VERDADE, RELATIVAMENTE A VIDA ETERNA. Conquanto ele não
tenha sido, ainda, totalmente levantado, já a luz brilha com mais vivo fulgor,
com o fulgor que os vossos olhos, tornados mais fortes, já podem suportar. Para
todos os homens, porém, tão cedo ainda não poderá brilhar, porque não atingiram
a idade da razão, a indispensável maturidade espiritual. Mas, também, terão de
evoluir, para conhecer o mistério do
Reino de Deus, os segredos do reino dos Céus. Só os conhecerão quando tiverem
alcançado a purificação moral, aprendido a conhecer a infinita sabedoria do
Criador; quando houverem adquirido a ciência dos elementos e propriedades de
ação dos fluidos no que diz respeito à vida e à harmonia universais, debaixo do
ponto de vista do Bem, que leva à felicidade, e do mal que, não evitado leva à
punição. Como diz o Mestre: - A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS!
GN, 23/11/1970
QUARTA FEIRA, 09/01/2013
A PARÁBOLA DO SEMEADOR
P – Todos
aqui, em nosso Posto Familiar, desejam a explicação completa da parábola do
semeador. Como se manifesta, a respeito, o Espírito da Verdade?
R –
Harmonizemos Mateus, XIII: 1-23; Marcos, IV: 1-20 e 25; Lucas, VIII: 1-15 e 18
e X: 23-24.
MATEUS: 1 – Naquele dia, saindo Jesus de casa, foi
sentar-se à beira-mar. 2 – Grande multidão se reuniu em torno dele. Então
entrou numa barca, e aí se sentou, ficando a multidão na praia. 3 – E começou a
dizer muitas coisas por parábolas, falando assim: – “Eis que o semeador saiu a
semear. 4 – Enquanto semeava, uma parte das sementes caiu à margem do caminho;
vieram os pássaros do céu e as comeram. 5 – Outra parte caiu em terreno
pedregoso, onde pouca terra havia; as sementes germinaram prontamente, pois a
terra, ali, não tinha profundidade; 6 – o sol, nascendo, crestou-as; e, como
não tinham raízes, secaram. 7 – Uma outra caiu entre espinheiros, que cresceram
e a abafaram. 8 – Uma outra, finalmente, caiu em terra boa e as sementes
germinaram, produzindo cem aqui, sessenta ali e, mais além, trinta por um. 9 –
Ouça quem tiver ouvidos de ouvir!” 10 – Os discípulos, aproximando-se, lhe
perguntaram: “Por que lhes falas por parábolas?” 11 – Jesus respondeu: “Porque
a vos é dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas a eles isso não é
dado. 12 – Aquele que tem mais ainda se dará, em toda a plenitude; mas ao que
não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. 13 – Eis por que lhes falo por
parábolas: é que, vendo, eles não vêem; ouvindo, não ouvem nem compreendem. 14
– Neles se cumpre esta profecias de Isaías: “Escutareis com os ouvidos e não
entendereis; olhareis com os olhos e não vereis. 15 – O coração deste povo se
embotou; os ouvidos se lhes tornaram surdos, os olhos se lhes fecharam, para que
não vejam com os olhos, não ouçam com os ouvidos, não compreendam com o coração
e, não se convertendo, não sejam curados por mim”. 16 – Felizes os vossos olhos
porque vêem, os vossos ouvidos porque escutam; 17 – porquanto em verdade vos
digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram, ouvir
o que ouvis e não ouviram. 18 – Entendei, pois, a parábola do semeador. 19 – Do
coração de todo aquele que escuta a palavra do reino, e não a compreende, vem o
espírito mau tirar o que nele foi semeado: é a semente que caiu ao longo do
caminho. 20 – A que caiu em terreno pedregoso representa aquele que ouve a
palavra e a recebe com alegria no primeiro momento; 21 – mas, não tendo raízes
no seu coração, subsiste apenas por pouco tempo, sobrevindo as tribulações e
perseguições por motivo da palavra, ele logo se escandaliza. 22 – A semente
lançada entre os espinheiros representa aquele que ouve a palavra, mas em quem
os cuidados do século e a ilusão das riquezas a abafam e impedem de produzir
frutos. 23 – A que foi semeada em terra boa indica o que ouve a palavra e a
compreende, aquele em quem ela frutifica, produzindo cada grão cem, sessenta ou
trinta.
MARCOS: 1 – Jesus se pôs de novo a pregar o Evangelho
perto do mar. Como fosse enorme a multidão que ali se reuniu, ele entrou numa
barca e sentou, ficando todo o povo na praia. 2 – Muitas coisas ensinava por
parábolas, dizendo, segundo o seu modo de doutrinar. 3 – “Escutai: o semeador
saiu a semear; 4 – e, enquanto semeava, uma parte das sementes caiu à borda do
caminho, vieram as aves do céu e as comeram. 5 – Outra parte caiu em terreno
pedregoso, onde havia pouca terra; as sementes germinaram logo, pois era
pequena a profundidade do solo; 6 – veio o sol, crestou as plantas e estas, por
não terem raízes, secaram. 7 – Outra parte caiu entre os espinheiros; estes
cresceram e a abafaram, de sorte que ela não deu frutos. 8 – Outra, finalmente,
caiu em terra boa; os grãos deram fruto: elevaram-se, multiplicaram-se,
produziram cem, sessenta, trinta por um.” 9 – E acrescentou: “Ouça quem tiver
ouvidos de ouvir”. 10 – Quando ficaram a sós com ele, os doze que o seguiam o
interrogaram acerca dessa parábola. 11 – Jesus respondeu: “Dado vos é a vós
conhecer o mistério do Reino de Deus, mas, para aqueles que são de fora, tudo
se faz por parábolas, 12 – a fim de que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam
nem compreendam, para que não se convertam e os pecados lhe sejam perdoados”.
13 – Perguntou-lhes, em seguida: “Não entendeis esta parábola? Como podereis
entender todas as parábolas? 14 – O semeador semeia a palavra de Deus. 15 – A
margem do caminho, ao longo do qual a semente caiu, são aqueles de cujo coração
Satanás vem arrancar a palavra, logo depois de ter sido ali semeada. 16 –
Semelhantemente, o terreno pedregoso são os que, ouvindo a palavra, a recebem
jubilosos. 17 – Como, porém, nesses, ela não cria raízes dura pouco tempo.
Vindo as tribulações e as perseguições, por causa da palavra, eles logo se
escandalizam. 18 – Os outros, designados pela parte das sementes lançadas entre
os espinheiros, são os que ouvem a palavra, 19 – mas os cuidados do mundo, a
sedução das riquezas e as outras paixões, entrando em seus corações, a sufocam
e ela não frutifica. 20 – O terreno bom onde é lançada a última parte das sementes,
são os que ouvem a palavra, e a aceitam, e dela tiram frutos na proporção de
cem, de sessenta e de trinta por um. 25 – Mais será dado ao que já tem, e ao
que não tem se tirará mesmo o que tem.”
LUCAS: 1 – Algum tempo depois, ia Jesus de cidade em
cidade, de aldeia em aldeia, pregando o reino de Deus. Acompanhavam-no os doze;
2 – e algumas mulheres, que tinham sido libertadas dos Espíritos malignos e
curadas de enfermidades: Maria, chamada a Madalena, da qual foram expulsos sete
demônios; 3 - Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes; Suzana e muitas
outras que o assistiam com seus bens. 4 – Como o cercassem grande multidão de
gente, vinda de todas as cidades, disse ele esta parábola: 5 – “O semeador saiu
a semear suas sementes; e, enquanto o fazia, uma parte delas caiu à margem do
caminho, foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6 – Outra parte caiu sobre
pedras, e secou por falta de húmus, logo depois de haver germinado. 7 – Outra
caiu sobre espinheiros que, crescendo a sufocaram. 8 – Finalmente, outra parte
caiu na terra boa, germinou e frutificou, produzindo cem por um.” E, dizendo
isso, exclamou: “Ouça quem tem ouvidos de ouvir!” 9 – Os discípulos lhe
perguntaram o que significava tal parábola. 10 – Ele respondeu: “Dado vos foi a
vós conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos outros, só se lhes fala por
parábolas, a fim de que, vendo, não vejam, e ouvindo não compreendam. 11 – Eis
o que diz esta parábola: a semente é a palavra de Deus. 12 – A que caiu junto
do caminho indica os que ouvem a palavra, mas Satanás a arranca de seus
corações, pelo temor de que, crendo se salvem. 13 – As que caem sobre as pedras
são os que tendo-a escutado, recebem com alegria a palavras; esta, porém, não
cria raízes, porque eles crêem apenas durante algum tempo recuando quando
chegam as tribulações. 14 A
parte que cai entre espinheiros corresponde aos que escutaram a palavra, mas em
seus corações ela é abafada pelas preocupações terrenas, pelas riquezas e
prazeres da vida e não produz frutos. 15 – A terra boa, onde cai a última parte
das sementes, são os que, ouvindo a palavra, a guardam em seus corações e dela
tiram frutos pela perseverança. 18 – Vede, pois, de que modo ouvis, porque mais
se dará àquele que já tem, e ao que não tem se tirará até mesmo o que julgue ter”
X: 23 – Voltando-se para os discípulos o Cristo lhes disse: “Felizes os olhos
que vêem o que vedes! 24 – Em verdade vos digo que muitos reis e profetas
desejaram ver o que vedes e não viram, ouvir o que ouvis e não ouviram!”
A parábola do semeador não precisa de
explicações: a que Jesus deu aos Apóstolos, na medida do que eles podiam e
deviam receber, como Espíritos encarnados, a fim de desempenharem suas missões,
basta para que a compreendais perfeitamente. Entretanto, convém que, por meio
de explicações especiais sobre alguns pontos, tornemos conhecidos e (tirando da
letra o espírito) desenvolvamos o sentido e o alcance integrais do que disse o
Mestre aos seus discípulos. Antes de tudo, porém, cumpre vos façamos
compreender de que pontos de vista deveis encarar o que Jesus falou à multidão,
servindo-se da parábola, e o que disse aos Apóstolos explicando-a, porque ALGUMAS
DAS PALAVRAS DAQUELE MESTRE BONDOSO E INDULGENTE, DAQUELE BOM PASTOR DESEJOSO
DE NÃO PERDER NENHUMA DE SUAS OVELHAS, PARECEM DESMENTIR OS ATOS DE TODA A SUA
VIDA HUMANA (HUMANA NO ENTENDER DOS HOMENS). A geração que vivia o tempo em
que Jesus desempenhava a sua missão se compunha de Espíritos orgulhosos e
fúteis, voluntariamente surdos e cegos, revoltados contra qualquer autoridade.
Espíritos que, mesmo antes de reencarnarem, recusavam todo amparo que lhes era
oferecido para se tornarem melhores! Filhos humanos dos hebreus vindos do
Egito, Espíritos que – havia séculos – passavam por provações, sem perderem a
tendência à murmuração e à rebeldia, que caracterizavam os judeus desde os
primórdios da formação de sua nacionalidade, os homens daquela época – ainda
quando fossem capazes de receber sem véu a palavra do Redentor – não se
submeteriam a ele e, assim, incorreriam em culpa muito maior. Já por aí podeis
admirar a previdente bondade do Cristo, modelo de doçura e de perseverança,
poupando ao merecido castigo o filho rebelde e obstinado, evitando fazer-lhe
uma imposição à qual sabia que ele procuraria fugir. RECEBENDO VELADA A PALAVRA DE JESUS, OS QUE
ESTIVESSEM DISPOSTOS A CAMINHAR PARA A
FRENTE PODERIAM – COMO O FIZERAM OS DISCÍPULOS – ESFORÇAR-SE POR LHE
DESCOBRIREM O SENTIDO OCULTO. Os que, ao contrário, não quisessem curvar-se
ao jugo da Lei, que lhes prescrevia uma reforma por demais pesada para as suas
naturezas más, SERIAM CULPADOS APENAS DE INDIFERENÇA, DE NÃO PROCURAREM
DEVASSAR OS MISTÉRIOS QUE DE PRONTO NÃO COMPREENDIAM. Dizendo, pois, “não
se lhes falará senão por parábolas, para que não se convertam”, Jesus aludia
aos que, cedendo a um primeiro impulso, tentariam avançar, mas que, detidos
bruscamente pelos seus maus instintos, fariam sem demora um recuo, que lhes
viria a ser causa de grande castigo; porquanto, atentai bem, MUITO SERÁ DADO
AO QUE JÁ TEM (ISTO É, ÀQUELE QUE DESEJA PROGREDIR E SE ESFORÇA POR
CONSEGUI-LO, DE TODOS OS LADOS RECEBERÁ PROTEÇÃO E AMPARO), AO PASSO QUE,
AQUELE QUE POUCO TENHA, MESMO ESSE POUCO LHE SERÁ TIRADO! QUER ISTO DIZER QUE
ESTE ÚLTIMO, INDIFERENTE AO QUE LHE FOI DADO, NEGLIGENTE EM GUARDAR O QUE RECEBEU,
DEIXARÁ QUE AS MÁS PAIXÕES SE APODEREM DE SUA ALMA EM SÉCULOS DE DOR!
GN, 22/11/1970
TERÇA-FEIRA, 08/01/2013
A GRANDE FAMÍLIA ESPIRITUAL DE JESUS
P – Foi muito oportuna a explicação sobre as palavras
do Cristo: “Quem é minha mãe e quais são os meus irmãos?” Liquidou a
argumentação dos que acusavam o Mestre de indiferença para com sua família! Que
tem ainda a nos dizer, a respeito do assunto, o Espírito da Verdade?
R – “Eis aqui minha mãe e meus irmãos! Minha mãe e
meus irmãos são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam”. Ao dar esta
resposta, Jesus visava, também, a preparar os homens para – nos tempos preditos
– receberem a Nova Revelação, que lhes faria conhecer sua verdadeira origem, as
condições e o modo por que se deu a sua aparição na Terra sua missão
messiânica, sua potencialidade e seus poderes como ÚNICO REPRESENTANTE DE DEUS NO QUE DIZ RESPEITO AO VOSSSO PLANETA, CUJA
FORMAÇAO PRESIDIU, tendo por meta dirigir-lhe o progresso e levá-lo à
realização de seus destinos, conduzindo a Humanidade à Perfeição pela
regeneração espiritual, através do amor e da ciência pura. Por esta Nova
Revelação, ficam todos sabendo, EM
ESPÍRITO E VERDADE, À LUZ DO NOVO MANDAMENTO, QUE JESUS É DE TODOS IRMÃO E AO
MESMO TEMPO SENHOR, PELO PODER ILIMITADO QUE TEM SOBRE QUANTO SE RELACIONA COM
O MUNDO QUE HABITAIS. Tinha, ainda, por fim preparar os homens para –
quando chegasse o momento – abandonarem a crença de que “Jesus é Deus e Maria é
mãe de Deus”, crença que (ele mesmo o previra) se havia de generalizar, uma vez
terminada a sua missão terrena, de acordo com o estado das inteligências, com
as impressões, interpretações e aspirações humanas e, ainda, com as
necessidades da época. Correspondendo a essas necessidades e servindo para
preparar os tempos de hoje (que, então, eram o futuro) tal crença seria, como
realmente foi, uma condição e um meio de progresso, MAS QUE HOJE NÃO TEM MAIS NENHUMA RAZÃO DE SER. Disseram a Jesus:
“Tua mãe e teus irmãos te procuram”. Confrontando tais palavras com estas
outras “Não é esse o filho do carpinteiro? Sua mãe não é Maria? Não são seus
irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mateus XIII: 55); com mais estas “E todas
as suas irmãs não se acham entre nós?” (Mateus, XIII:56); com estas, ainda, “
Não é esse Jesus o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de
Judas e de Simão?” (Marcos, VI:3); e com estas mais “E José não a tinha
conhecido quando ela deu à luz o seu filho primogênito, ao qual deu o nome de
Jesus” (Mateus, I:25) – PRETENDEM ALGUNS
IGNORANTES, AINDA HOJE, AFIRMAR QUE O CRISTO TEVE IRMÃOS E IRMÃS POR OBRA DE
JOSÉ E MARIA! Há nisso um erro manifesto que, após as discussões travadas
outrora e principalmente nos dias deste fim de ciclo, não pode nem deve
subsistir. Diante da Nova Revelação, relativamente à verdadeira origem
espiritual do Mestre, ao seu aparecimento na Terra, à natureza e ao caráter da
sua missão no passado, no presente e no futuro; à elevação e à pureza de Maria
e de José, à natureza e ao caráter da missão que os dois desempenharam,
auxiliando a Obra do Salvador –
SEMELHANTE ERRO TEM DE DESAPARECER DAS CONTROVÉRSIAS E DEBATES HUMANOS.
Somente aos olhos dos homens, jamais na realidade dos fatos, existia parentesco
próximo entre Jesus e aqueles que eram chamados seus irmãos e suas irmãs por
laços de sangue. Em hebreu a palavra irmão tinha várias acepções: significava,
ao mesmo tempo o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente.
Entre os judeus os descendentes diretos da mesma linha eram considerados
irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam, muitas vezes,
tratando-se indistintamente de irmãos e irmãs. Geralmente se designavam pelo
nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais
primos-irmãos. Assim, os chamados irmãos e irmãs de Jesus nos Evangelhos
citados eram segundo o parentesco humano que entre eles havia aos olhos dos
homens seus primos-irmãos. Maria não era filha única: tinha uma irmã, que
também se chamava Maria, mulher de Cleofas e mãe de Tiago, de José, de Simão e
de Judas, que todos tratavam como “irmãos de Jesus”. Do mesmo modo, as chamadas
irmãs do Cristo eram suas primas co-irmãs, de acordo com o parentesco humano
que, segundo os homens, havia entre elas e o Mestre. Que importaria aos homens
que Jesus tivesse irmãos e irmãs na Humanidade, uma vez que a essência deles
não podia ser igual à do Cristo Espírito Perfeito que encarnara, para ser visto
pelos mesmos homens, tomando um perispírito tangível, com a forma ou a
aparência do corpo humano, adequado às necessidades e à duração da sua missão
terrena? TAL, PORÉM NÃO PODIA DAR-SE E
NÃO SE DEU: Espíritos muito elevados, José e Maria sofriam o
constrangimento do envoltório material que haviam aceitado, mas não estavam
sujeitos aos instintos carnais de que já se haviam libertado. Exilados
momentaneamente da verdadeira pátria dela guardavam intuitivamente a lembrança
e um, unicamente um, era o anelo de ambos: voltar para lá. Nunca se deve
acompanhar o curso de um rio de águas impuras. Deixai que os ímpios desnaturem
os fatos mais sérios. Nós repetimos: ESPIRITOS
MUITO ELEVADOS, ENCARNADOS EM MISSÃO SUPERIOR , JOSÉ E MARIA NÃO EXPERIMENTAVAM
AS NECESSIDADES CARNAIS DA HUMANIDADE. Intuitivamente preparada para a
missão que lhe cumpria desempenhar naquela grande Obra de Regeneração, cujo
desenlace constituiu exemplo para todas as raças humanas que, a partir de
então, se sucederam, Maria foi e permaneceu sempre virgem. José, menos elevado
que ela, mas também desempenhando missão sagrada, compreendeu, pela revelação
do Anjo, QUAL O OBJETIVO DA SUA
EXISTÊNCIA MATERIAL E A ELA SE CONSAGROU INTEIRAMENTE, PARA HONRA E GLÓRIA DE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
GN, 21/11/1970
SEGUNDA-FEIRA, 07/01/2013
A FAMÍLIA DE JESUS
P – Um assunto empolgante, para todos nós, está nos
Evangelhos que falam dos parentes de Jesus, no próprio entender do Mestre. Como
nos explica essas passagens o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R – Vamos harmonizar os Evangelhos Sinóticos: Mateus,
XII: 46-50, Marcos, III: 31-35 e Lucas, VIII: 19-21.
MATEUS: 46 –
Estando Jesus ainda a pregar à multidão, sua mãe e seus irmãos, do lado de
fora, procuravam falar com ele. 47 – Alguém, então, lhe disse: “Tua mãe e teus
irmãos aí fora, procuram falar contigo”. 48 – Respondendo a quem assim falara,
disse Jesus: “Quem é minha mãe e quais são os meus irmãos?” 49 – E estendendo a
mão para os discípulos, falou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. 50 – Quem quer
que faça a vontade do Pai Celestial esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
MARCOS: 31 –
Sua mãe e seus irmãos, tendo vindo e ficado do lado de fora, o mandaram chamar.
32 – Ora, como a multidão o cercasse, alguém lhe disse: “Olha que tua mãe e
teus irmãos te procuram”. 33 - Mas Jesus
lhe perguntou: “Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos?” 34 – E, olhando
para os que estavam sentados em redor dele, disse: “Eis aqui minha mãe e meus
irmãos; 35 – porquanto aquele, que fizer a vontade de Deus, é meu irmão, minha
irmã e minha mãe”.
LUCAS: 19 –
Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não puderam vê-lo por causa da
multidão. 20 – Disseram-lhe, então: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te
querem ver”. 21 – Mas Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são todos
aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam”.
Não estando ligado à Virgem Maria por nenhum laço
humano, Jesus patenteava aos homens os sentimentos de amor e fraternidade que
os deviam unir. Efetivamente, qual poderia ser o desejo do Bom Pastor, que
vinha em busca das ovelhas tresmalhadas? Qual poderia ser o seu objetivo?
Reuni-las em torno de si. Todas, fossem quais fossem. Sendo, com relação aos
homens, pela sua pureza e pelo seu poder, o Unigênito do Pai, e vindo
dizer-lhes “SOIS TODOS, COMO EU FILHOS DE DEUS”. Jesus precisava
demonstrar que punha em prática os ensinos que dava à multidão e provar que TODOS
OS SERES HUMANOS SÃO, DE FATO, FILHOS DE DEUS E, POR ISSO, IRMÃOS DELE,
ENQUANTO CAMINHAM NAS VIAS DO SENHOR. Falando do Cristo, usamos a expressão
“ o Unigênito” ou “Filho Único” do Pai Celestial. Ele o era e é, no sentido de
ser, pela sua elevação espiritual, única relativamente à de todos os Espíritos
que se acham ligados ao vosso planeta, quem lhe preside os destinos. Desse
ponto de vista é comparado a vós outros, Jesus pode e deve ser considerado FILHO
ÚNICO DO TODO-PODEROSO. Sua essência pura, que nunca se desviou da linha do
progresso, se aproxima da natureza do Criador Universal. Insistimos: seu poder
ilimitado, sobre tudo o que concerne à Terra, participa da Onipotência Divina,
com a qual ele está sempre em RELAÇÃO DIRETA. Maria e os chamados irmãos
de Jesus o foram procurar, induzidos pela influência espiritual dos seus Anjos
da Guarda e também levados pela idéia de que – devendo o Mestre atender às
necessidades do corpo – lhes cumpria ir à sua procura, para esse fim. Conquanto
fosse um Espírito muito elevado, Maria estava, até certo ponto, submetida à
matéria que a envolvia; não compreendia que Jesus pudesse resistir a tão
grandes fadigas, SEM TOMAR OS ALIMENTOS QUE SUSTENTAM O CORPO. Tinha ela
a intuição da sua sorte futura: mas como sempre, o passado se lhe apresentava
coberto por um véu: o véu da carne. Nunca é demais repetir: em virtude da
revelação que lhes fora feita, e que se conservou secreta até depois de finda a
missão terrena do Mestre, JESUS, PARA MARIA E JOSÉ ERA UM ENTE EXCEPCIONAL,
GRANDE AOS OLHOS DE DEUS POR SER FILHO DO MESMO DEUS E QUE ENCARNARA
MILAGROSAMENTE, MAS SEM DEIXAR DE PARTICIPAR DA NATUREZA DO HOMEM E DE ESTAR
SUJEITO ÀS NECESSIDADES DA EXISTÊNCIA HUMANA. E para os homens, ele era um
homem igual aos outros, filho – por obra humana – de José e Maria, e como tal o
consideraram enquanto durou sua missão terrena e até a época em que já
encerrada aquela missão, a revelação se tornou conhecida do povo. A ida de
Maria e dos chamados irmãos de Jesus à procura deste lhe foi inspirada para
provocar como provocou, a profunda observação do Mestre. Ao que lhe dissera:
“Tua mãe e teus irmãos te procuram” ele respondeu perguntando: Quem é minha mãe
e quem são os meus irmãos?” E acrescentou, apontando os discípulos: “EIS
AQUI MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS POIS AQUELE QUE CUMPRE A VONTADE DO PAI, A VONTADE
DE DEUS ESSE É MEU IRMÃO MINHA IRMÃ E MINHA
MÃE: MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS SÃO TODOS AQUELES QUE OUVEM A PALAVRA DE
DEUS E A PRATICAM”. As versões de Mateus, Marcos e Lucas são exatas e se
completam: Jesus apontou com a mão para os discípulos que o cercavam e
respondeu, deixando fluir sobre o povo a atração poderosa do seu olhar
irradiação magnética que atraía os homens como o ímã atrai o ferro. Por esse
gesto ele apresentava seus discípulos como exemplo e atraia para eles a
multidão que os teria de imitar. Ao dar aquela resposta, o presente e o futuro
se completavam no seu pensamento. Deu-a tendo por fim (atento o motivo que
determinara a ida de Maria e dos que eram designados por irmãos dele) provar
que A MISSÃO, A CUJO DESEMPENHO SE CONSAGRAVA NO MEIO DOS HOMENS,
SOBRELEVAVA AOS LAÇOS DA FAMÍLIA HUMANA E AS NECESSIDADES MATERIAIS QUE, NO
ENTENDER DOS MESMOS HOMENS, SE LHE FAZIAM SENTIR. Em todas as
oportunidades, Jesus procurava despertar as consciências. Tinha também por fim
atentas às palavras que lhe eram dirigidas mostrai veladamente que nenhum laço
humano o prendia a Maria Santíssima nem aos que eram tidos por seus irmãos, nem
aos Apóstolos e aos discípulos, SÓ OS LIGAVA O LAÇO ESPIRITUAL, O PARENTESCO
ESPIRITUAL, TUDO SEGUNDO O ESPÍRITO, NADA SEGUNDO A CARNE E ASSIM MESMO
RELATIVAMENTE AOS QUE HOUVESSEM FEITO A VONTADE DIVINA OUVINDO E PONDO EM PRÁTICA A PALAVRA
DE DEUS!
GN, 20/11/1970
DOMINGO, 06/01/2013
FORA DE DEUS NÃO HÁ SEGURANÇA
P – Disse Deus: “Sem mim, nada podereis fazer”.
Compreendemos, sinceramente, que toda a nossa segurança está em Deus, no Cristo
e no Espírito Santo. Como o Espírito da Verdade explica o versículo 45 de
Mateus, no capitulo em estudo?
R –“ Parte, então, de novo o Espírito mau, arrebanha
sete outros Espíritos ainda piores do que ele, entram na casa e passam a
habita-la; e o ultimo estado do homem fica sendo pior que o anterior”. Depois
de pronunciar estas palavras, cujos sentidos e alcance já conheceis, o Mestre
acrescentou: “Assim acontecerá com esta geração criminosa”. A RECAIDA É PIOR DO QUE A MOLÉSTIA. A
GERAÇAO DE QUE JESUS FALAVA DISPUNHA DE TODOS OS MEIOS PARA SE ESCLARECER E
PROGREDIR. Tocada pelas prédicas do Bom Pastor, parte dela tentara
reformar-se. Mas a boa semente caíra sobre pedregulhos: as más paixões, por um
momento sopitadas, voltaram com mais força à antiga habitação, tornando a
expiação mais longa e mais dolorosa. Que o mesmo não suceda com a geração a quem
Cristo hoje se dirige, mediante a Nova Revelação! Disse o mestre: “MAIS SE PEDIRÁ A QUEM MAIS SE DEU”. Ora,
os que repelem a luz que se lhes apresenta, os que apagam ou fecham os olhos
para não vê-la, terão de prestar muito maiores contas do que aqueles que vivem
nas trevas da ignorância.
P – Como devemos entender os versículos 27 e 28 de
Lucas?
R – A mulher que elevou a voz do meio da multidão
falou, como médium, sob a inspiração momentânea de um Guia, que assim deu
ensejo à resposta de Jesus. Fora previsto, evidentemente, tudo o que pudesse
servir de ensinamento ao povo. As palavras da mulher tinham todo cabimento, do
ponto de vista das crenças humanas de então, segundo as quais JESUS ERA FILHO DE JOSÉ E MARIA.
Realmente, o fato de haver Maria, como os homens acreditavam, gerado e
amamentado Jesus, indicava da parte dela grande elevação espiritual. Esta,
porém, ela a alcançara antes de lhe ser concedido desempenhar a missão de mãe
do Redentor, ao passo que aqueles a quem Jesus pregava, pecadores e culpados,
pouco até então haviam merecido; ENTRETANTO,
MUITO VIRIAM A MERECER, DESDE QUE RECEBESSEM COM FÉ E PUSESSEM EM PRATICA AS
PRECIOSAS LIÇOES QUE LHES ERAM DADAS. Bem podia Jesus, portanto, dizer:
“Mais felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam!” Ele antevia o
progresso imenso que fariam os que sinceramente enveredassem pela nova estrada.
Também nós, ó bem amados, vos dizemos: - Felizes os que recebem a luz e se
esclarecem com seus raios, aqueles que escutam a Palavra do Evangelho e do
Apocalipse, pondo-a em pratica em Espírito e Verdade! Iniciando-vos, desde a
vida terrena nos “mistérios da vida eterna”, abreviais a duração das provas no
estado de Espíritos livres. Evitais, sobretudo, a expiação, pondo-vos em guarda
contra vós mesmos. Por tudo isso, PROCURAI
PROGREDIR NA VIDA TERRENA E MAIS RAPIDAMENTE PROGREDIREIS QUANDO VOLTARDES DA
VIDA ETERNA!
GN, 19/11/1970
SÁBADO, 05/01/2013
A
COMUNHÃO DO CRISTO
P – Os ensinos do CEU
da LBV, no capítulo em exame, parece ter relação com o chamado “sacrifício da
eucaristia”. Que diz a isso o Espírito da Verdade?
R – Sim, mas nunca no
sentido que lhe poderia dar a igreja humana. Não admitais que o corpo do homem
possa servir de morada, nem eterna, nem temporária, à Divindade, como pretende
a igreja romana, cujos erros provieram todos da falsa interpretação das
Sagradas Escrituras pois sempre as compreendeu segundo a letra, jamais segundo
o espírito. Não admitais que “corpo e o sangue reais do Salvador” (expressões
do romanismo) se possam EQUIPARAR AOS
ALIMENTOS HUMANOS E FICAR, DESSE MODO, SUJEITOS AS LEIS DA DIGESTÃO NO CORPO DO
HOMEM! Não admitais que o perispírito tangível, de que Jesus se revestiu
temporariamente, atendendo às exigências e à duração da sua missão terrena,
vaso precioso que continha uma essência ainda mais preciosa, formada de fluidos
que – na chamada hora da ascensão – foram restituídos aos meios de onde haviam
sido tirados, possa estar submetido àquelas leis! NÃO ADMITAIS QUE O ESPÍRITO DE JESUS ESSÊNCIA PERFEITA, DE PUREZA
IMACULADA, FAÇA DO CORPO HUMANO A SUA HABITAÇÃO! A comunhão do Cristo,
simbolizada pela ceia, como vos explicaremos quando chegar a ocasião, foi o
último e solene apelo feito por ele em prol da fraternidade contida em seu Novo Mandamento.
A comunhão dos discípulos era uma lembrança simbólica daquela outra comunhão.
Cristãos de todas as correntes, aprendei o que ensina a Nova Revelação que Deus
vos manda e que vos trazemos em nome de Jesus: PARA O ESPÍRITO DEVE SER TUDO ESPIRITUAL, O HOMEM RECEBE “ O CORPO E O
SANGUE” DE JESUS APENAS SIMBOLICAMENTE, POIS REPRESENTAM O SEU EVANGELHO, A SUA
DOUTRINA DE SALVAÇÃO, O CORPO PARA ALIMENTAR-LHE A ALMA, O SANGUE PARA LAVA-LA
DE SUAS IMPUREZAS, MAS A MATÉRIA NÃO PARTICIPA, DE MODO ALGUM, DESSE
SACRIFÍCIO! Que tomeis as vossas refeições antes ou depois do “sacrifício”,
pouco importa. Das superfluidades humanas é que cumpre vos abstenhais, antes do
ato da “comunhão”, que deverá simbolicamente aproximar o vosso Espírito do
Redentor que, fazendo a sua aparição na Terra, se abaixou até vós para vos
elevar. Praticai, sim, esta abstinência! Com o intuito de vos preparardes para
essa festa de família, imponde-vos algumas privações, que possam redundar em
proveito – tanto material quando moral e intelectual – de vossos irmãos. IMPONDE-VOS MORTIFICAÇÕES MORAIS; CONVIDAI
PARA A CEIA DO NOVO MANDAMENTO AQUELES QUE SE HOUVEREM AFASTADO DE VÓS OU DE
QUEM VOS HOUVERDES AFASTADO. CONVIDAI-OS PELO PENSAMENTO, NA ORAÇÃO, SE O NÃO
PUDERDES FAZER DE OUTRA MANEIRA, PERDOANDO-LHES DE CORAÇÃO AS OFENSAS E TOMANDO
A RESOLUÇÃO IRREVOGÁVEL DE NÃO GUARDAR QUEIXA ALGUMA DE TODOS ELES.
Praticai a ceia do Senhor espiritualmente, em comum, como os Apóstolos sempre
realizaram, até à época em que as paixões e os maus instintos forçaram a
mudança, determinando a instituição da “comunhão aparente”, pois QUEM SE APROXIMA DA MESA DO MESTRE LEVANDO
NO CORAÇÃO UM SENTIMENTO MAL INCORRE NO
CRIME DE TRAIÇÃO DE JUDAS ISCARIOTES. RESTAURAI A CEIA DO NOVO MANDAMENTO,
CONVIDANDO OS IRMÃOS DE TODAS AS CRENÇAS RELIGIOSAS E FILOSÓFICAS, POIS SÓ
ASSIM CUMPRIREIS A ORDEM DO CRISTO, FORMANDO UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ PASTOR!
GN, 17/11/1970
SEXTA-FEIRA, 04/01/2013
O
ESPÍRITO ACIMA DA LETRA
P – As explicações do
CEU da LBV libertam da letra que mata, o espírito que vivifica. Como o Espírito
da Verdade interpreta a expressão “lugares áridos” de Jesus?
R – É o que consta do
versículo 43 de Mateus e 24 de Lucas, no capítulo em estudo. Os “lugares
áridos”, por onde erra o Espírito impuro (o Espírito mau) sem encontrar abrigo,
são os homens purificados, que não lhes dão entrada às sugestões.
P – “Busca repouso e
não o encontra”. Qual o sentido oculto dessas palavras?
R – O Espírito mau
busca UMA OCUPAÇÃO CONDIZENTE COM SEUS
INSTINTOS, TENDÊNCIAS OU CAPRICHOS. Jesus, não o esqueçais, falava aos
judeus, e os judeus acreditavam que o Espírito imundo habitava no homem
subjugado. O Mestre os deixava nessa crença, para que a possessão lhes
inspirasse horror ainda maior. Ora, falando para ser compreendido por aqueles
homens, era natural que lhes figurasse o Espírito impuro a procurar repouso nos
lugares áridos sem o encontrar, isto é, A
RONDAR OS HOMENS FORTES E A ENCONTRA-LOS SURDOS ÀS SUAS INSTIGAÇÕES. Aí
tendes, na altura do vosso entendimento, o espírito despojado da letra.
Tentando penetrar num homem, cuja Alma se ache bem guardada, e não o
conseguindo, sendo forçado a afastar-se sem ver lugar para seu repouso – aí
tendes a lição na altura do entendimento dos judeus a quem o Cristo falava.
P – Como devemos
entender o versículo 44 de Mateus e mais os 24 e 25 de Lucas?
R – Aquele que,
embora por pouco tempo, expurga a Alma de seus maus pendores, dá imediato
acesso aos SENTIMENTOS BONS, QUE SE
OPÕEM AOS MAUS INSTINTOS, AS VIRTUDES SÃO O ORNAMENTO DA ALMA. É preciso
que, quando o Espírito mau queira voltar para a casa de onde saiu, a encontre
limpa e ornada. Nutrindo sentimentos de real pureza, conservai vossa Alma
sempre inacessível aos maus instintos e às seduções da treva. Ornai-a de
virtudes, para que o Senhor nela encontre morada digna dele, para que lhe seja
grato ampliar cada vez mais o vosso progresso, moral e intelectual,
concedendo-vos a assistência dos Bons Espíritos, cujo amparo conseguireis com a
vossa perseverança na fé.
GN, 17/11/197
QUINTA-FEIRA, 03/01/2013
O ASSÉDIO INCESSANTE DA TREVA
P – Queremos
debater, em nosso Posto Familiar, o caso do Espírito imundo que volta à sua
residência. Como o Espírito da Verdade interpreta essa passagem, pelo CEU da
LBV?
R –
Harmonizemos Mateus, XII: 43-45 com Lucas, XI: 24-28.
MATEUS: 43 – Quando o Espírito impuro sai
de um homem, vagueia por lugares áridos em busca de repouso, e não o
encontra. 44 – Diz, então: “Voltarei
para a casa de onde saí”. E, voltando, a encontra vazia, limpa e ornada. 45 –
Então parte de novo, arrebanha sete outros Espíritos ainda piores do que ele,
entram todos na casa e passam a habita-la. Ora, o último estado do homem fica
sendo pior que o anterior. Assim acontecerá com esta geração criminosa.
LUCAS: 24 – Quando o Espírito imundo sai de
um homem, anda por lugares áridos, em busca de repouso. E, não o encontrando,
diz: “Voltarei para a casa de onde saí”. 25 – Voltando, ele a encontra varrida
e ornamentada. 26 – Vai-se, então, de novo, reúne outros sete espíritos mais
impuros do que ele, e entram todos na casa e lá se instalam. E o último estado
do homem fica sendo pior que o de antes. 27 – Ora, sucedeu que quando Jesus
dizia essas coisas, uma mulher, elevando a voz do meio do povo, lhe disse:
“Feliz é o ventre que te trouxe ao mundo! Bem-aventurados os seios que te
amamentaram!” 28 – Jesus, porém, respondeu: “Felizes e bem-aventurados são os
que ouvem a palavra de Deus e a praticam!”
Jesus fazia
ver aos homens que lhes cumpria estar sempre em guarda contra as más paixões
que, repelidas a princípio facilmente, voltam depois com mais força e maior
tenacidade. Tomai, se quiserdes, por símbolo das más paixões os “Espíritos
imundos” do Evangelho, os maus Espíritos cuja influência vos ensinamos a
evitar. Aquele que, fraco de Espírito, cede com facilidade às más inspirações,
por serem más as suas tendências, oporá – tomando boas resoluções – sério
obstáculo aos esforços que empreguem os Espíritos malfazejos, no sentido de o
arrastarem para o mal. O Espírito que o influenciava se afasta, e vai em busca
de alguma outra inteligência que lhe seja mais fácil impressionar, A FIM DE
SE APODERAR DELA, TENDO SEMPRE, PORÉM, DEBAIXO DAS VISTAS, AQUELE SOBRE QUEM
EXERCIA SUA AÇÃO FUNESTA E QUE FÔRA OBRIGADO A ABANDONAR. Ora, ao notar da
parte deste um descuido, por menor que seja, um relaxamento das boas
resoluções, volta prontamente a se apossar da sua antiga vítima. Se encontrar
resistência, não podendo esta ser muito forte, pois não nasce de um sentimento
realmente puro, ELE SE OBSTINARÁ E, SE FOR PRECISO, CHAMARÁ EM SEU AUXÍLIO
OS ESPÍRITOS INFERIORES QUE O CERCAM, SEMPRE DISPOSTOS AO MAL. Todavia, não
concluais das nossas palavras que todas as vossas ações más, todos os vossos
maus pensamentos sejam resultado de uma influência oculta. SE EM VÓS NÃO
EXISTIR O GERME DO MAL, NÃO ATRAIREIS OS ESPÍRITOS DO MAL. As vossas
tendências, boas ou más, é que determinam a ordem dos Espíritos que virão
grupar-se em torno de vós. Os que simpatizarem com os vossos pendores
certamente vos cercarão. VIGIAI, PORTANTO, PORQUE O ASSÉDIO DA TREVA É
INCESSANTE. Policiai, a todo instante, os vossos pensamentos mais secretos;
varrei cuidadosamente a vossa casa; purificai a vossa Alma e montai guarda à
porta do santuário, a fim de impedirdes a aproximação dos que não sejam dignos
de penetrar nele! COMO ORDENA JESUS: VIGIAI E ORAI, ORAI E VIGIAI!
GN, 15/11/1970
QUARTA-FEIRA, 02/01/2013
JONAS,
NINIVE E A RAINHA DE SABÁ
P – Só mesmo o
Evangelho em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento, aclara todas as
dúvidas dos homens! Como vemos, até hoje as igrejas humanas explicam na base do
milagre a “ressurreição” e a “ascensão” de Jesus! Que diz a isto o Espírito da
Verdade?
R – Evidentemente, a
ressurreição e à ascensão de Jesus só se explicam pela revelação, que vos
trouxemos da origem do Cristo, do seu corpo fluídico (ou perispírito tangível)
que ele tornou, com a forma ou aparência do corpo humano. Entretanto, os homens
daquela época, presenciando a “ascensão”, O QUE VIRAM FOI UM CORPO, FEITO DE
MATÉRIA IMPURA, ELEVAR-SE POR SI MESMO, PARA IR INSTALAR-SE LÁ ONDE TUDO É
ESPIRITUAL. Bem mais sensível era o milagre para os homens de então. Foi,
por assim dizer, essa impossibilidade da reunião da matéria com a
espiritualidade que preparou a vossa era. Foi ela que, da crença nos milagres,
afastou os pensadores. Tão inconcebível
se lhes patenteou aquela reunião que ELES PROCURARAM UMA EXPLICAÇÃO POSSÍVEL
PARA O FATO E ACABARAM NEGANDO-O, POR
NÃO PODEREM ACREDITAR NELE. Todos, porém, hão de aceitar a explicação
simples, racional e irrefutável, da tangibilidade conferida ao perispírito do
Mestre. Roto o véu, compreendeis agora que Jesus, desde o momento em que não
quis mais conservar aquela tangibilidade,
haja – sob a aparência do corpo humano – mantido a sua essência etérea;
haja podido sair do sepulcro sem arrombamento, não ficando nele fragmento algum
do corpo; haja podido apresentar-se a muitas pessoas em diversos lugares e
retomar a tangibilidade, quando isso foi preciso; haja, finalmente, voltado à
plenitude das suas faculdades espirituais quando, elevando-se na presença de
seus discípulos, voltou para as regiões etéreas de onde se exilara
voluntariamente, PARA VOS CONVENCER E VOS SALVAR DE VÓS MESMOS. Dizendo
o que consta dos versículos 41 e 42 de Mateus, 31 e 32 de Lucas, tinha o Cristo
a intenção de – como sempre – ferir a imaginação dos hebreus por meio de um
paralelo entre a época das Escrituras e aquela em que ele falava. Com relação
aos habitantes de Ninive – Está bem claro que a comparação não era possível e
não foi feita por Jesus senão com os que haviam tirado proveito da pregação de
Jonas, permanecendo na via do Senhor, depois de terem ingressado nela. COM
OS QUE A RECEBERAM, E PARA LOGO A ESQUECERAM, NÃO SERIA POSSÍVEL ESTABELECER
COMPARAÇÃO ALGUMA. Com relação à rainha de Sabá – Ela viera das montanhas
do Líbano, as quais – para os judeus daquele tempo – ficavam nos confins da terra,
a fim de ouvir o rei Salomão, cuja grande reputação de sabedoria a atraíra.
Depois de conversar com ele, ouvindo longamente as suas palavras, disse a
rainha do Sul: “Bem maiores que a fama, que chegou até mim, são a tua
sabedoria e as tuas obras! Felizes
são os que te pertencem! Felizes são os teus servos, que estão sempre na tua
presença e escutam as palavras da tua sabedoria! Bendito seja o Senhor teu
Deus, que te dispensou as suas complacências, que te colocou no trono de Israel
e te fez rei, para reinares com eqüidade e distribuíres a justiça!” Os
Ninivitas que, aproveitando a pregação de Jonas, entraram e permaneceram na via
do Senhor e a rainha de Sabá que, cedendo à inspiração que recebera, reconheceu
a grandeza de Deus e a sabedoria daquele a quem fizeram rei, ERAM A
CONDENAÇÃO DOS HEBREUS, QUE RESISTIAM A TODOS OS ESFORÇOS DE JESUS PARA OS
RECONDUZIR AO BOM CAMINHO. Depois de aludir às escrituras, comparando o que
elas narram com o que se passava em torno de si, Jesus chamou a atenção dos
homens para a superioridade da sua missão (superioridade que só a Nova
Revelação pode apresentar em Espírito e Verdade) e para a culpabilidade dos que
se rebelavam contra suas palavras e seus exemplos, dizendo: “AQUI ESTÁ QUEM
É MAIOR DO QUE JONAS: AQUI ESTÁ QUEM É MAIOR DO QUE SALOMÃO”. Salomão e
Jonas eram Espíritos em missão, mas de ordem inferior. Seria admissível que
Jesus se equiparasse a qualquer dos dois, sendo ele O CRISTO DE DEUS, O
ÚNICO REPRESENTANTE DO SENHOR NA TERRA, O MESTRE, REI DO VOSSO PLANETA E DA SUA
HUMANIDADE? HOJE COMPREENDEIS TUDO ISSO FACILMENTE, À LUZ DO NOVO MANDAMENTO.
GN, 14/11/197
TERÇA-FEIRA, 01/01/2013
O “MILAGRE” DE JONAS
P – A passagem do “milagre” de Jonas tem sido causa de
muita controvérsia. Como a explica, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Vejamos o Evangelho segundo Mateus, XII: 38-42, e
segundo Lucas, XI: 29-32.
MATEUS: 38 –
Então, alguns dos escribas e fariseus lhe disseram: “Mestre, queremos ver um
milagre feito por ti”. 39 – Jesus lhes respondeu: “Esta geração adúltera e má
pede um milagre, mas nenhum outro lhe será dado senão o do Profeta Jonas. 40 –
Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe,
também o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra. 41
– Os Ninivitas, no dia do juízo, se levantarão contra esta geração para
condena-la, pois eles fizeram penitência ao ouvirem a pregação de Jonas: e aqui
está quem é maior do que Jonas. 42 – A rainha do Sul se levantará, no dia do
juízo, contra esta geração e a condenará, pois veio dos confins da terra para
ouvir a sabedoria do rei Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão.
LUCAS: 29 –
Disse, então, à turba que o cercava: “Esta geração perversa me pede um sinal;
mas nenhum sinal lhe será dado senão o do Profeta Jonas. 30 – Assim como Jonas
foi sinal para os ninivitas, o Filho do Homem o será para esta geração. 31 – A
rainha do Sul se levantará no juízo com os homens desta geração, e os
condenará, pois veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e
eis aqui quem é maior do que Salomão. 32 – Os ninivitas se levantarão, no
juízo, contra esta geração para condena-la, pois se arrependeram ouvindo a
pregação de Jonas; e eis aqui esta quem é maior do que Salomão”.
Aquela geração, que repelia todos os esforços
empregados para conduzi-la ao caminho do Bem, era má e adúltera: ADÚLTERA NO
SENTIDO DE DESPREZAR A FÉ NO SEU DEUS PARA SE ENTREGAR ÀS PRÁTICAS MATERIAIS
LAMENTÁVEIS. Não é este o lugar de vos explicarmos como se deu o que os
homens consideraram a passagem de Jesus da vida material para a morte e a sua
volta a vida espiritual. Respondei-nos, porém: - Sua ressurreição depois de
três dias e três noites de morte aparente, mas considerada real pelo vulgo –
não constitui um milagre, idêntico ao que se atribui a Jonas? Dizemos “que se
atribui” a Jonas porque o fato, que com ele se deu, foi referido aos hebreus
ampliado, comentado e desnaturado. Houve, da parte do narrador, erro e falsa
interpretação quando disse “ que Jonas fora atirado ao mar; que Deus preparara
um peixe imenso para engolir o profeta; que este passou três dias e três noites
dentro de tal peixe; que o Senhor falou ao peixe e que este pela boca deitou
Jonas na praia”. JONAS NÃO FOI LANÇADO AO MAR: ESTEVE, SIM, TRÊS DIAS E TRÊS
NOITES A FERROS NO FUNDO DO NAVIO QUE O LEVAVA. Um devotado marinheiro tirou-o de lá e o
trouxe; num bote, até à praia, onde o deixou. Salvou-o, portanto, a dedicação
de um homem – que serviu de instrumento à Divina Providência – o qual, por
influência e inspiração espirituais, cumpriu a vontade de Deus, libertando
Jonas das cadeias que o prendiam, trazendo-o num bote do navio e deixando-o na
praia. A credulidade e a atração que exerce no homem tudo o que revista a
auréola do maravilhoso deram origem à crença num acontecimento sobrenatural,
isto é, num milagre. ENTRETANTO, O GRANDE PEIXE OUTRO NÃO ERA SENÃO O NAVIO
A CUJO BORDO ESTAVA JONAS: A BOCA NADA MAIS ERA QUE O BOTE, QUE DEIXOU O
PROFETA NA PRAIA. Dizendo “Assim como Jonas foi sinal para os ninivitas,
assim também o Filho do Homem o será para esta geração. Jesus se colocava –
como sempre – no ponto de vista das crenças humanas, relativamente a Jonas e a
si próprio. O profeta que era um homem igual aos demais, foi tido pelos
habitantes de Ninive como um ENTE EXCEPCIONAL DA RAÇA HUMANA, visto que
pudera viver dentro de um peixe e sair, são e salvo, depois de haver passado
ali três dias e três noites. Para o vulgo, e mesmo para os discípulos, Jesus
era um homem igual aos outros, com um corpo de carne e ossos, exatamente como
os corpos deles. Em tais condições, sua ressurreição e sua ascensão não podiam
ser mais compreensíveis nem menos milagrosos do que a volta de Jonas. Mas vós,
que conheceis as causas e compreendeis os efeitos, não podeis ver na
ressurreição e na ascensão de Jesus mais do que uma conseqüência da sua missão
e da sua organização fluídica. SIM, NÃO HÁ MILAGRE NO SENTIDO QUE LHE DÁ A
IGREJA HUMANA, COM DERROGAÇÃO DAS LEIS IMUTÁVEIS QUE DEUS ESTABELECEU PARA TODA
A ETERNIDADE.
GN, 13/11/1970
SEGUNDA-FEIRA, 31/12/2012
RAÇA DE VÍBORAS
P – Finalizando o estudo que fazemos, na Cruzada do
Novo Mandamento no Lar, concentramos nossa atenção nos versículos 33 de Mateus,
sobre os frutos da árvore; 24 e 25, também de Mateus, sobre “ raça de víboras”;
36 e 37, ainda no Evangelho de Jesus segundo Mateus, sobre “ palavras ociosas”.
Como explica tudo isso o Espírito da Verdade?
R – Versículo 33 de Mateus: “Se uma árvore for boa,
seu fruto será bom; se for má, seu fruto será mau: pelos frutos é que se
conhece a árvore”. Por estas palavras, dirigidas aos discípulos, JESUS LHES ENSINAVA A CONHECER OS HOMENS.
Sem dúvida, o homem de maus instintos praticará más ações. Mas, se o virdes
esforçar-se por fazer o Bem, por cumprir os deveres que a consciência lhe
impõe, podeis dizer que a árvore é boa. E ficai certos de que, se for
cultivada, com as lições do Evangelho e do Apocalipse, melhor ainda se tornará.
Versículos 24 e 25: “Raça de víboras, como podeis, sendo maus, dizer coisas
boas, se a boca fala aquilo de que está cheio o coração? O homem bom tira boas
coisas de bom tesouro e o homem mau tira coisas más de mau tesouro”. Pelos
termos RAÇA DE VÍBORAS, apropriados
aos tempos e aos homens, JESUS DESIGNAVA
AQUELA RAÇA DE ESPÍRITOS INFERIORES E ORGULHOSOS, QUE ACREDITAVAM PODER ALCANÇAR,
SEM SOCORRO, A MORADA CELESTE, E QUE NÃO QUERIAM RECEBER LUZ ALGUMA. A
palavra emerge do coração, quando exprime abertamente a maneira de pensar. Mas,
se oculta o pensamento, ou lhe dá a aparência da doçura, sendo ele agressivo,
então a palavra é mentirosa, hipócrita e má. Por isso é que Jesus perguntava
aos fariseus: “Como é que, sendo maus, podeis dizer coisas boas?” As palavras
saem do tesouro do coração. Se o tesouro é mau, também más serão as palavras e
ações, quer as primeiras exprimam abertamente a maneira de pensar, quer sirvam
de disfarce à mentira, à hipocrisia ou à maldade. Versículos 36 e 37: “Ora, eu
vos digo que os homens, no dia do julgamento, darão contas de toda palavra
ociosa que houverem proferido. Porque sereis justificados pelas vossas palavras
e pelas vossas palavras sereis condenados”. As traduções preferiram os termos:
ociosa e inútil para – dando maior extensão ao texto – fazerem que as palavras
do Mestre ABRANGESSEM A TODOS E NÃO
SOMENTE AOS BLASFEMADORES. Essa alteração do original teve por efeito
reprimir os costumes e por um freio ao deboche dos inimigos do Evangelho.
Estendendo a sentença do Cristo até às palavras ociosas, restringia a linguagem
aos limites do justo e do necessário. Sendo mister coibir as conversações mais
que levianas, capazes de desviar as inteligências do fim elevado que se lhes
propunha, necessário era que se batesse com força para atingir esse objetivo. O DIA DO JUGAMENTO, em que os homens
prestarão contas, é aquele em que o Espírito culpado, após a morte, faz uma
introspecção, observa a sua passada existência, suas faltas ou crimes e, TOCADO PELO ARREPENDIMENTO, FUSTIGADO PELO
REMORSO, SOFRE A EXPIAÇÃO, INEVITAVELMENTE SEGUIDA DA NECESSIDADE DE
REENCARNAR. E ISSO EXPLICA A ADVERTÊNCIA DE JESUS: NÃO SAIRÁS DA PRISÃO (O
CORPO MATERIAL) ATÉ PAGARES O ÚLTIMO CEITIL.
GN, 12/11/1970
DOMINGO, 30/12/2012
A
JUSTIÇA PERFEITA DE DEUS
P
– Não podia ser mais feliz e edificante a explicação do capítulo em exame. Uma
pergunta, ainda,
queremos formular ao Espírito da Verdade: – Pode haver Espírito eternamente
culpado?
R
– Quando Jesus falava (ou os Evangelistas falavam, em suas narrativas) em ESPÍRITO
SANTO, esta expressão, como sabeis, designava os Espíritos Puros, os
Espíritos Superiores, os Bons Espíritos, que desempenham junto dos homens as
funções de órgãos do Senhor, de seus ministros, mensageiros ou agentes, de
acordo com o grau de elevação de cada um. Servindo-se da expressão ESPÍRITO
SANTO, QUANDO TRATOU DA BLASFÊMIA CONTRA DEUS, Jesus o fez
porque, como também já o dissemos, os judeus entendiam por Espírito Santo a
inteligência mesma de Deus. Em última análise, tudo vem a dar no mesmo, num
caso e noutro, por isso que OS ESPÍRITOS DE LUZ NADA MAIS SÃO
QUE O REFLEXO DA VONTADE DO SENHOR ONIPOTENTE. O homem que
blasfema contra Deus é um rebelde às inspirações do seu Anjo da Guarda e dos
Bons Espíritos; incorre em culpa grave e não obtém perdão ENQUANTO
PERMANECE CULPADO E REBELDE: PORTANTO, A ETERNIDADE DO CASTIGO CORRESPONDE
A ETERNIDADE DA FALTA.
Se o Espírito permanecesse eternamente rebelde, seria réu de delito eterno;
jamais obteria perdão na Eternidade, nem além dela (para nos servirmos das
expressões bíblicas). Mas não é nem pode ser assim. Por efeito da onipotência,
da justiça, da bondade e da misericórdia infinitas do Senhor, e de acordo com a
promessa que Jesus fez, em nome do Pai, e com o que disse na “Parábola do Filho
Pródigo”: “MEU PAI NÃO QUER QUE PEREÇA NENHUM
DESTES PEQUENINOS – VIM SALVAR O QUE ESTAVA PERDIDO, SEDE PERFEITOS COMO É
PERFEITO O PAI QUE ESTÁ NO CÉU”. Não há Espírito culpado e rebelde que,
no curso da Eternidade que se desdobra diante de si, não experimente o influxo
das Leis Imutáveis do progresso e da perfectibilidade, do sofrimento e da
expiação. Não há Espírito que, usando de seu livre arbítrio, sob a ação de sua
consciência, presa do remorso e do arrependimento, auxiliado na erraticidade
pelos sofrimentos ou torturas morais adequados e proporcionados aos crimes e
faltas cometidos, iluminado pelas provações e expiações, deixe – com o tempo e
mediante a reencarnação – de voltar ao aprisco, assim como a ovelha
tresmalhada; de voltar à casa paterna, como o filho pródigo, arrependido e
submisso. É assim a justiça perfeita de Deus: NENHUM
HÁ QUE, PURIFICADO, NÃO VENHA A SER, UM
DIA, ACOLHIDO PELO PAI DA FAMÍLIA, PELO SENHOR ONIPOTENTE, DE INFINITA
MISERICÓRDIA!
GN, 11/11/1970
SÁBADO, 29/12/2012
OS DOGMAS E AS VERDADES ETERNAS
P - A Igreja baseia sua crença no inferno e suas penas eternas em
palavras de Jesus, como as que constam do capítulo em estudo. Que diz a
isto, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R - Jesus se dirigia a homens cuja imaginação
precisava ser despertada. Vede que o mesmo ainda hoje se dá: não usamos de
idêntica linguagem, para com todos vós. Muitas vezes nos adaptamos às vossas
fraquezas, aos vossos preconceitos e até mesmo ao ranço de sectarismo latente
em vós, A FIM DE VOS CONDUZIRMOS
GRADUALMENTE AS VERDADES QUE, REVELADAS DE CHOFRE, PODERIAM DETERMINAR O VOSSO
AFASTAMENTO. Jamais chocamos inutilmente as crenças humanas, enquanto
possam conciliar-se com o progresso da Humanidade. Mas, desde que um Espírito
fraco se apegue fortemente a este ou aquele dogma, a tal ou qual cerimônia, nós
lhe dizemos lealmente: “O CULTO QUE
AGRADA AO SENHOR É UNICAMENTE O CULTO QUE VEM DO CORAÇÃO; A SEUS OLHOS
NENHUM VALOR TÊM OS ATOS EXTERIORES". Inversamente, aos fracos que
necessitem de apoio para a sua crença, de uma barreira que os impeça de
transpor certos limites, dizemos: "SERVI
EM PLENA CONSCIÊNCIA, AO SENHOR DEUS: PRATICAI COM REGULARIDADE E SINCERA
ATENÇÃO O VOSSO CULTO, QUALQUER QUE ELE SEJA; MAS NÃO VOS DESCUIDEIS DO CULTO
DA ALMA, TÃO GRATO AO PAI CELESTIAL. SOIS FRACOS E TENDES NECESSIDADE DE
AMPARO; BUSCAI-O ONDE COSTUMAIS ENCONTRÁ-LO; MAS BUSCAI, TAMBÉM, O DOS VOSSOS
AMIGOS CERTOS, OS ESPÍRITOS DO SENHOR, QUE VOS CERCAM E AUXILIAM, QUE CONHECEM
O ÚNICO OBJETIVO QUE DEVEIS ALCANÇAR: A
PAZ NA VIDA PRESENTE E A FELICIDADE NA VIDA FUTURA". Como vedes,
conformamos nossos ensinos com os preconceitos e as fraquezas humanas. Todavia,
para que não haja obscuridade em nossas palavras, declaramos: jamais os
conformamos com erros e faltas das crenças humanas, subordinando a Verdade
Eterna à transitoriedade dos dogmas. Falamos a uns com doçura e outros com
severidade, apropriando nossa linguagem ao caráter e às disposições de cada um.
Ora, Jesus - sábio por excelência - soube muito melhor do que todos nós, tornar
a lição compreensível, de modo oportuno e útil, aos Espíritos obstinados que o
ouviam. Por isso vos dizemos: NÃO HÁ,
NUNCA HOUVE, DA PARTE DO MESTRE, AMEAÇA DE PENAS ETERNAS. Entendei bem,
portanto, estas palavras: "Aquele que houver blasfemado contra o Espírito
Santo não achará perdão na eternidade, será réu de um delito eterno; não terá
perdão nem neste século, nem no futuro". O Cristo adequava a palavra à
inteligência: A FALTA ACARRETA UM
CASTIGO QUE PODEIS CONSIDERAR ETERNO, TENDO EM VISTA A MEDIDA DE
QUE USAIS PARA MEDIR O TEMPO. O Espírito rebelde, que blasfema contra Deus,
tem de sofrer longas provações para voltar ao cumprimento do dever. Esse ato
inaudito denota, no Espírito, um sentimento de rebelião e de orgulho que o levará
a muitas quedas. Não concebeis que as diversas categorias de delito impliquem a
idéia de maior ou menor perversidade? Necessariamente, quem cometer certa falta
que, comparada a outra, seja leve, estará mais perto de se arrepender: e menos
radicalmente vicioso ficando entendido que A
DIFERENÇA DE CULPABILIDADE RESULTA DA INTENÇÃO E NÃO DA CARÊNCIA DE
OPORTUNIDADE. Não há caso algum em que o Espírito fique absolutamente
excluído de perdão. Apenas, relativamente
semelhante exclusão existe para o culpado pelo temor, que este experimenta, de
que ela seja real, à vista do castigo e da sua duração. ESTA NADA É EM FACE DA ETERNIDADE , MAS SE AFIGURA SER A PRÓPRIA
ETERNIDADE AQUELE QUE NADA VÊ PARA ALEM DOS ACANHADOS LIMITES DA SUA
INTELIGÊNCIA. Não tendes ouvido Espíritos culpados dizerem, por entre
gemidos, que se acham condenados a penas eternas"? E não sabeis que a
existência, neles, desta crença constitui um dos meios de os levar ao
arrependimento? Não vedes como? Eis aqui: o rigor e a duração do castigo consomem
as más energias do culpado.Cansado de sofrer, aterrorizado com a perspectiva de
dores sem fim, ele se volta para si mesmo, olha com desespero para o seu
passado, conta todas as faltas, todos os crimes que o precipitaram no abismo e,
finalmente, exclama: "Ah! se eu pudesse começar tudo de novo!” Os
Espíritos, que o cercam logo tratam de intervir, impelindo-o a pesquisar SE TERÁ, MESMO, DE RECOMEÇAR E A SABER COMO
ELE O FARIA SE TIVESSE A NOVA OPORTUNIDADE. Pouco a pouco, o arrependimento
lhe vai penetrando no íntimo, fazendo nascer a esperança do perdão. Ao influxo
desta esperança, o arrependimento se desenvolve; a expiação passa a ser
suportada com paciência e resignação. Depois, à medida que aquele se torna mais
sincero e profundo, vem surgindo o desejo de reparar, de expiar e progredir,
com o auxílio de novas provações. E DEUS
PERDOA E CONCEDE AO CULPADO QUE SE ARREPENDEU E SUBMETEU A GRAÇA DA REENCARNAÇÃO.
GN, 10/11/1970
BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO
SANTO
P – Estamos estudando, no ponto em exame, os
versículos 31 e 32 do Evangelho segundo Mateus, 28 e 29 segundo Marcos, 10
segundo Lucas. O que mais nos prende a atenção é esta afirmativa de Jesus:
“TODOS OS PECADOS E BLASFÊMIAS SERÃO PERDOADOS AOS HOMENS, MENOS A BLASFÊMIA
CONTRA O ESPÍRITO SANTO, QUE NÃO O SERÁ. O QUE ALGUÉM DISSER CONTRA O FILHO DO
HOMEM SER-LHE-Á PERDOADO, MAS NÃO TERÁ PERDÃO, NEM NESTE SÉCULO NEM NO FUTURO,
O QUE ALGUÉM DISSER CONTRA O ESPÍRITO SANTO”. Como interpreta estas
palavras o Espírito da Verdade?
R – Por essa forma, Jesus patenteava, em primeiro
lugar, a diferença que há entre ele (não obstante a sua essência superior, sua
origem e sua posição espirituais) e o Senhor Onipotente, criador do Universo.
Já sabeis que, no entender dos judeus, O ESPÍRITO SANTO ERA A INTELIGÊNCIA
MESMA DE DEUS, FALANDO, POIS, AQUELES HOMENS DA BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO
SANTO, JESUS SE REFERIA À BLASFÊMIA CONTRA O PAI CELESTIAL, SENHOR DE TODOS OS
MUNDOS. Consiste a blasfêmia em negar a Deus, em acusar de injustiça ou
erro Aquele que é TODO O AMOR, TODA A CIÊNCIA E TODA A JUSTIÇA, EM SUMA – A
VERDADE ABSOLUTA. Qual o crime que se pode comparar a esse? A blasfêmia
contra Deus não constitui a maior ofensa que se lhe possa fazer? Se, numa
família, os filhos se revoltam contra o irmão mais velho, ainda que este
represente o pai, cometerão falta menor do que se insultarem e injuriarem o
próprio pai. Ora, a mesma relação, no que diz respeito ao Cristo, podeis
estabelecer, lembrando-vos de que ele personifica a Moral Divina que PREGOU
MAIS POR EXEMPLOS DO QUE POR PALAVRAS. Quanto àquela “ameaça de penas
eternas”, feita pelo Mestre, não existe. Para os hebreus, de acordo com os seus
preconceitos, escrituras e tradições, os termos eternidade, na eternidade,
eterno e eternamente tinham dois sentidos, podiam ser tomados em duas
acepções diversas. No sentido absoluto, quando empregados relativamente a Deus,
designavam a ETERNIDADE PROPRIAMENTE DITA. No sentido relativo, quando
empregados com relação aos homens, designavam uma duração imensa, MAS POR
MAIOR QUE FOSSE, LIMITADA, CONDICIONADA A TER FIM. Basta verificar estas
passagens do Velho Testamento: Êxodo, XV: 18 – “O Senhor reinará para todo o
sempre”; Miquéias, IV: 5 – “Porque todos os povos andam cada um em nome do seu
deus; mas, quanto a nós, andaremos em nome do Senhor nosso Deus para todo o
sempre”; Esdras, X: 3 – “Segundo o conselho do Senhor e o dos que tremem ao
mandado do nosso Deus, tudo seja feito segundo a Lei”; Josué, XIV: 9 – “Então
Moisés naquele dia jurou, dizendo: Certamente a terra será tua e de teus
filhos, em herança perpétua, pois perseveraste em seguir o Senhor meu Deus”;
Isaías, LVII: 15-16 – “Porque assim diz o Altíssimo, o Sublime que habita a
eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas
também moro com o contrito e abatido de espírito. Pois não contenderei para
sempre, nem me indignarei continuamente; porque, do contrário, o espírito
definharia diante de mim e se extinguiria o fôlego da vida que Eu criei”.
Proferindo aquelas palavras dos versículos 31 e 32 de Mateus, 28 e 29 de
Marcos, 10 de Lucas (que só a Nova Revelação poderia explicar umas pelas
outras, tornando-as – perfeitamente reunidas todas – COMPREENSÍVEIS EM ESPÍRITO E VERDADE ,
À LUZ DO NOVO MANDAMENTO), o Cristo entregava às interpretações humanas o
conjunto delas. E os homens as interpretaram falsamente, dando ao vocábulo ETERNIDADE
sentido absoluto, quando Jesus o empregara em sentido relativo. Não
compreenderam que, no pensamento do Mestre, se tratava de uma eternidade
relativa, de “mais de um século” de “mais do que o século vindouro”, modo
pelo qual objetivava ele dar uma idéia da extensão do castigo, da sua “duração
imensa”, qualquer que fosse a palavra dita contra Deus, na intenção de nega-lo,
de o acusar de erro ou de injustiça. Entretanto, não censureis os que
erroneamente interpretaram as palavras de Jesus: REALMENTE, TUDO TEM SUA
RAZÃO DE SER AS FALSAS INTERPRETAÇÕES HUMANAS, CAUSADAS PELO ESTADO DAS
INTELIGÊNCIAS, PELAS NECESSIDADES DA ÉPOCA E DOS TEMPOS QUE SE SEGUIRIAM,
SERVIRAM AQUELE TEMPO E PREPARARAM O CAMINHO DA NOVA REVELAÇÃO.
GN, 08/11/1970
QUINTA-FEIRA, 27/12/2012
QUEM NÃO É POR MIM É CONTRA MIM
P – O CEU da LBV está esclarecendo uma série
impressionante de dúvidas. Todos sentem, agora, que o Evangelho tem de ser
explicado EM ESPÍRITO E VERDADE, SEMPRE
À LUZ DO NOVO MANDAMENTO. Uma afirmação do Cristo merece capítulo à parte:
“Quem não é por mim é contra mim”. Como a interpreta o Espírito da Verdade?
R – Versículo 30 do Evangelho Segundo Mateus: “ Quem
não é por mim é contra mim, quem comigo não junta – espalha”. Versículo 23 do
Evangelho segundo Lucas: “Quem não está comigo está contra mim: quem comigo não
entesoura – dissipa”. Significa: QUEM
NÃO SEGUE A LEI DE JESUS, ISTO É, A DOUTRINA DO NOVO MANDAMENTO, DELA SE
APARTA. LOGO, ESTÁ CONTRA ELE, PORQUE SEGUE CAMINHO OPOSTO AO QUE POR ELE FOI
TRAÇADO. A profecia do Mestre terá de se cumprir, queiram os chefes
religiosos ou não. Os que insistem na supremacia do seu sectarismo estão opondo
obstáculos à vontade daquele que formou a Terra, o Cristo que declarou: “HAVERÁ UM SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR”.
Para ele, sem cuja permissão ninguém está no vosso mundo, todos são
naturalmente cristãos, nos diferentes graus da escala evolutiva. Assim, “quem
comigo não junta – espalha” e “quem comigo não entesoura – dissipa”. Todo
aquele que não caminha pela estrada que Jesus abriu, preferindo os atalhos das
religiões humanas, prega o separatismo fanático e suicida. Dispersa, espalha e
desnorteia as ovelhas do Bom Pastor. Por conseguinte, quem age assim não
reunirá os tesouros que o Senhor reserva para os justos. Quem se desvia desse
caminho, fascinado pelas doutrinas de preceitos humanos, DISSIPA ESSES TESOUROS E PERDE PRECIOSO TEMPO, DE QUE DARÁ PESADAS
CONTAS. Quanto às divergências dos Evangelhos Sinóticos, repetimos: Não
leveis em conta as ligeiras diferenças que se notam nessas três narrativas –
Mateus, Marcos e Lucas. Como sabeis, Jesus repetia muitas vezes, aos hebreus
que o cercavam, os mesmos ensinos, sem contudo usar as mesmas palavras. Ele
tinha de apropriar suas lições às inteligências e às necessidades daqueles que
as recebiam. Daí as “diferenças” referidas. Lembrai-vos desta observação que
vos fizemos: CADA EVANGELISTA NARRA
FATOS MAIS OU MENOS SEMELHANTES, OCORRIDOS COM PEQUENOS INTERVALOS, MAS CUJAS
PARTICULARIDADES NÃO COINCIDEM PERFEITAMENTE. CADA UM, DENTRO DO QUADRO QUE LHE
FOI TRAÇADO, RELATA SOB INSPIRAÇÃO MEDIÚNICA O QUE VIU, OUVIU OU SOUBE POR
INFORMAÇÃO DIGNA DE CRÉDITO. SOBRETUDO, LEMBRAI-VOS DE QUE ISSO ATESTA A
VERACIDADE DOS EVANGELHOS!
GN, 07/11/1970
QUARTA-FEIRA, 26/12/2012
O
VALENTE ARMADO
P
– Achamos perfeita analogia do nosso Posto Familiar com aquela passagem do
homem
valente
que guarda a sua casa. Como o Espírito da Verdade a interpreta para nós?
R
– Harmonizemos Mateus, XII: 29-37, Marcos III: 27-30 e Lucas XI: 21-23 e XII:
10.
MATEUS: 29 – Disse Jesus: “Como poderá entrar alguém na
casa do homem valente e roubar-lhe as alfaias, se antes não o amarar? Depois
disto é que lhe saqueará a casa. 30 – Quem não é por mim é contra mim; quem comigo não junta-
espalha. 31 – Eis porque vos digo: todas as blasfêmias e todos os pecados serão
perdoados aos homens, menos a blasfêmia contra o Espírito Santo, que não o será. 32 – O que
alguém disser contra o Filho do Homem ser-lhe-á perdoado; mas não terá perdão, nem neste
século nem no futuro, o que alguém disser contra o Espírito Santo. 33 – Se uma árvore for
boa, o seu fruto será bom: se for má seus frutos serão maus, pois pelo fruto é que se conhece
a árvore. 34 – Raça de víboras, como podeis, sendo maus, dizer boas coisas? A boca diz aquilo
de que está cheio o coração. 35 – O homem que é bom tira boas coisas do bom tesouro, e o
homem mau tira coisas más do mau tesouro. 36 – Ora, eu vos digo que os homens, no dia do
julgamento, prestarão contas de toda palavra ociosa que houverem proferido. 37 – Pelas tuas
palavras te justificas, pelas tuas palavras te condenas”.
MARCOS: 27 – “Ninguém pode entrar na casa de um homem
forte e lhe roubar os bens, se antes não o manietar; só depois disto conseguirá
saquear-lhe a casa. 28 – Em verdade vos digo que aos filhos dos homens serão perdoados todos os
pecados que hajam cometido e todas as blasfêmias que hajam pronunciado. 29 – mas aquele que
houver blasfemado contra o Espírito Santo não terá perdão na eternidade: será réu
de delito eterno”. 30 – Jesus falava assim porque diziam: “Ele esta possesso de um Espírito
impuro”.
LUCAS: 21 – “Quando um homem valente guarda, armado, a
entrada de sua casa, tudo o que ele possui está em plena segurança. 22 – Mas, se
outro mais forte vem e o vence, levará consigo todas as armas em que ele confiava e se apossará
de seus haveres. 23 – Aquele que não está comigo está contra mim; aquele que comigo não
entesoura – dissipa”. XII: 10 – “Se alguém falar contra o Filho do Homem, isso lhe será
perdoado; mas não terá perdão aquele que blasfemar contra o Espírito Santo”.
- Jesus,
como já o temos dito tantas vezes, falava aos homens daquela época a linguagem
que lhes
era adequada; a linguagem que, convindo ao momento não comprometia o futuro
que, ao contrário,
era preparado e salvaguardado PARA SER COMPREENDIDO E
IMPRESSIONAR A IMAGINAÇÃO DOS HOMENS DAQUELE TEMPO, O MESTRE USAVA DE IMAGENS
MATERIAIS, E TODAS ENCERRAVAM UMA ADVERTÊNCIA, UMA LIÇÃO, UM ENSINAMENTO.
Ele o disse: “O espírito é que vivifica: as palavras que vos digo são espírito
e vida”. Para vós outros, chamados a receber a Nova Revelação e a compreender
por meio desta o sentido e o alcance daquelas palavras, é que elas foram
pronunciadas. Sabei, portanto, tirar sempre da letra o espírito, a fim de
apreenderdes o pensamento do Cristo, o sentido verdadeiro de seus ensinamentos.
Dizendo o que consta dos versículos 29 de Mateus e 27 de Marcos. ALUDIA
JESUS AO PECADO QUE, PONDO CERCO AO HOMEM, O RODEIA DE SEDUÇÕES PARA DELE SE
APODERAR. E, UMA VEZ QUE O HAJA EMPOLGADO, O DESPOJA DE TODAS AS SUAS VIRTUDES.
Suas palavras eram, portanto, simbólicas ou emblemáticas. Vs. 21 e 22 de Lucas
– O homem pode estar certo de vencer desde que se mantenha forte contra si
mesmo, vigilante sobre a sua consciência, pronto sempre a combater os maus
instintos, os maus pendores e as más paixões. Se, porém, se descuida, se cai na
voluptuosidade e no sono da consciência, nele penetram os vícios, e lhe impõem
suas algemas e terminam por escravizá-lo. Tomam-lhe, uma a uma, todas as armas,
arrancando-lhe uma a uma, as boas resoluções, por fim as virtudes e, depois de
o terem suplantado VOLTAM CONTRA ELE AS SUAS MESMAS
ARMAS, PORQUANTO AS VIRTUDES PERDIDAS SE TORNAM VÍCIOS. Quem
não pratica o mal deve praticar o Bem que lhe é oposto, pois quem negligencia
em praticar o Bem inevitavelmente cai no mal. Aquele a quem falta à caridade
não é egoísta e orgulhoso? Aquele que se esquece de seu Deus não se torna
ímpio? O mesmo se dá com as virtudes que não são praticadas: tomam seu lugar os
vícios, que elas, se cultivadas, poderiam destruir. Estas palavras do versículo
22 de Lucas: “e se apossará de seus haveres” não são emblemáticas relativamente
às inteligências para as quais falava o Mestre: são o complemento da figura
material que ele apresentava aos judeus. Quem quer que como ladrão penetra na
casa de outrem, o desarma e amarra, há de ter, necessariamente um objetivo
material. Por esta razão é que Jesus acrescentou: “e se apossará de seus
haveres”. Sem este complemento, os hebreus não teriam compreendido o motivo do
proceder do ladrão, porque do seu ato não colhia qualquer proveito. Certamente
os vícios, que substituam as virtudes no coração daquele que adormece confiante
em si mesmo, não tiram proveito das virtudes destruídas, MAS
O TIRAM DA DESTRUIÇÃO DELAS, DO SEU BANIMENTO DO CORAÇÃO EM QUE FLORESCIAM, NO
SENTIDO DE QUE ASSIM
LOGRAM PENETRAR LÁ, ONDE DE OUTRO MODO NÃO TERIAM ACESSO: LOGRAM ALOJAR-SE LÁ,
ONDE NÃO TERIAM ENTRADO: DESPOJAM PORTANTO, AS VIRTUDES DO ASILO QUE LHES FORA
PREPARADO. TODA A VIGILÂNCIA É POUCA, NOS LARES DO NOVO MANDAMENTO. E, POR
ISSO, É QUE JESUS INSISTE, RECOMENDANDO
SEMPRE: ORAI E VIGIAI.
GN, 06/11/1970
TERÇA-FEIRA, 25/12/2012
O REINO DE DEUS PARA TODOS
P – Por que os parentes de Jesus não entenderam sua
missão? Que pensavam eles do Reino de Deus? Poderia o Espírito da Verdade
revelar quem eram, afinal, esses parentes?
R – O Reino de Deus vem para todo aquele que,
finalmente, encontra a Verdade que liberta e leva diretamente ao fim. Para os
judeus endurecidos, transgressores da Lei de Moisés, que por eles fora mais
deformada que a Lei de Deus e foi pelos seus “ representantes”, aquele Reino
viera a fim de que os que preparavam, para si mesmos, longa e dolorosa
expiação, achassem aberta a porta da esperança e o caminho mais curto de
chegarem à salvação. O Reino de Deus veio ainda para os que, em vez de seguirem
simplesmente a LEI DE JESUS, SINTETIZADA
NO SEU NOVO MANDAMENTO, a amoldaram – arrastados pelo egoísmo e pelo
orgulho – às suas conveniências, fazendo de uma Lei tão pura – para uns, os que
se servem da religião como de um meio, os que só a praticam exteriormente e a
afeiçoam às suas necessidades, elástica vestimenta, dentro da qual possam
executar os movimentos mais desregrados; e, para outros, uma geena a lhes
tolher os movimentos numa constrição cruciante. Estes últimos, a nosso ver, são
os que tomam a sério a religião, mas que, dotados de pouca inteligência, se
submetem ao jugo que lhes é imposto, em nome do próprio Cristo! Também para vós
veio o Reino de Deus, porquanto – depois de termos nós os Apóstolos e
discípulos do Redentor, trabalhado no caminho que ele abriu – hoje, com a Nova
Revelação e ajudados pelos nossos irmãos, os outros Espíritos do Senhor, o
limpamos dos juncos, dos espinhos, das pedras agudas, e ao mesmo tempo vos
estendendo as mãos PARA VOS AJUDARMOS A
AVANÇAR NELE SEMPRE, TIRANDO A VENDA AOS QUE AINDA TEM A VISTA FRACA E FAZENDO
BRILHAR A LUZ PARA OS QUE JÁ A PODEM SUPORTAR. Esperai mais um pouco,
porque o Reino de Deus se aproxima cada vez mais, com o fulgor dos esplendores
celestes. Procurai ter, portanto, a vista bastante forte, a fim de que a sua
luz não vos ofusque. Até lá, enfrentai todas as injúrias e difamações dos
filhos da treva. Vede que em várias ocasiões, em diferentes lugares e em
circunstâncias diversas, os escribas e os fariseus acusaram Jesus de ser agente
de Belzebu, de Satanás, do Príncipe dos Demônios. Entendei: o que Marcos
refere, no capítulo em estudo, não ocorreu na mesma ocasião em que se passou o
que consta da narração de Mateus. O que Marcos relata se deu quando Jesus
acabou de escolher os doze apóstolos e lhes conferiu o poder de curar as
enfermidades e expulsar os maus Espíritos, então chamados “demônios”. Ao
saberem disso – diz o Evangelho – os parentes de Jesus vieram para se
apoderarem dele, dizendo que perdera o juízo. Sabeis que, durante a sua missão
terrena, Jesus tinha de passar, e – para a sua família, como para os homens em
geral – passava por ser UM HOMEM IGUAL
AOS OUTROS. A revelação feita a José e Maria tinha de permanecer (e
permaneceu) secreta até ao termo daquela missão. Nessa época, por efeito da
mesma revelação, os homens fizeram de Jesus um Deus, pois entraram a
considera-lo como parte e fração do próprio Deus. Os hebreus, pelo consórcio
dos membros de uma tribo com os de outras, eram parentes quase todos, ou se
intitulavam parentes uns dos outros. Em tais condições, Jesus, no entender dos
homens, estava cercado de primos mais ou menos próximos, chamados irmãos no
Evangelho. Esses parentes, segundo os quais
JESUS SAIRA DO MESMO TRONCO QUE ELES, ACHANDO-SE NAS MESMAS CONTINGÊNCIAS
HUMANAS EM QUE ELES SE ENCONTRAVAM, NÃO PODIAM ADMITIR QUE ELE SE ELEVASSE TÃO
ALTO, QUE INSTITUISSE APÓSTOLOS E LHES DESSE TAIS PODERES. Eis por que
resolveram apoderar-se dele, dizendo que perdera o juízo, isto é, fora atacado
de loucura! Jesus personificava a Doutrina do Novo Mandamento, e – como sucede
com todas as grandes e generosas idéias – ela foi mal compreendida. Daí veio a
oposição que se lhe deparou sobretudo entre os que, segundo os homens, desconhecedores da sua
origem extra-humana eram membros da sua família. Não disse ele que NINGUÉM É PROFETA EM SUA TERRA E DENTRO DE
SUA PRÓPRIA CASA? Não vedes, ainda hoje, entre as famílias, muito de seus
membros apedrejarem os que não seguem a sua rotina? O HOMEM NEGA TUDO O QUE NÃO COMPREENDE E NEGA TUDO O QUE O EMBARAÇA OU
ASSUSTA. Vós, que – aceitando a Doutrina do Novo Mandamento – sais da
rotina, pregando a UNIFICAÇÃO DE TODOS
OS CRISTÃOS, QUE SÃO TODOS OS HOMENS, sois ( como o foi o Mestre pelos seus
parentes e pelos outros homens) acusados de haver perdido o juízo, segundo os
escribas e fariseus de vossos dias. Mas, como discípulos do Cristo, que pregais
a Doutrina do Redentor, que renasce explicada e desenvolvida pela Nova
Revelação, oponde a essas acusações a paciência, a firmeza, a indulgência e a
coragem. Caminhai ousadamente: O CRISTO
VELA POR VÓS E VOS PROTEGE E ILUMINA. E MANDA QUE OS ESPÍRITOS DO SENHOR VOS
GUIEM OS PASSOS!
GN, 05/11/1970
SEGUNDA-FEIRA , 24//12/2012
JESUS
EM RELAÇÃO DIRETA COM
DEUS
P – Até hoje, ninguém
revelou que há um Diretor para cada um dos Planetas. O que ensinavam é que
Jesus governava todo o Universo. Que diz a isto o Espírito da Verdade?
R – Essa
interpretação resulta do erro da concepção de Jesus como Deus, e daí se dizer:
“ Maria, mãe de Deus”. Sabeis, entretanto, que o próprio Jesus estabeleceu a
diferença, não só no seu Evangelho como, também, no seu Apocalipse. JESUS ESTÁ PARA A TERRA COMO DEUS PARA O
UNIVERSO. O QUE EM NADA HUMILHA A
GRANDEZA ESPIRITUAL DO CRISTO.
Jesus, que tem a seu cargo a direção do vosso mundo, é um dos Espíritos
que podem aproximar-se do CENTRO DA
ONIPOTÊNCIA DIVINA, porque é de uma essência que se conservou sempre pura,
de perfeita e imácula pureza, visto que jamais faliu. Como servidor do Pai,
Nosso Mestre e vosso Mestre, é ele quem preside os destinos da Terra, quem a
governa e lhe acompanha a evolução com paternal solicitude. EM RELAÇÃO DIRETA COM
DEUS ( DO MESMO MODO QUE AQUELES DE SEUS IRMÃOS QUE, SENDO-LHES IGUAIS NA
PUREZA, DESEMPENHAM MISSÕES ANÁLOGAS A SUA), ELE RECEBE, SEM INTERMEDIÁRIOS, AS
VONTADES DO ONIPOTENTE. Neste sentido é que se pode dizer que “ só o Pai
conhece o Filho e só o Filho conhece o Pai”. Inclinai-vos com respeito,
reconhecimento e amor diante de Jesus que, desde o instante em que a Terra saiu
dos fluidos espalhados na imensidade, em que esses fluidos, para formarem um
orbe, se reuniram PELA AÇÃO DA SUA
VONTADE DIVINA (DIVINA NO SENTIDO DE SER ELE ÓRGÃO DE DEUS) velou sempre
por vós, cheio de devotamento, através de todas as fases por que passaram
vossos Espíritos. Amai, com todas as forças de vossa Alma, esse maravilhoso
Jesus que, para surgir às vistas dos homens, aceitou o sacrifício da
encarnação, a fim de lançar as bases, os fundamentos da Obra de Regeneração da
Humanidade! Sim, repetimos, amai sempre o vosso Redentor, que aceitou a
encarnação, SENDO, EMBORA, DE UMA
PERFEIÇÃO QUE SE PERDE NA NOITE DAS ETERNIDADES; QUE A ACEITOU, HUMILDEMENTE,
EMBORA NUNCA HOUVESSE MERECIDO ENCARNAR COMO EXPIAÇÃO, AINDA QUE NOS MUNDOS
ELEVADOS, PORQUANTO CHEGOU A PERFEIÇÃO SEM JAMAIS HAVER FALIDO. Ele não
teve de sofrer por expiação, insistimos, a encarnação MESMO NOS MUNDOS ELEVADOS, onde se exilam, para resgatar suas
faltas, por mais leves que sejam, os Espíritos que se conservaram puros na via
do progresso até alcançarem grande evolução, mas que vieram a falir, se bem que
ligeiramente, visto que DIANTE DO SENHOR
ONIPOTENTE SÓ A PERFEIÇÃO, SEM MANCHA ALGUMA, PODE APRESENTAR-SE. Com
efeito, a menor fraqueza, tão pequenina que com os vossos órgãos de percepção
sois incapazes de a apreciar, constitui uma falta que o Espírito adiantado no
caminho da evolução, RECONHECE
IMEDIATAMENTE E EXPIA, POR MEIO DE UMA ENCARNAÇÃO MAIS OU MENOS MATERIAL, MAIS
OU MENOS FLUÍDICA, DE ACORDO COM O SEU GRAU DE ELEVAÇÃO, COM A EXTENÇÃO OU A
GRAVIDADE DA MESMA FALTA. Todo castigo é adequado ao erro praticado. Uma
falta que por demasiado sutil vos escapa, é uma ofensa ao Criador e não escapa
ao Espírito que, já bastante evoluído, dela tem consciência, antes mesmo de
germinar no seu íntimo: Por isso é que se exila para expia-la, temporariamente
dos gozos infinitos do ESPÍRITO PURO E
LIVRE. Mais razões tendes, portanto para amar o Mestre que, completando a
sua Obra de Regeneração, vos envia o Paráclito, para vos lembrar o que ensinou
e revelar o que não pode dizer. ELE
DECLARA QUE VIRÁ MUITO BREVE, PARA CONDUZIR-VOS, DE LUZ EM LUZ, AO DEUS ÚNICO E
ETERNO, SENHOR DE TODOS OS MUNDOS, A QUEM DEVEIS A HOMENAGEM DA VOSSA ADORAÇÃO.
GN, 04/11/1970
DOMINGO, 23//12/2012
PELO ESPÍRITO DE DEUS
P – No capítulo em pauta, disse Jesus: “Mas, se eu
expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é que o Reino de Deus veio até vós”.
Como explica isso o Espírito da Verdade?
R – A expressão PELO
ESPÍRITO DE DEUS, considerada em relação a Jesus, significa – tirado da
letra o espírito – A INFLUÊNCIA DIRETA
QUE O SENHOR EXERCE SOBRE ELE. Em relação aos homens, deveis compreendê-la
como designando os Espíritos purificados que o Senhor vos envia, na qualidade
de MEDIANEIROS ENTRE A SUA BOA VONTADE E
OS VOSSOS PRÓPRIOS ESPÍRITOS. Deus, o Senhor Onipotente, é – como sabeis –
uno, único, indivisível. Eterno, infinito, Ele reina sobre todos os mundos, no
Universo sem limites. Para todos os orbes, promulgou a Lei Imutável do
Progresso, MAS A CADA UMA DAS MORADAS
CELESTES DEU A CONSTITUIÇÃO QUE LHE ERA APROPRIADA. Nem todos os mundos têm
de passar pelas mesmas fases. Assim como há Espíritos que nunca faliram, também
há orbes que se conservaram sempre fluídicos e outros mais ou menos materiais,
de acordo com as necessidades dos Espíritos a cuja habitação se destinam.
Quando chegar a hora de vos dizermos o que significam estas palavras do Mestre
“HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI”,
nós vos daremos – a cerca da natureza dos mundos – explicações que não cabem
agora, porque nos fariam sair do círculo em que, presentemente, nos devemos
manter. CADA PLANETA TEM UM ESPÍRITO, DE
PUREZA PERFEITA, ENCARREGADO DE O DIRIGIR E FAZER PROGREDIR, DEPOIS DE LHE
HAVER PRESIDIDO A FORMAÇÃO: EXATAMENTE COMO JESUS COM RELAÇÃO À TERRA. Tais
Espíritos são perfeitos em tudo, não só do ponto de vista moral e espiritual,
como também com referência ao saber, considerado este em face da obra e da
missão que lhes confiou o Criador. Eles estão sempre em relação direta com
Deus: podem aproximar-se do Centro da Onipotência. Por intermédio deles é que
as vontades do Senhor se transmitem aos grandes Espíritos e destes aos homens,
através de seus Anjos da Guarda ou Bons Espíritos, COM A RAPIDEZ DO PENSAMENTO. É deste modo que o Espírito de Deus
opera e desce até vós, com grande poder e glória, vencendo o mal com o Bem. Podeis,
assim, compreender as palavras de Jesus aos escribas e fariseus: “MAS, SE EU EXPULSO OS DEMÔNIOS PELO
ESPÍRITO DE DEUS, É QUE O REINO DE DEUS VEIO ATÉ VÓS”.
GN, 03/11/1970
SÁBADO, 22//12/2012
BELZEBU,
SATANÁS, DEMÔNIOS
P
– O próprio Jesus, no Evangelho, se refere a Belzebu, Satanás e demônios.
Tomando isso
ao
pé da letra, as igrejas humanas mantiveram sua crença em tais entidades. Qual a
interpretação do Espírito da Verdade?
R
– Para que o compreendessem e, sobretudo, o escutassem, Jesus apropriava sua
linguagem
ao
estado das inteligências, às idéias em voga, aos preconceitos e tradições dos
homens a quem falava. Por isso é que empregava as expressões Belzebu, Satanás,
Diabo, Príncipe dos Demônios. QUE PARA ELE NÃO TINHAM – COMO NÃO
DEVEM TER PARA OS HOMENS – MAIS DO QUE UM SENTIDO FIGURADO,
servindo para designar os Espíritos maus que, depois de haverem falido na sua
origem, permanecem nas sendas do mal, praticando-o contra os homens incautos.
Acusado de usar dos poderes do Espírito das trevas, para realizar as obras
admiráveis que operava, Jesus aponta aos escribas e aos fariseus seus próprios
filhos hebreus como eles, dotados daquela faculdade, se bem que em grau
bastante inferior. De fato, entre os judeus havia alguns homens de escol,
Espíritos em missão naquele meio, COMO HÁ SEMPRE EM TODAS AS NAÇÕES,
PARA MOSTRAREM O MELHOR NO CENTRO MESMO DO QUE EXISTIA DE PIOR.
Havia homens sinceramente piedosos, que de coração obedeciam à Lei de Moisés,
tendo em vista servir a Deus. Esses conseguiam, algumas vezes, por meio da
prece e da perseverança, afastar os Espíritos malfazejos, que se manifestavam
pela obsessão ou pela subjugação. Como já o explicamos, ESSES
FILHOS DOS HOMENS SE PURIFICAVAM E ELEVAVAM ACIMA DE SEUS PAIS, CONSTITUINDO-SE
ASSIM OS JUÍZES NATURAIS DESTES ÚLTIMOS.
Hoje, vós outros também sois acusados pelos escribas e fariseus, vossos
contemporâneos, de agir sob influência diabólica, exatamente como o foi Jesus
outrora. Diante do fato, repitamos as palavras do Mestre:“NENHUM
REINO DIVIDIDO CONTRA SI MESMO PODERÁ SUBSISTIR”.
Podeis pela fé, pela prece, pelo conhecimento do Evangelho e do Apocalipse,
esclarecer as consciências, aliviar o sofrimento de vossos irmãos obsidiados,
repelir os Espíritos da treva que desejem instalar-se entre vós. Cuidai, pois,
de cumprir o Novo Mandamento do Cristo, elevando o pensamento, dominando a
carne, para que a nova geração seja preparada para a grande TRANSIÇÃO
DO MILÊNIO: CAMINHAI SEM MEDO, PORQUE NÓS MARCHAMOS À VOSSA FRENTE, EM DiREÇÃO AO MESTRE QUE VOLTA!
GN, 02/11/1970
SEXTA-FEIRA, 21//12/2012
SUBJUGADO: CEGO E MUDO
P – Uma passagem que muito nos impressiona é a do cego
e mudo “possesso do demônio”. Como o Espírito da Verdade explica o fato, pelo
CEU da LBV?
R – Vamos harmonizar Mateus, XII: 22-28 e Marcos, III:
20-26.
MATEUS: 22 – Apresentaram-lhe,
então, um homem cego e mudo, possesso do demônio. Ele o curou, de sorte que o
homem começou a ver e a falar. 23 – A multidão, estupefata, perguntava:
“Porventura é este o filho de David?” 24 – Os fariseus, porém, ouvindo isto,
diziam entre si: “Ele expulsa demônios por Belzebu, príncipe dos demônios”. 25
– Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, falou: “Todo reino que se dividir
contra si mesmo será destruído; toda cidade ou casa, dividida contra si mesma,
não poderá subsistir. 26 – Ora, se Satanás expulsa a Satanás, está ele dividido
contra si mesmo, como poderá, então, o seu reino subsistir? 27 – Se é por
Belzebu que eu expulso os demônios, por quem os expulsam vossos filhos? Estes,
por isso mesmo, é que serão os vossos juízes. 28 – Mas, se expulso os demônios
pelo Espírito de Deus, é que o Reino de Deus veio até vós”.
MARCOS: 20 – Entraram em casa
e aí se aglomerou tão grande multidão que nem sequer podiam comer. 21 – Ao
saberem disso, os parentes de Jesus vieram para se apoderarem dele, dizendo que
perdera o juízo. 22 – Os escribas, vindos de Jerusalém, diziam: “Ele está
possesso de Belzebu e expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios”. 23 –
Jesus, porém tendo-os chamado, lhes dizia por parábolas: “Como pode Satanás
expulsar a Satanás? 24 – Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não
poderá subsistir. 25 – Se uma casa estiver dividida contra si mesma,
desmoronará. 26 – Se, pois, Satanás se rebelar contra si mesmo, estará dividido
e terá fim.”
Aquele
homem “possesso do demônio” estava subjugado por um mau espírito: estava cego e
mudo por efeito da subjugação. O obsessor, lançando-lhe sobre os órgãos da
visão e da audição os fluidos de que dispunha, combinando seu perispírito com o
do subjugado, lhe paralisara aqueles órgãos e o deixara, por essa forma,
privado momentaneamente do uso das faculdades de ver e ouvir. JESUS O CUROU
PELA AÇÃO DA SUA PODEROSA VONTADE, AFASTANDO O OBSESSOR. POR MEIO DA AÇÃO
MAGNÉTICA RESTITUIU AO ESTADO NORMAL, INSTANTANEAMENTE, GRAÇAS AOS FLUIDOS QUE
PENETRARAM NO HOMEM, OS ÓRGÃOS SOBRE OS QUAIS ATUAVA O ESPÍRITO MAU. O
homem, que se achava cego e mudo por efeito da subjugação, expiava desse modo
graves abusos da palavra, anteriormente cometidos e expiava também o não ter
sabido aproveitar-se da luz que lhe fora concedida. A multidão, presenciando um
fato que não conseguia entender nem explicar, tomada de espanto, perguntava:
“Porventura é este o filho de David?” É que fora predito que O MAIOR DOS
PROFETAS DESCENDERIA DA LINHAGEM DE DAVID, e as interpretações hebraicas
consideravam o filho de David como um libertador material. As palavras que
Jesus dirigiu aos escribas e aos fariseus e bem assim as que, com relação a
ele, proferiram os que eram, no entender dos homens, ou se intitulavam
seus parentes, alcançavam tanto o presente quanto o futuro; TINHAM, POIS, UM
ALCANCE TANTO EVANGÉLICO QUANTO APOCALÍPTICO. Foram ditas como lição, COMO
ENSINO – NECESSÁRIO NAQUELE MOMENTO – AOS APÓSTOLOS E AOS DISCÍPULOS. As
épocas se ligam e, quanto mais avançardes, tanto melhor compreendereis a
ligação que existe entre o aparecimento de Jesus na Terra e a manifestação
universal dos Espíritos. ESTES CONTINUAM, DESENVOLVEM E COMPLETAM A OBRA DE
REGENERAÇÃO DA HUMANIDADE TERRESTRE.
GN, 31/10/1970
QUINTA-FEIRA, 20//12/2012
CANIÇO QUEBRADO, MECHA FUMEGANTE
P – No capítulo em exame, o profeta Isaías se refere
ao “caniço já quebrado” e à “mecha ainda fumegante”. Como o Espírito da Verdade
explica ambas as expressões, pelo CEU da LBV?
R – O “caniço já quebrado” e a “mecha ainda fumegante”
significam OS ESPÍRITOS CULPADOS, NOS
QUAIS UMA TENDÊNCIA, POR MUITO FRACA QUE SEJA, HÁ SEMPRE PARA SE MELHORAREM. Jesus “não acabará de quebrar o caniço já
quebrado, não apagará a mecha ainda fumegante”, como nunca o fez, porque –
tendo todos os Espíritos de alcançar a meta – ele a nenhum culpado repele, até
que venha a Justiça, isto é, até que o Espírito, pela expiação, se despoje dos
vícios que o tornam impuro ou injusto. ASSIM
COMO DAIS AO CRISTO O QUALIFICATIVO DE “JUSTO”, NA SIGNIFICAÇÃO DE “PURO”. AQUI
DO MESMO MODO, O TERMO “INJUSTO” É EMPREGADO COMO SINÔNIMO DE “IMPURO”. Sim, como afirma o profeta no Velho Testamento
da Bíblia Sagrada, Jesus não acabará de partir o caniço já quebrado, nem apagará
a mecha ainda fumegante, enquanto não alcance A VITÓRIA DA JUSTIÇA. Estas últimas palavras significam: enquanto
os Espíritos que reencarnaram na Terra não se hajam purificado, seja nesse
planeta, ao tempo de sua renovação, seja nos mundos inferiores, para onde serão
mandados a expiar suas faltas, durante séculos, os que, naquela época, se
conservarem culpados e rebeldes. Sendo certo, porém, que TODOS OS ESPÍRITOS HÃO DE CHEGAR AO FIM PARA O QUAL FORAM CRIADOS POR
DEUS, certo é, também, que Jesus não acabará de partir o caniço já
quebrado, nem apagará a mecha ainda fumegante. Os que, na hora da renovação da
Terra, se conservarem culpados e rebeldes, verão claramente que NO ENDURECIMENTO DE SUAS ALMAS E NA SUA
VOLUNTÁRIA CEGUEIRA ESTÁ A CAUSA DE SEREM DEGREDADOS PARA MUNDOS INFERIORES.
Então neles se manifestará, sob a ação do terror das expiações cruéis, do pesar
e do remorso, uma tendência, por mais tênue que seja, para se melhorarem. E
continua Isaías: “Em seu nome depositarão as nações todas as suas esperanças”.
Significa esta profecia que TODOS OS
POVOS COMPREENDERÃO SER A MORAL DO CRISTO A ÚNICA QUE PODE OBRIGAR OS HOMENS A
PROGREDIR, PELA RAZÃO E PELA FÉ, PELA CIÊNCIA E PELA RELIGIÃO AO MESMO TEMPO. A
REVELAÇÃO ATUAL INICIA ESTA FASE NOVA, E TODOS CONFIARÃO NA SUA INFLUÊNCIA PARA
ATINGIR A PERFEIÇÃO. As palavras de
Isaías tinham de se cumprir com relação aos fariseus que conspiravam contra
Jesus, porque eles eram “o caniço já quebrado” que o Mestre “não acabaria de
quebrar”, e seriam – depois da morte – “ a mecha ainda fumegante” que o
Redentor não apagaria, porquanto lhes cumpria, como a todos os Espíritos,
purificar-se pela expiação, vencendo os vícios (principalmente morais) que os
faziam tão injustos. E, para que tal profecia se cumprisse mais depressa, Jesus
proibiu aos doentes que o acompanhavam, e foram por ele curados, “que
descobrissem”. Fazendo-lhes essa proibição, QUERIA O CRISTO EVITAR QUE AQUELES ESPÍRITOS CULPADOS, EXCITANDO-SE
AINDA MAIS, AINDA MAIS CULPADOS SE TORNASSEM, EXPONDO-SE A EXPIAÇÕES MUITO MAIS
DURAS.
GN, 29/10/1970
QUARTA-FEIRA, 19//12/2012
O PROFETA E O MESSIAS
P – Realmente, negar o Velho Testamento é o mesmo que
rejeitar o Messias anunciado ao mundo desde Moisés. As profecias de Isaías,
sobre o Cristo, se confirmaram de maneira fiel e impressionante. Que diz sobre
o assunto o Espírito da Verdade?
R – Evidentemente, como declarou o próprio Cristo: O Velho Testamento “não pode falhar”, e não falhou. Vejamos Mateus, XII: 15-21.
15 – Sabendo disso, ele se
retirou daquele lugar. Muitos doentes o seguiram e a todos curou, 16 –
ordenando-lhes que não o descobrissem, 17 – a fim de se cumprirem as palavras
do profeta Isaías: 18 – “Eis aqui o servo que elegi, o meu bem-amado, em quem
muito se compraz minha alma! Sobre ele porei meu Espírito, e ele às nações
anunciará a justiça. 19 – Não discutirá, não gritará e ninguém lhe ouvirá a voz
nas praças públicas. 20 – Não acabará de partir o caniço já quebrado e não
apagará a mecha ainda fumegante, enquanto não alcance a vitória da justiça. 21
– Em seu nome depositarão as nações todas as suas esperanças”.
Despindo-se
da letra o espírito, facilmente compreensíveis se tornam, não só as palavras de
Isaías aos hebreus, com referência ao Cristo, mas também a indicação do
cumprimento dessa profecia relativamente aos fariseus que tramavam contra
Jesus, estudando os meios de que poderiam lançar mão para liquidá-lo,
inquirindo uns dos outros como contra ele atentariam! Mais ainda: a proibição
feita pelo Mestre aos doentes que o haviam acompanhado e que foram curados por
ele. JESUS É SERVO E BEM-AMADO DE DEUS, PELA SUA QUALIDADE DE ESPÍRITO PURO
E PERFEITO, GRAÇAS AOS SEUS PRÓPRIOS MÉRITOS. POR ISSO É QUE O SENHOR O ELEGEU,
QUANDO O FEZ PROTETOR E GOVERNADOR DA TERRA. Nele se compraz, fazendo-o
participar do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia, dando-lhe a
investidura de vosso Mestre, encarregando-o de presidir à formação do vosso
planeta, de o conduzir e guiar, com tudo o que nele existe e se move, com a
Humanidade que o habita, pelas vias do progresso físico, moral e intelectual,
incumbindo-o de vos levar à perfeição que tereis que atingir. Deus fez e faz
que seu Espírito sobre ele pouse, constantemente, comunicando-lhe diretamente à
inspiração. Pelo desempenho da sua missão terrena, Jesus anunciou às nações a
justiça, mostrando-lhes a única forma de proceder, segura e reta, que as pode
conduzir ao fim colimado. E agora, chegados os tempos, ele anuncia a justiça às
nações por intermédio dos Espíritos do Senhor, os quais, em seu nome,
desenvolvem e explicam em Espírito e Verdade, sempre à luz do Novo Mandamento,
as revelações que ele EM PESSOA deu aos homens, embora sob o véu da
letra. Esses Espíritos também mostram a todos, novamente, a mesma norma de
proceder do Espírito da Verdade, ILUMINANDO O CAMINHO DO PROGRESSO POR ONDE
TODAS AS CRIATURAS, TENDO A GUIÁ-LAS A LUZ QUE SE IRRADIA DO FACHO DA VERDADE,
POSSA AVANÇAR COM PASSO FIRME, CULTIVANDO A CIÊNCIA, A CARIDADE E O AMOR –
SELOS DA ALIANÇA ENTRE A FÉ E A RAZÃO. Estas palavras do profeta, referentes ao
Messias prometido desde Moisés: “Ele não discutirá, não gritará e ninguém lhe
ouvirá a voz nas praças públicas”, encerravam alusão ao hábito que tinham os
hebreus de se reunirem publicamente, para deliberar sobre assuntos importantes,
procurando cada um abafar com a voz a dos seus adversários, para que sua opinião
prevalecesse. Jesus não discutiu desse modo, não gritou: ninguém lhe ouviu ASSIM
a voz nas praças públicas. É QUE ELE FALAVA COM AUTORIDADE, NÃO DA MANEIRA
POR QUE FALAVAM OS ESCRIBAS E FARISEUS.
GN, 29/10/1970
A PRESCIÊNCIA DE DEUS
P – A alusão à presciência do futuro interessou a
todos nós, em nosso Posto Familiar. Poderia o Espírito da Verdade falar, uma
vez mais, sobre a presciência de Deus?
R – Diante da presciência de Jesus, como REPRESENTANTE DIRETO DA DIVINA VONTADE,
em presença do livre arbítrio do homem, compreendei o que é a presciência de
Deus! Deus vê, sabe (como já o explicamos) qual o estado do Espírito; sabe, vê
e acompanha as fases de progresso: as fases sucessivas das existências que a
Alma tem a percorrer, munida de seu livre arbítrio, usando-o para o Bem ou para
o mal, por impulso da sua vontade pessoal ou sob a influência oculta dos bons
ou dos maus Espíritos, que ela atrai ou repele conforme à natureza boa ou má de
seus sentimentos, de seus pendores e de suas tendências. Essa influência, sob a
qual a Alma se acha a todo instante, constitui a TENTAÇÃO A QUE ELA PODE CEDER OU RESISTIR UMA VEZ QUE É SEMPRE LIVRE
PARA ESCUTAR OU NÃO AS BOAS INSPIRAÇÕES, DE AS SEGUIR OU NÃO, COMO TAMBÉM É
LIVRE PARA ACEITAR OU REPELIR AS MÁS INSPIRAÇÕES. É sob a ação e os efeitos dessas influências –
que o assediam a todo momento – que o Espírito, no pleno gozo do seu livre
arbítrio, tem de avançar ou parar, na estrada do progresso. Assim, pois, era
sob a ação e os efeitos de tais influências que aos escribas e fariseus, no
pleno gozo do seu livre arbítrio, cumpria escutar ou repelir os ensinos de
Jesus. Sem dúvida, aqueles escribas e fariseus, que o rodeavam na sinagoga,
eram, como Espíritos encarnados, muito empedernidos: por isso mesmo, não
aceitariam a luz. Mas nem por isso a luz deixava de ser, para eles, um meio de
escaparem a cruéis expiações. Da parte do Senhor nunca há prevenção. Em geral,
os Espíritos encarnam procedendo livremente à escolha, tanto do meio quando do
gênero das provações. Via de regra, escolhem os meios que lhes são simpáticos.
Ora, nos grupos que os fariseus os príncipes dos sacerdotes, os escribas e
todos os que exerciam qualquer autoridade, entre os judeus, formavam à volta de
Jesus, O ORGULHO REINAVA SOBERANAMENTE
E, POR CONSEGÜINTE, LHES TAPAVA OS OLHOS E OS OUVIDOS. Mas, Deus, na sua
infinita bondade, abria para eles ( como abre para todos) uma via nova de
purificação. Seus anjos guardiãs faziam por eles o que fazem por todos. ELES, PORÉM, OS REPELIAM POR SUA VONTADE
INDEPENDENTE: NO PLENO GOZO DO SEU LIVRE ARBÍTRIO, ACEITAVAM AS MÁS
INFLUÊNCIAS, AS INSPIRAÇÕES DOS MAUS ESPÍRITOS! Em suma: se é certo que nenhum resultado
produziu a caridade de Deus, abrindo-lhes nova estrada naquela existência, não
menos certo é que essa obra de purificação teria de dar os seus frutos APÓS A MORTE DELES E NAS SUAS EXISTÊNCIAS
SEGUINTES.
GN, 28/10/1970
SEGUNDA-FEIRA, 17//12/2012
A MÃO SECA
R – Vamos harmonizar os Evangelhos sinóticos: Mateus,
XII: 9-14, Marcos, III: 1-6 e Lucas, VI: 6-11.
MATEUS: 9 – Então, veio Jesus
à sinagoga deles. 10 – Aí se achava um homem que tinha seca uma das mãos. E,
para acusarem o Cristo, lhe perguntaram: “É permitido curar em dia de sábado?”
11 – Jesus lhes respondeu: “Qual, dentre vós, tendo uma ovelha e vendo-a cair
num fosso em dia de sábado, não procurará tirá-la dali?” 12 – E não vale o
homem muito mais do que uma ovelha? Sim é permitido fazer o bem em dia de
sábado!” 13 – E disse ao homem: “Estende a tua mão”. O homem a estendeu, e ela
ficou sã como a outra. Os fariseus, porém, se reuniram em conluio contra ele,
estudando o modo de se vingarem de Jesus.
MARCOS: Jesus entrou de novo na
sinagoga. Como, ali, se achasse um homem que tinha seca uma das mãos, 2 – eles
ficaram observando, para ver se Jesus o curaria em dia de sábado, a fim de o
poderem acusar. 3 – Disse, então, Jesus ao homem que tinha a mão seca: “Vem
aqui para o meio”. 4 – E perguntou: “É permitido, em dia de sábado, fazer o bem
ou o mal, salvar ou tirar uma vida?” Eles ficaram calados. 5 – Perpassando,
então, por eles o olhar, tomado de cólera, em vista da dureza de seus corações,
disse ao homem: “Estende a tua mão”. O homem a estendeu, e ela ficou sã. 6 – Os
fariseus se retiraram logo e, com os herodianos, fizeram conciliábulo, buscando
o meio de o perderem.
LUCAS: 6 – Entrando na
sinagoga, em outro sábado, Jesus começou a ensinar. Lá estava um homem cuja mão
direita era seca. 7 – Os escribas e os fariseus o observavam para ver se ele
curaria em dia de sábado, para o acusarem. 8 – Jesus, conhecendo os pensamentos
deles, disse ao homem que tinha a mão seca: “Levanta-te e fica de pé aqui no
meio”. O homem se levantou e ficou de pé. 9 – Então, disse Jesus: “É lícito, em
dia de sábado, fazer o bem ou o mal, salvar a vida ou tirá-la?” 10 – Depois de
olhar para todos, disse ao homem: “Estende a tua mão”. Ele a estendeu, e ela
ficou sã. 11 – Cheios de furor, os escribas e os fariseus perguntavam uns aos
outros, o que fariam a Jesus.
GN, 27/10/1970
DOMINGO, 16//12/2012
UMA SÓ RELIGIÃO
P – Em face e em conseqüência do advento da era do CRISTIANISMO DO CRISTO, mudanças
radicais se operam no seio da Humanidade. Que diz o Espírito da Verdade sobre o
destino das religiões humanas?
R – Aproximam-se os tempos em que Deus não será mais
adorado nem no alto da montanha, nem em Jerusalém: os homens serão os
adoradores que o Pai deseja – seus adoradores em ESPÍRITO
E VERDADE , A LUZ DO NOVO MANDAMENTO. Aproximam-se
os tempos em que os homens estarão unidos por uma só religião, que assim se
resume: DEUS, uno e único, o Criador
Universal, o Pai: JESUS, Espírito puro e
perfeito governador e protetor da Terra e de sua Humanidade, o vosso único
Mestre, o Filho: OS ESPÍRITOS DO SENHOR
TODO-PODEROSO prepostos por Ele à obra do progresso do vosso planeta, nele
trabalhando sob a direção do Cristo, formando o Espírito Santo. Aproximam-se os
tempos em que, adoradores de Deus, os homens compreenderão que sua Alma, quando
realmente pura, é o único templo do Senhor do Universo; que o Cristo está onde
duas ou mais pessoas se reúnam em seu nome, formulando com fé, humildade e amor
(abstração feita de todos os cultos exteriores que ainda os dividem e separam) A PRECE DO CORAÇÃO, não dos lábios
somente! Aproximam-se os tempos em que TODOS OS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE
COMPREENDERÃO QUE A LEI DIVINA SE CONTÉM NO NOVO MANDAMENTO DE JESUS –
“AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, COMO EU VOS AMEI E AMO” – A RELIGIÃO DE DEUS, PORQUE
DEUS É AMOR, O AMOR UNIVERSAL PARA TODA A ETERNIDADE. Esta é A RELIGIÃO, segundo a qual os homens
viverão as leis morais de adoração, trabalho, reprodução, conservação,
destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade, justiça, amor e
caridade. Semelhantemente ao culto dos hebreus obra meramente disciplinar e
transitória, os cultos exteriores derivados das instituições e interpretações
humanas a que a missão terrena de Jesus deu lugar, não poderão impedir que se
forme UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ PASTOR –
O CRISTO NOSSO SENHOR E MESTRE.
GN, 25/10/1970
A GRANDE TRANSIÇÃO
GN, 24/10/1970
SEXTA-FEIRA, 14/12/2012
O SÁBADO FEITO PARA O HOMEM
MARCOS: 23 – Sucedeu ainda que Jesus,
atravessando em dia de sábado umas searas, seus discípulos, avançando por elas,
se puseram a colher algumas espigas. 24 – Ao que os fariseus disseram: “Como é
que teus discípulos fazem em dia de sábado o que não é permitido fazer-se?” 25
– Jesus lhes respondeu: “Não lestes o que fez David premido pela necessidade,
quando teve fome, assim como aqueles que o acompanhavam? 26 – Que entrou na
casa de Deus, sendo Abiatar o príncipe dos sacerdotes, e comeu os pães da
proposição e os repartiu com os do seu séquito, não obstante só aos sacerdotes
ser permitido come-los?” 27 – E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem,
não o homem para o sábado. 29 – Assim, pois, o Filho do Homem também é senhor
do sábado”.
LUCAS: 1 – Aconteceu que, num dia de sábado,
chamado o segundo-primeiro, passando Jesus por uns trigais, seus discípulos se
puseram a cortar algumas espigas, a debulhá-las com as mãos e a comê-las. 2 – Alguns
fariseus, então, lhes disseram: “Por que fazeis o que não é permitido fazer no
sábado?” 3 – Jesus, tomando a palavra, replicou: “Não lestes nas Escrituras o
que fez David quando, com os que o acompanhavam, sentiu fome? 4 – Como entrou
na casa de Deus, tomou os pães da proposição, os comeu e distribuiu com os do
seu séquito, muito embora só aos sacerdotes fosse lícito come-los?” 5 – E
concluiu: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”.
GN, 23/10/1970
QUINTA-FEIRA, 13/12/2012
JUGO SUAVE E FARDO LEVE
P – Uma expressão de Jesus, que muito nos comove, é
esta: “Meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Todos, aqui em nosso Posto Familiar ,
desejam vê-la interpretada, pelo Espírito da Verdade. É possível?
R – Vejamos o Evangelho segundo Mateus, XI: 28-30.
28 – “Vinde a mim todos vós,
que estais fatigados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 – Tomai sobre vós o
meu jugo e aprendei de mim, que sou pacífico e humilde de coração, e achareis
descanso para vossas almas, 30 – porque o meu jugo é suave e o meu fardo é
leve”.
Trilhai
sempre a estrada que vos é indicada, porque o Mestre vos deu o único rumo que
vos pode conduzir à felicidade eterna. Peça-lhe amparo à Alma que se encontra
carregada de dores e, QUAISQUER QUE SEJAM OS SEUS SOFRIMENTOS ATUAIS,
nele terá o grande médico apto a curar todas as chagas. Sendo a luz de todas as
inteligências, ele sempre ilumina a treva que a carne vos impões. POR VÓS SE
FEZ HOMEM AOS VOSSOS OLHOS; AOS VOSSOS OLHOS SOFREU CONVOSCO, EXATAMENTE COMO
SOFREIS. VOSSAS LÁGRIMAS LHE SAEM DOS OLHOS E NO SEU CORAÇÃO REPERCUTEM,
INCESSANTEMENTE, AS VOSSAS DORES. E AINDA VOS ENVIA OS ESPÍRITOS CONSOLADORES,
QUE ABRANDAM AS VOSSAS PENAS! Em paga de tanta abnegação e tanto amor, que
pede ele que façais? Algum sacrifício? Que lhe deis glória? No fastígio da
glória ele já está. Pede-vos amor? Todos os Espíritos do Senhor se curvam
diante dele, felizes de o fazerem. Não: só vos pede que trabalheis, sob a sua
direção, pela vossa própria glória. Estende-vos a mão, e sustenta até mesmo
aqueles que a recusam! Acudi-lhe, portanto, ao chamado amoroso. Seu jugo é leve
e ele não o impõe, porque ELE VOS DEIXA LIVRES PARA O ACEITAR OU REPELIR. NÃO EMPREGA A VIOLÊNCIA, COMO FAZEM OS HOMENS, PARA
VOS FORÇAR A PERCORRER O SEU CAMINHO.
NÃO VOS DIZ: “CRÊ OU MORRE!” MAS VOS DIZ: “EM MIM ESTÁ A VIDA”. Escutai-lhe, pois, os conselhos santos, caminhai-lhe
nas pegadas e, sejam quais forem o culto exterior que pratiqueis e a nação a
que pertençais na Terra, VINDE TODOS,
TODOS A ELE, PORQUE NÃO HÁ OUTRO NOME EM QUE POSSAIS SER
SALVOS! As ovelhas são por ele conduzidas aos campos onde o lobo voraz não
aparece: os mundos superiores, moradas dos Espíritos Puros; os mundos
fluídicos, onde habitam os que chegaram ao estado de Perfeição. Todos vós que estais fatigados e
carregais o peso dos sofrimentos, que se originam das provações, vinde a Jesus e Jesus vos dará forças. NÃO VOS DÁ ELE O EXEMPLO DA RESIGNAÇÃO E DA
CORAGEM? Não é a sua palavra amiga,
simples e persuasiva, que levanta o ânimo abatido e vos faz ver o bálsamo que
deveis aplicar às vossas feridas? Não é Jesus quem as pensa e vos sustém com
sua mão poderosa, ajudando-vos a vencer os obstáculos, contra os quais vossa
fraqueza se julga preste a se quebrar? Que esperais, portanto? TOMAI SOBRE VÓS O SEU JUGO E COM ELE
APRENDEI, POIS O MESTRE É PACÍFICO E HUMILDE DE CORAÇÃO. SOMENTE ASSIM
ENCONTRAREIS REPOUSO PARA VOSSAS ALMAS! Sim, encontrareis repouso para
vossas Almas, isto é, a Perfeição a que chegareis pelo progresso espiritual.
Vivendo o Evangelho, cada dia, vos depurais: despojando-vos das impurezas, nos
pensamentos, palavras e atos, alcançais o repouso para vossas Almas. Quer
dizer: NADA MAIS TENDO A EXPIAR, ELAS
ENTRARÃO NA PAZ DO SENHOR. Entretanto, a Paz do Senhor é UMA PAZ ATIVA, CHEIA DE GRANDES COISAS E DE
BOAS OBRAS. Não se trata da paz do mundo, a paz que significa apenas
comodismo ou ociosidade, mas da Paz que traduz O TERMO DAS EXPIAÇÕES E DOS SOFRIMENTOS. Como o próprio Cristo o
diz, seu jugo é suave e seu fardo é leve. Aquele que, do fundo de seu coração,
segue o Redentor, não suporta pesado jugo, porque sua Moral é de prática fácil
a todos os Homens e Mulheres da Boa Vontade de Deus, que já se libertaram dos
mesquinhos desejos da humanidade ignorante. VINDE, VÓS QUE SOFREIS, POR QUE JESUS É O CAMINHO, E JAMAIS HAVERÁ
OUTRO!
GN, 22/10/1970
QUARTA-FEIRA, 12/12/2012
PASSADO E FUTURO
P – É um fato incontestável: só mesmo a LBV, por ser o CAMPO NEUTRO eqüidistante de todos os
sectarismos, pode unificar as Revelações do Único Mestre! Acha o Espírito da
Verdade que chegaremos à glória de conhecer o Pai?
R – Ele disse: –
QUEM PERSEVERAR ATÉ AO FIM SERÁ SALVO. Ora, fazendo-vos conhecer quem é o
Filho, a Nova Revelação vos prepara, progressivamente, para serdes capazes e
dignos de conhecer o Pai, porquanto vos põe na situação de compreenderdes o
vosso passado e de conhecerdes o vosso futuro. Não percebeis que, saídos das
mãos do Senhor, fostes incumbidos do desempenho de uma tarefa, que vossas
faltas tornaram pesada, mas que – como o infatigável operário – chegareis a
cumpri-la e receber o salário? Tereis de atingir a Perfeição, voltando ao seio
amoroso do Pai que vos criou! Pois, sempre que necessário, não vos levantamos o
véu do passado? E as particularidades das vossas vidas anteriores NÃO TEM DESPERTADO ENTRE VÓS A LEMBRANÇA
DA VOSSA ORIGEM? Igualmente incentivando em vós, permanentemente, o anseio
do mais alto, não levantamos também a ponta do véu que ocultava o futuro?
Assim, não entrevedes vosso Pai no seu trono imutável, a esperar que seus
filhos pródigos – sinceramente arrependidos – venham terminar, junto a esse trono
de luz, a missão que Ele lhes confiou?
AQUELE QUE DESEJE COMPREENDER (SE ENTROU SINCERAMENTE, COM FÉ E AMOR, NO
CAMINHO DO MESTRE), NÃO PRECISA MAIS DE INDAGAÇÕES. Quem recebe e aceita a Nova Revelação pode
compreender o seu passado e conhecer o seu futuro, pois sabe de onde veio e
para onde vai, em que condições vive na Terra, o que deve aí fazer e não fazer,
o que o espera e lhe vai acontecer depois da “ morte”. Se pode conhecer o seu
passado? Evidentemente, pois sabe que faliu. E sabe que, por haver falido,
reencarnou e foi mandado para mundos inferiores, de expiação e provações. Sabe
que iniciou nesses mundos a obra da sua reabilitação, e que tem de terminá-la
pelo trabalho, pela humildade, pela caridade e pelo amor, praticados tanto na
ordem material quanto na ordem moral e intelectual. Sabe, ainda (embora a
matéria lhe anuvie a lembrança das vidas anteriores), que lhe É POSSÍVEL ACHAR OS TRAÇOS DESSAS
EXISTÊNCIAS E SABER O QUE TEM DE EXPIAR E REPARAR, EVITAR E ADQUIRIR NA SUA
VIDA ATUAL, DESDE QUE PROCEDA, NO ÍNTIMO DE SUA CONSCIÊNCIA, A UM EXAME PRECISO
E COMPLETO DE SEUS PENSAMENTOS, PALAVRAS E ATOS. Só assim vencerá, com a
ajuda dos Bons Espíritos, seus maus pendores e seus maus instintos. Se pode
conhecer o seu futuro? Sim, porque ele sabe que – terminadas suas tarefas,
segundo a vontade de Deus, o Pai de Infinito Amor – ingressará na categoria dos
Espíritos Bons. E sabe, ainda, que terá de progredir sempre, até chegar à
Perfeição que o levará aos braços do Pai Celestial. Até lá, terá de viver o Novo
Mandamento do Mestre, relembrando suas palavras: – NINGUÉM VAI AO PAI SENÃO POR MIM.
GN, 21/10/1970
TERÇA-FEIRA, 11/12/2012
O PAI E O FILHO
P – Não podia ser mais feliz a explicação referente
aos sábios e entendidos deste mundo. Mas queremos saber, ainda, o significado
dos versículos 27 de Mateus e 22 de Lucas, no capítulo em pauta. Como os
interpreta o Espírito da Verdade?
R – Pelas palavras desses versículos, Jesus aludia à
sua elevação e à sua missão como ESPÍRITO
PROTETOR E GOVERNADOR DA TERRA. Entre os homens a quem falava, só ele
estava apto a compreender a grandeza infinita do Senhor. Fora a vontade de Deus
que lhe dera a lembrança da sua origem, PORQUE
ENTRE OS HOMENS A MATÉRIA APAGA QUALQUER LEMBRANÇA. Fora, também, a vontade de Deus que lhe dera A VISÃO DO FUTURO, DE QUE OS OLHOS HUMANOS
SÃO INCAPAZES. Daí suas palavras:
“Todas as coisas me foram dadas pelo Pai. Ninguém sabe quem é o Filho senão o
Pai; ninguém sabe quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar”. Jesus era, entre os homens, o único que, revestido de um perispírito
tangível, estava ISENTO DA ENCARNAÇÃO
HUMANA TAL COMO A SOFREIS, CONSERVANDO SEMPRE A SUA QUALIDADE DE ESPÍRITO: COMO
ESPÍRITO PURO, SOB A APARÊNCIA CORPORAL DE UM HOMEM, PODIA COMPREENDER SEU DEUS
E COMPREENDER-SE A SI MESMO. As
palavras “ Todas as coisas me foram dadas por meu Pai” se referem às relações
diretas que havia entre Deus e o seu Ungido. Graças a essas relações
permanentes, todas as coisas lhe eram constantemente postas nas mãos pelo
Senhor. Agora, concentrai nisto vossa atenção: “Ninguém sabe quem é o Filho
senão o Pai, ninguém sabe quem é o Pai senão o Filho E AQUELE A QUEM O FILHO O QUISER REVELAR” são palavras da mais
alta importância; tem por fim fazer sentir aos homens que eles nada podem saber
das coisas celestiais, extra-humanas e de além-túmulo, SENÃO POR MEIO DA REVELAÇÃO. Aludem à Revelação que o Paráclito,
por sua ordem, traz à Humanidade, para lhe dar a conhecer quem é o Filho – JESUS, O CRISTO DE DEUS – e a Doutrina
do CRISTIANISMO EM ESPÍRITO E VERDADE, À
LUZ DO NOVO MANDAMENTO, com as profecias que fez no seu Evangelho e,
principalmente, no seu Apocalipse! Diante dos fatos, preparai-vos para receber
o Mestre na sua volta gloriosa, porque ele vos mostrará quem é o Pai.
Tornai-vos capazes e dignos de recebê-lo, caminhando ativamente, sem
vacilações, pela via do progresso moral e intelectual. Todo aquele que não
compreende nem a grandeza, nem a justiça de Deus, não o conhece. Aquele que
ousa traçar-lhe humanos limites ao poder, confinando-o no acanhado âmbito da
inteligência material, também não o conhece. Só aquele que RECEBE E ACEITA A REVELAÇÃO – QUANDO ESTA LHE É FEITA - PODE DIZER QUE
CONHECE O SEU DEUS, NA MEDIDA DO QUE, A ESSE RESPEITO, LHE VAI SENDO
PROGRESSIVAMENTE REVELADO.
GN, 20/10/1970
SEGUNDA-FEIRA, 10/12/2012
ANALFABETOS ESPIRITUAIS
P – Um ponto que desejamos aclarar, na Cruzada do Novo
Mandamento em casa, é o que se refere aos humildes (às vezes, analfabetos) a
quem Deus revela as coisas mais importantes, no dizer de Jesus. Como explica
essa passagem do Evangelho o Espírito da Verdade?
R – Vamos harmonizar Mateus, XI: 25-27 e Lucas, X:
21-22.
MATEUS: 25 – Então, proferiu Jesus estas
palavras: “Graças te dou, meu Pai, Senhor do Céu de da Terra, por haveres
ocultado estas coisas aos sábios e aos prudentes, e por as teres revelado aos
pequeninos! 26 – Assim é, meu Pai, porque te aprouve que assim fosse. 27 –
Todas as coisas me foram entregues pelo Pai, e ninguém, senão o Pai, conhece o
Filho, e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o queira
revelar.”
LUCAS: 21 – Nessa mesma hora, Jesus exultou
pelo Espírito e disse: “Graças te dou a ti, Pai, Senhor da Terra e do Céu,
porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos
pequeninos! Assim é, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22 – Todas as coisas
me foram dadas por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho senão o Pai; ninguém
sabe quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”
- Examinando os versículos 25 e 26 de Mateus e 21 de
Lucas, vemos que o Mestre felicitava e animava os seus discípulos, A FIM DE
QUE NÃO SE AMEDRONTASSEM COM A TAREFA QUE LHES ERA CONFIADA. A Obra do
Senhor é entregue aos simples e aos inocentes, aos fracos e aos obscuros, não
como os entendem os homens, mas como os deveriam entender: ELA É CONFIADA AOS QUE SE ENTREGAM AO SENHOR, AOS
QUE TÊM CONFIANÇA E FÉ EM DEUS, E NÃO AOS QUE, ENTRE OS HOMENS, PASSAM POR SER
OS GRANDES E OS PODEROSOS DO ESPÍRITO
HUMANO; OS QUAIS NÃO ADMITEM SENÃO AQUILO QUE JULGAM TER DESCOBERTO, MATEMATIZADO
E ENSINADO, E NEGAM – DO ALTO DO SEU ORGULHO – A INFLUÊNCIA E OS SOCORROS
ESPIRITUAIS, TUDO ATRIBUINDO, UNICAMENTE A FORÇA DE SUAS VONTADES E DE SUAS
INTELIGÊNCIAS. A TODOS ESSES AS VERDADES DIVINAS PERMANECERÃO OCULTAS, AINDA
POR MUITO TEMPO: são terras muito gordas, onde nascem, abundantemente,
ervas imprestáveis, que estiolam a boa semente, nelas espalhada pelo vento. É
preciso que suas forças se esgotem, em tentativas inúteis, em inúteis esforços,
sem nada poderem produzir! JESUS MOSTRAVA QUE DEUS NÃO ESCOLHE OS QUE GOZAM
DAS FACULDADES QUE OS HOMENS ADMIRAM, E SIM OS DE CORAÇÃO SIMPLES E ESPÍRITO
HUMILDE: OS QUE AMAM E CONFIAM, OS QUE SABEM SOFRER E ESPERAR. Os sábios,
os prudentes e entendidos, de que falava o Cristo, são os que a sociedade considera
como tais. Entretanto, DIANTE DE DEUS NÃO PASSAM DE ANALFABETOS ESPIRITUAIS.
GN, 18 e 19/10/1970
DOMINGO, 09/12/2012
JUÍZO FINAL
P – Desde crianças,
fomos educados na crença do terrível JUÍZO
FINAL que despachará as criaturas para o céu ou para o inferno. Como
explica isso o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R – Não haverá esse JUÍZO FINAL, único e definitivo, de que
fala a Igreja de Roma. O que de fato se dará é que, NOS ÚLTIMOS DIAS DA ERA MATERIAL DA HUMANIDADE TERRESTRE, OS QUE SE
CONSERVAREM REBELDES SERÃO DEGREDADOS PARA MUNDOS INFERIORES. SÓ OS QUE TIVEREM
CHEGADO AO GRAU DE APERFEIÇOAMENTO QUE DEVEM ATINGIR PODERÃO PERMANECER NA
TERRA, PARA AÍ CONTINUAREM A PROGREDIR. Não é essa, porém, a ideia que
(influenciados pelas falsas interpretações, próprias do “reinado da letra”) os
homens fazem do JUÍZO FINAL. Os
Espíritos culpados irão sendo afastados gradualmente da Terra, e esta se
purificará DE MODO QUASE IMPERCEPTÍVEL
PARA VÓS OUTROS. A renovação do vosso mundo, não resultará de violento
abalo, mas de um progresso contínuo. Ainda estais numa era material, sob o império da matéria, e as coisas no vosso planeta estão dispostas
de forma a que ele preencha as condições necessárias à vossa existência. Mas
chegam os tempos em que a Terra progredirá, no mesmo passo que os vossos
corpos, E SE ELEVARÁ COMO ESSÊNCIA,
PURIFICANDO-SE E ETERIZANDO-SE. Quanto mais crescer em vós o domínio do
Espírito, tanto mais diminuirão as necessidades materiais e, entre os homens de
então e os de agora, mais sensível será a diferença material do que a que
existe entre os de hoje e os primeiros habitantes do vosso orbe. NA ÉPOCA DA MATÉRIA – VIDA E ÓRGÃOS
MATERIAIS; NA ERA DO ESPÍRITO -
ESPIRITUALIDADE! O vosso planeta está destinado, como todos os que
gravitam na imensidade, a percorrer a via do progresso até ao dia em que a
transformação se complete e em que, quais homens despojados da matéria, VIVEREIS ESPIRITUAL E FLUIDICAMENTE, NUM
MUNDO FLUÍDICO. Preparai-vos, portanto: a época da renovação da Terra, é
aquela em que os rebeldes, ao voltarem para o mundo dos Espíritos, serão
afastados dela e mandados para os mundos inferiores. E as próximas calamidades
abrirão grandes claros nas fileiras humanas, a fim de que estas se renovem mais
depressa. DO PONTO DE VISTA FÍSICO, A
TERRA ACOMPANHARÁ O PROGREDIR DO ESPÍRITO; E O PROGRESSO FÍSICO DESTE, DE
HARMONIA COM O DO PLANETA, SERÁ CONSEQUÊNCIA DO SEU EVOLVER MORAL E INTELECTUAL. Como todos
os mundos já formados e todos os que se hão de formar na imensidade, segundo
Leis Naturais e Imutáveis, estabelecida por Deus, o vosso Planeta saiu dos
fluidos impuros; depois chegou, progressivamente, ao estado material, de onde
passará, num contínuo progredir, a estados cada vez menos materiais, até chegar
– por sucessivas transformações – ao de pura fluidez, no qual ele e a sua
Humanidade se encontrarão livres de todas as impurezas da matéria. Sim,
entendei: cada calamidade ou abalo, cada deslocamento do mundo terrícola serve
para levá-lo àquela transformação. Deveis compreender que, chamado a
desempenhar outras funções, não pode ele permanecer no mesmo meio: com o correr
dos dias, e mediante esses deslocamentos gradativos, à Terra tomará lugar NAS REGIÕES DOS FLUIDOS SUTÍS, ONDE TENDES
DE VIVER. Enquanto isso, outro
planeta, afastando-se por sua vez do seu centro de formação, virá desempenhar
as funções que o vosso desempenhava. No fim do ciclo, no último período dessa
transformação, isto é, quando a Terra passar ao estado fluídico puro ( e ao de
Espíritos Puros os que souberam perseverar até o fim), JESUS APARECERÁ NA PLENITUDE DO SEU PODER, DA SUA GLÓRIA DA SUA PUREZA
PERFEITA E IMACULADA, PARA VOS MOSTRAR A VERDADE SEM VÉU, PARA VOS CONDUZIR AO
CENTRO DA ONIPOTÊNCIA E VOS FAZER CONHECER O PAI.
GN, 17/10/1970
INFERNO E JUÍZO
P – No ponto que estudamos, Jesus se refere ao inferno
com muita energia, quando censura Cafarnaum. Isso dá origem às concepções
infernalistas das religiões humanas, que se dizem baseadas no próprio Cristo!
Que nos diz, a respeito, o Espírito da Verdade?
R – Exprimindo-se, relativamente a Cafarnaum, desta
maneira “TU QUE TE ELEVASTE ATÉ AO CÉU”,
isto é, tu que foste inundada de luz e que, orgulhosa, a rejeitaste, “SUBMERGIRÁS NO INFERNO”, usava o Mestre
de linguagem e expressões apropriadas à inteligência de seus ouvintes. Por
INFERNO designava, veladamente, as penas que os Espíritos culpados sofrem –
primeiro, como seres erráticos e depois reencarnando na Terra ou em mundos
inferiores, de expiação e provações. O
INFERNO É A CONSCIÊNCIA DO CULPADO E O LUGAR, QUALQUER QUE ESTE SEJA, ONDE
EXPIA OS SEUS CRIMES. Não se trata de espaço limitado. O lugar, seja qual
for, que o Espírito culpado ocupe, quando na erraticidade, é bem o que ainda
chamais – e o Cristo alegoricamente chamava – inferno, pois, em tal lugar, o
Espírito se acha presa de contínuas torturas. Também o Espírito encarnado se
acha realmente num inferno quando, metido na prisão de carne em mundos
inferiores, passa por provações, sofrimentos, torturas morais e físicas; por
expiações que constituem a pena secreta da sua encarnação precedente, a pena
correspondente ao que lhe cumpre ainda reparar, tendo em vista suas existências
anteriores. Jesus também disse “NO DIA
DO JUÍZO”, falando dos habitantes de Tiro e de Sidon, de Corazin e de
Betsaida, de Cafarnaum e de Sodoma. Foi uma figura, uma comparação de que o
Mestre se serviu. Deveis compreender suas palavras do modo seguinte: “Eu vos
digo que os habitantes de Corazin e Betsaida serão julgados mais severamente
que os de Tiro e de Sidon que, juntamente com os primeiros, se apresentarão ao
Juiz Supremo; que os de Cafarnaum serão julgados mais severamente que os de
Sodoma, que – com eles - se apresentarão ao supremo Juiz”. Tende sempre em
conta o estilo figurado de que usava Jesus, FORÇADO PELAS NECESSIDADES DA ÉPOCA, PELOS PRECONCEITOS RESPEITADOS,
PELO ESTADO DAS INTELIGÊNCIAS, PELA CONVENIÊNCIA DE VELAR A VERDADE, até
que chegassem os vossos dias, em que o Espírito, mediante o advento da Nova
Revelação, seria despojado da letra, a fim de preparar os homens para se
tornarem ADORADORES DE DEUS EM ESPÍRITO
E VERDADE, PORQUE ESTA É A VONTADE DO CRIADOR. As palavras “NO DIA DO JUÍZO” não tinham, no pensamento então velado de Jesus, a
significação de um JUÍZO FINAL, a
que sejam chamados, como o diz a Igreja, TODOS
OS QUE MORRERAM DESDE A ORIGEM DOS TEMPOS. Não: os habitantes de Tiro e de
Sidon, de Corazin e de Betsaida, de Cafarnaum e de Sodoma, bem como todos os
Espíritos culpados que viveram na Terra desde que o homem aí apareceu, passaram,
DEPOIS DA MORTE, AO CABO DE CADA
EXISTÊNCIA, PELO JULGAMENTO. Isto é, pela expiação na erraticidade e, em
seguida, pela reencarnação. Dentre os Espíritos culpados das diversas cidades,
de que falava Jesus, alguns já terminaram suas provações expiatórias e outros
progrediram muito. Poucos chegarão à época da renovação do vosso Planeta sem
terem conseguido a satisfação de seus desejos. E aí tendes a prova da
inexistência do INFERNO ETERNO, a
prova da justiça que se patenteia na Lei da Reencarnação, diante da qual TODOS OS HOMENS SÃO RIGOROSAMENTE IGUAIS.
GN, 16/10/1970SEXTA-FEIRA, 07/12/2012
CIDADES IMPENITENTES
P – O Evangelho nos fala das “cidades impenitentes”,
censuradas por Jesus. Pelo CEU da LBV poderia o Espírito da Verdade explicar
essa passagem?
R – Harmonizemos Mateus, XI: 20-24 e Lucas, X: 13-15.
MATEUS: 20 – Jesus começou, então, a
exprobrar às cidades onde realizara tantos milagres o não terem feito
penitência: 21 “Ai de ti, Corazin! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os prodígios
operados, dentro de vós o tivessem sido em Tiro e em Sidon, elas teriam feito
penitência em cilícios e cinza! 22 – Eis porque vos digo que no dia do juízo,
Tiro e Sidon serão tratadas com menos rigor do que vós. 23 – Tu, Cafarnaum,
porventura te elevarás até ao céu? Serás abatida até ao inferno, porquanto, se
os milagres operados dentro dos teus muros o tivessem sido em Sodoma, talvez
esta ainda hoje subsistisse! 24 – Eis porque te digo que, no dia do juízo, a
terra de Sodoma será travada com menos rigor do que tu”.
LUCAS: 13 – “Ai de ti, Corazin! Ai de ti,
Betsaida! Pois que, se os prodígios realizados dentro de vós o tivessem sido,
outrora, em Tiro e em Sidon, elas teriam feito penitência na cinza e nos
cilícios! 14 – Eis porque no dia do juízo, Tiro e Sidon, serão tratadas com
menos rigor do que vós! 15 – E tu, Cafarnaum, que te elevaste até ao céu, submergirás
até ao inferno!”.
GN, 15/10/1970
CILADA, PERDÃO E GRAÇA
P – No ponto em estudo, há uma coisa que merece
explicação: o fato de uma pecadora conhecida entrar na sala do festim, na casa
do fariseu. Que explicação nos oferece, a respeito, o Espírito da Verdade?
R – A pergunta é oportuna, e podeis formular essa
outra: – Como veio a Simão a idéia de convidar Jesus para entrar na sua casa e
sentar-se a sua mesa? É que O FARISEU
QUERIA SONDAR O MESTRE PARA DESCOBRIR NELE O PONTO VULNERÁVEL. Só se
aproximando de Jesus podia esperar consegui-lo. Mesmo a introdução de Maria,
naquela sala, era uma cilada. De outra forma ela não teria podido entrar lá, do
mesmo modo que, sem a vossa autorização, uma “desclassificada” não entrará em
vossas casas. Dirigindo a Simão as palavras dos versículos 41 a 46, referentes aos
devedores, o Mestre estabeleceu uma comparação toda material, para ser
compreendido por um homem material. Os fariseus não só eram orgulhosos, como
também avarentos e cupidos. O exemplo que Jesus figurou não podia, portanto,
deixar de ser apreciado e compreendido por um espírito dessa natureza. Sim,
aquele a quem mais se perdoa será certamente, o mais reconhecido. Todavia, o
perdão não é concedido sem ser suplicado; e as súplicas devem ser fervorosas e
reiteradas, pois O SENHOR NÃO SALDA AS DÍVIDAS
DE QUEM SE MOSTRE PROPENSO A CONTRAIR OUTRAS. ELE O FAZ SOMENTE ÀQUELE QUE SEJA
CAPAZ, NO FUTURO, DE MANTER-SE SEM DESVIO NO CAMINHO RETO. Jesus, com o que disse ao fariseu (vs. 44 a 47), apontando para a
mulher, aludia respectivamente aos sentimentos dele e dela: lendo o pensamento
de Simão, conhecia a razão do “acolhimento” que este lhe dispensara. Falou,
então, à mulher: “Teus pecados estão perdoados” (v. 48). A GRAÇA NÃO É O QUE A IGREJA HUMANA FORJOU. No caso da pecadora,
havia remorso sincero e profundo. Seguir-se-ia a reparação, que não lhe seria
duramente imposta, como sucede quando se trata de culpados endurecidos mas UMA
REPARAÇÃO FEITA COM ALEGRIA E FELICIDADE, visando a alcançar o progresso,
que deixara de realizar, e entrar de novo em graça perante o Amor do Pai.
Disse, ainda, Jesus: “Vai-te em paz; tua fé te salvou.” A FÉ QUE ELA TIVERA NO CRISTO LHE ABRIRA OS OLHOS PARA O SEU MAU
PROCEDER. A comparação entre a vida sem mácula do Mestre e os excessos
inumeráveis da sua própria vida de pecadora foi o que a impressionou e impeliu
a vir suplicar o perdão de suas faltas, AOS
PÉS DAQUELE QUE ELA CONSIDERAVA O ENVIADO CELESTE. Nas suas interpretações,
os homens se equivocaram completamente quanto ao sentido destas palavras de
Jesus ao fariseu Simão: “Eu te declaro que muitos pecados lhe são perdoados
porque muito amou”. Dizendo de Maria que muito lhe era perdoado por haver amado
muito, o Mestre não entrava em nenhuma das considerações a quem deram motivo
humanas interpretações. O AMOR DE QUE ELE
FALAVA ERA O AMOR CONSIDERADO DO PONTO DE VISTA DA CARIDADE. Embora mulher
de vida dissoluta, Maria tinha um coração sensível às misérias de seus
semelhantes. De natureza fraca e impressionável, sua existência depravada era
mesmo devida AO EXCESSO DO SEU AMOR À
FAMÍLIA, COM A QUAL REPARTIA, EM LARGA ESCALA , O PRODUTO DO SEU VERGONHOSO
COMÉRCIO. Grande era a sua caridade para com outros: jamais um infortúnio
apelara em vão para a sua piedade. Sua própria queda foi um ATO DE DEVOTAMENTO. Aí tendes o que não
vos tinham dito; aí tendes, ainda, o que será encarado como estímulo ao vício
sob o pretexto de devotamento a pais pobres; aí tendes, todavia, a fonte de
tantos vícios que repelis com horror quando muitas vezes, um conselho e um
socorro fariam o que fizeram as santas palavras do Mestre, Espírito fraco,
Maria quisera lutar contra a sua fraqueza; quisera, sim, o combate
excessivamente rude. Sucumbiu, a princípio, mas se levantou mais forte e mais
valorosa. NÃO AOS OLHOS DOS HOMENS, QUE
NADA PERDOAM, TENDO ELES TANTA NECESSIDADE DE PERDÃO, MAS AOS OLHOS DAQUELE QUE
SONDA OS CORAÇÕES E AS ENTRANHAS, E PARA QUEM O PENSAMENTO CULPOSO E OCULTO
EQUIVALE AO ATO CONSUMADO!
GN, 14/10/1970
A PECADORA E O FARISEU
P – Uma das componentes do nosso Posto Familiar
pergunta qual a verdadeira interpretação da passagem da pecadora que banhou de
lágrimas os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos, na casa do fariseu
Simão. Como a interpreta o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R – Trata-se de Lucas, VII: 36-50.
36 – Tendo um fariseu pedido
a Jesus que fosse comer em sua casa, ele foi e tomou lugar à sua mesa. 37 –
Logo uma pecadora da cidade, sabendo que Jesus estava na casa do fariseu, aí
veio ter, trazendo um vaso de alabastro cheio de bálsamo; 38 – e, colocando-se
por trás dele, se pôs a banhar-lhe de lágrimas os pés, e a enxugá-los com seus
cabelos, ao mesmo tempo que os beijava e os ungia com o bálsamo. 39 – Vendo
isso, o fariseu disse de si para si: “Se este homem fosse profeta, saberia quem
é a mulher que o toca, pois é uma pecadora!” 40 – Jesus, então, lhe disse:
“Simão, tenho alguma coisa a te dizer”. Ao que ele respondeu: “Mestre, fala”.
41 – Jesus falou: “Um credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentos
denários e outro cinqüenta. 42 – Como não tivessem com que pagar, o credor
perdoou as dívidas a ambos. Qual dos dois, em conseqüência, mais o estimará?”
43 – Simão respondeu: “Creio que aquele a quem mais perdoou”. Jesus replicou:
“Julgaste bem, Simão”. 44 – E, voltando-se para a mulher, disse ainda ao
fariseu: “Vês esta mulher? Entrei na tua casa e não me deste água para lavar os
pés, enquanto que ela, ao contrário, banhou meus pés com suas lágrimas e o
enxugou com seus cabelos. 45 – Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que
entrou, não cessa de me beijar os pés. 46 – Não me ungistes a cabeça com
bálsamo, ao passo que ela me unge com bálsamo os pés. 47 – Por isso eu te
declaro que muitos pecados lhe são perdoados, porque ela muito amou. Aquele a
quem menos se perdoa menos ama”. 48 – E disse à mulher: “Teus pecados estão
perdoados”. 49 – Os que com ele estavam à mesa, na casa de Simão, começaram a
dizer entre si: “Quem é este que até perdoa pecados?” 50 – Mas Jesus disse à
mulher: “Vai-te em paz; tua fé te salvou”.
O
fato aqui referido constitui UM EXEMPLO DA IMPORTÂNCIA QUE O ARREPENDIMENTO
REPRESENTA SOBRE OS DESTINOS HUMANOS. Não por haver banhado os pés de Jesus
com bálsamo e com lágrimas obtém a pecadora o perdão, mas porque esse gesto era
a conseqüência do pesar, sincero e profundo, que lhe causavam suas faltas, e
por serem imensas sua esperança e sua fé naquele diante de quem se prosternava.
Mulher de costumes livres, que vendia o corpo, ela – no esplendor da sua beleza
– se humilhava, enxugando com os cabelos aqueles pés que o seu arrependimento
banhava de lágrimas. Ela, que era vaidosa de seus encantos, SACRIFICAVA AO
ARREPENDIMENTO OS PERFUMES QUE SERVIAM PARA TORNÁ-LA MAIS SEDUTORA E PARA –
PELO AROMA PENETRANTE – EXCITAR OS DESEJOS DOS QUE PAGAVAM SUAS CARÍCIAS. ESSES
PERFUMES, ELEMENTOS DAS SUAS ORGIAS, SE SANTIFICAVAM AO CONTATO COM O SANTO DOS
SANTOS. E a pecadora se limpava das suas faltas pela satisfação com que se
separava desses objetos de luxo, os únicos que possuía. Renunciava, assim, ao
seu passado de desordens e fazia sinceras promessas de reparação no futuro. Não
zombeis, portanto, da pecadora aos pés do Cristo. Ao contrário, imitando-a,
vinde todos – TODOS, SEM EXCEÇÃO – derramar na fronte do Mestre os
inebriantes perfumes que vos perdem, e ouvireis de sua boca palavras de paz,
consolação e amor. A JESUS, E SOMENTE A JESUS, O PAI ONIPOTENTE DEU O PODER
DE LIGAR E DESLIGAR, NA TERRA E NO CÉU. Os Apóstolos lhe obedeciam, eram os
instrumentos que ele escolhera, e operavam guiados pelos Espíritos Superiores,
quando também ligavam e desligavam na terra e no céu.
GN, 13/10/1970
COMER E BEBER
P – Muitos acham contradição entre os hábitos de Jesus
e de João, o Batista, com referência ao “comer e beber”. Que diz a isso o
Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R – Nenhuma “contradição”. Tudo certo e perfeito,
segundo os superiores desígnios do Alto. João vivia afastado dos homens, porque
assim o exigia sua missão. Sua grande sobriedade espantava os judeus, que
sacrificavam o que lhes fosse possível à
satisfação dos apetites materiais. Por isso, a vida de insulamento, de
contemplação, de toda sorte de continência, que o Batista se impusera, causava
surpresa ao povo. E, COMO NÃO PUDESSEM
COMPREENDER QUE UM HOMEM, VOLUNTARIAMENTE, SE SUBMETESSE A TAL EXISTÊNCIA,
TINHAM-NO POR VÍTIMA DE POSSESSÃO QUE O IMPELIA PARA O DESERTO, A VIVER FORA DE
TODAS AS LEIS ESTABELECIDAS. João,
porém, assim procedendo, cumpria exatamente sua missão de Precursor, dando o
ensinamento e o exemplo da penitência, que tinha por símbolo o batismo às
margens do Jordão, sendo a sua palavra o meio de os homens se prepararem para
entrar no CAMINHO DO SENHOR. Ao
contrário de João, Jesus tinha de viver no meio dos homens, a fim de mostrar a
todos O QUE É PRATICAR O AMOR E A CARIDADE.
Vulgarizava, por assim dizer, as virtudes que pregava, para torná-las mais
compreensíveis. Incorporava-se as classes desprezadas, para mostrar aos
orgulhosos que O PRIMORDIAL DEVER DO
HOMEM É DISPENSAR ASSISTÊNCIA, PRIMEIRO, AOS QUE ESTÃO (OU QUE ELE JULGA
ESTAREM) ABAIXO DE SI. Sentava-se,
diante dos homens, à mesa do pobre, para que este aprendesse a descobrir o
verdadeiro sabor do seu pão. Dormia (como todos supunham) sob o teto do
portageiro, para lhe dar a sentir A CALMA QUE RESULTA DA PUREZA DE CONSCIÊNCIA.
Navegava com os pescadores, a fim de lhes incutir o desprezo à morte, tendo por
fundamento a Fé e a Eternidade. “Vivia” a vida do homem na companhia do homem,
mas não ao lado do orgulhoso, razão pela qual os orgulhosos o acusavam de se
comprazer nos “centros abjetos” da sociedade de então. Porventura, terão mudado
os homens, que dizem – com Jesus – que ele não veio curar os que gozam saúde,
nem salvar os que não se perderam, nem dar ainda coragem aos que não
desesperam? Mudaram, porventura, os homens? Cristãos do Novo Mandamento, fazei
como Jesus, sem vos preocupardes com os orgulhosos escribas e fariseus do vosso
tempo! Como não podeis viver na solidão, como o Precursor, procurai seguir
sempre o exemplo de Jesus: COMEI E
BEBEI, COMO O CRISTO, A MESA DO POBRE, DO DESPREZADO, DO RÉPROBO, PORQUE ASSIM
PODEREIS DAR-LHE O ALIMENTO QUE O SUSTENTARA PARA SEMPRE: O PÃO DA VIDA QUE
NUTRE A ALMA, CLAREIA A INTELIGÊNCIA E PURIFICA O CORAÇÃO!
GN, 11/10/1970
JOÃO E JESUS INCOMPREENDIDOS
P – Jesus censurou os judeus porque não souberam
compreender o Cristo e o seu Precursor. Como o Espírito da Verdade nos explica
essas palavras do Mestre?
R – Harmonizemos Mateus, XI: 16-19 e Lucas, VII:
31-35.
MATEUS: 16 – Com que hei de
comparar esta geração? Ela se assemelha a crianças que, sentadas na praça
pública e aos gritos, 17 – dizem aos seus companheiros: “Tocamos flauta para
vós outros e não dançastes! Entoamos lamentações e não chorastes!” 18 – Pois veio
João e, porque não come nem bebe, dizem: “Está possesso do demônio!” 19 – Veio
o Filho do Homem e, porque come e bebe, dizem: “Ali está um comilão e um
bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores!” Todavia, a sabedoria é
justificada por seus filhos.
LUCAS: 31 – Disse o Senhor:
“Com que poderei comparar os homens desta geração? A quem se assemelham? 32 –
Assemelham-se a meninos que, sentados na praça e falando uns para com os
outros, dizem: “Tocamos flauta para vós e não dançastes! Nós nos lamentamos e
não chorastes!” 33 – João Batista veio e, porque não come pão nem bebe vinho,
dizeis: “Ele está possesso do demônio!” 34 – O Filho do Homem veio e, porque
come e bebe, dizeis: “É um comilão e
beberraz, amigo dos publicanos e dos pecadores!” 35 – Mas a sabedoria é
justificada por todos os seus filhos.
Nesta
linguagem, apropriada à capacidade intelectual daqueles que o ouviam, Jesus
fazia ver aos homens que suas inteligências rebeldes recusavam todos os
testemunhos, quaisquer que fossem, procurando para o que observavam UMA
RAZÃO DE SER ESTRANHA À BONDADE DE DEUS, não se rendendo nem à evidência
dos fatos. E completava: “Mas a sabedoria é justificada por todos os seus
filhos”. Já estas palavras visavam ao futuro: OS QUE VIRAM NÃO
COMPREENDERAM; COM O CORRER DOS SÉCULOS, OS ESPÍRITOS SE DESENVOLVERAM E, HOJE,
VÓS OS COMPREENDEIS. Sábios, filhos de Jesus, são os que compreendem as
verdades que os cegos negaram.
GN, 10/10/1970
DOMINGO, 02/12/2012
ELIAS DE NOVO NA TERRA
P - Já sabemos que João era o “Elias que há de vir”,
conforme às Sagradas Escrituras. Mas que diz o Espírito da Verdade sobre a
“futura missão” de Elias?
R – Disse o Mestre: “Se quiserdes compreender, João é
o Elias que há de vir”. E concluiu, dizendo: “Ouçam os que tem ouvidos de
ouvir”. Ele o fez para chamar a atenção, tanto dos homens daquele tempo como
dos homens do futuro, para as palavras que acabava de proferir, AS
QUAIS ENCERRAVAM UM SENTIDO OCULTO, pois o Elias que havia de vir já viera. Sabeis
que Jesus tinha a presciência do futuro: TODOS
OS SÉCULOS VINDOUROS SE LHE PATENTEAVAM AOS OLHOS. Essas palavras, portanto, devem hoje
prender-vos a atenção, tal como sucedeu na época em que foram ditas: CUMPRE QUE CONCLUAM A OBRA TODOS AQUELES
QUE A COMEÇARAM. Assim, não acrediteis que, terminada a sua missão terrena,
como Precursor do Cristo, João tenha deixado de trabalhar pelo progresso da
Terra. Na condição de Espírito, ele continuou a cumprir sua missão. Neste
momento, quando se prepara a volta de Jesus ao vosso mundo, escutai a palavra
de Elias, que novamente clama aos povos, dizendo: “Arrependei-vos! Aproxima-se
a hora do julgamento, e a morte pode surpreender-vos e entregar os Espíritos
culpados à expiação na erraticidade e, depois, as penas e angústias da
reencarnação! Não vem longe o instante em que a Terra passará pelo cadinho da
depuração, em que OS MAUS SERÃO SEPARADOS DOS BONS; O INSTANTE EM QUE OS ESPÍRITOS CULPADOS E
REBELDES, VOLUNTARIAMENTE CEGOS, SERÃO DEPORTADOS PARA OS MUNDOS INFERIORES,
ONDE TERÃO DE EXPIAR A SUA REBELDIA DURANTE LONGOS SÉCULOS! ORAI E VIGIAI, PARA
NÃO SERDES SURPREENDIDOS; PURIFICAI-VOS PORQUE, EMBORA USURPADORES DESEJEM
PENETRAR NA MORADA CELESTE, SÓ OS ELEITOS SERÃO ALI RECEBIDOS. E TODOS VÓS SOIS
DESTINADOS A FIGURAR ENTRE OS ELEITOS, OS QUE TAL SE TORNAREM PELO SEU
MERECIMENTO!” Ouçam os que tem
ouvidos de ouvir: Moisés – Elias – João, o Precursor, revive no meio de vós.
Sua presença assinala imenso progresso, tanto no terreno espiritual quanto no
moral e intelectual-científico. Sua missão é a do AMOR UNIVERSAL, CONSEQUÊNCIA DO NOVO MANDAMENTO QUE O CRISTO VOS LEGOU,
HÁ QUASE DOIS MIL ANOS. Os tempos
chegaram, com as clarinadas imortais do Apocalipse! Breve, também tereis na
Terra os casos de aparição IDÊNTICOS AO
DA APARIÇÃO DE JESUS, ISTO É, POR INCORPORAÇÃO PURAMENTE PERISPIRÍTICA,
MEDIANTE O REVESTIMENTO DE UM PERISPÍRITO TANGÍVEL COM A APARÊNCIA DO CORPO
HUMANO! COMO VOS DIZ A PALAVRA DE DEUS: O CRISTO VOLTARÁ COM OS SEUS ANJOS!
GN, 09/10/1970
SÁBADO, 01/12/2012
A VIOLÊNCIA E O REINO DOS CÉUS
P – Anotamos, no ponto em exame, estas palavras do
Mestre: “Desde os dias de João até ao presente, o Reino de Deus sofre
violência, e os violentos o arrebatam”. Que sentido dá o Espírito da Verdade a
essas palavras profundas?
R – Esta afirmação do Mestre encerrava uma figura,
destinada a fazer sentir aos judeus que OS
QUE PRETENDIAM SER OS ÚNICOS A ALCANÇAR O REINO DE DEUS ERAM INCAPAZES DE
ENTRAR NELE. Tais palavras, repetimos, foram empregadas figuradamente,
porquanto o Espírito culpado jamais gozou, nem gozará jamais, da felicidade
celeste, ENQUANTO NÃO SE HOUVER
TRANSFORMADO, VENCENDO O MAL COM O BEM. E “os violentos o arrebatam”,
acrescentava Jesus, porque os escribas e os fariseus entendiam que só eles
alcançavam a Paz do Senhor, PRATICANDO
OSTENSIVAMENTE A LEI QUE VIOLAVAM COM O CORAÇÃO. Alardeando a posse de
todas as graças de Deus, com requintes de hipocrisia, não arrebatavam eles, AOS OLHOS DA MULTIDÃO IGNORANTE, a
morada eterna? Na verdade, AOS OLHOS DE
DEUS, não havia da parte deles nenhum esforço, nenhuma tentativa, nenhum
merecimento para tamanha pretensão. Eram o que são os inquisidores de todos os
tempos supostos herdeiros do Cristo e do Cristianismo. Eram o que são os vossos
“filósofos”, os vossos “ espíritos fortes”, os vossos “ crentes” que
interiormente em nada crêem. CEGAVAM A
MASSA POPULAR, CHAMAVAM A SI AS HONRAS E OS PROVEITOS, E AINDA USURPAVAM, À
VISTA DAQUELES POBRES CEGOS, A FELICIDADE E A PAZ DO CEU. Mas continua
Jesus: “Pois, até João, todos os profetas e a lei profetizaram”. E ninguém
escutou as profecias; ninguém procurou, verdadeiramente, conquistar a morada
celeste, MAS TODOS (PELO PENSAMENTO) A
USURPARAM. O “Elias que tem de vir” realmente veio: João, o Batista. Os
publicanos constituíam a classe dos empregados subalternos que, obedecendo aos
chefes da sinagoga, arrecadavam os impostos; desempenhavam, portanto; funções
que sempre despertavam a animosidade popular. Eram os mais humildes: receberam
com o povo a palavra de João e, por consequência, o batismo de penitência. MAS OS FARISEUS ERAM OS SECTÁRIOS
ORGULHOSOS, QUE CUMPRIAM AS MAIS DIFÍCEIS PRESCRIÇÕES DE MOISÉS COM O FIM
EXCLUSIVO DE DEMONSTRAR A SUA SUPREMACIA, E, NA SUA “SUPERIORIDADE”, IGNORAVAM
QUE JOÃO ERA O PRÓPRIO MOISÉS REENCARNADO, PARA CONTINUAR SUA MISSÃO. Os doutores da lei eram os que preparavam e
punham sobre os ombros de seus irmãos – como advertiu Jesus – os fardos que
eles mesmos não ousariam tocar com o dedo. Os escribas e os fariseus,
acastelados no seu orgulho, rejeitaram a palavra e o batismo de João, repelindo
os desígnios de Deus para com eles próprios, desprezando a ocasião de entrarem
no Reino do Céu: o batismo era um emblema ou um símbolo, mas a palavra de João
era o meio. Daí a sentença do Redentor: “A lei e os profetas duraram até João;
a partir de então, o Reino de Deus é pregado aos homens e cada um lhe faz
violência”. Violência inútil, já o sabeis; cada um lhe faz violência (linguagem
figurada) no sentido de que NINGUÉM SE
APLICA A FAZER O QUE DEVE PARA ALCANÇA-LO, COMO AQUELES DE QUEM JESUS FALAVA,
AINDA EM VOSSOS DIAS CADA
UM DELES TRABALHA POR CRIAR PARA SI MESMO O REINO DA TERRA E FORÇAR O REINO DO
CÉU, ISTO É, FAZ DA HIPOCRISIA OU DO ANÁTEMA UM MEIO DE CONQUISTÁ-LO, MAS
NENHUM PROCURA PENETRAR NELE. PARA LÁ SE MANTER, DENTRO DA LEI DIVINA.
GN, 08/10/1970
SEXTA-FEIRA, 30/11/2012
JOÃO ESPÍRITO E JOÃO HOMEM
P – No ponto em estudo, Jesus afirma: “Em verdade vos
digo que nenhum dos nascidos de ventre de mulher foi maior do que João Batista;
entretanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele”. Como o Espírito da
Verdade explica esta assertiva do Mestre?
R – Falando desse modo, Jesus procurava impressionar
fortemente os homens atrasados a quem se dirigia. Apresentando-lhes João, que
tão grande era na Terra, como inferior ao que fosse o menor no Reino dos Céus,
intentava desenvolver naqueles homens a aspiração por esse reino e o desejo de
alcançá-lo, ouvindo e guardando as palavras do Precursor e as suas próprias
palavras, seguindo os caminhos que ambos traçaram: A DIFERENÇA ESTABELECIDA POR JESUS ENTRE JOÃO HOMEM E JOÃO ESPÍRITO DIZIA
RESPEITO AOS ENTRAVES DA MATÉRIA. Por mais elevado que seja, o Espírito
sofre sempre a influência do corpo que o constrange. Mas, por isso mesmo, o
Senhor não se serve de uma só medida, como faz a Humanidade, para julgar dos
atos de seus filhos. Quantas vezes o homem anatematiza seu irmão, por faltas
derivadas da organização da máquina, E
FECHA OS OLHOS ÀS FALTAS GRAVES
PROVENIENTES DE DESVIOS DO ESPÍRITO. João humanizado era naturalmente menor
do que João Espírito. E Jesus, comparando-o ao menor no Reino dos Céus, queria
que o homem compreendesse a DIFERENÇA QUE EXISTE ENTRE O ESPÍRITO LIVRE DE
ENTRAVES E O ESPÍRITO APRISIONADO NO CORPO. ALÉM DISSO, AFIRMAVA INDIRETAMENTE
(SOB O VÉU QUE SÓ A NOVA REVELAÇÃO PODERIA LEVANTAR) SER SUPERIOR A JOÃO, PORQUE
ELE – JESUS – NÃO NASCERÁ DE VENTRE DE MULHER. E isso
constitui a prova definitiva do que ensinamos a respeito da origem do Cristo e
da virgindade de Maria Santíssima.
GN, 07/10/1970
QUINTA-FEIRA, 29/11/2012
A MISSÃO DO PRECURSOR DE JESUS
P – As palavras de Jesus sobre a figura de João, o
Batista, são realmente consagradoras. Qual, segundo o Cristo de Deus, a missão
do Precursor, na análise profunda do Espírito da Verdade?
R – Antes vamos harmonizar: MATEUS, XI: 7-15, LUCAS,
VII: 24-30, e XVI: 16.
MATEUS: 7 – Logo que eles se
foram embora, começou Jesus a falar de João, dirigindo-se ao povo nestes
termos: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8 – Que é que
fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Na casa dos reis é que vivem os
que se vestem assim. 9 – Que é que, então, fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos
digo, e mais que profeta; 10 – porquanto dele é que está escrito: Eis que envio
na tua frente o meu anjo, que vai preparar-te o caminho. 11 – Em verdade vos
digo: nenhum dos nascidos de ventre de mulher é maior do que João Batista, mas
o menor no Reino de Deus é maior do que ele. 12 – Desde os dias de João até ao
presente, o reino dos céus sofre violência e os violentos o arrebatam; 13 –
pois, até João, todos os profetas e a lei profetizaram; e, 14 – se quereis
saber, ele é Elias que há de vir. 15 – Ouça quem tiver ouvidos de ouvir.”
LUCAS, 24 – Logo que foram os
mensageiros de João, entrou Jesus a falar dele à multidão, dizendo: “Que é que
fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25 – Pergunto: que é que
fostes ver? Um homem trajando roupas finas? Na casa dos reis é que se encontram
os que se vestem magnificamente, e vivem nas suas delícias. 26 – Que é, então,
que fostes ver? Um profeta? Sim, certamente, e eu vos digo: mais do que
profeta. 27 – Porque de João é que está escrito: Eis que, na tua frente, envio
meu anjo, para te preparar o caminho adiante de ti. 28 – E por isso eu vos digo
que, dentre os nascidos de mulher, nenhum ainda houve maior do que o Batista;
mas aquele que for o menor no Reino de Deus é maior do que ele.” 29 – Todo o
povo e os publicanos que o ouviram, se submeteram aos desígnios de Deus
recebendo o batismo de João. 30 – Mas os escribas e os doutores da lei
desprezaram os desígnios de Deus para com eles, não se fazendo batizar por
João. XVI: 16 – A lei e os profetas duraram até João; desde então, o Reino de
Deus é pregado aos homens e cada um lhe faz violência.
Falando
de João nesses termos, Jesus dava testemunho da missão que o Precursor viera
desempenhar, assim como anunciava A NOVA E FUTURA MISSÃO QUE ELE
DESEMPENHARÁ, e lançava a pedra fundamental em que assentaria o edifício da
regeneração da Humanidade. A época do aparecimento de Jesus na Terra, sob a
forma corporal humana, vos é indicada como sendo a base do progresso que nas
idéias se havia de produzir. E elas se elevaram, lentamente, é verdade, mas o
bastante para se despojarem do envoltório material que as constringia. E tendem
a elevar-se, cada vez mais, para as regiões espirituais. O ACABAMENTO DESSA
GRANDE EMPRESA, A CONTINUAÇÃO DA OBRA DE JESUS, EIS A TAREFA QUE NÓS
DESEMPENHAMOS, SOB AS VISTAS E A DIREÇÃO DO MESTRE. Referindo-se ao
Precursor, disse Jesus à multidão: “Fostes ver um profeta? Sim, e mais do que
profeta, porque dele é que está escrito: ENVIO À TUA FRENTE O MEU ANJO, PARA
TE PREPARAR O CAMINHO.” Jesus se exprimiu assim porque João, Espírito
adiantado, já atingira um grau de elevação mais alto que os dos profetas.
Contai os séculos de trabalho e de saber, decorridos depois da existência de
Elias, e entendereis que, comparando os profetas, nas diversas épocas em que
apareceram, COM ELIAS REENCARNADO COMO PRECURSOR DO CRISTO, Jesus
mostrava a longa trilha de progresso que fora percorrida. Hoje, ELIAS, É
MUITO MAIS AINDA QUE O ELIAS DOS HEBREUS. Ao cumprir sua derradeira missão,
encerrando sua passagem pela Terra, maior ainda será, não sob o aspecto da
austeridade dos costumes e do Espírito, mas sob o aspecto do poder e da ciência.
NADA HÁ IMUTÁVEL NA CRIAÇÃO: O PROGRESSO MORAL SÓ PODE PARAR NO SEIO DE
DEUS. Ele prossegue sempre, até ao instante em que atinge, aos pés do
Eterno, os últimos limites da perfeição moral. QUANTO AO PROGRESSO EM CIÊNCIA UNIVERSAL ,
ESSE É INDEFINIDO: PARA O ESPÍRITO QUE SE TORNOU PERFEITO, VEM ELE DIRETAMENTE
DE DEUS A QUEM, TODAVIA, O ESPÍRITO JAMAIS SE PODERÁ IGUALAR.
GN, 06/10/1970
QUARTA-FEIRA, 28/11/2012
JESUS E OS DISCÍPULOS DE JOÃO
P – Dizem os Evangelhos segundo Mateus e Lucas que
João enviou dois de seus discípulos a Jesus, para saber se era ele, realmente,
o Cristo anunciado desde Moisés. Como o Espírito da Verdade interpreta essas
passagens da Bíblia?
R – Harmonizemos: MATEUS, XI: 2-6 com LUCAS, VII:
18-23.
MATEUS: 2 – Tendo, na prisão,
sabido das obras de Jesus, João
mandou que dois de seus discípulos fossem ter com ele, 3 – dizendo-lhe: “És
aquele que devia vir ou esperamos outro?” 4 – Jesus lhes respondeu: “Ide contar
a João o que ouvis e vedes. 5 – Os cegos vêem, os coxos caminham, os leprosos
são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam; o Evangelho é pregado aos
pobres. 6 – Bem-aventurado o que não se escandaliza de mim.”
LUCAS: 18 – Os discípulos de João lhes
referiram todas as coisas que Jesus fazia. 19 – E João chamou dois deles e os
mandou a Jesus, para lhe perguntarem: “És aquele que tinha de vir ou é outro o
que devemos esperar?” 20 – Esses homens,
encontrando Jesus, lhe disseram: “João Batista nos mandou aqui para te
perguntarmos se és aquele que tinha de vir ou é outro o que devemos esperar?”
21 – Nesse mesmo instante, Jesus curou muitas pessoas de enfermidades, de
chagas e de maus Espíritos, e restituiu a vista a muitos cegos. 22 – Em
seguida, respondendo aos discípulos de João, disse: “Ide contar a João o que
vistes e ouvistes: os cegos estão vendo, os coxos estão andando, os leprosos
estão limpos, os surdos estão ouvido, os mortos ressuscitam e o Evangelho é
anunciado aos pobres. 23 – Bem-aventurado será aquele que não se houver
escandalizado de mim.”
As rivalidades, decorrentes
das paixões doutrinárias, explicam o fato. Mesmo entre os melhores discípulos
do Evangelho, traídos pela paixão de Deus, surgem ciumadas e dissensões
perigosas. A fama levara aos discípulos do Batista o rumor dos atos de Jesus.
Eles não tinham a certeza de que o Mestre fosse QUEM DEVIA SER. Não se
trataria de algum hábil impostor? Foi, portanto, para comprovar a sua
identidade que João lhe enviou dois emissários. O Precursor queria que eles se
certificassem, com os seus próprios olhos, de que JESUS ERA, REALMENTE,
AQUELE CUJA VINDA ELE MESMO ANUNCIARA. Quanto aos chamados “milagres”, que
Jesus praticou diante dos discípulos de João Batista, nada precisamos dizer por
ser inútil repetir explicações já divulgadas. O Mestre disse: “O EVANGELHO É PREGADO AOS POBRES”. As
palavras “aos pobres” eram ditas mais para aquela época do que para o futuro.
Os pobres se viam desprezados, efetivamente abandonados; ninguém se importava
com eles. Falando como falou, Jesus tinha em mira ELEVAR AQUELA CLASSE
MISERÁVEL, FAZÊ-LA PARTÍCIPE DO PROGRESSO INTELECTUAL HUMANO. Tomadas numa
acepção geral, aplicadas a todas as épocas, as palavras “aos pobres” se devem
entender como abrangendo TODOS OS QUE, SENTINDO A NECESSIDADE DE SE
ENRIQUECEREM COM A PALAVRA DE DEUS, DESEJEM OUVIR DE CORAÇÃO AS VERDADES
ETERNAS DO EVANGELHO, COMPLETADAS AGORA PELAS VERDADES FINAIS DO APOCALIPSE.
Por isso advertiu o Cristo: “Bem-aventurado aquele que não se houver
escandalizado de mim”. Quer dizer: REPELE O MESTRE QUEM REJEITA SEU
ENSINAMENTO. Feliz, pois, á aquele que escolhe os seus preceitos e os põe
em prática, porque progride e não tem que temer sua repulsa naquele terrível
Dia do Senhor .
GN, 04/10/1970
TERÇA-FEIRA, 27/11/2012
REGRESSO DOS SETENTA E DOIS
P – Na passagem referente a volta dos 72 discípulos,
Jesus disse: “Eu via Satanás caindo do céu como relâmpago”. Como explica isso o
Espírito da Verdade?
R – Vejamos LUCAS, X: 17-20.
17 – Os setenta e dois
discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: “Senhor, até os demônios se
submetem a nós, em teu nome!” 18 – Jesus lhes disse: “Eu via Satanás caindo do
céu como relâmpago. 19 – Vedes que vos dei o poder de esmagar as serpentes, os
escorpiões e todo o poder do inimigo; nada vos causará dano. 20 – Contudo, não vos alegreis por estarem os espíritos
submetidos a vós; alegrai-vos antes por
estarem os vossos nomes escritos no céu”.
Dizendo
aos discípulos que via Satanás cair do céu qual relâmpago, Jesus lhes falava, como
sempre, figuradamente. Toda vez que
tentardes combater o mal sob qualquer forma que se apresente, mas tendo em vista O
PROGRESSO E O AMOR UNIVERSAL, O MAL SE PRECIPITARÁ NOS
ABISMOS INSONDÁVEIS E SUA QUEDA SERVIRÁ PARA VOS ESCLARECER. Sempre que vos
aventurardes por uma estrada desconhecida, perigosa e difícil, mas ao fim da
qual podeis entrever o bem de vossos irmãos e o progresso da Humanidade,
caminhai desassombradamente. Os répteis venenosos, que se ocultam por onde
passais, não levantarão as cabeças malfazejas contra vós, nem vos lançarão seus
dardos mortíferos. E vós os esmagareis com os pés, e eles se ocultarão
envergonhados da derrota. DEUS PROTEGE OS QUE TRABALHAM COM ZELO NA OBRA QUE
LHES CONFIOU. Por isso mesmo, não vos orgulheis nunca do que o Senhor
permita que façais. Vosso objetivo e vossa única ambição devem consistit em
ganhar a recompensa prometida. REJUBILAI-VOS, POIS, SE VIRDES QUE VOSSAS
OBRAS VOS AUTORIZAM A ESPERÁ-LA, MAS NÃO TIREIS
DAÍ NENHUM MOTIVO DE VAIDADE. Na verdade, os que andam sinceramente no
caminho do Mestre podem rejubilar-se, pois seus nomes ESTÃO ESCRITOS NO CÉU.
O Cristo paga sempre ao trabalhador na razão do seu trabalho. Se, portanto,
sentirdes que vossas obras são boas, sabeis igualmente que tendes os nomes escritos
para o recebimento do salário. Daí a afirmação de Jesus: “Vedes que vos dei o poder de esmagar as serpentes, os escorpiões e
todo o poder do inimigo: NADA VOS CAUSARÁ DANO. Contudo não vos alegreis
por estarem os obsessores submetidos a vós; alegrai-vos antes POR ESTAREM OS
VOSSOS NOMES ESCRITOS NO CÉU”. Cristãos do Novo Mandamento, igual a dos
discípulos deve ser a vossa alegria, porque também sois designados para
trabalhar na Obra e conseguireis tudo o que tentardes em seu nome, com o fim
exclusivo de impulsionar o progresso da Humanidade!
GN, 03/10/1970
SEGUNDA-FEIRA, 26/11/2012
DIREITO DE VIDA E MORTE SOBRE A ALMA
P – Disse Jesus aos 72 discípulos: “Aquele que vos
escuta a mim me escuta; aquele que vos despreza a mim me despreza; o que me
despreza a mim despreza Aquele que me enviou”. Como o Espírito da Verdade
interpreta estas palavras?
R – Estes dizeres se aplicavam AOS APÓSTOLOS E AOS DISCÍPULOS ESCOLHIDOS QUE, UNS E OUTROS, TINHAM A
ASSISTÊNCIA E O CONCURSO DO ESPÍRITO SANTO, isto é, dos Espíritos
Superiores que constantemente os acompanhavam no desempenho de suas missões e
que assim, como ECOS FIÉIS DOS
ENSINAMENTOS DO CRISTO, OS REPETIAM E PUNHAM EM PRÁTICA, JUNTANDO DESSE MODO,
ENTRE AQUELES A QUEM PREGAVAM, O EXEMPLO À PALAVRA. Entretanto, apoiando-se
nessas proposições de Jesus, os homens se arrogaram o direito de vida e de
morte sobre as almas: NÃO COMPREENDERAM
QUE NÃO SE CONFIA A EXECUÇÃO DA OBRA SENÃO AO OPERÁRIO CAPAZ DE A EXECUTAR, E
QUE NÃO BASTA QUE O PAI TENHA SIDO HÁBIL PARA QUE O FILHO O SEJA IGUALMENTE. Enviando
os discípulos que escolhera para transmissores de sua palavra, com autoridade
para abençoar ou reprovar JESUS NÃO DEU
ESSE DIREITO A QUEM QUER QUE ENTENDESSE DE EXERCÊ-LO. Conquanto um gentio
pudesse expulsar os demônios em seu nome, ainda assim era preciso que o
invocasse seriamente, isto é, com fé viva, humildade, caridade e amor. Disse
Jesus aos discípulos: “ Ide levar minha palavra a todas as cidades e a todas as
povoações; ide pregar a Boa Nova. A Verdade vos pôs nas mãos o seu facho;
iluminai com sua luz todas as inteligências. Que a luz se espalhe. Ai dos que
se recusarem a vê-la! Em torno deles, mais densas as trevas se farão.
Entretanto, não condeneis os que a repelem, mas sacudi a poeira dos vossos pés,
isto é, afastai-vos sem deles nada aceitar ou levar, nem mesmo a poeira que
vossos passos levantem. Esses serão tratados com mais rigor que os de Sodoma e
Gomorra, pois a luz lhes foi mostrada e eles fecharam os olhos; a palavra de
paz lhes foi levada e taparam os ouvidos.” OS
QUE, APLICANDO A SI MESMOS AS PALAVRAS DO MESTRE, SE INVESTIRAM DO PODER DE
LIGAR E DESLIGAR, ESQUECERAM QUE JESUS RECOMENDAVA AOS DISCÍPULOS QUE NÃO SE
MUNISSEM DE DUAS TÚNICAS, NEM DE DOIS PARES DE SANDÁLIAS. Nisto, como em
tudo, cada um tomou o que lhe convinha, sem se importar com o resto. Dando
aquele poder aos Apóstolos e discípulos, o Cristo lhes proibiu, ao mesmo tempo,
que cogitassem do bem-estar pessoal, que recebessem coisa alguma em troca de
seus ensinamentos e suas preces, que pensassem no exibicionismo de autoridade,
sob qualquer aspecto, junto aos poderosos ocasionais do mundo. Como procederam
os que interpretaram e aplicaram as palavras de Jesus? Como ousaram, desde o
momento em que se tiveram por herdeiros dos poderes que o Mestre conferiu aos que
chamou, transgredir suas ordens, ao ponto de passarem a vida no fausto e na
voluptuosidade, ligando e desligando do alto de seus tronos mundanos, pregando
o desprendimento e a abstinência do seio do luxo e da abundância, lavando os
pés de alguns e permitindo que lhes beijem os seus? Para vergonha sua, O HOMEM NÃO COMPREENDE QUE A ÚNICA FORMA DE
ERIGIR PARA SI MESMO UM TRONO CONSISTE EM ASSENTÁ-LO NO EXEMPLO DE UMA VIDA
AUSTERA E HUMILDE, PRIMANDO POR SEGUIR AS PEGADAS DO CRISTO, POR IMITAR SEUS
APÓSTOLOS E DISCÍPULOS VIVENDO OS
ENSINOS DO EVANGELHO DE DEUS. Maior seria o poder desses homens, que se
dizem herdeiros dos Apóstolos, mais persuasivas e escutadas seriam as suas
palavras, mais obedecidos e respeitados seriam eles se, pelo exemplo, pregassem
as virtudes que apenas lhes saem dos lábios rosados, como ironia atirada à face
dessas pobres, macilentas e miseráveis criaturas, a quem recomendam o
desprendimento das glórias do vosso mundo! Não está, porém, dentro deste quadro
a nossa tarefa atual; por isso encerramos, aqui, nossas observações. A cada dia
basta o seu labor. As virtudes cristãs, que hão de atrair os homens, virão
breve assentar-se, brilhantes e perenes, no cimo da montanha. Mas não
esqueçais: SOMENTE OS QUE EM TUDO SE
ESFORÇAM POR SEGUIR OS PASSOS DE JESUS, OS QUE IMITAM OS APÓSTOLOS E
DISCÍPULOS, OS QUE PRATICAM SINCERAMENTE AS SUAS LIÇÕES, SUA DOUTRINA ETERNA, TEM O DIREITO – SEJAM O
QUE FOREM – PADRES OU LEIGOS, JUDEUS OU GENTIOS, DE SE DIZEREM CONTINUADORES DO CRISTO, aplicando a si
mesmos estas palavras:
“ Aquele que vos escuta a mim me
escuta; aquele que vos despreza a mim me
despreza; e o que me despreza despreza o Pai que me enviou”. Os termos do versículo 16 também se aplicam,
hoje, a vós outros, CRISTÃOS DO NOVO
MANDAMENTO, guiados e inspirados pelos Espíritos do Senhor, chamados a
divulgar a Nova Revelação, a ensinar o Evangelho e o Apocalipse em Espírito e
Verdade. Sede, portanto, os legítimos
descendentes e herdeiros dos Apóstolos, caminhando sempre com a BOA VONTADE DE DEUS. Que nenhuma nódoa
possa tisnar a túnica alva de que vossas almas se revestiram, para a LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL DE TODA A
HUMANIDADE!
GN, 02/10/1970
DOMINGO, 25/11/2012
MISSÃO DOS 72 DISCÍPULOS
P – Todos, aqui, estudam as lições do CEU da LBV, com
muito interesse. Um dos integrantes do nosso grupo quer saber o significado da
missão dos 72 discípulos do Cristo. Que diz o Espírito da Verdade?
R – Vejamos LUCAS, X: 1-12 e 16.
1 – Algum tempo depois, o
Senhor escolheu setenta e dois outros discípulos e os enviou dois a dois,
precedendo-o, a todas as cidades e a todos os lugares aonde ele próprio tinha
de ir. 2 – E lhes dizia: “A seara, na verdade,
é grande, mas os trabalhadores são poucos: rogai, pois, ao dono da seara
que mande obreiros para ela. 3 – Ide; eu vos mando como cordeiros para o meio
de lobos. 4 – Não leveis bolsa, nem alforge, e a ninguém saudeis pelo caminho.
5 – Ao entrardes em qualquer casa, dizei primeiro: Paz a esta casa. 6 – Se aí
estiver algum filho da paz, vossa paz ficará com ele; se não, voltará para vós.
7 – Permanecei na casa comendo e bebendo do que nela houver, pois digno é o
operário do seu salário; não andeis de casa em casa. 8 – Quando entrardes numa
cidade qualquer, onde vos acolham, comei do que vos apresentarem; 9 – curai os
doentes que aí encontrardes, e dizei-lhes: o reino de Deus está próximo de vós.
10 – Mas, se entrando nalguma cidade, não vos receberem, ide pelas ruas e
dizei: 11 – Sacudimos contra vós até a poeira da vossa cidade que se agarrou
aos nossos pés; sabei, todavia, que o reino de Deus está próximo. 12 – Eu vos
digo que, naquele dia, os habitantes de Sodoma serão tratados com mais
indulgência do que os moradores de tal cidade. 16 – “Aquele que vos escuta a
mim me escuta; aquele que vos despreza a mim me despreza; e aquele que me
despreza em verdade despreza o Pai que me enviou”.
Jesus
deu aos setenta e dois discípulos as mesmas instruções que dera aos apóstolos.
Tudo já vos foi suficientemente explicado, e não há necessidade de voltarmos a
esses pontos. Todavia, algumas passagens precisam de EXPLICAÇÕES ESPECIAIS. “Não saudeis a ninguém pelo caminho”, disse o
Cristo aos setenta e dois discípulos. Preciso é tirar da letra o espírito. Com
tais palavras, o Mestre lhes recomendava: “Não vos deixeis desviar do caminho
que seguis; não pareis. Avançai para a vossa meta, até que a tenhais
alcançado”. Vejamos, no versículo 6, as expressões “filhos da paz” e, “a vossa
paz”. Por “filhos da paz” designava Jesus os que estavam dispostos a enveredar
pela nova estrada, em que realmente poderiam adiantar-se nas vias do Senhor. “A
vossa paz”, a paz dos discípulos, se
deve entender no mesmo sentido. Por essa PAZ se compreendem a fé e os
conhecimentos que possuíam, e que para eles voltavam desde que se achassem num
meio refratário a aceitá-los. “Permanecei na mesma casa; não passeis de uma
casa para outra”. Desta forma, JESUS ACONSELHAVA AOS DISCÍPULOS A
PERSEVERANÇA. AS MUDANÇAS COMPROMETERIAM OS RESULTADOS A QUE ELES VISAVAM, E
QUE SÓ PERSEVERANDO ALCANÇARIAM. “Comei e bebei do que na casa houver e vos
for apresentado; porquanto o operário é digno do seu salário”. Compreendei: OS
DISCÍPULOS DAVAM O ALIMENTO DO ESPÍRITO E RECEBIAM, DE OUTROS, O ALIMENTO DO
CORPO. Nem só pelo Espírito vive o homem: cumpre-lhe, portanto, prover as
necessidades do corpo. MAS OS DISCÍPULOS TINHAM DE SE LIMITAR A SATISFAÇÃO
DA NECESSIDADE E DAR GRATUITAMENTE O QUE GRATUITAMENTE HAVIAM RECEBIDO.
Longe disso está o que fazem aqueles que, dizendo-se discípulos do Cristo e
sucessores dos Apóstolos, mas pretextando que o operário é digno do salário,
traficam com as coisas de Deus e recebem dinheiro pelas suas orações; que se
esforçam por conseguir o bem-estar material inoperante, o luxo, a
voluptuosidade, o fausto; que desse modo vivem à custa de seus irmãos,
absorvendo inutilmente a alimentação, o pão cotidiano de inúmeras famílias. TODO
AQUELE, QUE REALMENTE QUISER SER DISCÍPULO DO CRISTO, SEJA PADRE OU CHEFE DE
FAMÍLIA, TEM DE SE CONTENTAR COM O NECESSÁRIO A SUA MISSÃO; VIVER NO LUXO, NA
OSTENTAÇÃO – NUNCA! Possuindo mais do que o necessário, deixa o homem de
ser discípulo do Mestre, que deu na Terra a lição e o exemplo da humildade, do
desinteresse, do devotamento, da abnegação, da caridade e do amor, que O
DISCÍPULO AUTÊNTICO DEVE TER E PRATICAR JUNTO DE SEUS IRMÃOS.
GN, 1º/10/1970
SÁBADO, 24/11/2012
A RECOMPENSA DO FIEL
P – Um ponto que mereceu as atenções do nosso Posto
Familiar é o que se refere à recompensa do discípulo fiel, no Evangelho segundo
Mateus. Como o Espírito da Verdade explica essas palavras de Jesus?
R – Examinemos MATEUS, X: 40-42 e XI: 1.
40 – “Aquele que vos recebe a
mim me recebe; e aquele que me recebe, recebe o Pai, que me enviou. 41 – Aquele
que recebe o profeta como profeta receberá a recompensa do profeta; aquele que
recebe o justo receberá a recompensa do justo. 42 – Todo aquele que der de
beber um copo d’água fria a um desses pequeninos, só por ser dos meus
discípulos, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.” XI: 1 – Logo
que terminou essas instruções aos seus discípulos, Jesus partiu, para pregar e
ensinar nas cidades vizinhas.
O
sentido e alcance destas palavras, dirigidas por Jesus, como ensino, aos homens
de então e do futuro, podem resumir-se da forma seguinte: AQUELE QUE
DEPOSITA SUA FÉ EM DEUS, E PROCEDE TENDO EM VISTA A VIDA ETERNA, OBTERÁ A
RECOMPENSA RESERVADA AO FIEL. As palavras dos versículos 40 eram
endereçadas aos Apóstolos: “Aquele que recebe os vossos ensinamentos recebe os
meus, e quem recebe os meus ensinamentos recebe os do Pai, que me enviou.” As
palavras do versículo 41 são simbólicas: AQUELE QUE PROCEDE COM LOUVÁVEL
INTUITO SERÁ RECOMPENSADO PELA SUA INTENÇÃO, DENTRO DA LEI DE AMOR E CARIDADE.
Quanto às do versículo 42, encerram a seguinte lição para todos os homens: “O
bem que fizerdes vos será contado no Livro da Vida, POR MENOR IMPORTÂNCIA
QUE TENHA O VOSSO ATO, E SEJA QUAL FOR A DOS IRMÃOS QUE TIVERDES SOCORRIDO.”
Este versículo, contém o símbolo sagrado do copo d’água fluidificada, em que a
Divina Providência, medicando vossas almas, purifica vossos corpos. Pois, na
verdade, SE DEUS CRIOU A ÁGUA – E ESTE É O “GRANDE MILAGRE” – QUAL O REMÉDIO
QUE ELE NÃO PODE COLOCAR DENTRO DELA? Tudo depende, apenas, do vosso
merecimento.
GN, 30/09/1970
SEXTA-FEIRA, 23/11/2012
PENSAR ANTES DE AGIR
P – Uma passagem que muitos nos preocupa e a do
alertamento que Jesus faz aos seus discípulos, como vemos no Evangelho segundo
Lucas, XIV: 28-33. Como a interpreta o Espírito da Verdade?
R – Eis a passagem:
LUCAS: 28 – Qual aquele dentre
vós que, desejando edificar uma torre,não orça de antemão, com vagar e
prudência, a despesa necessária, para saber se tem com que terminá-la, 29 –
para não suceder que, por não poder acabá-la depois de lhe haver lançado asa
fundações, todos os que a vejam escarneçam dele, 30 – dizendo: “Este homem
começou a construir, mas não pode acabar”? 31 – Ou qual o rei que, tendo de
entrar em guerra contra outro rei, não examina antes, com vagar e calma, se pode marchar com dez
mil homens contra o inimigo que vem ao seu encontro com vinte mil? 32 – Se o
não pode fazer, manda embaixadores, quando o inimigo ainda está longe, e lhe
apresenta proposta de paz. 33 – Assim, pois, aquele que, dentre vós, não
renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.
Interpretemos
os versículos 28, 29 e 30: antes de entrar em novo caminho, o homem precisa
verificar se terá A ENÉRGICA VONTADE DE PERCORRÊ-LO, pois não é bom que
para depois de haver começado o percurso da estrada do progresso. Uma vez
desencarnado, o tempo perdido se lhe patenteia, e amargo será o seu pesar, ao
saber da distância que teria percorrido, se houvesse perseverado, e o resto que
lhe falta percorrer. A INDECISÃO AUMENTA SEMPRE AS DIFICULDADES.
Versículos 31 e 32: aquele que não se sentir com a força necessária para levar
a cabo GRANDES COISAS, não as empreenda. Que espere e se fortaleça.
Pense bem, estude e trabalhe sobre si mesmo, MAS NÃO SE AVENTURE A
TENTATIVAS INFRUTÍFERAS. Finalmente, o versículo 33 – Para marchar na via
do progresso, da CARIDADE UNIVERSAL, cumpre que o homem se desprenda dos
bens materiais, que não se escravize a eles, que os tenha unicamente COMO
MEIO DE CONSEGUIR O BEM E O ALÍVIO DE SEUS IRMÃOS. Mas entendei: renunciar
ao que se possui não é jogá-lo fora, não é desfazer-se de tudo: É NÃO SE
APEGAR AO HAVERES TRANSITÓRIOS, MAS FAZÊ-LOS PROSPERAR COM O BOM EMPREGO QUE
LHES POSSA DAR, EM BENEFÍCIO DA
HUMANIDADE. Assim age o verdadeiro discípulo do Cristo, a
quem foram confiadas riquezas que devem ENRIQUECER SUA ALMA, JAMAIS EMPOBRECER
O SEU ESPÍRITO.
QUINTA-FEIRA, 22/11/2012
ODIAR PAI E MÃE?
P – Muitos se obstinam em não aceitar as palavras de
Jesus, no versículo 26 de Lucas, no capitulo em estudo. Pedimos ,
por isso, uma resposta especial, através do CEU da LBV. Que diz o Espírito da
Verdade?
R – Vamos reler: “Aquele que vem a mim, e não odeia a
seu pai e a sua mãe, a seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, e até a sua
própria vida, não pode ser meu discípulo”. Esta expressão NÃO ODEIA, oriunda de tantas traduções, e tão forte no vosso
idioma, não tem – já o dissemos – tamanha energia na língua judaica JESUS LANÇAVA UMA SEMENTE QUE TINHA DE
FRUTIFICAR EM SOLO ÁRIDO E INGRATO; PRECISAVA, PORTANTO, QUE FOSSE VIGOROSA,
PARA NELE ENTERRAR AS RAIZES. Acreditais que o Mestre pudesse falar aos
homens daquele tempo – sobretudo aos hebreus – a linguagem que hoje falais? Não
tenteis vestir num povo a roupa de outro; deixai a cada um o que lhe foi, o que
lhe é necessário. Tendes a pretensão de admirar os autores antigos; admitis a
linguagem de que usaram, tão diferente da vossa, sob o pretexto de que estava
adequada ao século em que viveram, e não
quereis que seja assim na era em
que Jesus apareceu aos homens? E o Mestre não falava a
sábios, habituados às elegâncias ou aticismos de linguagem. MAS AO POVO ATRASADO, MATERIAL E
ENDURECIDO, A MASSA QUE – PARA SE DECIDIR A COMPREENDER- PRECISAVA OUVIR
PALAVRAS ENÉRGICAS E OBSERVAR EXEMPLOS FRISANTES. Não! Por aquelas
palavras, Jesus não pretendeu condenar, e não condenou, o amor da família, mas
o excesso que em tudo prejudica o homem e, afinal, o transvia. Sim, o homem
deve consagrar-se à família, cumprir devotadamente todos os deveres para com
ela, MAS NÃO DEVE FAZER DISSO UM CULTO,
NÃO DEVE SACRIFICAR AO AMOR QUE CONSAGRA A SEUS PARENTES OS SAGRADOS INTERESSES
E A FELICIDADE DE TODOS OS SEUS IRMÃOS EM DEUS : SERIA IMPERDOÁVEL EGOISMO!
Jesus, com o coração cheio de amor e devotamento para com todos, empregava as
expressões que mais impressionassem seus ouvintes, visando a libertá-los desse
egoísmo, fazendo-lhes compreender que – devendo o futuro do Espírito ser O ÚNICO INTERESSE DO HOMEM – desde que
um laço humano qualquer o possa desviar do caminho que tem de percorrer,
importa que ele se desprenda desse laço. Para finalizar: PARA SER DISCÍPULOS DO CRISTO, JAMAIS SERÁ LICITO AO HOMEM, SOB O
PRETEXTO DO AMOR AOS SEUS OU PARA CONSERVAR A VIDA HUMANA, PRATICAR UM ATO
CONTRÁRIO AO EVANGELHO DO MESTRE, QUE É EXATAMENTE O EVANGELHO DE DEUS.
QUARTA-FEIRA, 21/11/2012
PERDER E SALVAR A VIDA
P – Há pontos que merecem cabal explicação, como esse
do perder e salvar a sua vida, no
capitulo em exame. Como
explica essa passagem o Espírito da Verdade?
R – Vejamos o versículo 37 de Mateus: “Aquele (disse
Jesus) que ama a seu pai ou a sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; e
aquele que ama a seu filho ou a sua filha mais do que a mim, não é digno de
mim”. Não vos é difícil compreender; aquele que, por agradar a seu pai ou à sua
mãe, a seu filho ou à sua filha, COMETER
UM ATO CONTRÁRIO AOS ENSINOS DE JESUS, NÃO É DIGNO DELE, NÃO PODE SER SEU
DISCÍPULO. Jesus personificava e personifica a sua Doutrina Moral e,
portanto, a Fé. Como poderia o Cristo, modelo de amor, condenar o amor da
família? Certamente, não vos passa tal coisa pela cabeça. O que o Mestre fez
foi atacar o abuso. Por mais vivo que seja, O AMOR DA FAMÍLIA JAMAIS DEVERÁ LEVAR O HOMEM A UM ATO CULPOSO. Admitido
que haja atos desculpáveis pelo motivo que os determinou, quantos homens não se
julgariam absolvidos de qualquer ação má, desde que pudessem açoitar-se por
trás do “devotamento à família”? Como lição, Jesus praticava aos olhos dos
homens, o Mandamento HONRA A TEU PAI E A
TUA MÃE; mas também lhes recordava que, acima de tudo, está o dever a
cumprir. Lembrai-vos da resposta que deu á Virgem Maria, quando ela e Jose
voltaram a Jerusalém à sua procura e o acharam no templo, entre os doutores,
Aos doze anos, ele colocava o Pai acima do mundo. Examinemos, agora, o
versículo 38, também de Mateus: “Aquele que não toma a sua cruz, para me
seguir, não é digno de mim, não pode ser meu discípulo”. É muito simples;
aquele que não aceita com resignação, e mesmo com reconhecimento, as provações
de que está cheia a vida humana, não é digno de Jesus, não está capacitado para
ser seu discípulo; PORQUE O MESTRE AS
ACEITOU, EM
BENEFÍCIO DE TODOS , COMO LIÇÃO E EXEMPLO AOS HOMENS, QUANDO
NENHUMA LHE CUMPRIA SOFRER! Assim, cada um deve submeter-se às suas
provações, em proveito do seu próprio adiantamento espiritual. Analisemos, a
seguir, o versículo 39 de Mateus, no mesmo capítulo: “Aquele que quiser salvar
sua vida a perderá; mas aquele que perder a sua vida, por minha causa,
certamente a salvará”. Estas palavras dirigidas especialmente aos discípulos,
eram para eles UMA ADVERTÊNCIA.
Tinham por objetivo fazer-lhes entender esta verdade; aquele que falhasse no
desempenho da sua missão, por conservar a vida humana, renunciaria ao
acabamento da obra: PERDERIA A VIDA
ESPIRITUAL, E, AO CONTRARIO, AQUELE QUE NÃO RECUASSE DIANTE DA MORTE, E A
SOFRESSE PARA LEVAR A CABO A OBRA DO MESTRE, TERIA A VIDA ETERNA. De modo
geral, referindo-as a todos os tempos e a todos os homens essas palavras do
Cristo exprimem este pensamento; A VIDA
DO ESPÍRITO É A ÚNICA EXISTÊNCIA REAL, PORTANTO, SE – DURANTE A ENCARNAÇAO – O
ESPÍRITO PRATICA UM ATO CONDENÁVEL, TENDO EM VISTA CONSERVAR O
CORPO, PERDERÁ A VIDA ESPIRITUAL, POIS FICA OBRIGADO A RECOMEÇAR SUAS PROVAS EM NOVA ENCARNAÇÃO AQUELE
QUE, CONTRARIAMENTE SACRIFICAR O CORPO, QUANDO FOR INEVITÁVEL, PARA NÃO FALIR
NAS SUAS PROVAÇÔES, RECEBERÁ NUM MUNDO MELHOR A RECOMPENSA DAS PROVAS BEM
SUPORTADAS, GRAÇAS AQUELE SACRIFÍCIO.
TERÇA-FEIRA, 20/11/2012
JESUS E O AMOR DA FAMÍLIA
P – Muitas pessoas acham que “Jesus foi desumano ao exigir que seus discípulos abandonassem a
família para segui-lo” Qual, a respeito do assunto, a explicação do
Espírito da Verdade?
MATEUS: 37 – “Aquele que ama
a seu pai ou a sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; e aquele que ama a
seu filho ou a sua filha mais do que a mim não é digno de mim. 38 – Aquele que
não toma a sua cruz, para me seguir, não é digno de mim. 39 – Aquele que quiser
salvar sua vida a perderá; mas aquele que perder a sua vida, por minha causa,
certamente a salvará”.
LUCAS: 25 – Jesus,
voltando-se para a multidão que o acompanhava, disse: 26 – “Aquele que vem a
mim e não odeia o seu pai e a sua mãe, a sua mulher, a seus filhos, e seus
irmãos, a suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo; 27 –
e aquele que não toma a sua cruz, para me seguir, não pode ser meu discípulo”.
Muitíssimo
comentados têm sido estes versículos. FORAM, PORÉM, MAL COMPREENDIDOS (OU
NÃO O FORAM JUDICIOSAMENTE) POR HOMENS QUE NÃO SOUBERAM LEVAR EM CONTA OS TEMPOS , OS LUGARES E
AS INTELIGÊNCIAS A QUE JESUS FALAVA. Sem procurar penetrar-lhes os
espírito, detiveram-se na letra, atendo-se principalmente a um termo que, com
significação demasiado forte na vossa linguagem, a tradução emprestou ao
Mestre. Poderia falar em ódio quem deu a vida por todos, deixando à
Humanidade o seu Novo Mandamento? A expressão que, na língua hebraica,
corresponde a essa palavra não tem tanta energia nem encontrou equivalente da
parte dos tradutores. Compreendei, primeiro, EM ESPÍRITO E
VERDADE , CONFORME AO ESPÍRITO QUE VIVIFICA E NÃO
SEGUNDO A LETRA QUE MATA, as palavras do Cristo, o pensamento a que servem
de roupagem, o ensinamento que delas decorre. Para o homem, o único interesse
deve ser o do futuro de seu Espírito. Se, portanto, um laço humano qualquer é
de molde a desvia-lo do caminho que deve trilhar, cumpre se liberte dele. Não
suponhais que Jesus tenha pretendido pregar – que nós preguemos em seu nome – o
egoísmo místico e a secura de coração. Longe disso, pois o homem PODE AMAR A
DEUS ACIMA DE TODAS AS COISAS E, COM MAIS FORTE RAZÃO, ISTO É, POR ISSO MESMO,
CUMPRIR TODAS AS OBRIGAÇÕES QUE LHE IMPONHAM OS DEVERES PARA COM A FAMÍLIA,
qualquer que sejam as dissensões existentes entre o pai e o filho, entre a mãe
e a filha: dissensões no modo de pensar. Ele pode e deve cumprir todos os
deveres humanos, no que tenham de mais escrupuloso. O QUE JESUS QUIS FAZER
SENTIR É QUE POR CONDESCENDÊNCIA OU INTERESSE HUMANO QUALQUER, A NINGUÉM SERÁ
LÍCITO JAMAIS RENEGAR A LEI DO AMOR QUE ELE VEIO PREGAR E VIVER. Não
pratiqueis, portanto, nenhuma ação repreensível, tendo em vista satisfazer a
esta ou aquela pessoa, objeto do vosso amor no mundo, pois, do contrário,
renegareis o vosso Mestre, que a seu turno vos renegará. Como vedes, só entende
a palavra do Redentor quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, principalmente
agora, A UM PASSO DO PRÓXIMO E ÚLTIMO ARMAGEDON DO APOCALIPSE.
GN, 25/09/1970
SEGUNDA-FEIRA, 19/11/2012
DIVISÃO ATÉ AO FIM DO CICLO
P - A muitos parece cruel, esta assertiva de Jesus: “Pensais que vim
trazer paz à terra? Não, eu vos digo, vim trazer separação”. Gostaríamos de
receber explicação profunda do Espírito da Verdade, a respeito do assunto. É possível?
R – Tal separação é referida nos versículos 51 a 53, de Lucas, no capítulo
em pauta. Entendei: trazendo os
Espíritos atrasados o progresso, JESUS
IA PROVOCAR A LUTA ENTRE OS QUE DESEJARIAM ENTRAR NO CAMINHO DA SALVAÇÃO E OS
PREGUIÇOSOS, OU OBSTINADOS, QUE PREFERIAM PERNANECER ESTACIONADOS, ATOLADOS NOS SUES VÍCIOS E PAIXÕES. O
Cristo antevia a divisão, que a marcha do progresso espiritual iria determinar,
entre os homens e, mesmo no seio das famílias. Assim foi, realmente, e assim
será até o fim deste ciclo. Preparai-vos,
portanto, desde já , pois que – ao tempo da colheita – se estivésseis
todos maduros, inútil seria proceder-se a uma escolha entre vós e trazer-vos os
raios da Luz que acabará de dourar a messe que os Espíritos do Senhor vêm Fazer.
Completando os de Lucas, vejamos os versículos, 34 e 35 de Mateus: JESUS PREVIA OS ÓDIOS E AS INIMIZADES QUE
NASCERIAM ENTRE OS MAIS PRÓXIMOS PARENTES, SOB O MESMO TETO: ANTEVIA O SANGUE
QUE SERIA DERRAMADO EM SEU NOME! Antevia sua Doutrina e seu Evangelho mal
compreendidos e irreconhecíveis, substituídos por uma fé cega e falsa;
desonrados o amor, a caridade e a fraternidade, que ELE DECLAROU SEREM – PARA OS HOMENS E ENTRE OS HOMENS - TODA A LEI E OS
PROFETAS! Previa os massacres levados a efeito em seu nome, as lutas
sangrentas e fratricidas que em seu nome se travariam entre adeptos de todas as
religiões ditas cristãs apesar de ter dito a eles: TODOS VÓS SOIS IRMÃOS E UM SÓ O É O VOSSO MESTRE. Antevia as
torturas praticadas, as fogueiras
acesas, sempre em seu nome! Tudo causado pela ignorância, pelo fanatismo, pela
intolerância, pela superstição e pelo anseio de dominação permanente. Sim, o
Salvador, via, já então, as ondas de sangue que iriam jorrar desde o sacrifício
do primeiro martir até ao dia vindouro da paz mundial. Desgraças foram, sem
dúvida, provando a que ponto os Espíritos na Terra estavam e estão ainda
atrasados. Mas foram DESGRAÇAS
NECESSÁRIAS, QUE DERAM MARGEM A REGENERAÇÃO DE MUITOS. Dissemos “dia
vindouro da paz mundial”; o estado atual das coisas claramente vos mostra que a
paz mundial, cujo reinado se há de implantar na Terra, só virá depois do
próximo e ultimo ARMAGEDON DO APOCALÍPSE.
Com o abrir, para vós, a Nova Revelação esta
ERA NOVA, os Espíritos do
Senhor vêm, tal qual Jesus no desempenho da sua missão terrena,, ATEAR NOVAMENTE FOGO A TERRA, TRAZER NÃO A
PAZ, O COMODISMO, MAS A DIVISÃO, O
ESPÍRITO DA VERDADE É JESUS PRESENTE ENTRE VÓS: É ESTA INFLUÊNCIA QUE IMPELE O
HOMEM PARA O PROGRESSO E LHE ABRE A ESTRADA POR ONDE CHEGARÁ MAIS DEPRESSA AO
REINO DE DEUS. Quando mesmo, por último, vier o Mestre completar, pela
separação do joio e do trigo, a obra que adiantamos, haverá divisão entre vós,
porquanto – qualquer que seja o vosso progresso – AINDA HAVERÁ ESPÍRITOS ATRASADOS . A divisão entre os homens será
sempre a propulsora do progresso, até ao dia em que acabada aquela separação,
completada assim a obra de Jesus todos os Espíritos rebeldes voluntariamente
cegos, tenham sido relegados para outros mundos em que possam melhorar. Só
aí A
MISSÃO DO CRISTO SE TORNARÁ, MISSÃO DE PAZ; DEPOIS DE TER SIDO O REI DA
JUSTIÇA, JESUS SERÁ, FINALMENTE, O REI DA PAZ. Portanto, cristãos do Novo
Mandamento, trabalhai pelo advento da Paz Mundial, aplainando as dificuldades
que surgem de todos os lados. Trabalhai com ardor, arrancando os parasitos que
sufocam a vinha do Senhor. Iluminai as inteligências obscuras . Sustentai os fracos na fé. Ajudai
vossos irmãos de todas as crenças, para
que cheguem ao ponto em que já vos achais. Brilhe a vossa luz diante de todos. PARA QUE POSSAM GLORIFICAR O PAI QUE ESTÁ
NO CÉU!
GN, 24/09/1970
DOMINGO, 18/11/2012
JESUS VEIO TRAZER FOGO À TERRA
P – O Cristo declarou que não veio trazer paz e sim a
espada, a divisão, a fim de que seja conhecido e até que o seja. Como nos
explica isso o Espírito da Verdade?
R – Vamos harmonizar Mateus, X: 32-36 e Lucas, XII:
8-9 e 49-53.
MATEUS: 32 – Aquele que me
testemunhar, diante dos homens, também eu o testemunharei diante do Pai que
está nos céus. 33 – Aquele que me nega, diante dos homens, também eu o negarei
diante do Pai que está nos céus. 34 – Não penseis que vim trazer paz à terra:
não vim trazer paz, e sim o gládio; 35 – portanto, vim separar de seu pai o
filho, de sua mãe a filha; de sua sogra a nora. 36 – O homem terá por inimigos
os de sua própria casa.
LUCAS: 8 – Ora, eu vos digo
que aquele que der testemunho de mim, diante dos homens, dele o Cristo dará
testemunho diante dos Anjos de Deus. 9 – Mas aquele que me negar, diante dos
homens, também será negado diante dos Anjos de Deus. 49 – Vim trazer fogo à
terra; que mais quero senão que ele se acenda? 50 – Tenho de receber um
batismo, e ansioso estou para que ele se cumpra. 51 – Pensais que vim trazer
paz à terra? Não, eu vos digo, vim trazer separação; 52 – porquanto, doravante,
se numa mesma casa se encontrarem cinco pessoas, estarão todas divididas, três
contra duas, duas contra três; 53 – estarão divididos o pai contra o filho, o
filho contra o pai, a mãe contra a filha, a filha contra a mãe, a sogra contra
a nora, a nora contra a sogra.
Não
há dificuldade em compreender estas palavras de Jesus, claras por si mesmas e
confirmadas pelos fatos. Vejamos os versículos 32 e 33 de Mateus e, de Lucas,
os versículos 8 e 9: aquele que, humilde de espírito e simples de coração, anda
pelo caminho da verdade, das boas obras, do amor e da Boa Vontade, vivendo o
Novo Mandamento de Jesus, dá testemunho dele e se encontra, portanto, NA
ÚNICA ESTRADA QUE CONDUZ À SALVAÇÃO. JESUS, O DIVINO MODELO, QUE TODOS DEVEMOS
IMITAR, LEVA A PORTO DE SALVAMENTO AQUELE QUE ASSIM ESCOLHEU A BOA ESTRADA. Aquele
que, ao contrário, prefere os caminhos tortuosos, isto é, do egoísmo, do
orgulho, da hipocrisia, dos vícios e das paixões que degradam a Humanidade,
evidentemente, se afasta do alvo, renega o Bom Pastor, repudiando-lhe a
doutrina de amor. Ora, o Cristo não pode receber na classe dos Bons Espíritos
nem apresentá-lo ao Pai Celestial. Este estará, portanto, renegado, até que
venha a dar testemunho do Mestre. Tomando o seu caminho, pela prática da Moral
sublime que ele personifica. Examinemos, agora, os versículos 49 e 50 de Lucas:
Jesus vinha trazer fogo à Terra, dando – pelo desempenho da sua missão terrena
– lições e exemplos de fé, esperança, caridade, desinteresse, abnegação,
devotamento, amor, em suma – de todas as virtudes, para os homens atrasados
daquele tempo, enleados na teia dos abusos, dos preconceitos e das tradições
que o seu Evangelho vinha destruir, e que eram sustentados pelos escribas,
pelos fariseus, pelos sacerdotes orgulhosos e cúpidos. JESUS QUERIA QUE ESSE
FOGO SE ACENDESSE, ISTOÉ, QUE OS HOMENS SE REUNISSEM À SUA VOLTA, PARA POREM EM PRÁTICA AS SUAS
LIÇÕES E OS SEUS EXEMPLOS, ESPALHANDO-OS PELAS MULTIDÕES. POR ISSO, MANIFESTAVA
O ARDENTE DESEJO DE RECEBER O BATISMO QUE LHE ESTAVA RESERVADO, A SABER,
SANCIONAR A SUA MISSÃO PELO SACRIFÍCIO DO GÓLGOTA, QUE LHE DARIA TODOS OS SEUS
FRUTOS, PREPARANDO O FUTURO ADVENTO DE NOVA REVELAÇÃO – A DO PARÁCLITO OU
ESPÍRITO DA VERDADE, APTO A EXPLICAR O SEU EVANGELHO E O SEU APOCALIPSE.
GN, 23/09/1970
SÁBADO, 17/11/2012
FATALISMO E LIVRE ARBÍTRIO
P – Afirmou Jesus: “Dois pássaros não custam mais do
que um asse, e cinco não valem mais do que dois asses. Entretanto, nenhum deles
cai na Terra sem que seja pela vontade do Pai, que não é indiferente nem à
morte de um pardal”. E mais: “Até os cabelos das vossas cabeças estão
contados”. Qual a explicação dos Espíritos da Verdade para essas palavras do
Mestre ?
R – Não é Deus a bondade infinita, cujo olhar criador
envolve num só golpe de vista, todas as suas criaturas? Não é Ela a vontade
onipotente que governa o Universo? E tudo o que acontece não acontece com a sua
permissão? Todavia, NÃO ACREDITEIS QUE A
SUA GRANDEZA INFINITA DESÇA A OCUPAR-SE COM AS PARTICULARIDADES DA VOSSA
EXISTÊNCIA ÍNFIMA.Uma vez , porém, que seu poder regula todas as coisas;
que os Espíritos prepostos à organização dos mundos – desde o ato da formação
deles até às mais insignificantes particularidades – não agem senão de
conformidade com a impulsão superior que receberam; e que, passando de um a outro,
chega até vós, pode-se dizer que NEM
MESMO UM PASSARINHO CAI NA TERRA SEM QUE SEJA PELA VONTADE DE DEUS. Mas não
concluais desta explicação que o vosso livre arbítrio esteja, assim,
comprometido de qualquer forma. A ação dos Espíritos, exercendo-se sob a
potente direção do Soberano Senhor, em nada altera essa prerrogativa do
Espírito, encarnado ou não; O LIVRE
ARBÍTRIO É EMANAÇAO DIVINA, ETERNA, QUE O SENHOR CONCEDE AS SUAS CRIATURAS,
FOGO SAGRADO QUE LHES CUMPRE ALIMENTAR. PARA DELE PRESTAREM CONTAS NO DIA DO
JUIZO. Diante disso cabe-lhes entender a sentença do Cristo: “Até os
cabelos das vossas cabeças estão contados”. Tomadas ao pé da letra, estas
palavras levariam a negação do livre arbítrio no homem, fortalecendo a crença
no fatalismo. Elas são alegóricas, tais como as outras que o Mestre proferiu, a
título de ensinamento. O homem goza da liberdade de praticar, ou não, um ato
qualquer; mas esse ato TEM SEU PRINCÍPIO
E SUAS CONSEQUÊNCIAS REGULADOS PELAS LEIS NATURAIS, IMUTAVEIS E ETERNAS CUJA
APLICAÇAO E CUJA EXECUÇAO ELE PROVOCA, NADA LHE SUCEDE QUE NÃO TENHA SIDO
PREVISTO PELA ONICIÊNCIA DO SENHOR, A QUAL, ENTRETANTO, DEIXA QUE OS
ACONTECIMENTOS DA VIDA HUMANA SIGAM SEU CURSO E SUA MARCHA, CONFORME AO USO QUE
O HOMEM FAZ DO SEU LIVRE ARBÍTRIO. Se bem que, sujeito a experimentar as
boas e más influencias que se exercem continuamente sobre ele lhe caiba lutar
entre o bem e o mal. o homem dispõe sempre do livre arbítrio, de uma vontade
própria pessoal; portanto. em virtude desse livre arbítrio, dispõe da faculdade
de praticar tanto o bem quanto o mal DEPOIS
DA MORTE, PROCEDE-SE A APURAÇAO DOS PENSAMENTOS, PALAVRAS E ATOS, BONS E MAUS,
DE CADA CRIATURA HUMANA. Sim, a bondade infinita de Deus vela,
incessantemente, por todos os seus filhos. É assim que, em lhe sucedendo
qualquer coisa na existência terrena, a solicitude do Senhor, por intermédio
dos Bons Espíritos, faz sentir as sua influencia no homem. Nenhum ato e nenhum
dos seus mais secretos pensamentos escapam à percepção do Senhor; chegada a
hora da prestação de contas pode ele estar.
GN, 22/09/1970
INVOLUÇÃO E EVOLUÇÃO
P – Disse Jesus : “Não temais os, que matam o corpo,
mas que não podem matar a alma . Temei, sim, Aquele que pode precipitar a alma
e o corpo na geena; a esse , sim, eu vos digo, temei”. Como o Espírito da
Verdade interpreta essa passagem?
R – Tais palavras têm por fim, segundo o espírito, LIBERTAR O HOMEM DO AMOR A SI MESMO E
CHAMAR-LHE A ATENÇAO PARA O QUE, NELE NÃO PODE PERECER, isto é, para a Alma
filha de Deus, a inteligência que de Deus provem é que, partindo do
infinitamente pequeno para chegar ao infinitamente grande, tem de voltar a Ele,
na individualidade e na imortalidade. Os que tornaram a letra pelo espírito
consideraram a geena UM LUGAR MATERIAL E
CIRCUNSCRITO UM INFERNO A MANEIRA DO TÁRTARO DO PAGANISMO; A MANEIRA DA CLOACA,
DA CAVERNA QUE O REI JOSIAS MANDOU CONSTRUIR PERTO DE JERUSALÉM; ALI OS JUDEUS
LANÇAVAM AS IMUNDICIES DA CIDADE E OS CADAVERES PRIVADOS DE SEPULTURA; ALI SE
ALIMENTAVA UM FOGO CONTÍNUO, PARA CONSUMIR AS MATERIAS MAIS VÍS, MAIS
DESPREZIVEIS. A palavra “geena” (despojado da letra o espírito) é uma
expressão alegórica de significação complexa. Geena é a imensidade onde quando
errante o Espírito culpado passa pelos sofrimentos ou torturas morais
apropriados e proporcionais às faltas e crimes por ele cometidos. Geena
abrange, também as terras primitivas que todos os outros mundos inferiores, de
provações e expiações, onde – pela encarnação ou reencarnação – se vêem
lançados os Espíritos criminosos, a Alma e o corpo que ela reveste, corpo que,
para a Alma, é igualmente uma “geena”, como o são, na erraticidade, aqueles
sofrimentos ou torturas morais. Sim, NÃO
TEMAIS OS HOMENS, JAMAIS! Quando vos for preciso, para salvar a Alma,
sacrificar o corpo, não recueis diante dos que o podem matar E NADA MAIS. Temei , porem, Aquele que
pode, se falirdes nas vossas provas, lançar-vos – por ato da sua justiça,
sempre infalível, que se exerce para vossa melhoria e vosso progresso – na
geena dos sofrimentos, das torturas morais na erraticidade após a morte, na
geena da reencarnação na Terra e nos outros mundos de provações e expiação.
Repetimos: O HOMEM NÃO DEVE VER NO SEU
CORPO MAIS QUE UM ÍNVOLUCRO, O APARELHO, O INSTRUMENTO DAS PROVAÇÕES, DAS
EXPIACÕES, DA PURIFICAÇAO E DO PROGRESSO DO ESPIRITO, SE O ESPÍRITO, PORTANTO,
CORRER O RISCO DE PERDER-SE, DEVE O HOMEM SACRIFICAR, SEM PENA, O ÍNVOLUCRO
PERECÍVEL. O Espírito, que provém do Senhor, lhe deve a existência e não
pode dar valor real senão aquilo que de Deus o aproxima. Guarda do envoltório
material cumpre-lhes isentá-los de todas as máculas; mas se tiver de escolher
entre a pureza espiritual e a do corpo, deverá sacrificar esta para conservar
aquela. Se numa emergência perigosa, a vida do corpo se achar em paralelo com a
do Espírito, isto é, com a sua pureza, com seu progresso, se o Espírito estiver
na iminência de incorrer numa culpabilidade que o levará à morte moral, deve a
criatura sacrificar o vaso ao precioso perfume que ele contem; deixar que se
quebre aquele para que este possa – como incenso odorífero – subir ao trono de
Deus. Por isso e que Jesus perguntava: –
DE QUE VALE AO HOMEM CONQUISTAR O MUNDO INTEIRO E PERDER A SUA ALMA?
GN, 20/09/1970
QUINTA -FEIRA, 15/11/2012
TEMER SOMENTE A DEUS
P – Os
Legionários da Boa Vontade costumam cantar, em todo Brasil: “Pois, se nós não
tememos a morte, a quem é que nós vamos temer?” É claro que isso foi inspirado
nas palavras de Jesus: temer só ao Todo-Poderoso. Que nos diz, a respeito, o
Espírito da Verdade?
R – Harmonizemos: Mateus, X: 28-31 e Lucas, XII: 4-7.
MATEUS: 28 – E disse Jesus: “Não temais os que matam o
corpo, mas que não podem matar a alma. Temei, sim, Aquele que pode precipitar
tanto o corpo quanto a alma na geena. 29 – Não é verdade que dois pássaros se
vendem por um asse? Pois nenhum desses cai na terra sem que seja pela vontade
do vosso Pai. 30 – Até os cabelos das vossas cabeças então todos contados. 31 –
Nada temais, portanto: bem mais valeis do que muitos passarinhos”.
LUCAS: 4 – “Eu vos digo: não temais os que matam o
corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. 5 – Vou mostrar-vos a quem deveis
temer: temei Aquele que, depois de haver tirado a vida, tem o poder de lançar
na geena; a esse, sim, eu vos digo, temei. 6 – Não se vendem cinco pássaros
apenas por dois asses? Entretanto, não há um só deles que Deus tenha esquecido.
7 – Até os cabelos das vossas cabeças estão contados. Portanto, não temais: bem
mais valeis dos que muitos passarinhos.
- Apropriando sempre sua
linguagem à época e ao estado das inteligências, de modo a impressionar
fortemente aqueles a quem falava, Jesus dirigia essas palavras aos seus
discípulos para infundir confiança a homens que se atemorizavam com a
perspectiva das missões cheias de provas e perigos, que lhes eram confiadas.
Dizendo-lhes que NÃO TEMESSEM OS QUE MATAM O CORPO, MAS QUE NÃO PODEM MATAR
A ALMA, QUE SÓ TEMESSEM AQUELE QUE PODE PRECIPITAR A ALMA E O CORPO NA GEENA, O
CRISTO LHES ENSINAVA QUE NÃO RECEASSEM OS HOMENS, NÃO RECUASSEM DIANTE DE
NENHUM PERIGO, DE NENHUMA PERSEGUIÇÃO, DE NENHUM ATO DOS HOMENS, MAS QUE
TEMESSEM SOMENTE A DEUS.
Dizendo-lhes que dois passarinhos não valem mais do que um asse, que cinco não
valem mais do que dois asses, que nenhum deles cai na terra sem ser pela
vontade do Pai Eterno, que Deus de nenhum se esquece e acrescentando que “todos
os cabelos das vossas cabeças estão contados, que valeis muito mais do que
muitos passarinhos e nada deveis temer”. O MESTRE LHES INSPIRAVA A CONFIANÇA
SEM LIMITES QUE O HOMEM DEVE DEPOSITAR
EM DEUS. Ele os engrandecia aos seus próprios olhos e lhes fazia
compreender que, diante do Senhor, muito
mais importância tinham do que essas criaturinhas a cuja existência os homens
de então nenhum valor conferiam, ignorantes de que TUDO SAI DO MESMO
PRINCÍPIO, POR EFEITO DA MESMA VONTADE SOBERANA. Jesus foi o primeiro a
dizer aos hebreus que a onipotente bondade do Senhor vai ao ponto de não
descurar a existência de criaturas tão fracas. Preparava-os, por essa forma,
para compreenderem que – muito embora o Espírito humanizado seja, como dizeis,
o rei da criação – tudo o que se move no Universo, tudo o que existe só move e
existe pela vontade suprema de Deus que, com o mesmo carinho paternal, olha
tanto para o oução como para o homem. As
palavras que dirigia a todos os homens, daquela época e do futuro, vos devem
ser explicadas em Espírito e Verdade: pois foi por tomar a letra pelo espírito
que a Igreja incorreu em todos os seus erros. As palavras do Redentor objetivam
mostrar ao homem que seu proceder e seus sentimentos DEVEM SER REGRADOS PELA
VONTADE DAQUELE QUE PUNE OU RECOMPENSA, DAQUELE CUJO AMOR INFINITO VELA
CONTINUAMENTE, PELA MENOR DE SUAS CRIATURAS. Elas restabelecem a confiança
da criatura no Criador, cuja inteligência ilimitada pousa sobre todos os
mundos, distinguindo no seio da massa
geral as mínimas particularidades, sem jamais separar estas daquela.
Exprimindo-nos assim, é nosso intento levar-vos a compreender que o olhar do
Pai tudo envolve num golpe de vista infinito. Sem fazer distinção entre o
conjunto do Universo e os milhões e milhões de partículas que o integram. TUDO, MESMO O QUE SE OCULTA NOS ESCANINHOS
MAIS RECÔNDITOS, ESTÁ PATENTE AOS SEUS OLHOS. E, TODAVIA, SOMENTE O CONJUNTO O
PODE TOCAR.
GN, 19/09/1970
QUARTA -FEIRA, 14/11/2012
SOBRE OS TELHADOS
P – Disse Jesus, no capitulo em pauta:
"O que vos digo, nas trevas, dizei-o vós, às claras, e o que escutais no
ouvido pregai-o de sobre os telhados; porquanto o que dissestes nas trevas será
dito às claras e o que houverdes falado ao ouvido, nos aposentos, será pregado
de sobre os telhados". Qual a explicação destas palavras, no CÉU da LBV,
pelo Espírito da Verdade?
R – Sendo
pequeno o número das inteligências capazes de o compreenderem, a Jesus não era
possível espalhar abertamente a sua Doutrina, para não encher de espanto e
paralisar, a bem dizer, a Boa Vontade daqueles que o ouviam. SEUS DISCÍPULOS, POREM, QUE VIVIAM SEMPRE
ENTRE OS HOMENS, ESSES – TENDO DE ESPARGIR A LUZ EM DIVERSOS PONTOS AO MESMO
TEMPO – NÃO ALARMARIAM TANTO OS ESPÍRITOS FRACOS AOS QUAIS SE DIRIGISSEM.
Entendei: o Mestre falava á multidão apenas por parábolas, a fim de preparar as
inteligências, sem as sobrecarregar com
fardo de peso excessivo para a fraqueza delas. Se pregasse a sua Moral
sublime em termos precisos e claros, teria assustado a maioria dos seus
ouvintes que, percebendo o abismo entre as crenças que professavam e a Boa Nova
que lhes era trazida, não ousariam, sequer, uma tentativa para o transporem.
Meditai: AS PARABOLAS APRESENTAVAM AOS
ESPÍRITOS ORIENTAIS A VANTAGEM DE PERMETIR QUE PROCURASSEM DAR-LHES A
INTERPRETAÇÃO QUE LHES PARECESSE MAIS APROPRIADA OU MAIS LÓGICA. Desse modo
eles se familiarizavam com as verdades novas, ainda cobertas por véus, cabendo
aos discípulos arrancar, uma a uma, porem sempre sob o império e o véu da
letra, as vendas que ocultavam a Luz àquelas inteligências obscurecidas. Novos apóstolos que sois do Cristo, chamados
a pregar a mensagem final deste ciclo de 2.000 anos, procurai honrar a
confiança do Redentor. O ESPÍRITO DA
VERDADE DESCE PARA (DESPOJANDO DA LETRA O ESPÍRITO, LEVANTANDO O VÉU QUE JESUS
TEVE DE LANÇAR - E LANÇOU - SOBRE AS SUAS PALAVRAS) EXPLICAR E DESENVOLVER A
SUA DOUTRINA, TÃO SIMPLES E TÃO SUBLIME, OS FATOS QUALIFICADOS DE
"MISTÉRIOS" E "MILAGRES" OS ENSINOS POR ELE DADOS, AS
REVELAÇÕES QUE FEZ E FAZ, AS PROMESSAS, AS PREDIÇÕES E PROFECIAS QUE FORMULOU. Publicai e pregai o que assim vos ensinam os
Espíritos do Senhor, como órgãos do Espírito da Verdade na grande obra da
Salvação. Arrancai, uma por uma, todas as vendas que ocultam a Luz às
inteligências obscurecidas. Paciência e perseverança: nós vos assistiremos, ATÉ AO FIM DOS TEMPOS!
GN, 18/09/1970
TERÇA -FEIRA, 13/11/2012
PODE UM CEGO GUIAR OUTRO CEGO?
P - São palavras de Jesus: “Pode um cego guiar outro
cego? Não cairão ambos no fosso ?” Que significado oferece a esta lição do
Cristo o Espírito da Verdade ?
R - “O cego que conduz outro cego” é aquele que, em
vez de praticar a Lei do Amor, de a ensinar e exemplificar ao que é por ele
guiado, se adstringe exclusivamente às praticas materiais, exteriores, e a elas
mantêm adstrito o outro, a quem se encarregou de guiar, e cujos olhos tapa com
espessa venda, obstando-lhe assim a percepção da Luz e da Verdade. AMBOS CAIRÃO NO MESMO FOSSO, ISTO É , SERÃO
AMBOS SUBMETIDOS À EXPIAÇAO, MAS O CEGO QUE SE FEZ GUIA DE OUTRO CEGO SERÁ MAIS
CULPADO QUE ESTE E MAIS TERÁ DE EXPIAR! Se quiserdes guiar vossos irmãos,
começai por examinar o vosso proceder, e deve ser irrepreensível. Se quiserdes
dar um conselho, começai por praticar o que aconselhais e não cometer as faltas
que censurais nos outros. Ensinai, pois, o caminho, percorrendo-o sem desvio, e
então sereis discípulos dignos do vosso Mestre. “O discípulo não está acima de
seu mestre; o discípulo será perfeito se for como o seu mestre”. Jesus, modelo
de perfeição, vos diz, dessa forma, que o mestre não está acima do discípulo PORQUE O DISCIPULO PODE TORNAR-SE IGUAL AO
MESTRE ,ORA , COMO SERÁ ISSO POSSIVEL SENÃO TRILHANDO O DISCIPULO, SEM DESVIOS,
AS PEGADAS DO MESTRE, PERCORRENDO PASSO A PASSO A ESTRADA QUE ESTE LHE ABRIU,
SEGUINDO SEMPRE OS MOVIMENTOS E A DIREÇÃO DO MODÊLO QUE O GUIA? Palavras de
sublime humildade! Não levam encorajamento a vós outros? A esperança de
chegardes, um dia, pela aquisição da pureza perfeita, a igualar aquele que o
Pai vos enviou como o tipo mais perfeito da Humanidade, não é de molde a
sustentar vossa coragem, levantar as vossas forças e vos fazer marchar para
frente, sempre para frente? Mas, “se ao Pai de família chamaram Belzebu, quanto
mais aos seus domésticos!” Também estas palavras de Jesus, dirigidas aos
discípulos, se referiam àquela época e aos então futuros tempos; a todos vós, CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO! Assim como
o Mestre não foi compreendido pelos que presenciaram suas obras,
incompreendidos serão igualmente (e escarnecidos) os que hoje reavivam sua
lembrança e lhe seguem os passos! Mas a paciência e a perseverança triunfarão
da malignidade e da calunia.”Não os temais, portanto; nada há oculto que não
venha a ser revelado e nada secreto que não venha a ser conhecido”. Por maiores
que tenham sido os esforços dos inimigos de Jesus por impedi-la, sua divina
pregação não deixou de atravessar os séculos. Ainda hoje, sejam quais forem os
esforços que façam por lhe deter o vôo, alcançareis o fim., pois A NOVA REVELAÇÃO VEM, PELO ESPÍRITO DA
VERDADE, CONTINUAR A OBRA DE JESUS, ALARGANDO CADA VEZ MAIS O ESPAÇO E O FUTURO
AOS ESPÍRITOS PROGRESSISTAS. Nada, portanto, do que o homem deva saber
poderá ficar oculto. E o homem chegou ao ponto em que o seu saber tem de
aumentar rapidamente, porque os tempos chegaram. “Guardai-vos do fermento dos
fariseus, que é a hipocrisia, por nada há oculto que não venha a ser revelado e
nada secreto que não venha a ser conhecido”. Em nome do Mestre, nós vos
repetimos estas palavras que ele dirigiu aos Apóstolos, mas que – no seu
pensamento – se aplicavam a todos os tempos e eram, também, dirigidas a todos
os que se tornariam seus discípulos, sobretudo na época da Nova Revelação. O
vosso pensamento, como o vosso proceder, precisam ser sempre puros aos olhos do
Senhor. DE QUE SERViRA ILUDIR OS HOMENS,
AFETANDO SEMBLANTE DE VIRTUDES, SE AQUELE QUE SONDA OS CORAÇÕES E AS ENTRANHAS
SÓMENTE VIR A HIPOCRISIA EM VOSSO ÍNTMO? PARA DEUS NADA HÁ OCULTO; PORTANTO,
NADA FICARÁ OCULTO AOS HOMENS, TODOS ESTES LERÃO NO PASADO COMO NO FUTURO, O
LIVRO QUE TEM ABERTO DIANTE DE SEUS OLHOS. Mas é necessário que o homem se
ache em estado de compreender. Quem é que dá, para ser lido, à criança que
apenas soletra em francês, uma obra de Schillerr em alemão? Quem haverá que
peça a previsão das tempestades a alguém que não saiba distinguir o dia da
noite? Sabereis tudo o que os Espíritos do Senhor tem para vos ensinar, MAS SÒMENTE QUANDO FORDES BASTANTE LÚCIDOS
PARA COMPREENDER; QUANDO ESTIVERDES BASTANTE ADIANTADOS NOS ESTUDOS
PRELIMINARES, A FIM DE VOS PREPARARDES PARA OS ESTUDOS SUPERIORES, POR ISSO,
VOS REPETIMOS AS PALAVRAS DITAS POR JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS: “SÓ VÓS É DADO O
QUE PODEIS ENTENDER; PROGRESSIVAMENTE VOS SERÁ DADO DE ACÔRDO COM A VOSSA
CAPACIDADE DE COMPREENDER”, É A LEI .
GN, 17/09/1970
SEGUNDA -FEIRA, 12/11/2012
TODOS SÃO IGUAIS
P – A Doutrina do Novo Mandamento resolve todos os
problemas de cada um de nós. Por isso, lamentamos o que pretende o materialismo
ateu: Igualar os desiguais, diante da Lei Divina. No ponto em estudo Jesus diz:
“O discípulo não está acima do Mestre, nem o servo acima do Senhor; basta ao
discípulo ser como o Mestre e ao servo como o Senhor”. Como interpreta estas
palavras o Espírito da Verdade?
R – Aos olhos do Senhor Eterno são iguais todas as
condições sociais dos homens;por conseguinte, o senhor não é mais do que o
servo. Só tem maior valor aquele que pratica, sempre com humildade, a Lei do
Amor que Jesus veio trazer. Só será igual ao Mestre, em moral, aquele que
praticar sua moral. Compreendam bem os homens, no seu principio, no seu
objetivo e nas suas conseqüências. A LEI
NATURAL (E DIVINA) DA REENCARNAÇÃO, QUE LHES ENSINA SEREM A VIDA HUMANA E AS
CONDIÇÕES SOCIAIS, PARA CADA UM DELES, UMA PROVAÇÃO OU UMA EXPIAÇÃO. Compreendam,
e não esqueçam jamais que, pela pluralidade das existências e conforme ao grau
de culpabilidade, as provações e as expiações – tendo por fim a purificação e o
progresso – são apropriados às faltas cometidas nas encarnações precedentes.
Assim, por exemplo, o Senhor de ontem, duro e arrogante, que faliu nas suas
provas como senhor (fossem quais fossem, dentro da ordem social, sua posição ou
seu poder do mundo) É O SERVO OU O
CRIADO DE AMANHÃ. O sábio que ontem, materialista e orgulhoso, abusou da
sua inteligência ou da sua ciência para desencaminhar os homens, para perverter
as massas populares, É O CEGO O IDIOTA
OU O LOUCO DE AMANHÃ. O orador de ontem, que abusou, gravemente da palavra
para arrastar os homens ou os povos a erros profundos, É O SURDO–MUDO DO DIA SEGUINTE. O que ontem dispôs da saúde, da
força ou da beleza física, e gravemente abusou de tudo isso, É O SOFREDOR, O RAQUÍTICO, O DOENTE, O
DESERDADO DA NATUREZA, O ENFERMO DE AMANHÃ. Se é certo que os corpos
procedem dos corpos, não menos certo é que eles são apropriados às provações e
às expiações por que o Espírito haja de passar, e que A ENCARNAÇÃO SE DÁ NO MEIO E NAS CONDIÇÕES ADEQUADOS AO CUMPRIMENTO DE
TAIS PROVAÇÕES E EXPIAÇÕES. É o que explica como e por que, na mesma
família, dois filhos, dos homens nascidos do mesmo pai e da mesma mãe, se encontram
em condições físicas tão diversas, tão opostos! De igual modo a diferença nas
provações e a disparidade do avanço realizado nas vidas precedentes explicam
por que e como – do ponto de vista moral ou intelectual – esses dois irmãos se
acham em condições tão diversas, tão opostas! Compreenda o homem, e não esqueça
jamais, que o mais próximo e mais querido parente de ontem e o mais caro amigo
da véspera PODEM VIR A SER (E SÃO ,
MUITAS VEZES) O EXTRANHO E O DESCONHECIDO DO DIA SEGUINTE, QUE ELE A TODO INSTANTE
PODERÁ ENCONTRAR, ACOLHER OU REPELIR.Que os homens, portanto, cientes e
compenetrados de que a vida humana e as condições sociais são provações e, ao
mesmo tempo, meio e modo de amparo e de concurso recíproco nas vias da
reparação e do progresso, PRATIQUEM A
LEI DO AMOR QUE É O NOVO MANDAMENTO DE JESUS, PARTILHANDO MUTUAMENTE O QUE
POSSUAM DE NATUREZA MATERIAL OU INTELECTUAL, DANDO AQUELE QUE TEM AO QUE NÃO
TEM DANDO DE CORAÇÃO O AUXILIO DO CORAÇÃO, DOS BRAÇOS, DA BOLSA, DA
INTELIGÊNCIA, DA PALAVRA E, SOBRETUDO, DO EXEMPLO. Então, quando isso se
verificar, estarão cumpridas em toda a sua verdade – sob os auspícios e a
prática da Boa Vontade recíproca e solidária – estas palavras do Mestre: “Basta
ao discípulo ser como o mestre e ao servo como o senhor”. Porque, não vos
enganeis, NÃO HÁ IGUALDADE REAL FORA DA
LEI UNIVERSAL DA REENCARNAÇÃO.
GN, 15/09/1970
DOMINGO, 11/11/2012
AS TRÊS MISSÕES DO CRISTO
P – Os incrédulos ouvem a pregação do nosso Posto
Familiar, mas fazem perguntas assim: “– De que valeu a vinda de Jesus a este
mundo ? E qual a finalidade da sua volta?” Procuramos explicar tudo, dentro de
nossas possibilidades , mas achamos insuficiente a nossa explicação . Que diz a
isso o Espírito da Verdade?
R – O Cristo se manifestará a todos os homens, quando
for chegada a hora. ESPÍRITO PROTETOR E
GOVERNADOR DA TERRA, CUJA FORMAÇÃO PRESIDIU, ENCARREGADO DO VOSSO PROGRESSO E
DE VOS LEVAR A PERFEIÇÃO, ELE RECEBEU DO PAI – NOSSO DEUS E VOSSO DEUS – TRÊS
MISSÕES IMPORTANTES. As duas primeiras consistiram em preparar, entre os
homens, a realização do progresso físico do vosso planeta; do progresso físico,
moral e intelectual da Humanidade terrestre e da regeneração humana. A terceira consiste em LEVAR A EFEITO A REALIZAÇÃO TOTAL DAQUELA
OBRA, CONDUZINDO-VOS A PERFEIÇÃO PROFETIZADA. A primeira missão ele a
cumpriu estando pessoalmente entre vós e continuou a cumpri-la no estado de
Espírito invisível aos homens, com o concurso do Espírito Santo, isto é, dos
Espíritos Puros, dos Espíritos Superiores e dos Bons Espíritos, os quais –
sempre sob a sua direção – trabalham na sua Obra. A segunda missão é a Era Nova
do Espírito da Verdade, que vem – por intermédio dos messias, isto é, dos
enviados especiais e dos missionários, errantes e encarnados – conduzir
progressivamente as gerações humanas à Verdade, ensinar-lhes todas as coisas e
anunciar-lhes AQUELAS QUE HÃO DE VIR.
A terceira missão ele a virá cumprir no “fim dos tempos”, como ESPIRITO DA VERDADE TOTAL, trazendo o
complemento do Evangelho que é o seu Apocalipse, sem véu. ENTÃO, O CRISTO SE MANIFESTARÁ
AOS HOMENS EM TODO O SEU PODER, EM TODA A MAJESTADE DA SUA PUREZA PERFEITA E
IMACULADA, CERCADO DOS ESPÍRITO PUROS, DOS ESPÍRITOS SUPERIORES E DOS BONS
ESPÍRITOS, QUE VOS TERÃO PREPARADO E LEVADO AQUELES TEMPOS, EM QUE SEREIS, DO
MESMO PASSO, CAPAZES E DIGNOS DE RECEBER O MESTRE E SUPORTAR TODA A VERDADE SEM
VÉU. Sim, tudo se cumprirá. Jesus preparou a infância; hoje prepara e
desenvolve a inteligência da idade madura. Dentro em pouco, virá colher os
frutos de seus trabalhos e receber aqueles, de seus discípulos, que hajam
aproveitado os seus ensinamentos. Ninguém se engane a respeito do sentido
destas palavras “dentro em pouco”, nem do sentido das palavras “breve”,
“depressa” e outras do próprio Cristo, quando na terra falava do futuro, da
aproximação dos tempos. Ele não conta, e vós bem o sabeis, OS ANOS E OS SÉCULOS NA ETERNIDADE COMO CONTAIS OS MINUTOS E AS HORAS,
OS DIAS E OS ANOS DA VOSSA EXISTÊNCIA TERRENA.
GN, 13/09/1970
SÁBADO, 10/11/2012
A VOLTA DE JESUS
P – Disse o Mestre aos seus discípulos: “Não tereis
percorrido todas as cidades de Israel antes que volte o Cristo”. Como o Espírito da Verdade explica essas
palavras ?
R – Temos de reunir estas passagens dos Evangelhos:
Mateus, X: 23-27 e Lucas XII: 1-3 e VI: 39-40.
MATEUS: 23 –
Quando, pois, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos
digo: não tereis percorrido todas as cidades de Israel antes que venha o Filho
do Homem. 24 – O discípulo não está acima do Mestre nem o servo acima do senhor.
25 – Basta ao discípulo ser como o
mestre e ao servo como o senhor. Se ao pai de família chamaram Belzebu, quanto
mais aos seus domésticos! 26 – Não os temais, porém, porque nada há oculto que
não venha a ser revelado e nada secreto que não venha a ser conhecido. 27 – O
que vos digo nas trevas dizei-o vós às claras; o que escutais no ouvido
pregai-o sobre os telhados.
LUCAS: 1 –
Tendo-se reunido grande multidão em torno de Jesus, de tal modo que uns aos
outros se apertavam, entrou ele a dizer aos seus discípulos: guardai-vos do
fermento dos fariseus, que é a hipocrisia, 2 – porquanto nada há oculto que não
venha a ser conhecido. 3 – Assim, o que dissestes nas trevas será ouvido às
claras, e o que houverdes dito ao ouvido, dentro dos aposentos, será pregado de
sobre os telhados. 39 – Também lhes propôs esta comparação: pode, acaso , um
cego guiar outro cego ? Não cairão ambos no fosso? 40 – O discípulo não está
acima do seu mestre; mas todo discípulo será perfeito se for como o seu mestre
.
As palavras de Jesus se aplicavam principalmente, no
tocante às perseguições físicas, aos Apóstolos e aos seus seguidores até a
época do ADVENTO DA LIBERDADE DE
CONSCIÊNCIA E LIVRE EXAME DAS ESCRITURAS SAGRADAS, em que já seria
respeitada a vida dos homens. Aplicavam-se especialmente, atenta a profecia da
volta do Mestre, aos tempos – marcados pelo Senhor – que se seguiram à
Revelação do Espírito da Verdade, da qual vos é portadora A ERA NOVA DO CRISTIANISMO DO CRISTO, APLICANDO-SE IGUALMENTE A NOVA
MISSÃO DOS APÓSTOLOS E SEUS SEGUIDORES, MISSÃO QUE VAI PRECEDER A SEGUNDA
VISITA DO CRISTO, POR ELE MESMO PREDITA QUANDO DESEMPENHAVA A SUA MISSÃO
TERRENA. Sob todos os aspectos, elas se referem à época em que eram ditas e
ao futuro, em todos os séculos. Portanto, deveis imitar aquele que vos conduz .
O amo não é mais do que o servo quando o servo se coloca a altura do amo
(altura moral, bem entendido). Procedei, pois, como o vosso Mestre: Praticai a
Moral que ele vivia, dentro do seu Novo Mandamento, e atingireis a felicidade
eterna. “Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra”. Com relação a
todos vós, chamados a propagar a fé e espalhar a Nova Revelação no seio dos
povos civilizados (os quais, portanto, não têm e não terão que temer e sofrer
se não às perseguições morais), aquelas palavras significam: NÃO DESANIMEIS DIANTE DOS OBSTÁCULOS. E, SE
TIVERDES DE ENFRENTAR ESPÍRITOS ENDURECIDOS E REBELDES, DEIXAI-OS POR ALGUM
TEMPO E IDE A OUTROS, A FIM DE OS ENCAMINHARDES AO SALVADOR. “Em verdade
vos digo: não tereis percorrido todas as cidades de Israel antes que volte o
Cristo”. AS CIDADES DE ISRAEL SÃO, SOB O
VÉU DA ALEGORIA, TODAS AS NAÇÕES DA TERRA, do mesmo modo que a geração à
qual Jesus se dirigia é a geração de Espíritos que, purificados com o auxilio
do tempo, das expiações e reencarnações sucessivas, executarão, NAS ÉPOCAS PREDITAS, AS COISAS ANUNCIADAS.
GN, 12/09/1970
SEXTA-FEIRA, 09/11/2012
PERSEVERAR ATÉ AO FIM
P – É impressionante a transformação que Jesus operou
naqueles humildes pescadores, que foram os seus Apóstolos! Quem eram eles,
afinal ? E que nos diz o Espírito da Verdade sobre a necessidade de perseverar ATÉ O FIM?
GN, 11/09/1970
QUINTA-FEIRA, 08/11/2012
PRUDENTES COMO AS SERPENTES
P – Uma recomendação de Jesus aos discípulos
escandaliza, ainda hoje, certos livres-pensadores: “Sede prudentes como as
serpentes”. Como o Espírito da Verdade interpreta essas palavras?
R – Realmente, disse o Mestre: "Sede simples como
as pombas, mas prudentes como as serpentes”. Tendo de fazer triunfar a Divina Moral que pregavam, os apóstolos, para
o conseguirem, DEVIAM EMPREGAR OS
MEIOS QUE SE TORNASSEM NECESSARIOS MAS CONSERVANDO ÍNTEGRA A PUREZA DE
PENSAMENTO E DE AÇÃO. Não acredites, jamais, que – para obterdes o triunfo
real das vossas máximas das verdades
imutáveis que pregais – deveis falar em todas as ocasiões no mesmo tom. Não, A CIÊNCIA DO PREGADOR ESTÁ EM APROPRIAR SUA
LINGUAGEM AS INTELIGÊNCIAS DAQUELES A QUEM FALA. Se traçardes e seguirdes
sempre uma só norma de proceder, em tal matéria, tereis bom êxito com uns e
sereis mal sucedidos com outros; TENDE,
PORTANTO, A PRUDENCIA DAS SERPENTES. Não é que possais fazer vitimas, nem
sufocar o desgraçado que apanheis; é
que, falando a Espíritos
orgulhosos e suscetíveis, cumpre avanceis, com prudência. Envolvei-os
destramente com os vossos raciocínios, atai- os com os vossos exemplos, de tal
modo que, quando perceberem que procurais apoderar-vos deles, não mais lhes
seja possível evitar essa benéfica “prisão” da Moral do Cristo. Mas, para
chegar-vos a semelhante resultado, nunca empregueis se não os meios que a Boa
Vontade vos faculte. SOBRE VÓS MESMOS É
QUE DEVEIS EXERCER TODO O VOSSO IMPERIO, DE MODO QUE AS VOSSAS “VITIMAS” SÓ O
SEJAM DO VOSSO AMOR SEM LIMITES, NASCIDOS DO NOVO MANDAMENTO DE JESUS. Sim,
sede prudentes porque também – como advertiu o Mestre - “sereis levados, por
minha causa, à presença dos governadores e dos reis, para dardes testemunho de
mim diante deles e diante das nações. Quando vos fizerem comparecer, quando vos
conduzirem as suas Sinagogas, à presença dos magistrados e dos poderosos, não
vos cause inquietação o COMO HAVEIS DE
FALAR, nem o que pensareis, nem o que respondereis; o que tiverdes que
dizer vos será dado na ocasião, pois o Espírito Santo vos ensinará, no mesmo
instante, o que houverdes de expressar. “POIS
NÃO SOIS VÓS QUEM FALARÁ, MAS O ESPÍRITO DE VOSSO PAI QUE FALARÁ EM VÓS”.
Se os Apóstolos não fossem prudentes, senão depositassem confiança no Mestre,
eles que eram homens saídos do povo, sem educação, sem maneiras, sem requintes,
não teriam caminhado para a frente. A desconfiança de si mesmos os teria
paralisado. Mas, certos de que a inspiração do Espírito Santo os iria amparar. AVANÇARAM COM PASSO FIRME PARA TODAS AS
LUTAS. As ciências, latentes neles, se desenvolveram; a assistência dos
Espíritos do Senhor os fortificou; a fé inabalável os impeliu e a obra se
executou, de modo tanto mais frisante, tanto mais notável para as massas,
quanto NINGUEM IGNORAVA DE ONDE
PROVINHAM AQUELES HOMENS QUE, COM TAMANHA FACILIDADE FALAVAM AS LINGUAS
ESTRANGEIRAS, DEFENDIAM COM SUMA ELOQUENCIA A SUA PRÓPRIA CAUSA E AS DE SEUS IRMÃOS DE HUMANIDADE. Mostravam em
tudo , finalmente, um saber, um cabedal de conhecimentos que ninguém poderia
supor que possuíssem. Notai, de passagem, que em parte alguma se diz que
qualquer um deles era senhor de todas as ciências. Cada um tinha suas
especialidades, DE ACORDO COM OS ANTECEDENTES
DA SUA EXISTÊNCIA.
GN, 10/09/1970
QUARTA-FEIRA, 07/11/2012
OVELHAS NO MEIO DE LOBOS
P – Uma frase
que muito se comenta, em nosso Posto Familiar, é esta de Jesus: “Eu vos envio
como ovelhas no meio de lobos”. É que a maldade humana parece concentrar-se
contra os verdadeiros cristãos! Que diz a isto o Espírito da Verdade?
R – Harmonizemos: Mateus, X: 16-22 e Lucas, XII:
11-12.
MATEUS. 16 – Eis que vos envio como ovelhas para o
meio de lobos; portanto, sede simples como as pombas mas prudentes como as
serpentes. 17 – Guardai-vos dos homens, pois, vos farão comparecer perante seus
tribunais e vos flagelarão nas suas sinagogas. 18 – Sereis levados, por minha
causa, a presença dos governadores e dos reis, para dardes testemunho de mim
diante deles e das nações. 19 – E, quando vos fizerem comparecer, não vos preocupeis
com o que havereis de falar: na ocasião vos será dado o que direis, 20 – porque
não sois vós quem fala, mas é o Espírito de vosso Pai quem fala em vós. 21 – O
irmão dará morte ao irmão e o pai ao filho; os filhos se revoltarão contra seus
pais e os farão morrer. 22 – E todos vos odiarão por causa do meu nome; mas
aquele que persevera até ao fim será salvo.
LUCAS: 11 – Quando vos conduzirem as sinagogas e à
presença dos magistrados e poderosos, não vos cause inquietação o modo por que
respondereis, nem o que direis, 12 – pois o Espírito Santo falará por vós.
-Estas palavras do Mestre,
conquanto aplicáveis a todas as épocas e a todos os Homens de Boa Vontade, eram
dirigidas principalmente aos Apóstolos, e se referiam às perseguições físicas.
Jesus os prevenia da sorte a que iam estar sujeitos, eles e seus seguidores,
nos séculos que se seguiriam ao cumprimento da sua missão terrena. ATÉ AOS
TEMPOS EM QUE A INTOLERÂNCIA, O FANATISMO, A IGNORÂNCIA, A SUPERTIÇÃO, A
AMBIÇÃO INSACIÁVEL E O DESPOTISMO RELIGIOSO DEIXARIAM DE TER SOB O SEU DOMÍNIO
E POR AUXILIARES OS REIS, OS MAGISTRADOS, O BRAÇO SECULAR; EM QUE DEIXARIAM DE
FAZER VÍTIMAS POR MEIO DAS TORTURAS, DOS AUTOS DE FÉ, DAS FOGUEIRAS
INQUISITORIAIS, E CEDERIAM LUGAR, RESPEITADA A VIDA DOS HOMEMS, A
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E, AO LIVRE EXAME, TARDIAMENTE PROCLAMADAS ENTRE VÓS E
DESFRUTADAS PELOS POVOS CIVILIZADOS. “Eu vos envio (dizia o Mestre aos
discípulos) como ovelhas para o meio de lobos. O irmão dará morte ao irmão e o
pai ao filho; os filhos se revoltarão contra os pais e os farão morrer”. Desta
forma, ele vos avisava das perseguições físicas, que teriam de sofrer, e das
dissensões que surgiriam no seio da Pátria, da família e nos lugares mais
íntimos do lar doméstico. Também vós, apóstolos da Nova Revelação, deveis
esperar as perseguições, senão físicas, pelo menos morais. É uma lei humana: TODOS
OS QUE SE ACHAM MAIS ELEVADOS DO QUE AQUELES QUE OS CERCAM PROVOCAM O INVEJA
DESTES. No século que atravessais, no qual predomina o amor ao dinheiro, às
dignidades, às honrarias, aos gozos materiais, a superstição e à religião das conveniências,
geralmente os homens (apenas sob o ponto de vista material) despertam a
inveja daqueles que os cercam, pela fortuna que possuem ou pela inteligência
que demonstram no que diz respeito às coisas do mundo. Entretanto, não vos
iludais: o sarcasmo, a ironia, o deboche SÃO A MÁSCARA QUE COBRE O
SENTIMENTO INSTINTIVO DA INVEJA. Os que zombam de vós sentem, no fundo de
seus corações, que caminhais com maior segurança do que eles e, por isso mesmo,
que mais depressa alcançareis a meta. As perseguições de que já sois (e ainda
sereis) alvo constante, são estas: os escribas e fariseus de vossos dias vos
atingirão com seus ódios e suas injúrias, formulando contra vós as mesmas
acusações que faziam a Jesus: agentes do demônio, da charlatanice e da loucura.
Pois eles são de tal feitio que – a fazerem qualquer esforço por galgar o cimo
da montanha, para ali respirar um ar puro e vivificante – preferem miná-la pela
base, correndo o risco de serem esmagados pelo seu desmoronamento. Esta a razão
porque toda inteligência superior se torna objeto das perseguições da
ignorância, da cupidez, do orgulho e do egoísmo – principalmente quando se
constitui, na ordem moral e na ordem intelectual instrumento de uma verdade
nova, de um novo progresso e como tal se choca, INEVITAVELMENTE com os
“prejuízos”, as idéias aceitas (e tão cômodas), os interesses e as paixões de
toda ordem. SOMENTE A DOR DAS PROVAÇÕES E DAS EXPIAÇÕES SUCESSIVAS PODERÁ
HUMANIZAR E, DEPOIS, ESPIRITUALIZAR ESSAS NATUREZAS ANIMAIS!
GN, 09/09/1970
TERÇA-FEIRA, 06/11/2012
O PÓ
DAS SANDÁLIAS
P – No mesmo capítulo, disse Jesus aos seus
discípulos: “Quando encontrardes pessoas que não vos queiram receber nem escutar, sacudi – ao vos retirardes – a
poeira dos vossos pés, a fim de que isso constitua um testemunho contra elas.
Em verdade vos digo: no dia do juízo, haverá menos rigor para Sodoma e
Gomorra do que para essa cidade”.
Perguntamos ao Espírito da Verdade: – Quais são, despojados da letra o
Espírito, o sentido e alcance dessas
palavras?
R – Tais palavras, segundo o pensamento do Mestre,
foram ditas para aquela época e para os tempos vindouros. Dirigiam-se, não só
aos discípulos de então como também aos que viriam a se discípulos na Era Nova.
Aqueles, a quem o Senhor envia a Luz e que recusam aceitá-la, são mais culpados que os
infelizes, imersos nas trevas, QUE
NENHUM SOCORRO DIRETO RECEBEM, PARA SAIR
DELAS. Não vos conserveis perto dos primeiros: não percais vosso
tempo a pregar àqueles que não querem ouvir a palavra de Deus. Consagrai-o,
antes, aos que se acham dispostos a optar pelo novo caminho. Vosso tempo é precioso: ide, pois, trabalhar sempre na
Vinha do Senhor. Ela se abre em aléias
diante de vós e borda o caminho , mas nem todas as cepas são boas. Ao
tentardes melhorar, aquelas que vos pareçam estéreis, se virdes que – apesar de todos os vossos esforços –
não dão fruto algum, deixai-as: seu tempo ainda não chegou. Passai a outras em
que, com inteligentes e afetuosos cuidados, podereis observar o desenvolvimento
dos sucos, que dão força e vida. Não
percais o vosso tempo. Trabalhai sempre com ardor. MAS TRABALHAI CAMINHANDO PARA FRENTE. POIS TENDES DE PERCORRER ESTRADA
MUITO LONGA PARA CHEGARDES AO FIM. Sim, no dia do juízo, haverá menos rigor para Sodoma e
Gomorra, isto é, para com os Espíritos culpados que, afogados nas trevas, não
tiveram socorro direto para saírem delas, do que para os Espíritos rebeldes que
recusaram receber a Luz que o Mestre, ainda hoje, lhes envia por meio de seus
novos discípulos. Sim quem rejeitou todos os socorros para se tornar melhor É UM ESPÍRITO OBSTINADO NO MAL, E LONGA
SERÁ, POR ISSO, A DURAÇÃO DAS SUAS PROVAS E EXPIAÇÕES: INFINIDADE DE
SOFRIMENTOS CORRESPONDENDO A INFINIDADE DE FALTAS. Quer dizer: os
sofrimentos ou torturas morais,
apropriados e proporcionais às faltas, ao grau de culpabilidade,
suportados na erraticidade após a morte, ao fim de cada existência sucessiva,
e a reencarnação nos mundos inferiores, SE
REPRODUZIRÃO, PARA O ESPÍRITO CULPADO, ATÉ QUE, POR MEIO DE PROVAÇÕES BEM
SOFRIDAS, DEIXE ELE DE SE MANTER REBELDE À LEI DE REPARAÇÃO E DE PROGRESSO,
SEGUNDO A QUAL SE PURIFICARÁ, PARA
TOMAR LUGAR ENTRE OS BONS ESPÍRITOS;
ISTO OCORRERÁ QUANDO, POR SE HAVER TORNADO INCAPAZ DE PRATICAR O MAL, SÓ DESEJE
PRATICAR O BEM.
GN, 08/09/1970
SEGUNDA-FEIRA, 05/11/2012
QUEM É
JUSTO?
P – Mereceram nossa atenção,
na Cruzada do Novo Mandamento no Lar, estas palavras do Mestre: “Ao entrardes
em qualquer cidade ou aldeia, perguntai onde há UM JUSTO, e em sua casa
permanecei até partirdes de novo. Ao penetrardes na casa, saudai-a, dizendo: -
Que a paz esteja nesta casa. Se ela for, mesmo, digna disso, vossa paz descerá
sobre essa casa; mas, se o não for, voltará para vós a vossa paz”. Como o
Espírito da Verdade nos explica esta passagem?
R – Entrando na casa do
justo, os discípulos pediam as bênçãos do Senhor e, portanto, A PROTEÇÃO DOS
BONS ESPÍRITOS PARA AQUELE QUE OS ACOLHEU. Se, no entanto, era falsa a
apreciação humana, se o homem considerado justo por seus irmãos era velhaco e
mentiroso, um rematado hipócrita, COMO O HOMEM PODE ILUDIR OS OUTROS MAS NÃO
ILUDE A DEUS, AS BENÇÃOS – EM VEZ DE DESCEREM SOBRE ELE – CAÍAM SOBRE O QUE SE
MOSTRAVA DIGNO DELAS. Afastavam-se do falso e se aproximavam do puro.
Quereis saber quem é justo, e nós respondemos: O JUSTO É AQUELE QUE SE
ESFORÇA POR TRILHAR O CAMINHO DO MESTRE E JAMAIS SAIR DELE. É aquele que
pratica as virtudes impostas ao homem como condição para chegar a Deus; o que
pratica a verdadeira Caridade do Novo Mandamento; o que se oculta, vela seus
atos e palavras, se faz humilde no SEGREDO DO CORAÇÃO, porquanto – se
sois caridosos, mas confiais em que praticastes um ato meritório DE QUE OS
OUTROS NÃO SERIAM CAPAZES – insignificante é o vosso mérito! O justo é
aquele que faz o Bem sem egoísmo, sem idéia preconcebida, sem esperar o
reconhecimento dos beneficiados ou o louvor dos indiferentes e, ainda mais, SEM
CONTAR COM A RECOMPENSA DO MESTRE. O justo é aquele que tem a fé
inabalável, que a tudo resiste, que não se impõe pela força, mas se patenteia
na prática das boas obras, pela palavra e pelo exemplo. A fé que pode levar os
outros homens a dizerem dele: - Por que não tenho a sua fé? Eis aí um JUSTO
AOS OLHOS DE DEUS!
GN, 06/09/1970
DOMINGO, 04/11/2012
A INSTRUÇÃO ESPIRITUAL
P – Como o Espírito da Verdade está procedendo à
revisão das Revelações conhecidas, gostaríamos de saber – face aos termos dos versículos 9 e 10 de Mateus, 8 e 9
de Marcos, 3 de Lucas – quais foram, NA
REALIDADE, as palavras ditas por Jesus e qual o seu significado real. É possível?
R - As palavras
realmente ditas pelo Mestre são: “Não tenhais e não leveis convosco nem
alforje, nem pão, nem ouro, nem prata, nem moeda nos vossos cintos; não tenhais
duas túnicas; toma um bordão, para vos apoiardes durante a viagem, e colocai
aos pés sandálias para suportardes a caminhada”. Por essa ordem, diretamente
dada aos seus Apóstolos, O CRISTO
ENSINAVA A HOMENS MATERIAIS O DESPREZO DOS BENS TERRENOS E A CONFIANÇA
INABALÁVEL NA PRESENÇA E NO PODER DE DEUS. Para os homens dos vossos dias,
mas principalmente para vós, consideradas aquelas palavras como ditas por Jesus
tendo em vista o futuro, o ensino é este: “Não ligueis vossa missão às coisas
transitórias, mas aquelas que não perecem; não cuideis antecipadamente de vos
proverdes de erudição e ciência humana, E SIM DE VOS INSTRUIRDES NO QUE CONDUZ A
VIDA ETERNA.” Não quer isto dizer que vos concitamos a desprezar os estudos
e os cuidados que a vossa existência reclama. Esta apresenta exigências, a que
vos deveis submeter: é uma obrigação a cumprir. MAS NÃO
DEVEIS TORNÁ-LAS O OBJETIVO ÚNICO DE TODA A VOSSA VIDA. Armazenai, portanto,
o pão que sustenta o corpo, tanto para
vós como para os vossos irmãos que não tiverem podido fazer o mesmo; MAS ARMAZENAI, SOBRETUDO, O PÃO DA VIDA.
Sim, deveis adquirir a instrução necessária ao desenvolvimento da vossa
inteligência: MAS TRATAI DE ADQUIRIR,
PRINCIPALMENTE, A INSTRUÇÃO ESPIRITUAL QUE VOS LEVARÁ AO BOM TÊRMO DA VOSSA
MISSÃO – EVANGELIZAR E APOCAPLIPTIZAR AS MASSAS TÃO NECESSITADAS DE AMPARO NA
HORA DO PRÓXIMO E ÚLTIMO ARMAGEDON DESTE
CICLO.
GN, 05/09/1970
SÁBADO, 03/11/2012
HONESTIDADE NAS COISAS DE DEUS
P – Os ensinamentos do Espírito da Verdade são de uma clareza meridiana. Por isso, perguntamos ao Paráclito: – Qual o sentido das palavras de Jesus: “Daí de graça o que de graça recebeis”?
R – No pensamento do mestre, essas palavras eram ditas para aquele momento e também para o futuro. A mediunidade ou carisma, as faculdades que os Apóstolos possuíam , a assistência e o concurso dos Espíritos puros e dos Espíritos Superiores eram, ao mesmo tempo e concomitantemente, os meios pelos quais , no desempenho de suas missões, eles pregavam o Evangelho, anunciavam o Reino de Deus, curavam as moléstias e enfermidades, ressuscitavam os que eram considerados mortos, expulsava os demônios ou maus Espíritos. E esse carisma, essas faculdades mediúnicas, essa Assistência e esse concurso ERAM UM DOM GRATUITO DE DEUS. DIZENDO AOS APÓSTOLOS ”DAÍ DE GRAÇA O QUE RECEBEIS DE GRAÇA”, JESUS LHES ENSINAVA QUE AS COISAS DE DEUS JAMAIS DEVEM CONSTITUIR OBJETO DE TRÁFICO, DE ESPECULAÇÃO, DE MEIO DE EXISTENCIA MATERIAL HUMANA. Isto é: no desempenho das missões de que se achavam investidos, suas palavras e seus atos não deviam ter por móvel senão o amor a Deus, o amor desinteressado ao próximo, a mais completa humildade. Pois aquelas palavras também eram dirigidas aos que – médiuns, investidos de faculdades mediúnicas, para o serviço divino – SERIAM OS INTÉRPRETES E OS INTERMEDIÁRIOS DOS BONS ESPÍRITOS JUNTO DOS HOMENS. Sim, eram dirigidas a todos os que apóstolos da nova Revelação, inspirados pelos Espíritos do Senhor, seriam chamados a pregar a LEI DE JESUS, QUE É O NOVO MANDAMENTO, EXPLICADA EM ESPIRITO E VERDADE. O Cristo, por nosso intermédio, diz a todos vós como disse aos Apóstolos: “DAI DE GRAÇA, SEGUINDO-LHES AS PEGADAS, O QUE DE GRAÇA TENDES RECEBIDO”; PORQUANTO, PARA VÓS COMO PARA ELES, TUDO VEM DE DEUS E VOS É DADO DE GRAÇA, A FIM DE CUMPRIRDES HONROSAMENTE A VOSSA MISSÃO.
GN, 04/09/1970
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